Questões Vol 5 - Imunizações Flashcards

1
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – SP

1 – Você recebe o resultado de uma cultura de liquor positiva para Haemophilus influenzae tipo B (HIB) de uma criança de 7 meses com meningite. Ao avaliar a sua carteira de vacinação, você observa que ela está em dia, com 3 doses da vacina pentavalente. A conduta mais adequada após a recuperação clínica da criança é:

a) Investigar uma possível imunodeficiência.
b) Administrar uma dose de reforço da vacina HIB.
c) Repetir o esquema completo de 3 doses da vacina HIB.
d) Iniciar ampicilina como profilaxia de outras infecções bacterianas graves.
e) Investigar tuberculose como possível desencadeante do quadro meníngeo.

A

Uma criança já vacinada para hemófilos tipo B apresenta uma doença invasiva por esse agente. Uma vez que a criança já está comprovadamente vacinada, não há recomendações para que seja reiniciado o esquema. Porém, devemos ter a seguinte preocupação: sabemos que a presença de uma infecção grave, como a meningite pode ser sinal de alarme para uma imunodeficiência primária. Por esta razão, tal avaliação ou investigação deverá ser considerada neste momento.

Resposta: letra A.

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2
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1) INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – SP

2 – Assinale a alternativa que apresenta uma vacina que é contraindicada para uma criança imunodeprimida:

a) Rotavírus.
b) Vírus influenza.
c) HPV.
d) VIP.
e) Hepatite B.

A

A grande preocupação existente em relação à vacinação dos imunodeprimidos diz respeito ao uso de vacinas de micro-organismos vivos. Sabemos que as vacinas de agentes vivos são compostas por agentes atenuados, ou seja, agentes que perderam parte de sua virulência. São vacinas seguras para a maioria da população, mas, em pacientes imunossuprimidos, podem causar doença com maior frequência. As vacinas de micro-organismos vivos disponibilizadas em 2015, ano do concurso, eram: BCG, vacina contra rotavírus, vacina oral contra poliomielite, vacina contra febre amarela, vacina tríplice viral, vacina tetra viral. Assim, apenas a opção A estaria contraindicada. As demais vacinas são de agentes não vivos.

Resposta: letra A.

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3
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1) INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – SP

3 – Ao se utilizar a proteção vacinal contra caxumba aos 12 meses, é CORRETO afirmar que o principal objetivo é evitar:

a) Meningite.
b) Pancreatite.
c) Orquite.
d) Surdez.
e) Artrite.

A

As principais complicações dos quadros de caxumba são a meningite, com ou sem encefalite, e o envolvimento gonadal. Porém, a orquite é uma complicação que acomete principalmente adolescentes e adultos jovens, não sendo comuns em crianças menores e pré-escolares. Os quadros de acometimento do sistema nervoso central costumam ter bom prognóstico, mas há relatos de casos fatais. Assim, a principal justificativa para a vacinação em fases precoces da vida não seria a orquite, mas sim a meningite.

Resposta: letra A.

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4
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – RJ

4 – Mãe amamenta exclusivamente ao seio seu filho de 10 dias. Viajará, em 15 dias, para cidade em área com recomendação de vacinação contra febre amarela. No que tange à prevenção desta doença, o aleitamento materno deve ser:

a) Mantido com leite, proveniente da rede de banco de leite humano, durante um período de 14 dias.
b) Suspenso, por de 3 a 6 dias, após a vacinação, o que corresponde ao período de viremia pós-vacinal.
c) Mantido, pois a passagem de anticorpos através deste veículo irá proteger o lactente contra a doença.
d) Suspenso, visto que esta vacina está contraindicada em crianças com idade inferior a 9 meses.

A

Há alguns anos, o Sistema de Informações de Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinais registrou um aumento de eventos adversos graves associados à vacina de febre amarela. Todos os casos foram investigados e, dentre os casos neurológicos confirmados, dois foram classificados como provável transmissão do vírus vacinal pelo aleitamento materno em recém-nascidos que estavam em aleitamento exclusivo, após a administração da vacina em suas mães. Desde então, passou a ser recomendado que a vacina não seja administrada em mulheres que estejam amamentando crianças menores de seis meses de idade. Nos casos em que a vacinação for considerada imperiosa, por risco epidemiológico aumentado, a mesma poderá ser feita, mas a amamentação deverá ser suspensa idealmente durante 28 dias (no mínimo por 14/15 dias após). A recomendação habitual é de que, anteriormente à vacinação, a mãe seja orientada a ordenhar e armazenar o leite que será oferecido no período em que a amamentação estiver suspensa. A afirmativa A, resposta da questão, trouxe uma recomendação de que a mãe ofereça leite da rede de banco de leite. Esta é uma alternativa, mas menos usual na prática.

Resposta: letra A.

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5
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO – RJ

5 – Menina de 18 meses iniciou quadro de febre (39,5°C) há 24 horas. A mãe nega qualquer outro sintoma. Ao exame físico, apresenta-se afebril, em bom estado geral, hidratada e eupneica, ausência de linfonodomegalias, orofaringe e otoscopia sem alterações, ausculta respiratória e cardíaca normais, palpação do abdome indolor e sem visceromegalias. Não há história de intercorrências neonatais ou internações prévias. Ao checar o cartão de vacinas, encontram-se: BCG ao nascer, hepatite B uma dose, pentavalente três doses + reforço DTP, VIP duas doses, VOP uma dose + reforço, pneumocócica três doses + reforço, rotavírus duas doses, meningocócica duas doses + reforço, tríplice viral uma dose, e tetraviral uma dose. O pediatra opta por colher apenas EAS e urinocultura para afastar a hipótese de infecção urinária. O menor risco de bacteremia oculta nessa criança é justificado pela:

a) História vacinal.
b) Idade superior a 12 meses.
c) Ausência de internações prévias.
d) Ausência de alterações ao exame físico.

A

Esta questão nos apresenta uma lactente de apenas 18 meses com um quadro de febre sem sinais de localização. Em relação a este tema, é importante que você tenha alguns conceitos. O primeiro deles é o seguinte: boa parte das crianças com febre sem sinais de localização terá apenas uma doença viral benigna autolimitada e, em poucos dias, estará “curada”, mesmo sem nenhum tratamento. Porém, um percentual dessas crianças pode ter alguma infecção bacteriana subjacente em algum sítio corporal ou ter uma bacteremia oculta. O segundo conceito é que quanto menor for a criança, maior o risco de haver alguma infecção bacteriana subjacente e maior a gravidade da mesma. Daí a recomendação de que quanto menor for a criança, mais agressiva seja sua investigação. Como regra geral, os protocolos que avaliam as crianças com febre sem sinais de localização as dividem em três subgrupos etários: recém-nascidos, crianças entre 1 e 3 meses e crianças entre 3 e 36 meses. Nossa paciente faz parte deste último subgrupo. Ainda que existam variações de conduta, em um momento inicial deveremos apenas avaliar a temperatura relatada. Se a febre for de até 39ºC, basta o acompanhamento; se for maior que isso, alguma investigação será feita. Nas crianças vacinadas para hemófilo tipo B e pneumococo, basta a investigação de uma possível infecção urinária, a principal infecção bacteriana identificada nesta população; porém, nas crianças não vacinadas, acaso não se identifique uma infecção urinária, a investigação deve prosseguir com a realização de hemograma e/ou hemocultura. Isso deve-se ao fato de que nas crianças não vacinadas o risco de bacteremia oculta por esses agentes é menor. Por esta razão, podemos dizer que a situação vacinal é o principal dado da história que diminui o risco de bacteremia oculta na população.

Resposta: letra A.

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6
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ

6 – A administração de imunoglobulina humana, após uma exposição a um paciente com hepatite B é um exemplo de:

a) Hipersensibilidade.
b) Imunização ativa.
c) Imunidade cruzada.
d) Imunização passiva.
e) Prevenção secundária.

A

Um indivíduo pode ser detentor de imunidade específica para um determinado agente a partir de um processo ativo ou passivo. Na imunidade ativa, o organismo é exposto ao antígeno e produz anticorpos/ células de memória. Este processo pode ocorrer de forma natural (pela própria infecção) ou artificial (pelo uso de vacinas). No processo passivo, o organismo recebe anticorpos pré-formados, sem a indução de uma resposta imune e, por isso, sem a formação de células de memória. Por esta razão, a proteção estabelecida desta maneira é apenas temporária. A imunidade passiva também pode ser obtida de forma natural (pela passagem transplacentária de anticorpos maternos) ou ativa (pelo uso de soros ou imunoglobulinas).

Resposta: letra D.

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7
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ

7 – Escolar, 6 anos, sexo masculino, é atendido com febre e com aumento de volume unilateral na região cervical, ao longo da mandíbula, acompanhado de dor. O exame clínico é compatível com parotidite infecciosa. Não há registro de surto local e, de acordo com sua caderneta, recebeu uma dose de Tríplice Viral (SCR) e uma dose de Tetra Viral (SCR com varicela), até o momento. Diante do quadro, a orientação é de:

a) Repouso, afastamento escolar e notificação compulsória da doença.
b) Dieta líquida e dosagem de amilase sérica pelo risco de pancreatite.
c) Analgésico e revacinar com tríplice viral, completando a terceira dose.
d) Analgésico e anti-inflamatório para profilaxia da orquite e da epididimite.
e) Repouso, analgésico e observar quanto ao aparecimento de outros sinais.

A

A parotidite infecciosa pode estar associada com a infecção pelo vírus da caxumba (que pode ocorrer ainda que o indivíduo tenha sido vacinado), mas também pode ter outras causas virais, como a infecção pelo vírus Epstein-Barr, pelo vírus parainfluenza, por alguns enterovírus e pelo próprio vírus do HIV. Lembre-se de que na suspeita de caxumba, não há necessidade de notificação (esta fica restrita às situações de surto). A investigação complementar com sorologia não é rotineiramente indicada, salvo em situações específicas como em surtos ou casos graves ou, ainda, em casos isolados quando os serviços locais de epidemiologia julgarem ser necessário. Não há nenhuma terapia antiviral específica, sendo recomendado apenas o repouso e a observação.

Resposta: letra E.

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8
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – SP

8 – Nas campanhas nacionais de vacinação antipoliomielite, a vacina utilizada é a oral (VPO), em vez da injetável (VPI).

O principal motivo dessa escolha, para controle da poliomielite no Brasil, é:

a) O baixo custo da VPO.
b) A aceitabilidade, pelas crianças, da via oral.
c) A disseminação do vírus vacinal pela via fecal-oral. d) A possibilidade de congelamento da VPO, sem que se perca sua potência.
e) O fato de não ser necessário pessoal especializado para sua aplicação.

A

Desde o ano de 2012, o esquema vacinal contra poliomielite brasileiro vem passando por algumas modificações. Naquele ano, passou a se recomendar que as duas primeiras doses do esquema fossem feitas com a vacina inativada; desde janeiro de 2016, as três primeiras doses passaram a ser feitas com esta vacina. Porém, foram mantidos os reforços com a vacina oral contra poliomielite e esta também continua sendo recomendada nas campanhas anuais contra paralisia infantil. Um dos objetivos de mantermos as campanhas é o que está indicado na letra C. O vírus vacinal é capaz de se replicar no tubo digestivo do paciente vacinado e é eliminado no meio ambiente. Desta maneira, é capaz de se disseminar e proteger toda a comunidade que é exposta ao vírus vacinal.

Resposta: letra C.

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9
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1)FACULDADE DE MEDICINA DO ABC – SP

9 – Criança com 4 meses de idade procura UBS para receber vacinas atrasadas. A mesma ficou internada por 15 dias devido a quadro de bronquiolite. Mãe está preocupada porque a criança só recebeu vacinas até 2 meses de idade. Assinale a alternativa contendo as vacinas que deverá receber hoje:

a) Meningo C e Pneumo-10.
b) Meningo C, Penta, VOP, Pneumo-10.
c) Meningo C e retorno em 1 mês para as outras vacinas.
d) Meningo C, Penta (DPT, HIB, Hep B), VIP, Rotavírus, Pneumo-10.

A

Temos um lactente que recebeu as vacinas adequadas até o segundo mês de vida. Hoje, aos 4 meses, necessita atualizar seu calendário vacinal. Deve, então, receber a vacina dos 3 meses (primeira dose da vacina antimeningocócica C) e as dos 4 meses (segunda dose da Pentavalente, segunda dose da vacina inativada contra a poliomielite, segunda dose da vacina antipneumocócica 10-valente e segunda dose da vacina contra o rotavírus).

Resposta: D.

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10
Q

RM 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL NACIONAL DO CÂNCER – RJ

10 – Considera-se um caso suspeito de rubéola quando o paciente apresenta febre e exantema maculopapular, acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independentemente da idade e situação vacinal. A avaliação clínica e epidemiológica indica uma associação temporal entre a data do início dos sintomas e a data do recebimento da última dose da vacina, com o componente contra a rubéola, mesmo que não tenha sido realizada coleta de amostra.

Dos critérios para descarte como associação temporal à vacina abaixo, é CORRETO afirmar que:

a) Febre com temperatura que pode chegar a 39°C ou mais, com início entre o 3o e o 10o dias após a vacinação e duração média de 4 a 5 dias, podendo chegar até 7 dias.
b) Exantema que dura de 3 a 6 dias, sendo geralmente benigno, e que surge entre o 1o e o 3o dias, após a administração da vacina.
c) Cefaleia ocasional, irritabilidade, conjuntivite ou manifestações catarrais observadas, entre o 2o e o 3o dias após a vacinação.
d) Linfadenopatias que se instalam entre o 7o e o 21o dias após a data de vacinação.

A

O enunciado nos descreve, corretamente, o que seria um caso suspeito de rubéola, de acordo com o proposto pelo Ministério da Saúde. Porém, devemos nos lembrar de que ao avaliarmos um possível caso suspeito, devemos avaliar se o paciente recebeu, recentemente, alguma vacina com o componente rubéola. Sabemos que a vacina contra rubéola é uma vacina de vírus vivo atenuado e, por isso, vários dos eventos adversos associados com este imunobiológico nada mais são do que sinais e sintomas semelhantes aos encontrados na doença. De acordo com o Ministério, o caso suspeito de rubéola pode ser descartado quando tiver associação temporal com a vacina nas seguintes situações: - febre com temperatura que pode chegar a 39,5°C ou mais, com início entre o 5o e o 12o dia após a vacinação e duração de cerca de 1 a 2 dias, podendo chegar até 5 dias (opção A errada); - exantema que dura de 1 a 2 dias, sendo geralmente benigno, e que surge entre o 7o e o 14o dia após a administração da vacina (opção B errada); - cefaleia ocasional, irritabilidade, conjuntivite ou manifestações catarrais observadas entre o 5o e o 12o dia após a vacinação (opção C errada); - linfadenopatias que se instalam entre o 7o e o 21o dia após a data de vacinação (opção D correta). Inacreditavelmente, a banca queria que o candidato soubesse de cor o número exato de dias em cada uma das situações para identificar o que estava certo e o que estava errado. Lamentável!

Ainda assim, a resposta estava correta: letra D.

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11
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE – MG

11 – O episódio hipotônico-hiporresponsivo é um evento adverso que pode ocorrer após vacinação. Sobre este episódio é INCORRETO afirmar que:

a) É caracterizado pelo início súbito de hipotonia, hiporresponsividade e cianose ou palidez.
b) Ocorre nas primeiras 48 horas após administração da vacina, é mais frequente com a DTP acelular.
c) O episódio é benigno e não deixa sequela.
d) O episódio não tende a repetição.

A

O episódio hipotônico-hiporresponsivo é um evento adverso que já foi descrito em associação com algumas vacinas, mas que está tipicamente relacionado com a vacina DTP celular. O quadro se caracteriza pela associação alteração na consciência (hiporresponsividade), hipotonia e alteração na cor (palidez ou cianose) e tem bom prognóstico, não tendo tendência à recorrência (opções A, C e D corretas). Na vigência do evento, o esquema vacinal subsequente deve ser modificado e a criança segue a vacinação com vacina DTP acelular, menos implicada no evento.

Resposta: letra B.

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12
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFU – MG

12 – Antônio, 64 anos, tem feito consultas para manutenção de saúde anualmente e tem seguido todas as recomendações de seu médico, que o aconselha a fazer a vacina contra varicela-zóster. Em relação à utilização dessa vacina, assinale a alternativa CORRETA:

a) A vacina está recomendada para pacientes com 65 anos ou mais.
b) A vacina não está recomendada se o paciente já teve herpes-zóster.
c) A vacina é feita com vírus vivo atenuado.
d) A vacina tem possibilidade de reação cruzada com o vírus herpes-simples e oferece alguma proteção contra ele.
e) A vacina reduz a incidência de herpes-zóster, mas não diminui a gravidade da neuralgia pós-herpética.

A

No ano de 2014, foi licenciada no Brasil uma vacina que já era usada há vários anos nos Estados Unidos: a vacina para herpes-zóster. O seu uso é permitido a partir dos cinquenta anos em dose única, por via subcutânea, mas a Sociedade Brasileira de Imunizações a recomenda a partir dos 60 anos. Trata-se de uma vacina de vírus vivo atenuado e, por isso, não deve ser empregada em indivíduos com estados de imunodeficiência primária ou adquirida ou em uso de terapêuticas em posologias consideradas imunossupressoras. A vacina é igualmente indicada para indivíduos que tenham tido zóster no passado, desde que tenha se passado pelo menos um ano da infecção aguda. A vacina tem eficácia de 60% para evitar o aparecimento da doença, a vacina reduz os incômodos e a neuralgia pós-herpética, dor crônica causada por uma inflamação de um nervo, que pode persistir por meses. Esta vacina não oferece proteção para as infecções por herpes-simples e a busca de vacina para este agente continua sendo um objetivo
dos vacinologistas.

Resposta: letra C.

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13
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFU – MG

13 – Paula, 25 anos, trinta e oito semanas de gestação, vem à consulta preocupada, porque mora em companhia de seu pai, que há vinte dias foi diagnosticado com tuberculose pulmonar.

Assinale a conduta imediata correta em relação ao RN:

a) Vacinar ao nascer para proteção imediata.
b) Isoniazida por três meses e fazer a prova tuberculínica após.
c) Iniciar esquema tríplice ao nascer e vacinar após seis meses.
d) Isoniazida por seis meses.
e) Manter o RN isolado por trinta dias e vacinar em seguida.

A

Se você quiser aprender apenas uma coisa sobre tuberculose para a sua prova de residência, devore este comentário. Cai todo ano e cai MUITO! Quando o recém-nascido é coabitante de um paciente com tuberculose pulmonar bacilífera, devemos adotar algumas medidas especiais. Em primeiro lugar, esse recém-nascido não deverá receber a vacina BCG ao
nascer. Em segundo, inicia-se a quimioprofilaxia primária (ou prevenção da infecção latente) com isoniazida por três meses (para evitar que a criança torne-se infectada). Após esse período, realiza-se uma Prova Tuberculínica (PT); se a mesma for reatora (> 5 mm – sugerindo que infelizmente a criança tornou-se INFECTADA), concluímos o tratamento da infecção latente para evitar que a criança, ora infectada, torne-se DOENTE (até a data da publicação desta questão, feito com mais 3 MESES DE ISONIAZIDA, isto é, até completar 6). Caso a PT seja negativa, vacinamos a criança e encerramos o caso.

Resposta: B.

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14
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) CENTRO ESPECIALIZADO OFTALMOLÓGICO QUEIROZ LTDA – BA

14 – Um recém-nascido com três semanas de vida é levado à unidade básica de saúde, pois a mãe observou ferida no local da aplicação da BCG. Ao exame físico, observa-se lesão pustulocrostosa no braço direito e presença de gânglio satélite em axila direita, não supurado, medindo 1 cm de diâmetro. Considerando o diagnóstico, assinale a alternativa contendo a conduta ADEQUADA a ser tomad para esse recém-nascido:

a) Iniciar isoniazida por via oral.
b) Manter conduta expectante.
c) Solicitar teste tuberculínico.
d) Realizar punção do gânglio.

A

A alteração descrita faz tão somente parte da evolução natural da formação da cicatriz de BCG. A reação local da lesão costuma evoluir entre seis e 12 semanas da seguinte forma: - após a administração de 3 a 4 semanas: surge nódulo no local. - entre 4 a 5 semanas: o nódulo evolui para uma pústula. - em seguida: evolui para uma úlcera de 4 a 10mm de diâmetro. - entre 6 a 12 semanas: finalmente, forma-se uma crosta. Durante a evolução dessa lesão, pode ocorrer o enfartamento ganglionar axilar (também supra ou infraclavicular), não supurado, que desaparece espontaneamente e não necessita de tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico. Esse gânglio é homolateral ao local da aplicação, firme, móvel, clinicamente bem perceptível, frio, indolor, medindo até 3 cm de diâmetro, e não é acompanhado de sintomatologia geral. Desaparece espontaneamente, sem necessidade de tratamento.

Resposta: letra B.

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15
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – RS

15 – Uma criança, ao completar seu primeiro ano de vida, foi levada pela mãe à unidade básica de saúde para receber as vacinas. Encontrava-se hígida e apresentava crescimento e desenvolvimento adequados; a cobertura vacinal, até o momento, estava completa. De acordo com o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, vigente desde junho de 2014, que vacinas devem ser aplicadas?

a) Vacina contra a hepatite A e 1ª dose da tríplice viral.
b) 3ª dose da vacina pneumocócica 10V e 1ª dose da tríplice viral.
c) 3ª dose da vacina pneumocócica 10V, vacina contra a hepatite A e 1ª dose da tríplice viral.

d) Reforço da vacina pneumocócica 10V e 1ª dose da
tríplice viral.

e) Reforço da vacina pneumocócica 10V, vacina contra a hepatite A e 1ª dose da tríplice viral.

A

Questão bem tranquila sobre o calendário vacinal. Na época da prova, recomendava-se que aos 12 meses fosse feita a vacina tríplice viral, o reforço da vacina antipneumocócica conjugada e a vacina contra hepatite A. Este esquema foi modificado em janeiro de 2016; a recomendação desde então é de que aos 12 meses seja feita a vacina tríplice viral, o reforço da vacina antipneumocócica e o reforço da vacina antimeningocócica. A vacina contra hepatite A passou a ser feita aos 15 meses. Assim, o gabarito na ocasião foi a letra E, mas, pelo calendário atual, não haveria resposta.

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16
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL – RS

16 – Qual das situações abaixo constitui contraindicação às vacinas de bactérias ou vírus atenuados na infância?

a) Desnutrição.
b) Doença neurológica com sequela.
c) Impetigo.
d) Uso de 2 mg/kg/dia de prednisona durante os últimos 15 dias.
e) Antecedente familiar de convulsão.

A

Questão clássica. As vacinas de agentes vivos não devem ser administradas em indivíduos imunodeprimidos. Sabemos que as vacinas de agentes vivos são compostas por agentes atenuados, ou seja, agentes que perderam parte de sua virulência. São vacinas seguras para a maioria da população, mas, em pacientes imunossuprimidos, podem causar doença com maior frequência. Uma situação de imunossupressão é justamente o uso de corticoterapia em dose imunossupressora (prednisona na dose de 2 ou mais mg/kg/dia por mais do que 14 dias). Todas as outras condições representam falsas contraindicações
para o uso de vacinas.

Resposta: letra D.

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17
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUC – RS

17 – Em relação às imunizações nas crianças, considere
as situações clínicas descritas abaixo:

I. Criança em uso regular de corticoterapia em aerossol
inalatório só pode receber vacinas com vírus inativado.

II. Recém-nascidos de mães HBsAg positivo devem receber a vacina contra a hepatite B e imunoglobulina humana específica contra a hepatite B, preferencialmente nas primeiras 24 horas de vida.

III. Criança de 3 anos, saudável, com contato domiciliar
com familiar em tratamento para Aids, deve receber a vacina antipoliomielite oral. Está/estão CORRETA(S) a(s)
afirmativa(s):

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.

A

Vejamos cada uma das afirmativas.
A afirmativa I é falsa; esta é uma falsa contraindicação
clássica. As vacinas de agentes vivos estarão contraindicadas para os pacientes que fazem corticoterapia em doses imunossupressoras (prednisona na dose de 2 ou mais mg/kg/dia por mais de 14 dias). Pacientes que fazem terapia tópica ou inalatória podem receber qualquer vacina sem restrições.

A afirmativa II foi considerada verdadeira pela banca, ainda que tenha uma redação um tanto quanto
incompleta. Sabemos que todos os recém-nascidos devem receber a vacina contra a hepatite B preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Os recém-nascidos filhos de mulheres sabidamente portadoras crônicas do vírus devem receber a vacina mais a imunoglobulina específica para hepatite B, administradas em grupos musculares separados. Ambas devem ser realizadas o mais precocemente
possível, nas primeiras 12 a 24 horas de vida. A vacinação isolada nas primeiras 12 horas após o nascimento é altamente eficaz na prevenção da transmissão vertical do vírus da hepatite B; é possível que a adição de imunoglobulina confira uma pequena proteção adicional. Quando indicada, a imunoglobulina deve ser aplicada no máximo até sete dias após o parto. E, por fim, a afirmativa III é falsa; os contactantes domiciliares de imunodeprimidos não devem receber a vacina oral de poliomielite. O vírus vacinal é eliminado nas fezes e pode contaminar esses contactantes, que poderão desenvolver paralisia pelo vírus vacinal.

Resposta: letra B.

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18
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ – PR

18 – Você atende um escolar de 8 anos que sofreu um acidente em um parquinho (queda de um brinquedo) e apresenta ferimentos extensos, profundos e sujos em membros superiores, inferiores e face. Além da limpeza das lesões, qual a conduta profilática em relação ao tétano, considerando que seu calendário vacinal encontra-se atualizado de acordo com o programa nacional de imunizações?

a) 1 dose de reforço de vacina antitetânica, 1 dose de soro antitetânico.
b) Reforço com vacina DTP agora.
c) Reforço com vacina dT na adolescência.
d) 1 dose de gamaglobulina antitetânica.
e) 1 dose de reforço de vacina antitetânica, 1 dose de gamaglobulina antitetânica.

A

A indicação para profilaxia contra o tétano acidental é baseada, essencialmente, na avaliação da situação vacinal do paciente e no tipo de ferimento (o ferimento pode ser alto risco para tétano ou de risco mínimo
para tétano). O ferimento descrito é um ferimento de alto risco; os ferimentos de risco mínimo são aqueles ferimentos apenas superficiais e limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados. Nosso paciente é um escolar com situação vacinal completa, que recebeu a última dose da vacina há menos de cinco anos (considerando-se que o segundo reforço da DTP foi feito aos 4 anos, como recomendado pelo Ministério da Saúde). Guarde bem esse conceito, pois ele é o mais cobrado nos concursos: sempre que o paciente tiver recebido esquema vacinal completo e
a última dose tiver sido administrada há menos de cinco anos, seja o ferimento de risco mínimo ou de alto risco, não há necessidade do uso de nenhuma medida específica. Quando o esquema é completo e a última dose foi entre 5 e 10 anos, deve-se “antecipar o reforço”, administrando uma nova dose da vacina. A próxima dose será feita apenas na adolescência (lembre-se de que há recomendação de um reforço com a dT a cada 10 anos).

Resposta: letra C.

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19
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UEL – PR

19 – Considere as vacinas a seguir.

I. Meningococo B;

II. Hepatite A;

III. Varicela;

IV. HPV (Papilomavírus Humano).

Assinale a alternativa que contém as vacinas que fazem parte do atual Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde do Brasil:

a) Somente as vacinas I e II são corretas.
b) Somente as vacinas I e IV são corretas.
c) Somente as vacinas III e IV são corretas.
d) Somente as vacinas I, II e III são corretas.
e) Somente as vacinas II, III e IV são corretas.

A

Dentre as vacinas listadas, a única que não integra o calendário do Programa Nacional de Imunizações em 2015/2016 (época do concurso) é a vacina contra o meningococo B, encontrada apenas em clínicas particulares. As demais vacinas são encontradas nas salas de vacinação (um único detalhe é que a vacina contra a varicela não é encontrada isoladamente, apenas em combinação com a tetra viral). O esquema preconizado para essas vacinas pelo Programa Nacional de Imunizações pode ser diferente daquele proposto pela Sociedade Brasileira de Pediatria, mas, ainda assim, as vacinas estão disponíveis.

Resposta: letra E.

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20
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DO AÇÚCAR – AL

20 – Dentre as linhas de cuidado na atenção integral à saúde da criança propostas pelo Ministério da Saúde do Brasil, temos a atenção às doenças prevalentes. Das doenças a seguir, indique a única que NÃO é considerada como doença prevalente na infância:

a) Diarreias.
b) Dermatoses.
c) Doenças respiratórias.
d) Sífilis e rubéola congênitas.

A

A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) tem por finalidade promover uma rápida e significativa redução da mortalidade na infância. Trata-se de uma abordagem da atenção à saúde na infância, desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (UNICEF), caracterizando-se pela consideração simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância:

  • desnutrição,
  • doenças diarreicas,
  • infecções respiratórias agudas,
  • malária e
  • afecções perinatais.

Resposta: letra B.

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21
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ – AL

21 – A vacina contra Haemophilus influenzae é feita no primeiro ano de vida. Das alternativas a seguir, marque a conduta adotada pelo Programa Nacional de Imunizações em relação a ela:

a) Primeiro, segundo e quarto meses de vida.
b) Nono mês de vida.
c) Segundo, quarto e sexto meses de vida.
d) Segundo, terceiro e quarto meses de vida.

A

A vacina contra o Haemophilus influenzae do tipo B integra a vacina penta. É recomendada em três doses no primeiro ano de vida – aos 2, 4 e 6 meses. Depois disso, são feitos dois reforços apenas com a DTP,
aos 15 meses e 4 anos.

Resposta: letra C.

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22
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA DO AMAZONAS – AM

22 – Em relação à vacina BCG, podemos afirmar que:

a) Pode ser feita em qualquer idade, mesmo em crianças HIV positivo sintomáticas e filhos de mães HIV positivo.
b) A via de administração é subcutânea e a evolução da reação vacinal ocorre em até 6 meses não sendo recomendado revacinação na ausência de cicatriz após os seis meses.
c) É uma vacina atenuada do Mycobacterium bovis que destina-se a prevenir as formas graves de tuberculose e cuja aplicação deve ser feita ainda na maternidade.
d) Os contactantes intradomiciliares de portadores de hanseníase devem receber mais duas doses da vacina BCG se menores de um ano de idade e com esquema vacinal comprovadamente completo.

A

Crianças HIV+ sintomáticas não devem receber BCG, pois se trata de vacina de patógeno vivo, que nestes doentes pode provocar doença disseminada (A errada).

Pacientes que recebem BCG e não desenvolvem cicatriz vacinal após 6 meses devem ser revacinados (B errada). Somente se ainda assim eles não desenvolverem a referida cicatriz é que a conduta será não revacinar.

A BCG é constituída por uma cepa atenuada de M. bovis que protege contra as formas graves de tuberculose (cuja maior incidência é observada nos primeiros dois anos de vida), como TB miliar e meningoencefalite tuberculosa (C certa). Dito de outro modo, a BCG não protege contra tuberculose pulmonar!

Foi demonstrado que a BCG também pode proteger contra a hanseníase. Assim, recomenda-se que contactantes intradomiciliares de um portador de hanseníase sejam avaliados para esta vacina, seguindo a seguinte conduta:

  1. ausência de cicatriz vacinal = receber uma dose de BCG;
  2. presença de uma cicatriz vacinal = receber uma dose de BCG;
  3. presença de duas cicatrizes vacinais = não receber BCG. Se o contactante for uma criança com < 1 anos de idade, e mesma já tiver sido vacinada, a conduta é não repetir a vacina (D errada).

Logo, resposta certa: C.

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23
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ – CE

23 – No centro de saúde, uma criança de 11 meses de idade, recém-chegada de Santa Catarina, saudável, procura consulta de puericultura. Ao analisar a caderneta de saúde, o médico avalia que todas as vacinas correspondentes à idade foram aplicadas, levando em consideração o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. Qual das alternativas contém as vacinas que foram aplicadas na criança?

a) BCG (1 dose); contra hepatite B (3 doses); contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae (3 doses); antipólio (3 doses); antipneumocócica (2 doses); antirrotavírus (2 doses); antimeningocócica C (3 doses).
b) BCG (1 dose); contra hepatite B (3 doses); contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae (3 doses); antipólio (3 doses); antipneumocócica (3 doses); antirrotavírus (2 doses); antimeningocócica C (2 doses).
c) BCG (1 dose); contra hepatite B (2 doses); contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae (2 doses); antipólio (3 doses); antipneumocócica (4 doses); antirrotavírus (2 doses); antimeningocócica C (2 doses).
d) BCG (1 dose); contra hepatite B (3 doses); contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae (3 doses); antipólio (3 doses); antipneumocócica (2 doses); antirrotavírus (3 doses); antimeningocócica C (3 doses).

A

Esta questão, na verdade, não trouxe qualquer resposta correta, mas, ainda assim, a banca manteve seu gabarito. O calendário vigente à época do concurso trazia as seguinte recomendações de vacinação para uma criança de até 11 meses:

ATUALIZAÇÃO 2020!!!

Ao nascer – BCG (dose única) e hepatite B;

Aos 2 meses1ª dose: da Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae, hepatite B) + VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) + 1ª dose da VIP (vacina inativada poliomielite + Vacina pneumocócica 10 (valente)

Aos 3 meses1ª dose: da Vacina meningocócica C (conjugada);

Aos 4 meses2ª dose: da Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae, hepatite B) + VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) + VIP (vacina inativada poliomielite + Vacina pneumocócica 10 (valente);

Aos 5 meses2ª dose: da Vacina meningocócica C (conjugada)

Aos 6 meses3ª dose: da Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae, hepatite B) + VIP (vacina inativada poliomielite)

Aos 9 meses1ª dose: Vacina febre amarela

Aos 12 meses1ª dose: da tríplice viral (Sarampo, Rubeola, Caxumba) + Reforço da Vacina pneumocócica 10 valente + Reforço da Vacina meningocócica C (conjugada)

Aos 15 meses1° reforço: da VOP (vacina oral poliomielite) e da tríplice bacteriana (Difteria, tétano e coqueluche) + Única dose: da Vacina hepatite A e tetra viral (Sarampo, caxumba, rubéola e varicela)

Aos 4 anos2º reforço: da tríplice bacteriana (Difteria, tétano e coqueluche) e da VOP (vacina oral poliomielite) + 2ª dose: da Vacina varicela + Reforço da Vacina febre amarela

Aos 9 anos* (meninas) *até 14 anos, 11 meses e 29 dias – Duas doses: da HPV quadrivalente (6, 11, 16 e 18)

Assim todas essas vacinas deveriam ter sido aplicadas. O gabarito oficial da banca foi a letra B, mas esta afirmativa tem um erro.

Aos 11 meses, a criança deveria ter recebido 4 doses da vacina contra hepatite B: a primeira dose, logo ao nascer, e mais 3 doses, na forma da pentavalente. Ainda assim, o gabarito foi mantido. Lembre-se apenas de que pelo calendário de 2016 seriam apenas duas doses da vacina antipneumocócica.

Resposta: letra B.

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24
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE BRASÍLIA – DF

24 – Lactente de 6 meses é levado para o centro de saúde com história de sintomas gripais, há três dias, para atualização vacinal. Encontra-se aparentemente hígido e são negados antecedentes patológicos dignos de nota. Quanto à atualização vacinal da criança, assinale a alternativa CORRETA:

a) Não deve ser aplicada nenhuma vacina, pois a criança apresenta-se doente.
b) Devem ser aplicadas as vacinas pentavalente (DPT+ Hib+HB), VOP e antipneumocócica.
c) Devem ser aplicadas as vacinas pentavalente (DPT+ Hib+HB), VIP VORH (rotavírus) e antipneumocócica.
d) É importante aplicar as vacinas tríplice viral, VOP e antipneumocócica.
e) É preciso aplicar as vacinas tríplice viral, VIP, VORH (rotavírus) e antipneumocócica.

A

Doença febril leve, como resfriados e diarreia, não constitui contraindicação à administração de vacinas. Desta forma, a criança da questão pode e deve receber as vacinas referentes ao sexto mês:
Pentavalente (DPT + Hib + Hepatite B), vacina oral contra a poliomielite (VOP) e antipneumocócica conjugada 10 valente.

Resposta: letra B.

É importante lembrar que a partir de janeiro de 2016 foram implementadas mudanças no calendário vacinal: aos 6 meses a criança deve receber a vacina inativada contra a poliomielite (VIP) e a antipneumocócica passou a ser realizada em duas doses (2 e 4 meses) com um reforço aos 12 meses.

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25
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTÔNIO DE MORAES – ES

25 – Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é CORRETO afirmar sobre a vacina pneumocócica conjugada:

a) É recomendada a todas as crianças até 5 anos de idade, e apenas uma dose é suficiente.
b) Recomendam-se três doses da vacina pneumocócica conjugada no primeiro ano de vida (2, 4 e 6 meses).
c) É constituída pela cápsula polissacarídica conjugada ao toxoide tetânico.
d) Não induz memória imunológica em crianças pequenas e, por isso, deve ser utilizada apenas após um ano de idade.
e) Crianças que fizeram as primeiras doses com a vacina 7 ou 10-valente nunca devem receber dose adicional com a vacina 13-valente.

A

Perceba que a questão está fazendo menção, especificamente, às recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Pela SBP, a vacina
pneumocócica está recomendada para todas as crianças de até 5 anos de idade. Recomendam-se três doses da vacina pneumocócica conjugada no primeiro ano de vida (2, 4 e 6 meses), e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida (lembre-se de que desde janeiro de 2016 o Ministério da Saúde passou a recomendar apenas duas doses desta vacina durante o primeiro ano de vida). Como é uma vacina conjugada, pode ser usada a partir dos dois
meses (diferentemente do que ocorre com a vacina polissacarídica, que só é feita após os dois anos). Crianças saudáveis que fizeram as quatro primeiras doses com a vacina 7 ou 10-valente podem receber uma dose adicional com a vacina 13-valente, até os 5 anos de idade.

Resposta: letra B.

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26
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)

HOSPITAL EVANGÉLICO DE VILA VELHA – ES

26 – Com relação à vacina oral contra a poliomielite,
é ERRADO afirmar:

a) Confere proteção contra os três tipos de poliovírus 1, 2 e 3.
b) Induz resposta humoral e de mucosas.
c) Não está associada a ocorrência de poliomielite por poliovírus derivado da vacina.
d) Possibilita a imunização dos contatos das pessoas vacinadas.
e) Contém vírus vivos atenuados.

A

Vamos discutir as afirmativas sobre a vacina oral contra a poliomielite:

Letras A e E) A VOP é composta por três tipos de vírus da poliomielite (I, II e III) atenuados. – A e E CORRETAS.

Letra B) Quando administrada, seu agente coloniza o intestino do indivíduo e é capaz de promover imunidade local (mucosa) e sistêmica (humoral) – B CORRETA.

Letra C) Por ser vacina atenuada, está relacionada a casos de poliomielite paralítica associada à vacina, principalmente em indivíduos imunossuprimidos
– C INCORRETA.

Letra D) Uma vez no tubo digestivo, o agente é capaz de se multiplicar e é eliminado, havendo circulação do vírus vacinal pela população, entre os comunicantes dos vacinados, promovendo imunização coletiva – D CORRETA.

Resposta: letra C.

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27
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)

INSTITUTO DE OLHOS DE GOIÂNIA – GO

27 – Uma criança saudável recebeu esquema de vacinação completo no 1o ano de vida, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação vigente no Brasil em 2013. Com que idade, de acordo com esse calendário, a criança deve receber o 1o reforço da vacina DTP e em qual apresentação é recomendada a vacina para esse reforço?

a) Aos 15 meses – vacina tetravalente (DTP + Hib).

b) Aos 15 meses – vacina pentavalente (DTP + Hib +
hepatite B).

c) Aos 18 meses – vacina DTP.
d) Aos 15 meses – vacina DTP.
e) Aos 24 meses – vacina DTP.

A

É bastante curioso que um concurso realizado em 2015/2016 ainda faça menção a um calendário do ano de 2013! De todo modo, isso não mudaria em nada nossa resposta. O PNI recomenda que sejam feitos dois reforços com a vacina DTP, o primeiro aos 15 meses e o segundo aos 4 anos. A pentavalente é
usada apenas nas três doses do esquema básico durante o primeiro ano de vida.

Resposta: letra D.

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28
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARÁ SANTARÉM – PA

28 – São contraindicações de vacinação, EXCETO:

a) Mariana, 9 meses, reação de urticária, broncoespasmo, estridor laríngeo e angioedema após a aplicação da 3o dose de DPT.
b) Henrique, 6 meses, em uso de prednisona 1 mg/kg/dia por 5 dias para tratamento de broncoespasmo.
c) Marcela, 9 meses, em uso de prednisona 2 mg/kg/dia há 15 dias para tratamento de dermatite atópica grave.
d) Carlos, 3 anos, leucemia em tratamento quimioterápico.
e) Nazaré, 2 meses, com história de crise convulsiva após a primeira dose de DPT.

A

Vejamos a situação de cada uma das crianças. Mariana (opção A) não pode receber novamente essa vacina; o quadro que ela apresentou caracteriza-se como uma reação de anafilaxia e, neste caso, nenhuma dose adicional poderá ser feita. Henrique (opção B) pode receber qualquer vacina, mesmo as de vírus vivos, enquanto Marcela (opção C) não pode; a contraindicação só existe quando a corticoterapia é feita em dose imunossupressora
(prednisona em dose ≥ 2 mg/kg/dia por mais de duas semanas).

Carlos (opção D) tem uma condição de imunossupressão e não recebe vacinas, em especial de agentes vivos.

E, por fim, Nazaré (opção E) apresentou um evento adverso à vacina DTP e deverá continuar o esquema com a vacina DTPa.

Resposta: letra B.

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29
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – PB

29 – O Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde ampliou o calendário nacional de vacinas em 2014, com a introdução da vacina adsorvida hepatite A (inativada). Sobre essa vacina, é CORRETO afirmar que deve ser:

a) Realizada em crianças de 09 a 16 meses por via intramuscular.
b) Administrada uma dose aos 09 meses com reforço aos 02 anos de idade, por via intramuscular.
c) Realizada uma dose aos 09 meses por via subcutânea.
d) Realizada aos 06 meses com reforço aos 18 meses.
e) Realizada em crianças de 12 meses até 02 anos de idade (01 ano, 11 meses e 29 dias) por via intramuscular.

A

A vacina contra hepatite A foi introduzida no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) no ano de 2014. A recomendação na época era da administração em dose única aos 12 meses, com uma idade limite de 2 anos incompletos. Atualmente, o PNI recomenda a vacina em dose única aos 15 meses. Crianças até 4 anos poderão receber a dose única contra a hepatite A pelo PNI.

Resposta (na época): letra E.

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30
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC

30 – Das alternativas abaixo, qual delas NÃO é considerada indicação para o uso da vacina DTPa?

a) Recém-nascido prematuro, independentemente do peso e da idade gestacional.
b) Convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após vacinação.
c) Síndrome hipotônica hiporresponsiva nas primeiras 48 horas após vacinação.
d) Doença convulsiva crônica.
e) Doenças neurológicas crônicas incapacitantes.

A

A vacina DTPa pode ser indicada após a ocorrência de eventos adversos graves ocorridos com a aplicação da vacina DTP ou após a penta (convulsão
nas primeiras 72 horas após vacinação ou síndrome hipotônica hiporresponsiva nas primeiras 48 horas após vacinação). Também pode ser indicada para crianças que apresentem risco aumentado de desenvolvimento de eventos graves à vacina DTP ou penta (doença convulsiva crônica; cardiopatias ou pneumopatias crônicas com risco de descompensação em vigência de febre; doenças neurológicas crônicas incapacitantes; crianças com neoplasias e/ou que necessitem de quimio, rádio ou corticoterapia; RN que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação; e RN prematuro extremo - menor de 1.000 g ou 31 semanas). Assim, não são todos os prematuros que devem receber esta vacina.

Resposta: letra A.

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31
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – SP

31 – Quanto às vacinas que utilizam vírus vivo atenuado, assinale a alternativa CORRETA:

a) Influenza.
b) Antipólio VIP.
c) HPV.
d) Antirrotavírus.
e) Hepatite B.

A

Questão bem direta! Sabemos que as vacinas podem ser compostas a partir de agentes vivos atenuados ou a partir de agentes não vivos (agentes inativados, fragmentos de agentes, produtos desses agentes). As vacinas disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações compostas por agentes vivos atenuados no final de 2014 eram as seguintes: BCG; vacina oral contra poliomielite; vacina oral contra rotavírus humano; febre amarela; tríplice viral e tetra viral.

Resposta: letra D.

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32
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – SP

32 – Menor faz uso contínuo de aspirina. Assinale a alternativa que apresenta a vacina que pode acarretar complicações ao ser utilizada concomitantemente ao AAS:

a) Febre amarela.
b) Varicela.
c) BCG.
d) Hepatite B.
e) Vacinas conjugadas (H. influenzae, pneumococo, meningococo).

A

É bem sabido que o uso de ácido acetilsalicílico em vigência de algumas infecções pode estar relacionado com o desenvolvimento da síndrome de Reye.

As principais infecções implicadas são as pelo vírus influenza e pelo vírus varicela-zóster.

Justamente por isso, pacientes usuários crônicos de AAS têm recomendação especial para receber a vacina contra esses agentes pelos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. Porém, como a vacina contra varicela é composta pelo vírus vivo atenuado, o uso do AAS deverá ser suspenso por seis semanas após a administração da vacina.

Resposta: letra B.

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33
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – RJ

33 – De acordo com o calendário atual do Programa Nacional de Imunizações, na caderneta de vacinação de um lactente saudável de sete meses, devem constar as seguintes vacinas e suas respectivas doses:

a) 2 doses da poliomielite oral, 1 dose da poliomielite inativada, 2 doses da vacina oral rotavírus humano.
b) 2 doses da poliomielite inativada, 1 dose da poliomielite oral, 3 doses da vacina oral rotavírus humano.
c) 2 doses da poliomielite oral, 1 dose da poliomielite inativada, 3 doses da vacina oral rotavírus humano.
d) 2 doses da poliomielite inativada, 1 dose da poliomielite oral, 2 doses da vacina oral rotavírus humano.

A

Esta questão aborda o esquema vacinal especificamente de duas vacinas: a vacina contra rotavírus e a vacina contra poliomielite.

A vacina contra rotavírus que integra o calendário básico do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma vacina monovalente, administrada em duas doses, sendo a primeira aos dois meses e a segunda aos quatro meses. Em clínicas particulares de vacinação podemos encontrar uma outra vacina, pentavalente, que é administrada em três doses, mas a questão abordava especificamente o calendário do PNI.

Em relação à vacinação contra poliomielite, o esquema preconizado pelo PNI foi modificado desde 2012. Atualmente, temos duas vacinas em nosso calendário, que são a vacina oral contra poliomielite (VOP) e a vacina inativada contra poliomielite (VIP). Na época do concurso, a recomendação era de que as duas primeiras doses fossem feitas com a VIP e a terceira com a VOP (isso foi modificado em janeiro de 2016, quando as três primeiras doses passaram a ser feitas com a VIP). Assim, aos sete meses, a criança já deveria ter recebido duas doses da vacina contra rotavírus, duas doses da VIP e uma dose da VOP (pelo calendário da época…).

Mais uma vez: se esta pergunta fosse feita de acordo com o calendário vacinal de 2016, a resposta deveria ser 3 doses de poliomielite inativada e 2 doses da vacina oral rotavírus humano. Se fôssemos responder esta questão à luz das recomendações vigentes, diríamos que um lactente de 7 meses deveria ter recebido 1 dose de BCG; 1 dose de hepatite B; 2 doses de VORH; 3 doses de VIP; 3 doses de Penta; 2 doses de Pneumo-10 (2 e 4 meses) e 2 doses de Meningo C (3 e 5 meses).

Resposta: letra D.

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34
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RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 2) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO – RJ

34 – Um médico de família recebe um recém-nascido de três dias de vida levado pela avó que está preocupada em aplicar a vacina BCG no bebê, pois a mãe recebeu o diagnóstico de tuberculose bacilífera na alta da maternidade ocorrida no dia anterior. O médico orienta o uso de isoniazida por três meses na criança. Quanto à intervenção realizada, pode-se afirmar que é:

a) Incorreta, pois deveria vacinar com BCG.
b) Correta, pois há a indicação de tratamento.
c) Correta, pois há a indicação de quimioprofilaxia.
d) Incorreta, pois bastaria suspender o aleitamento materno.

A

A conduta está CORRETA.

Em filhos de mães com tuberculose pulmonar bacilífera deve-se adiar a vacinação com a BCG, e administrar Isoniazida por 3 meses (quimioprofilaxia primária). Após esse período, deve-se realizar a prova tuberculínica. Se a criança for reatora (≥ 5 mm), a quimioprofilaxia deve ser mantida por mais 3-6 meses; se não for, interrompe-se o uso da isoniazida e vacina-se com a BCG. Devemos lembrar que o aleitamento não está contraindicado.

Resposta correta: letra C.

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35
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1)

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO – RJ

35 – Dentre as situações listadas a seguir, aquela que
apresenta indicação para a administração de imunoprofilaxia contra o vírus sincicial respiratório é:

a) Prematuro com 36 semanas de idade gestacional.
b) Cardiopatia congênita corrigida no período neonatal.
c) Lúpus eritematoso sistêmico.
d) Broncodisplasia pulmonar.
e) Febre reumática.

A

A imunoprofilaxia nestes casos é feita com o uso do anticorpo monoclonal para o vírus sincicial respiratório (palivizumabe). As recomendações para o uso do imunobiológico variam em função da referência utilizada. O Ministério da Saúde fornece-o
para as seguintes populações: - RN prematuros com
menos de 28 semanas de idade gestacional e menores de um ano de idade pós-natal, após alta hospitalar; - Crianças menores de dois anos de idade, portadoras de cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica
importante ou com doença pulmonar crônica
da prematuridade que necessitaram tratamento nos
seis meses anteriores ao período de sazonalidade do
VSR (letra D correta). Os prematuros nascidos com 36
semanas não recebem o imunobiológico. A Sociedade
Brasileira de Pediatria até tem documentos em que
recomenda que os nascidos entre 32 e 36 semanas
sejam candidatos à profilaxia, mas apenas nos primeiros
seis meses de vida e na presença de algum fator de
risco, como frequentar creche ou ter irmãos menores
de 5 anos. De todo modo, a opção D traz a indicação
mais consistente. Resposta: letra D.

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36
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ

36 – Analise o seguinte quadro: dá entrada no Hospital Universitário um Recém-Nascido (RN) a termo, trazido em ambulância, por ter nascido no domicílio há 30 horas. Ao exame, observa-se coto umbilical com hiperemia e secreção sanguinolenta. A melhor conduta, após a internação e debridamento amplo, é administrar ao RN:

a) Penicilina G cristalina.
b) Gamaglobulina antitetânica.
c) Cefepima.
d) Gamaglobulina antitetânica, se mãe não imunizada.
e) Penicilina G cristalina e gamaglobulina antitetânica.

A

Esta questão trouxe um enunciado bem curto e pouco elucidativo. Porém, ao olharmos as possíveis respostas, perceberíamos que o tema aqui é: tétano
neonatal.

O quadro de tétano neonatal acomete o recém-nascido e tem como manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. A transmissão ocorre por contaminação durante a manipulação do cordão umbilical ou por meio de procedimentos inadequados realizados no coto umbilical, utilizando-se artefatos contaminados com esporos. O período de incubação costuma ser de 7 dias, podendo variar de 2 até 28 dias.

A questão traz uma criança com apenas 30 horas de vida, o que foge um pouco dessa faixa. Além disso, não há manifestações clínicas além dos sinais de infecção do coto umbilical. As manifestações clínicas iniciam-se com choro constante, irritabilidade, dificuldade para mamar e abrir a boca (pelo trismo), seguida de rigidez de nuca, tronco e abdome. O quadro evolui com o estabelecimento de hipertonia generalizada, hiperextensão dos membros inferiores e hiperflexão dos membros superiores, com as mãos fechadas, flexão dos punhos (atitude de boxeador), paroxismos de contraturas, rigidez da musculatura dorsal (opistótono) e intercostal, causando dificuldade respiratória. Toda a musculatura da mímica facial também estará contraída. As contrações de musculatura abdominal podem ser confundidas com cólicas. Nada disso está presente na história! O que encontramos são apenas sinais de uma onfalite.

Ainda assim, a banca recomendou o tratamento de um caso suspeito de tétano neonatal. Isso é feito pela imunização passiva e antibioticoterapia, sendo a penicilina cristalina a droga de escolha.

Resposta: letra E.

37
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1)

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO – SP

37 – A respeito do calendário vacinal recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, assinale a CORRETA:

a) A indicação da vacina antipólio inativada ou da vacina oral deve ficar a critério de cada serviço ou do pediatra.

b) O intervalo mínimo entre as doses da vacina contra
rotavírus é de três semanas.

c) A vacina da febre amarela não deve ser administrada no mesmo dia que a tríplice viral pelo risco de interferência e diminuição de imunogenicidade.
d) A vacina contra varicela, quando aplicada em dose única, não é eficaz na prevenção de formas graves da doença.
e) A aplicação de três doses da vacina contra Haemophilus b acelular é suficiente para proteger contra o ressurgimento de doença invasiva por essa bactéria em longo prazo.

A

As questões sobre o tema imunizações ora abordam o calendário, ora abordam alguns aspectos conceituais sobre cada imunobiológico. Vejamos cada uma das afirmativas.

Opção A: ERRADA. As duas primeiras doses do esquema devem ser feitas com a vacina inativada contra poliomielite. A terceira dose e os reforços podem ficar a critério de cada pediatra/serviço, segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A recomendação de administrar as duas primeiras doses com a vacina inativada baseia-se na observação de que existe um maior risco de paralisia flácida pelo vírus vacinal no início do esquema. Quando o esquema é iniciado com a vacina inativada, o risco desse evento nas doses subsequentes com a poliomielite oral é muitíssimo reduzido. Desde 2016, as três primeiras doses (2, 4 e 6 meses) da imunização contra a poliomielite passaram a ser feitas com a VIP (vacina inativada).

Opção B: ERRADA. O intervalo mínimo entre as doses da vacina oral contra rotavírus humano é de quatro semanas.

Opção C: CERTA. A vacina da febre amarela não deve ser administrada no mesmo dia que a vacina tríplice viral e nem no mesmo dia que a vacina tetra viral nas crianças menores de 2 anos que estejam recebendo essas vacinas pela primeira vez. Já houve época em que a recomendação era de que as vacinas poderiam ser administradas simultaneamente ou com intervalo de 15 dias entre as doses, mas a recomendação não é mais essa.

Opção D: ERRADA. A SBP recomenda que sejam
administradas duas doses da vacina contra varicela.
O uso de uma dose da vacina é bastante eficaz na
prevenção das formas graves da doença, mas o uso
de duas doses se justifica pela ocorrência de formas
leves da doença em crianças que receberam apenas
uma dose da vacina. Lembre-se de que pelo Programa Nacional de Imunizações, as crianças recebem apenas uma dose da vacina contra varicela (na tetra viral) aos
15 meses. Opção E: ERRADA. Nas clínicas particulares
encontramos uma vacina combinada com DTPa e hemófilo tipo B (Hib). Quando essa vacina for utilizada, a criança deverá receber um reforço da vacina contra hemófilo aos 15 meses, como forma de garantir a diminuição do risco de doença invasiva pelo Hib em longo prazo.

Resposta: letra C.

38
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO CARLOS – SP

38 – A vacina contra hepatite B deve ser aplicada em:

a) Dose dupla para paciente renal crônico.
b) Imediatamente após acidente percutâneo.
c) Dose de 1 ml para todo RN filho de mãe AgHBs + nas primeiras 12 horas.
d) Todas são corretas.

A

Mais uma questão sobre indicações de vacinação contra a hepatite B. Vamos às alternativas:

Letra A: Os pacientes nefropatas crônicos, com síndrome nefrótica ou em diálise têm indicação de receber 4 aplicações da vacina contra a hepatite
B em dose dobrada – CORRETA.

Letra B: Em caso de acidente com exposição a material biológico de paciente sabidamente hepatite B positivo, a indicação de vacinação depende da história vacinal e da suscetibilidade do indivíduo acidentado. Caso o indivíduo seja vacinado e tenha títulos de anti-HBs iguais ou acima de 10 UI/ml, não há necessidade de vacinação ou aplicação de imunoglobulina – INCORRETA.

Letra C: Recém-nascidos filhos de mães HBsAg positivo devem receber vacina contra a hepatite B, na dose de 0,5 ml, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida, associada a imunoglobulina específica – INCORRETA.

Letra D: INCORRETA.

Resposta: alternativa A.

39
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 2) UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – SP

39 – Desde o segundo semestre de 2012, o Estado de São Paulo introduziu para a primeira e segunda dose de vacina contra poliomielite a Vacina Inativada contra Poliomielite (VIP) no calendário estadual das crianças. Em 2013, a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite foi realizada em única fase, utilizando a Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) no mês de junho. A explicação para estas alterações considera que:

a) A mudança da vacina oral para a vacina inativada foi para diminuir os custos e a estratégia de campanha em fase única aconteceu devido à diminuição de casos no mundo, portanto reduziu-se o risco reintrodução do vírus selvagem.
b) A primeira mudança ocorreu pela preocupação com a paralisia pós-vacinal enquanto evento adverso da VOP, que embora seja evento raro, é grave e a segunda para diminuir custos operacionais com campanhas.
c) A primeira estratégia está sendo realizada por causa da preocupação com a paralisia pós-vacinal enquanto evento adverso da VOP e a segunda devido à ausência de risco de reintrodução do vírus selvagem no Brasil.
d) A mudança da VOP para VIP ocorreu para diminuir os riscos da paralisia pós-vacinal, ainda que rara, e a segunda porque devido à heterogeneidade da cobertura no país é necessária ainda uma etapa de campanha.

A

Como indicado no próprio enunciado, o esquema de vacinação contra poliomielite do Programa Nacional de Imunizações foi modificado em agosto de 2012. Desde então, recomenda-se que as duas primeiras doses do esquema, aos dois e quatro meses, sejam feitas com a vacina inativada; a terceira dose, aos seis meses, e os reforços, aos 15 meses e 4 anos, devem ser feitos com a vacina oral contra poliomielite. Contudo, desde 2016, as três primeiras doses (2, 4, e 6 meses) passaram a ser feitas com a VIP e apenas as doses de reforço (15 meses, 4 anos) e doses de campanhas passaram a ser feitas com a VOP. A introdução da vacina inativada nas duas primeiras doses do esquema tem como objetivo diminuir o risco, já pequeno, de paralisia flácida associada à vacina. O risco é maior nas primeiras doses; quando o esquema é iniciado com a vacina inativada, o risco é praticamente abolido. As campanhas nacionais de vacinação devem continuar ocorrendo pois, no Brasil, ainda que tenhamos uma alta cobertura vacinal, esta ainda é heterogênea. Por esse motivo, podem ser reunidas condições favoráveis para o surgimento de bolsões de suscetíveis não vacinados. Nesse sentido, as campanhas auxiliam a evitar a reintrodução do vírus selvagem a partir dos países endêmicos. Desde janeiro de 2016, o Ministério da Saúde passou a recomendar que as três primeiras doses da vacina antipólio (2, 4 e 6 meses) sejam feitas com a VIP (vacina inativada).

Resposta: letra D.

40
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL NACIONAL DO CÂNCER – RJ

40 – Criança de 4 meses evoluiu com episódio de síndrome hipotônica-hiporresponsiva nas primeiras 24 horas após a vacinação com DPT celular. Aos 6 meses deverá ser indicada:

a) DPT celular.
b) DPT acelular.
c) dT.
d) DT.

A

A vacina Tríplice Bacteriana Celular (DTP), que integra a pentavalente, é sabidamente uma vacina bastante reatogênica. Vários de seus eventos adversos relacionam-se com o sistema nervoso central e a ocorrência de alguns deles implica na adoção de modificações no esquema vacinal subsequente. Quando a criança apresenta convulsão nas 72 horas subsequentes à vacina ou episódio hipotônico-hiporresponsivo nas 48 horas subsequentes, o esquema é continuado com a vacina Tríplice Bacteriana Acelular (DTPa). Já quando a criança apresenta encefalopatia até sete dias após a vacina, o componente pertussis não é mais feito e a criança segue o esquema com a vacina DT (opção C correta). Vale lembrar que quando a DTPa ou a DT forem usadas em substituição à pentavalente, a criança deverá receber as vacinas contra hemófilo tipo B e hepatite B. Assim, a criança que apresentou síndrome hipotônica-hiporresponsiva – caracterizada por diminuição do tônus muscular, hiporresponsividade ou ausência de resposta a estímulos e alteração na cor da pele (palidez ou cianose) – deve continuar o esquema com a vacina DTP acelular.

Resposta: letra B.

41
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – MG

41 – Qual das medidas abaixo é considerada a MENOS EFICAZ na prevenção da incidência e prevalência da tuberculose?

a) Melhoria das condições de vida.
b) Procura e tratamento dos casos.
c) Tratamento da infecção latente.
d) Vacinação com BCG intradérmico.

A

Você está lembrado de qual é a grande razão para aplicarmos a vacina BCG? Prevenirmos as formas graves da infecção tuberculosa, que são a tuberculose miliar e tuberculose meníngea. A vacina BCG não interrompe a cadeia de transmissão do M. tuberculosis, pois não evita a infecção pelo agente. As estratégias mais eficazes para a diminuição da incidência e prevalência da afecção incluem as outras estratégias listadas. Vale lembrar que a busca ativa dos sintomáticos respiratórios com a identificação precoce dos casos bacilíferos é uma medida fundamental para interromper a cadeia de transmissão e reduzir a incidência da doença em longo prazo.

Resposta: letra D.

42
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR – MG

42 – Marque a alternativa CORRETA. A vacina indicada para imunodeprimidos é:

a) DTP.
b) Poliomielite (oral).
c) Sarampo.
d) Febre amarela.

A

Pacientes imunodeprimidos não podem receber vacinas vivas atenuadas, apenas vacinas não vivas ou inativadas, porque há o risco de o agente vacinal ocasionar a doença neste grupo de pacientes.

As vacinas VOP, sarampo (Tríplice viral) e febre amarela são vacinas vivas atenuadas.

A vacina DTP, por sua vez, é uma associação dos toxoides diftérico e tetânico, com a Bordetella pertussis inativada, portanto, é uma vacina não viva e que é indicada aos pacientes imunodeprimidos. A DTP celular, em geral, não está contraindicada, mas dá-se preferência à vacina acelular, quando disponível.

Resposta correta: letra A.

43
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DILSON GODINHO – MG

43 – Recém-nascido, prematuro de 34 semanas de idade gestacional, filho de mãe HBsAG positiva, nasce com peso de 1.800 g e clinicamente bem. Qual a melhor conduta inicial para este bebê?

a) Imunoglobulina (IGHB) postergando a primeira dose da vacina anti-hepatite B para quando completar 2 quilos.
b) Imunoglobulina (IGHB) e vacina anti-hepatite B nas primeiras 12 horas de vida independentemente do peso e da idade gestacional.
c) Vacina anti-hepatite B nas primeiras 2 horas, uma vez que para paciente prematuro está contraindicado o uso de imunoglobulina.
d) Imunoglobulina (IGHB) postergando a primeira dose da vacina anti-hepatite B para quando completar 35 semanas de idade gestacional.

A

A imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB) deve ser feita preferencialmente nas primeiras 12 a 24 horas de vida para recém-nascidos de qualquer peso ou idade gestacional, filhos de mãe Ag HBs positivas. A vacina anti-hepatite B deve ser feita para TODOS os neonatos, independente da idade gestacional ou peso, ou sorologia materna.

Resposta: letra B.

44
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DILSON GODINHO – MG

44 – Um cão doméstico, sem suspeita de raiva, causa um ferimento superficial, único e pouco extenso no tórax de seu dono, um homem de 21 anos. O cão vive em seu quintal, sempre fechado, e o homem não possui nenhuma comorbidade. Em relação à melhor conduta preconizada pelo Ministério da Saúde sobre o esquema para profilaxia da raiva humana com vacina de cultivo celular, assinale a alternativa CORRETA:

a) Lavar com água e sabão; iniciar esquema profilático com 2 doses de vacina e observar o animal durante 5 dias, para avaliar próximas condutas.
b) Iniciar esquema profilático com 3 doses de vacina e observar o animal durante o período de 10 doses, a fim de decidir as próximas medidas.
c) Além de lavar o ferimento com água e sabão, o animal deverá ser observado durante 10 dias após a exposição; se o animal permanecer sadio no período de observação, pode-se encerrar o caso; se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, administrar 5 doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).
d) Limpar a ferida com degermante; observar o animal durante 10 dias após a exposição; iniciar o esquema profilático com 3 doses de vacina e aguardar evolução do paciente e do animal.

A

A definição de nossa conduta para a profilaxia antirrábica dependerá, basicamente, de duas informações:

  • o tipo de acidente (que pode ser o contato indireto, acidente leve ou acidente grave) e
  • a situação do animal agressor (situação 1: cão ou gato sem suspeita de raiva no momento da agressão; situação 2: cão ou gato clinicamente suspeito de raiva no momento da agressão; e situação 3: cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto; animais silvestres, inclusive os domiciliados; animais domésticos de interesse econômico ou de produção).

No caso apresentado temos um paciente que apresenta um ferimento que caracteriza um acidente leve. Os acidentes leves incluem os ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos, polpas digitais e planta dos pés); podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dente; e também a lambedura de pele com lesões superficiais.

Neste cenário, quando o cão ou gato não tem suspeita de raiva no momento da agressão, a recomendação é apenas lavar a lesão com água e sabão e observar o animal durante 10 dias após a exposição:

  • se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso;
  • se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, administrar 5 doses de vacina. Isto está corretamente descrito na opção C.

Desde 2016, em razão do desabastecimento estadual com a vacina celular contra a raiva, o Ministério da Saúde tem recomendado 4 doses da vacina para profilaxia pós-exposição como esquema alternativo.

Resposta: letra C

45
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFU – MG

45 – Cíntia, 2 meses, irá receber hoje as vacinas pelo Programa Nacional de Imunização: pentavalente; rotavírus; poliomielite e pneumococo. Todas as alternativas abaixo representam reações colaterais (provocadas pelo componente pertussis) das primeiras 48 horas após a vacinação, EXCETO:

a) Febre alta.
b) Tosse coqueluchoide seguida de vômitos.
c) Choro intenso e incontrolável por mais de 3 horas.
d) Episódio hipotônico-hiporresponsivo.
e) Convulsão.

A

O componente pertussis da vacina pentavalente pode ocasionar alguns efeitos adversos, como:

  • febre, vômitos, choro persistente e sonolência, que não contraindicam o uso da vacina pentavalente com a DTP celular;
  • episódio hipotônico-hiporresponsivo e convulsões, que indicam a necessidade de uso da DTP acelular nas doses subsequentes; e encefalopatia, que indica a necessidade de uso da DT para completar o esquema.

Em caso de reação alérgica do tipo I, há contraindicação de uso a DTP seja celular ou acelular, DT, dT e TT.

Em caso de tosse coqueluchoide seguida de vômito, deve-se pensar em síndrome coqueluchoide ou coqueluche-like.

Portanto, resposta letra B.

46
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL – RS

46 – Sobre imunização, considere as assertivas abaixo:

I. É uma das formas de melhor relação custo-efetividade para prevenir morbidade e mortalidade por doenças infecciosas;

II. A imunização de rotina, principalmente em crianças, gerou reduções de 90%, ou mais, nos casos notificados de sarampo, caxumba, poliomielite, tétano, difteria e síndrome da rubéola congênita;

III. Nos adultos, as vacinas que contêm adjuvantes devem ser injetadas por via intramuscular, preferencialmente no músculo deltoide.

Quais estão CORRETAS?

a) Apenas II.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

A

Todas as afirmativas estão CORRETAS e abordam aspectos conceituais e práticos referentes às imunizações. A vacinação é uma das estratégias de melhor relação custo-efetividade no controle das doenças infecciosas.

Todas as vacinas introduzidas no calendário básico do Programa Nacional de Imunizações passam por essa avaliação e esse é um dos critérios utilizados para definir quais passarão a integrar esse calendário (afirmativa I correta).

A vacinação em larga escala foi capaz de promover um imenso decréscimo na notificação de várias doenças. Algumas delas estão mesmo erradicadas de nosso país há vários anos, como a poliomielite. Não podemos, entretanto, relaxar. Enquanto houver circulação de todos esses agentes no mundo, são necessárias altas taxas de cobertura vacinal, diminuindo o risco de reintrodução da circulação de qualquer agente em nosso meio (afirmativa II correta; surgiram muitos questionamentos na época do concurso em relação ao uso do termo notificação por conta da inclusão da caxumba dentre as doenças, mas, ainda assim, há redução no número de casos). Os adjuvantes são compostos adicionados à formulação de algumas vacinas de agentes não vivos que têm como objetivo atuar como imunopotencializadores.

As vacinas com adjuvante devem ser administradas por via intramuscular. Nos indivíduos com mais de dois anos, as vacinas administradas por essa via são feitas no músculo deltoide (afirmativa III correta).

Resposta: letra E.

47
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA DO PARANÁ – PR

47 – São falsas contraindicações à realização de vacinas todas as estimativas abaixo, EXCETO:

a) História familiar de convulsões.
b) Exposição recente a doenças infecciosas.
c) Reação de hipersensibilidade após administração de imunobiológico.
d) Gravidez da mãe ou de outro contato domiciliar.
e) Convalescença de doenças agudas.

A

Não são contraindicações à vacinação: doença febril leve, como diarreias e resfriados, período de convalescença após doenças agudas, antecedente familiar de convulsão, morte súbita ou efeito adverso à vacinação, história de reação local à vacina, ou de febre após a administração de vacina, alergia a penicilina, e outras. A história de hipersensibilidade após uso de imunobiológico é, de fato, uma contraindicação real à vacinação.

Portanto, resposta correta: letra C.

48
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UEL – PR

48 – Há antígenos que, administrados ao ser humano, provocam resposta predominante de tipo IgM, de curta duração, além de não induzirem memória imunológica. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a natureza desses antígenos:

a) Peptídeos de cadeia longa.
b) Proteínas de cadeia curta.
c) Polissacarídeos isolados.
d) Polissacarídeos conjugados a proteínas.
e) Monossacarídeos conjugados a proteínas.

A

Os peptídeos e as proteínas são potentes, uma vez que incitam uma resposta imunológica T-dependente e, portanto, desencadeiam uma proteção prolongada durante anos. Os antígenos polissacarídicos provocam resposta T-independente e são capazes de estimular apenas os linfócitos B, induzindo a uma imunidade ineficaz em crianças menores de 2 anos e de curta duração. Quando conjugamos polissacarídeos a proteínas, induzimos uma resposta imune T-dependente duradoura e eficaz.

Resposta correta: letra C.

49
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL ANGELINA CARON – PR

49 – São vacinas introduzidas no calendário nacional de imunizações no ano de 2014:

a) Vacina do rotavírus.
b) Vacina da hepatite A e do HPV.
c) Vacina da varicela e rotavírus.
d) Vacina da meningite e varicela.
e) Vacina pneumo-13 valente.

A

As únicas vacinas que foram acrescentadas ao PNI em 2014 foram a vacina da hepatite A (1 dose aos 12 meses) e a vacina contra HPV.

A vacina para varicela foi incluída no PNI em setembro de 2013.

A vacina para pneumococo disponível no PNI é a Pneumo-10 e não pneumo-13 e ela foi incluída no calendário do SUS em março de 2010.

Já a vacina meningocócica foi introduzida no segundo semestre de 2010.

A vacina contra o rotavírus foi disponibilizada no SUS a partir de 2006.

50
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 2) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UEL – PR

50 – Em relação à BCG, assinale a alternativa INCORRETA:

a) A BCG protege contra manifestações graves da primoinfecção por Mycobacterium tuberculosis, como a disseminação hematogênica e meningoencefalite, mas não evita a infecção por Mycobacterium tuberculosis.
b) O peso menor que 2 kg é contraindicação relativa.
c) As reações adversas à BCG são raras.
d) A BCG é indicada em crianças sintomáticas pela infecção pelo HIV.
e) Imunodeficiências primárias com comprometimento de células T é uma contraindicação absoluta para a vacinação.

A

Vamos às alternativas:

Letra A) A vacina BCG não é capaz de reduzir a incidência da tuberculose em geral, mas atua reduzindo a disseminação hematogênica do bacilo e consequentemente, a incidência de formas graves (meningoencefalite e tuberculose miliar) - CORRETA.

Letra B) Crianças abaixo de 2 quilos não devem receber a vacina até alcançarem este peso - CORRETA.

Letra C) A ocorrência de efeitos adversos como abscessos subcutâneos, linfonodomegalia e úlceras grandes é rara - CORRETA.

Letra D) Pacientes HIV positivos e sintomáticos não devem receber a BCG. Crianças expostas verticalmente ao HIV devem receber a vacina logo após o nascimento - INCORRETA.

Letra E) Outra contraindicação absoluta à administração da BCG é o diagnóstico de imunodeficiência primária - CORRETA.

Resposta da questão: D.

51
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL ESTADUAL DO ACRE – AC

51 – Em relação à vacina antipneumocócica 10-valente, é INCORRETO afirmar:

a) Induz resistência ao S. pneumoniae contra a penicilina.
b) É eficaz em reduzir em torno de 50% dos casos de otite média aguda pneumocócica.
c) Modificou a etiologia das IVAS, nos locais onde faz parte do calendário oficial de vacinação pública.
d) Aumenta a incidência de IVAS por sorotipos não contidos na vacina.

A

A vacina antipneumocócica 10-valente é composta por 10 sorotipos de S. pneumoniae. Ela exerce proteção contra doenças invasivas pneumocócicas e otites médicas ocasionadas pelos sorotipos da vacina. A eficácia de soroconversão é alcançada em mais de 90% dos pacientes após o esquema completo. Em países em que tal vacina é administrada há mais tempo, a etiologia das IVAS é comumente relacionada ao Haemophilus influenzae não tipável e outros sorotipos do pneumococo não contemplados pela vacina.

Resposta: letra A.

52
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ – AL

52 – Sobre a difteria, é CORRETO afirmar que:

a) A imunização ativa pode dar-se através de infecções
inaparentes, e depende da maior ou menor exposição
dos indivíduos.

b) O toxoide diftérico não é mais utilizado correntemente.
c) A doença confere imunidade duradoura.
d) Com os novos antimicrobianos, o uso do soro antidiftérico tornou-se desnecessário.

A

A difteria é uma doença causada pelo bacilo Gram-positivo Corynebacterium diphtheriae, cujo reservatório exclusivo são as mucosas e a pele do homem. Uma importante fonte de transmissão da doença são os portadores assintomáticos do agente no trato respiratório. A doença provoca imunização ativa do paciente, porém não confere imunidade permanente, devendo o indivíduo infectado continuar seu esquema vacinal conforme o recomendado após a alta hospitalar. O tratamento é feito com soro antidiftérico
que deve ser administrado precocemente, e a prevenção se dá pela vacinação. A vacina Pentavalente é constituída pela Tríplice Bacteriana (DTP), pelo Hib e pela hepatite B. A DTP é uma associação dos toxoides diftérico e tetânico com a
Bordetella pertussis inativada.

Resposta correta: letra A.

53
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS – AM

53 – A Portaria 3.318 de Outubro de 2010 do Ministério
da Saúde institui, em todo território nacional, o calendário básico de vacinação. De acordo com este calendário, as vacinas indicadas no pré-natal de baixo risco são:

a) Dupla bacteriana e contra hepatite B.
b) Anti-influenzae e tríplice viral.
c) Contra hepatite B e tríplice viral.
d) Contra febre amarela e contra varicela.

A

As vacinas preconizadas para gestantes em pré-natal de baixo risco são a dupla bacteriana, a anti-influenza e a vacina contra hepatite B. A vacina dT é indicada para a proteção da gestante contra o tétano acidental e a prevenção do tétano neonatal. A vacina contra a influenza é recomendada a todas as gestantes em qualquer período gestacional. O PNI disponibiliza esta vacina na rede pública de saúde a todas as gestantes durante a campanha anual contra influenza sazonal. O esquema consta de uma dose no período da campanha. Por considerar os riscos da gestante não vacinada de contrair hepatite B e de haver transmissão vertical, o PNI reforça a importância de que a gestante receba a vacina contra a hepatite B após o primeiro trimestre de gestação, independentemente da faixa etária. As vacinas virais vivas que contêm os componentes do sarampo, da rubéola, da caxumba e
da febre amarela não são recomendadas em situações
normais. Contudo, quando for alto o risco de ocorrer a
infecção natural pelos agentes dessas doenças (viagens a áreas endêmicas ou vigência de surtos ou epidemias), deve-se avaliar cada situação, sendo válido optar-se pela vacinação quando o benefício for considerado maior do que o possível risco.

Resposta correta: letra A.

54
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO AMAPÁ – AP

54 – Criança de 1 ano e 4 meses é levado à UBS
onde você realiza o internado de medicina preventiva, por conta de quadro gripal. Alimentação da criança variada, vacinas realizadas até 1 ano de idade. Ao exame, menor eupneica; hidratada; anictérica; acianótica; afebril, boa interação com o meio, desenvolvimento neuropsicomotor adequado para idade; AP: MV presente bilateralmente com roncos de transmissão; AC: BCNF RCR 2T S/Sopro; abdome flácido sem megas ou massas; extremidades sem alterações. Qual das alternativas abaixo é contraindicação para realização de vacinas?

a) Quadro gripal.
b) Diarreia.
c) Uso crônico de corticoide inalatório.
d) Pneumonia em tratamento.
e) Eczemas em áreas extensoras.

A

Em nenhuma das alternativas temos situação de contraindicação absoluta à vacinação. Uma situação em que se deve adiar a vacina é a pneumonia, já que trata-se de uma doença febril grave ou com temperatura acima de 37,5°C. Isso ocorre em função da
possibilidade de confundimento entre os sintomas pertencentes à doença infecciosa intercorrente e os efeitos adversos da vacina. Quadro gripal, diarreia, eczemas ou uso de corticoide inalatório não implicam adiamento da administração de vacina. O uso de corticoide só é contraindicação quando utilizado via sistêmica em dose imunossupressora.

Resposta correta: letra D.

55
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL SANTA MARTA – DF

55 – Nos últimos quinze anos, ocorreram modificações importantes no esquema rotineiro de vacinação das crianças. Foi introduzida, aos quinze meses de idade, a tríplice viral, que protege contra:

a) Rubéola, hepatite B e sarampo.
b) Sarampo, caxumba e rubéola.
c) Hepatite A, rubéola e gripe.
d) Poliomielite, sarampo e rubéola.
e) Rubéola, caxumba e poliomielite.

A

Questão fácil! A vacina Tríplice Viral (SRC) protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. No entanto, no ano de 2014 houve modificações no calendário vacinal do Ministério da Saúde e a tríplice viral passou a ser administrada aos 12 meses, enquanto que aos 15 meses faz-se a Tetra viral (SRC + varicela).

Resposta certa: letra B.

56
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS – DF

56 – Ao ser indagado pelos pais acerca da profilaxia da hepatite B, o pediatra deve afirmar que a vacina deve ser dada:

a) Logo ao nascimento, mas apresenta baixa proteção
caso a mãe tenha contraído a doença na gestação. Na
adolescência, são três doses, a depender da situação
vacinal. O melhor indicador de proteção é a dosagem
do marcador viral: o anticorpo contra o antígeno de
superfície do vírus.

b) No segundo mês de vida, pois não apresenta proteção no período neonatal, caso a mãe tenha contraído a doença, sendo indicada nesse caso a aplicação de imunoglobulina específica em dose única até 72 horas de vida. O reforço é administrado na adolescência, dependendo da situação vacinal. O melhor indicador de proteção é a dosagem do anti-HBc.
c) Logo ao nascimento, pois apresenta alta proteção mesmo que a mãe tenha contraído a doença na gestação. O reforço é dado com a vacina pentavalente. O melhor indicador de proteção é a dosagem do marcador viral anti-HBsAg.
d) Em até doze horas de vida, pois apresenta alta proteção, mesmo que a mãe tenha contraído a doença. Não é necessário reforço. Na adolescência são duas doses, a depender da situação vacinal. O melhor indicador de proteção é a dosagem do anti-HBsAg.
e) Logo ao nascimento caso a sorologia materna do pré-natal seja positiva, pois apresenta alta proteção. Caso contrário, deve-se aplicá-la no segundo mês de vida com reforço na adolescência a depender da situação vacinal. O melhor indicador de proteção é a dosagem do marcador viral de superfície.

A

É sabido que a vacina contra hepatite B deve ser administrada o mais precocemente possível, preferencialmente dentro das primeiras 12 horas após o nascimento. O objetivo desta intervenção é prevenir a transmissão vertical do vírus, pois sabe-se que um percentual alto das crianças infectadas no primeiro
ano de vida irão desenvolver infecção crônica. A transmissão pode ocorrer quando a mãe for portadora crônica do vírus e é especialmente elevada quando esta for HBeAg positivo, pois o marcador correlaciona-se com a replicação viral e elevada viremia e infectividade. A vacina é bastante eficaz na prevenção da infecção (mesmo se a infecção materna tiver ocorrido durante a gestação) e quando a mãe é sabidamente portadora crônica do vírus, recomenda-se também a administração da imunoglobulina hiperimune contra o vírus da hepatite B. Além da dose feita ao nascer, o Ministério da Saúde recomenda que sejam feitas mais 3 doses da vacina, na forma da pentavalente (aos 2, 4 e 6 meses). Após os cinco anos de idade, os indivíduos não vacinados (incluindo os adolescentes), recebem apenas 3 doses da vacina contra hepatite B (esquema 0-1-6). O marcador que indica a proteção é o anti-HBs (lembre-se de que vacina contém apenas o HBsAg).

Resposta: letra C.

57
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTÔNIO DE MORAES – ES

57 – Em relação à vacinação, podemos afirmar:

a) Vacinas com vírus vivos atenuados tendem a induzir
respostas imunes de curta duração e logo tendem a
exigir múltiplas doses para induzir uma resposta imune
adequada.

b) As vacinas com vírus vivos atenuados, recomendadas rotineiramente, para crianças e adolescentes incluem as de sarampo, caxumba e rubéola (MMR), rotavírus e varicela.
c) As crianças que recebem quimioterapia para leucemia não devem mais receber vacinas com vírus vivos atenuados e por vacinas inativadas mesmo após término do tratamento.
d) Todos os lactentes com baixo peso ou pré-termo nascidos de mãe positiva para HBsAg não devem receber vacina para hepatite B.
e) A aplicação simultânea de várias vacinas deve ser evitada, pois geralmente não são seguras e diminui a eficácia.

A

As vacinas com agentes vivos produzem uma “infecção” parecida com a natural, porém mais branda, por isso, produzem imunidade a longo prazo. São exemplos de vacinas vivas: BCG; sarampo; rubéola;
caxumba; febre amarela; poliomielite oral; rotavírus e varicela. São exemplos de vacinas inativadas ou não vivas: coqueluche; vacina inativada contra poliomielite; tétano; difteria; influenza; hepatite B; antipneumocócica; meningocócica e Haemophilus influenzae do tipo B. As vacinas de agentes vivos atenuados não devem ser administradas em pacientes com imunodeficiência ou imunossupressão, porém as vacinas inativadas são permitidas para tais pacientes. As vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunizações podem ser administradas simultaneamente em um mesmo dia, em diferentes locais ou vias, somente havendo uma exceção: as vacinas contra a febre amarela e tetraviral/tríplice viral não podem ser administradas no mesmo dia, devendo haver um intervalo de 30 dias entre elas. Com relação à vacina contra a hepatite B, crianças prematuras ou com menos de 2 kg ao nascimento devem receber o esquema composto por 4 doses (0, 1, 2 e 6-7 meses).

Resposta correta: letra B.

58
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS – GO

58 – No caso de mordeduras humanas e de animais, além das profilaxias vacinais pertinentes, deve ser considerada a cobertura de Pasteurella multocida (Red Book, 2012). O antimicrobiano indicado para tal cobertura é:

a) Cefalexina.
b) Azitromicina.
c) Amoxicilina + clavulanato.
d) Ceftriaxona.

A

As lesões por mordedura, sejam elas humanas ou de animais, podem acarretar infecções de caráter polimicrobiano na grande maioria dos casos, havendo risco de celulite, abscessos e osteoartrite. Entre as mordeduras de cães e gatos, as bactérias mais comuns são a Pasteurella multocida, o Bacteroides spp. (não fragilis), o Fusobacterium spp. e, eventualmente, estreptococos. Para antibioticoprofilaxia e terapia de infecções por esses micro-organismos, como primeira escolha, temos a associação de antibiótico betalactâmico com inibidor de betalactamase, como a amoxicilina + clavulanato, que deve ser prescrita por via oral na dose de 50 mg/kg/dia durante 5 a 7 dias.

59
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1) SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS – GO

59 – A vacinação é uma medida preventiva extremamente eficaz na erradicação e no controle de doenças imunopreveníveis. No Brasil, o calendário vacinal definido pelo Ministério da Saúde estabelece:

a) A ênfase no calendário vacinal do idoso deve ser dada às vacinas que protegem contra hepatite B, febre amarela, difteria e tétano, pneumonia e influenza sazonal e epidêmica.

b) A vacina do rotavírus humano deve ser aplicada em
crianças e adolescentes até os 19 anos de idade, por ser a faixa etária mais vulnerável às complicações da doença, que podem levar ao óbito.

c) A vacina que protege contra a varicela deve estar disponível nos postos de saúde para crianças a partir dos doze meses de vida.
d) A vacina contra a febre amarela será retirada do calendário vacinal de crianças e adolescentes, no ano de 2015.

A

Vamos analisar as alternativas sobre o calendário vacinal do Ministério da Saúde:

A - CORRETA. Estão preconizadas para o idoso com
idade igual ou acima de 60 anos as vacinas contra
a hepatite B, dupla bacteriana tipo adulto (dT), anti-
-influenza, antipneumocócica e febre amarela nas regiões endêmicas para a doença.

B - INCORRETA. A vacina contra rotavírus humano (VORH) deve ser aplicada exclusivamente em lactentes, com idades de 2 meses (máximo de 3 meses e 15 dias) e 4 meses (máximo de 7 meses e 29 dias).

C - INCORRETA. A vacina contra varicela deve ser administrada a crianças aos 15 meses, sob a forma de tetra viral.

D - INCORRETA. A vacina contra a febre amarela pode ser administrada a partir dos 9 meses, em crianças residentes em áreas endêmicas para a doença.

Gabarito: letra A.

60
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 (ACESSO DIRETO 1)
COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA DO MATO GROSSO DO SUL – MS

60 – São contraindicações absolutas ou precauções para administrações adicionais da vacina anti-pertussis, EXCETO:

a) Encefalopatia dentro de 7 dias após vacinação.
b) Febre “igual ou maior a” 40,5°C sem outra causa provável até dois dias após a vacinação.
c) História familiar de convulsão.

d) Choro ou gritos, persistente e inconsolável, por mais
de 3 horas após vacina.

A

Encefalopatia nos primeiros 7 dias contraindica a administração do componente pertussis e indica o uso da dupla infantil (DT) nas doses subsequentes. Febre
acima de 38,5 graus indica a necessidade de se administrar antitérmico profilático. Choro persistente, isto é, com duração superior a 3 horas, de forma contínua e incontrolável dentro das primeiras 24h após a vacinação, deve-se tratar com analgésicos, não contraindicando doses subsequentes. História familiar de convulsão não implica cuidado especial, nem contraindica a vacinação com a DTP celular.

Resposta: letra C.

61
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA
UNICAMP – SP

61 – Você é chamado para avaliar um recém-nascido com
2 horas de vida, cuja mãe é portadora de hepatite B. Sorologias
maternas: HBsAG = positivo; HBeAG = negativo
e anti-HBe = positivo. A CONDUTA EM RELAÇÃO À
CRIANÇA É:
a) Administrar imunoglobulina nas primeiras 72 horas após
o nascimento.
b) Administrar imunoglobulina e vacina para hepatite B
nas primeiras 72 horas de vida.
c) Administrar vacina para hepatite B nas primeiras 72
horas de vida.
d) Administrar imunoglobulina e vacina para hepatite B
nas primeiras 12 horas de vida.

(ACESSO DIRETO 1)

A

A conduta básica PARA O RECÉM-
-NASCIDO perante uma potencial exposição vertical ao vírus
B (mãe HBsAg) consiste na administração da vacina recombinante
contra o HBV junto com a imunoglobulina hiperimune
(HBIg) nas primeiras 12h de vida (idealmente ainda na sala de
parto e em grupamentos musculares diferentes). Quando a
mãe é HBeAg ou tem carga viral elevada (> 1.000.000 UI/ml),
devemos fazer também TENOFOVIR a partir da semana
28 de gestação, mesmo que a mãe não possua — de outro
modo — indicação de tratamento. Se este for o caso, o TDF
poderá ser suspenso 30 dias após o parto. Se a mãe possuir
indicação de tratamento da hepatite B, este poderá ser feito
desde o início da gestação (e mantido após o parto) com
TDF. Perceba que o enunciado não faz menção à carga
viral da mãe, que deveria ter sido dosada (haja vista que
o HBeAg foi negativo. Se o HBeAg tivesse sido positivo
não seria necessário dosar carga viral). De qualquer modo,
melhor resposta: D.

62
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – SP

62 – Uma criança de 1 ano e 2 meses tem suspeita de
rubéola, que foi descartada devido a seu histórico vacinal
completo e em dia. Descartou-se a rubéola, pois:
a) A vacina SCR é dada no 9o mês.
b) A vacina SCR é dada no 12o mês.
c) A vacina SCR é dada no 2o, 4o e 6o meses.
d) A vacina SCR é dada no 2o mês de vida.
e) Essa vacina de rubéola é dada isoladamente no 9o mês.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Questão direta. No calendário
vacinal proposto pelo Ministério da Saúde, a vacina SCR
(Sarampo, Caxumba, Rubéola), ou seja, a tríplice viral,
é administrada no 12o mês de vida, com segunda dose aos
15 meses. Atualmente, a vacina quádrupla viral (SCRV
- acrescentando a imunização contra a varicela) pode
ser utilizada no 15o mês. Única resposta correta, embora
incompleta: opção B.

63
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – SP

63 – É contraindicação geral para vacinação:
a) Uso atual de antibiótico.
b) História familiar de convulsão.
c) Antecedente pessoal de alergia à penicilina.
d) Antecedente pessoal de urticária ou angioedema após
dose pregressa da vacina.
e) Desnutrição.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Vamos relembrar. São contraindicações
gerais à vacinação: história de reação anafilática
à vacina ou história de imunossupressão, gestação
ou neoplasia no caso de aplicação de vacina de vírus
vivo. O gabarito dado como correto na ocasião do
concurso não define exatamente anafilaxia. Esta pode
ser caracterizada como uma reação sistêmica aguda,
grave, que acomete vários órgãos e sistemas simultaneamente.
Ou seja, a presença de urticária ou angioedema
pode fazer parte do quadro de anafilaxia ou não.
Vamos rever as contraindicações gerais à vacinação:
As vacinas de bactérias ou vírus vivos atenuados não
devem ser administradas, em princípio, em pessoas:
a) com imunodeficiência congênita ou adquirida;
b) acometidas por neoplasia maligna; c) que fazem
uso de corticoide em dose imunossupressora ou outra
droga imunossupressora. São falsas contraindicações,
ou seja, não constituem contraindicação à vacinação:
a) Doenças benignas comuns, tais como afecções
recorrentes infecciosas ou alérgicas das vias respiratórias
superiores; b) Desnutrição; c) Antecedente familiar
de convulsão; d) Alergias, exceto as reações alérgicas
sistêmicas e graves, relacionadas a componentes de
determinadas vacinas. Se entendermos urticária ou
angioedema como reação alérgica grave, podemos
considerar a opção correta. Como as demais opções
estão claramente erradas, a melhor resposta encontra-
-se na opção D. Resposta: letra D.

64
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
PEDRO ERNESTO – RJ

64 – Ricardo, seis meses, é levado pela mãe ao posto
de saúde com um quadro de infecção respiratória leve
de seis dias de evolução. Nos primeiros dois dias de
doença, teve febre de 37,9°C, mas já se encontra afebril,
embora persista com congestão nasal e bastante
tosse. Possui peso adequado para sua idade, ainda está
mamando ao seio e começando a engatinhar. Seu calendário
de vacinação mostra que já tomou as seguintes
vacinas: BCG; duas doses de Vacina Inativada Poliomielite
(VPI); duas doses da pentavalente; uma dose de vacina
pneumocócica (10-valente) e de antimeningocócica;
duas doses da vacina oral de rotavírus humano. Tendo
em vista o calendário vacinal do Ministério da Saúde em
vigor desde agosto de 2012, a vacina que NÃO deve ser
aplicada à criança hoje é a:
a) Pentavalente.
b) Antimeningocócica.
c) Vacina inativada poliomielite.
d) Vacina pneumocócica (10-valente).

(ACESSO DIRETO 1)

A

É bem provável que você tenha
iniciado a leitura desta questão e tenha pensado que a
banca iria perguntar se a presença da infecção respiratória
aguda que Ricardo apresenta representa uma contraindicação
para a administração de alguma vacina. Porém, a
questão buscava apenas saber se você conhecia o calendário
básico de vacinação vigente à época do concurso.
Relembrando: ao nascer, a criança deve receber a vacina
BCG e a vacina contra hepatite B; aos 2 meses, recebe a
primeira dose da vacina pentavalente, a primeira dose da
vacina antipneumocócica conjugada, a primeira dose da
vacina oral contra rotavírus e a primeira dose da vacina
contra poliomielite (que é feita com a vacina inativada); aos
três meses, recebe a primeira dose da vacina antimeningocócica
conjugada (meningo C); aos quatro meses, recebe
as segundas doses das vacinas feitas aos dois meses;
aos cinco meses, a segunda dose da vacina antimeningocócica.
Avaliando as vacinas recebidas por Ricardo,
vemos que ele não recebeu a vacina contra hepatite B
ao nascer. De todo modo, após o primeiro mês de vida
a criança deve receber a pentavalente. Além disso, não
recebeu a segunda dose da vacina antipneumocócica e
a segunda dose da vacina antimeningocócica. As duas
deverão ser recomendadas hoje. Além disso, também está
recomendada a terceira dose da vacina pentavalente, que
é feita aos seis meses. Aos seis meses, também é feita
a terceira dose da vacina antipneumocócica (que será
aprazada para ser feita posteriormente) e a terceira dose
da vacina contra poliomielite. Porém, a terceira dose da
vacina não é feita com a vacina inativada, mas sim com a
vacina oral, que é uma vacina de vírus vivos atenuados.
Por isso, a vacina inativada é a vacina que não deve ser
recomendada agora. O esquema atual de vacinação contra
poliomielite consiste na administração de duas doses da
vacina inativada (aos dois e quatro meses), uma dose da
vacina oral (aos seis meses) e mais dois reforços (aos 15
meses e aos 4 anos). Se esta questão fosse respondida
nos dias atuais, com base no calendário vacinal de 2016,
o raciocínio seria diferente. Seria esperado que um lactente
de 6 meses tivesse recebido ao nascer a BCG e hepatite
B; aos 2 meses a VIP, VORH, Penta e Pneumo-10; aos 3
meses a Meningo C; aos 4 meses a VIP, VORH, Penta e
Pneumo-10; aos 5 meses a Meningo C; e aos 6 meses,
a VIP e a Penta. Resposta: letra C.

65
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ANTÔNIO PEDRO – RJ

65 – Pelo calendário de vacinação do Ministério da Saúde, a vacina anti-poliomielite inativada deverá ser aplicada em uma das faixas etárias abaixo relacionadas. Assinale-a.

a) Entre o nascimento e um mês.
b) Entre dois meses e quatro meses.
c) Cinco meses e doze meses.
d) Nove meses e quinze meses.
e) Entre um ano e dois anos.

A

O esquema de vacinação contra poliomielite na época do concurso consistia na administração de duas doses da vacina inativada (aos dois e quatro
meses), uma dose da vacina oral (aos seis meses) e mais dois reforços (aos 15 meses e aos 4 anos). Se esta questão fosse respondida nos dias atuais, com base no calendário vacinal de 2016, a resposta seria diferente. A VIP (pólio inativada) deveria ser dada aos 2, 4 e 6 meses.

Gabarito letra: B.

66
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ANTÔNIO PEDRO – RJ

66 – A vacina pentavalente protege contra as seguintes
doenças:
a) Difteria, tétano, coqueluche, sarampo e hepatite B.
b) Difteria, parotidite, sarampo, coqueluche e rubéola.
c) Difteria, tétano, meningite, hepatite A e parotidite.
d) Tétano, coqueluche, hepatite B, hepatite A e meningite.
e) Hepatite A, influenza, poliomielite, meningite e pneumonia
estreptocócica.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Não fique preocupado se você tiver errado a questão: ela foi anulada, pois não há resposta correta.
Por algum descuido da banca, em nenhuma das opções encontramos a composição correta da vacina pentavalente descrita. A pentavalente, introduzida em nosso calendário em agosto de 2012, é uma combinação da vacina tríplice bacteriana (contra difteria, tétano e coqueluche), da vacina contra o hemófilo influenza do tipo B e da vacina contra a hepatite B.

O gabarito absurdo original era a opção A! Sarampo na pentavalente? É
claro que não! Além disso, não há vacinas em que agentes vivos e não vivos estejam combinados.

Questão anulada após recurso.

67
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ANTÔNIO PEDRO – RJ

67 – No hemograma, as alterações habitualmente encontradas
nos estágios catarral tardio e paroxístico da coqueluche
são:
a) Leucopenia com linfocitose.
b) Leucocitose com neutrofilia.

c) Leucocitose com eosinofilia.
d) Leucopenia com eosinofilia.
e) Leucocitose com linfocitose.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Na criança, o curso clínico da
coqueluche é dividido em 3 fases: catarral, paroxística e de
convalescença. A fase catarral é inespecífica com rinorreia,
lacrimejamento e febre baixa. A fase paroxística tem como
clínica principal a tosse, particularmente com algumas características,
como paroxismos, guincho, ou tosse emetizante.
Na fase de convalescença, os paroxismos são menos comuns
e a tosse torna-se simples. Esta fase persiste por 2 a 6 semanas
e pode se prolongar por até 3 meses. Em relação aos achados
no hemograma, a leucocitose (15.000-100.000 céls/mm³)
com linfocitose relativa é característica no fim da fase catarral.
Portanto, letra E CORRETA.

68
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO – RJ

68 – Em relação ao Calendário Vacinal 2013, recomendado
pela Sociedade Brasileira de Pediatria, analise as
quatro afirmativas seguintes:
I) A vacina contra influenza está indicada para todas as
crianças dos 3 meses aos 2 anos de idade;
II) Nos adolescentes, a partir dos 11 anos de idade,
deve ser aplicada a vacina meningocócica A/C/Y/W135
em dose única;
III) Entre 14 e 16 anos de idade, para a vacinação de reforço
contra difteria e tétano, deve-se utilizar, preferencialmente,
a vacina dTpa;
IV) A vacina contra o HPV está indicada, apenas, para as
meninas, a partir dos 9 anos de idade.
As afirmativas CORRETAS são:
a) I e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Esta questão está falando especificamente
sobre as recomendações da Sociedade Brasileira
de Pediatria (SBP) para a imunização de adolescentes.
É sabido que o calendário da SBP possui algumas
diferenças em relação ao calendário do Ministério da
Saúde. Felizmente, com a introdução de novas vacinas
no Programa Nacional de Imunizações (PNI), essas diferenças
estão cada vez menores. Vejamos cada uma das
afirmativas. A afirmativa I está errada; a SBP recomenda a
vacina para todas as crianças com idade entre seis meses
e cinco anos. A afirmativa II está certa; a SBP recomenda
que seja feito um segundo reforço com a vacina conjugada
meningocócica C aos 5 anos, e também recomenda
outro reforço, preferencialmente com a meningocócica
A/C/Y/W135 com 11 anos de idade. A afirmativa III também
está certa; muitos interpretaram essa afirmativa como
errada, mas cuidado: existe uma vacina, que até o ano
do concurso não era disponibilizada na rede pública, que
contém o componente pertussis e que pode ser feita em
adolescentes, que é a dTpa (tríplice bacteriana acelular
do adulto). Os reforços da vacina contra difteria e tétano
são indicados a cada 10 anos com dT, sendo que preferencialmente
o primeiro reforço deve ser realizado com
dTpa. Desta forma, aumentam-se os títulos de anticorpos
contra B. Pertussis, que sofrem acentuado declínio com
o passar dos anos. A afirmativa IV está errada; a SBP
recomenda que a vacina seja feita para ambos os sexos.
Em 2014, o MS passou a disponibilizar a vacina para as
meninas. Resposta: letra D. É importante lembrar que a
partir de 2017, o MS disponibilizará a vacina contra HPV
para meninas e meninos, além de mulheres e homens
com AIDS/HIV, em faixas etárias específicas.

69
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP

69 – Segundo o Calendário Nacional de Vacinação em
crianças, do Ministério de Saúde do Brasil, devem ser aplicados,
respectivamente, os reforços das vacinas contra
pneumococo e meningococo aos:
a) 9 e 15 meses.
b) 12 e 15 meses.
c) 15 e 12 meses.
d) 9 e 12 meses.
e) 12 e 9 meses.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Questão simples, que envolve
apenas o conhecimento do calendário vacinal. De acordo
com o calendário do Programa Nacional de Imunizações
vigente na época da prova, as crianças deveriam
receber três doses da vacina antipneumocócica no
primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses) e um reforço
aos 12 meses. Já a vacina antimeningocócica é administrada
em duas doses no primeiro ano de vida (aos
3 e 5 meses) e um reforço aos 15 meses. Atualmente,
de acordo com o calendário vacinal do MS de 2016,
os reforços das vacinas contra o pneumococo e meningococo
deverão ser feitos aos 12 meses. Além disso,
a vacina Pneumo-10 passa a ser dada em duas doses,
aos 2 e 4 meses. Resposta: letra B

70
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP

70 – Alternativa que contém pelo menos uma doença que NÃO pode ser prevenida com vacinas:

a) Meningite por Haemophilus influenzae B; sarampo.
b) Febre tifoide; febre amarela.
c) Pneumonia pneumocócica; tétanos.
d) Meningite meningocócica; malária.
e) Difteria; papilomavírus humano.

A

Dentre as listadas, a única doença que não possui vacina é a malária.

A vacina PENTA (vacina adsorvida contra difteria, tétano, pertussis, hepatite B [recombinante] e Haemophilus influenzae B [conjugada]); tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola); vacina contra febre amarela; PNEUMO-10 (vacina pneumocócica 10-valente conjugada); DTP (vacina adsorvida de difteria, tétano e pertussis); meningo C (vacina meningocócica C [conjugada]) e HPV (vacina contra papilomavírus humano) estão disponíveis pelo Ministério da Saúde.

Em 2008 foi liberada e pode ser encontrada no Brasil a vacina injetável contra febre tifoide (não disponível nos Centros Municipais de Saúde). As vacinas atualmente disponíveis apresentam baixa eficácia e não devem ser recomendadas de forma indiscriminada.

Resposta: item D.

71
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP

71 – É contraindicada durante a gravidez a vacina contra:

a) Sarampo, caxumba e rubéola.
b) Difteria e/ou tétano.
c) Influenza.
d) Hepatite B.
e) Hepatite A.

A

As vacinas de agentes vivos atenuados são contraindicadas em gestantes pelo risco de passagem transplacentária do agente e infecção fetal.

Para relembrar, são vacinas de agentes vivos aquelas contra sarampo, caxumba, rubéola, varicela, rotavírus, febre amarela; além de BCG e a Vacina contra Poliomielite Oral (VOP).

Nossa resposta encontra-se na letra A.

72
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP

72 – O Ministério da Saúde iniciou este ano a aplicação da
vacina tetravalente viral (contra sarampo, rubéola, caxumba
e varicela) em crianças de 15 meses de idade. Em
relação à vacina contra varicela, é INCORRETO afirmar:
a) A aplicação da vacina em quem já teve a doença pode
levar a quadro de anafilaxia.
b) O risco de convulsão febril na primeira dose é discretamente
mais elevado com a vacina tetravalente viral do
que com a vacina monovalente contra a varicela.
c) A proteção da vacina contra a forma grave da doença
chega a 95%.
d) Em crianças que receberam transfusão de sangue ou
imunoglobulina deve-se postergar a vacina contra varicela
por, no mínimo, 3 meses.
e) A varicela em criança vacinada pode ocorrer com presença
de poucas vesículas e sem febre.

(ACESSO DIRETO 1)

A

A vacina tetra viral (sarampo,
caxumba, rubéola e varicela) foi introduzida no calendário
básico da criança no segundo semestre de 2013.
O esquema inicialmente proposto é de que a vacina
seja feita aos 15 meses para as crianças que já tenham
recebido anteriormente a vacina tríplice viral (sarampo,
caxumba e rubéola), que deve ser feita aos 12 meses.
A banca provavelmente baseou-se na nota técnica de
introdução dessa vacina para redigir as afirmativas
contidas nessa questão. Vejamos cada uma delas.
Opção A: INCORRETA. A princípio, as únicas contraindicações
apresentadas na nota técnica são a história de
hipersensibilidade conhecida à neomicina ou a qualquer
outro componente da vacina, ou a história de sinais
de hipersensibilidade após administração das vacinas
de sarampo, caxumba, rubéola e/ou varicela; e a
presença de imunodeficiências primárias ou secundárias.
Opção B: CORRETA. De fato, o risco de convulsão febril
é discretamente mais elevado após a primeira dose da
vacina tetra viral se comparada à monovalente, com
um caso a mais para cada 2.500 crianças vacinadas.
Já após a administração da segunda dose, não se
observa uma diferença na taxa de eventos adversos.
Opção C: CORRETA. A eficácia global da vacina é de
aproximadamente 70% contra a infecção, e de mais
de 95% contra as formas graves da doença. Opção D:
CORRETA. Da mesma forma que ocorre com a tríplice
viral, as crianças que tenham recebido transfusões
sanguíneas ou imunoglobulinas menos de 3 meses
antes da administração podem ter a sua resposta
prejudicada, pois os anticorpos recebidos passivamente
podem impedir a replicação do vírus vacinal e comprometer
a resposta. Opção E: CORRETA. As crianças
vacinadas que desenvolvem a doença podem apresentar
uma forma mais branda da mesma, com menor
número de vesículas e de manifestações sistêmicas.

73
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE
SÃO PAULO – SP

73 – Considerando as normas vigentes no país para o
controle epidemiológico da poliomielite, é INCORRETO
afirmar que:
a) A finalidade da notificação e investigação imediata de
todo caso de paralisia flácida aguda em menores de 15
anos é detectar a reintrodução do poliovírus selvagem por
viajantes e a ocorrência de quadros associados ao poliovírus
relacionado à vacina ou ao poliovírus derivado vacinal.
b) O principal motivo da substituição da Vacina Oral Poliomielite
(VOP) pela vacina inativa poliomielite no segundo
mês de vida é que esta, por ser administrada via IM,
não sofre ação dos anticorpos maternos transmitidos pelo
aleitamento natural.
c) O motivo para a manutenção da campanha nacional
de vacinação com VOP é atingir a homogeneidade intermunicipal
de altas coberturas vacinais (pelo menos 95%),
a fim de impedir a circulação viral.
d) O Brasil está incluído no grupo de países certificados
pela Organização Mundial da Saúde como livres da pólio.
e) Efeitos pós-vacinais adversos devem ser notificados ao
sistema local de vigilância epidemiológica.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Em agosto de 2012, o esquema
de vacinação contra a poliomielite foi modificado. A partir
desta data, as crianças continuaram recebendo três doses
da vacina no primeiro ano de vida e um reforço no segundo
ano, aos 15 meses (em meados de 2013 foi introduzido um
segundo reforço, aos 4 anos). Porém, as duas primeiras
doses do esquema passaram a ser feitas com a vacina
inativada contra a poliomielite, não mais com a vacina oral.
A vacina oral contra a poliomielite, utilizada em nosso país
há várias décadas, é uma vacina de vírus atenuados, trivalente,
contendo os três tipos de poliovírus (1, 2 e 3). Proporciona
uma imunidade de longa duração, provavelmente por
toda a vida, além de produzir imunidade em contatos de
indivíduos vacinados. Porém, essa vacina pode estar associada
a alguns eventos adversos, como casos de paralisia
associada à vacina. A introdução da vacina inativada nas
primeiras doses do esquema visa minimizar esse risco,
raríssimo, de paralisia associada à vacina (opção B errada).
As campanhas anuais de vacinação utilizando a vacina
oral serão mantidas. Pois, embora a cobertura vacinal em
nosso país seja elevada, ainda é uma cobertura heterogênea.
Com as campanhas busca-se manter uma cobertura
mais homogênea, evitando-se a reintrodução do vírus
selvagem a partir dos países endêmicos (opção C correta).
Desde 1994 a Organização Mundial da Saúde certificou
o Brasil como sendo uma área livre da pólio (opção D
correta). Além da manutenção da cobertura vacinal, outras
estratégias devem ser adotadas para a permanência desse
quadro. Dentre elas inclui-se a vigilância das paralisias
flácidas agudas: todo caso de paralisia flácida aguda em
menores de quinze anos de idade ou suspeita de poliomielite
em indivíduo de qualquer idade procedente de países
com circulação de poliovírus selvagem, nos últimos 30 dias,
deve ser obrigatoriamente notificado, investigado imediatamente,
inserido no Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN) e ter o diagnóstico esclarecido por
meio de provas neurofuncionais e laboratoriais (opção A
correta). Os eventos adversos pós-vacinais também devem
ser notificados (opção E correta). Atualmente, de acordo
com o calendário vacinal de 2016 do Ministério da Saúde,
a terceira dose da imunização contra poliomielite aos 6
meses também deverá ser feita com a VIP. Os reforços aos
15 meses e 4 anos e durante as campanhas administra-se
a VOP. Resposta: letra B.

74
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – MG

74 – Coqueluche é a doença infecciosa aguda, transmissível,
de distribuição universal. Acomete especificamente
o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza
por paroxismos de tosse seca. Em lactentes, pode
resultar em número elevado de complicações e até em
morte. Sobre essa doença, assinale a alternativa considerada
ERRADA:
a) A fase catarral tem duração de 1 ou 2 semanas, e é a
fase de maior transmissibilidade.
b) A fase paroxística é geralmente afebril ou com febre
baixa.

c) A sulfametoxazol + trimetoprima é o antimicrobiano de
escolha para o tratamento.
d) Em indivíduos não adequadamente vacinados, ou vacinados
há mais de 5 anos, pode manifestar-se com tosse persistente,
porém sem paroxismos e o guincho característico.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Vamos analisar cada uma das
alternativas: A: CORRETA. A coqueluche apresenta 3
fases: 1) Catarral (1-2 semanas), em que há maior transmissibilidade;
2) Paroxística (2-6 semanas); 3) Convalescente
(≥ 2 semanas). B: CORRETA. Na fase paroxística
desaparecem/diminuem os sintomas catarrais (febre,
coriza, lacrimejamento) e aparece o sintoma típico: tosse
paroxística que leva à cianose, apneia e êmese. C: INCORRETA.
O antibiótico de escolha para tratamento da coqueluche
é a azitromicina. D: CORRETA. Indivíduos que não
completaram o esquema total com DPT 3 doses + reforço,
ou naqueles que foram vacinados há mais de 5 anos,
a coqueluche poderá desenvolver-se de forma mais branda
e atípica, apenas com tosse prolongada. Gabarito: C.

75
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFU – MG

75 – Cristina, na pré-escola, ao colocar a mão em um oco
de árvore, foi mordida no dedo por um morcego. O animal
foi levado para uma clínica e o técnico referiu que aquele
morcego era de uma espécie que só comia frutas. Após
lavar o ferimento com água e sabão, a criança foi levada
ao serviço de profilaxia da raiva para avaliação. Assinale
a conduta CORRETA:
a) Observar o animal durante 10 dias após a exposição.
Se o animal permanecer sadio no período de observação,
encerrar o caso. Se o animal morrer, desaparecer ou se
tornar raivoso, administrar 5 doses de vacina (dias 0, 3,
7, 14 e 28).
b) Iniciar tratamento com duas doses de vacina (dias
0 e 3). Observar o animal durante 10 dias após exposição.
Se o animal permanecer sadio no período de
observação, encerrar o caso. Se o animal morrer, desaparecer
ou se tornar raivoso, continuar o tratamento,
administrando o soro e completando o esquema até 5
(cinco) doses. Aplicar uma dose entre o 7o e o 10o dia
e uma dose nos dias 14 e 28.
c) Iniciar imediatamente o tratamento com 5 (cinco) doses
de vacina administradas nos dias 0, 3, 7, 14 e 28.
d) Iniciar imediatamente o esquema profilático com soro e
5 (cinco) doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28.
e) Iniciar tratamento com duas doses de vacina (dias 0 e 3).
Observar o animal durante 10 dias após a exposição. Se
o animal permanecer sadio no período de observação,
suspender o tratamento e encerrar o caso. Se o animal
morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, completar o esquema
até 5 (cinco) doses. Aplicar uma dose entre o 7o e
o 10o dia e uma dose nos dias 14 e 28.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Em caso de possível exposição
ao vírus da raiva, é imprescindível a limpeza do
ferimento com água corrente abundante e sabão ou
outro detergente, pois essa conduta diminui comprovadamente
o risco de infecção. Deve ser realizada, o mais
rápido possível, após a agressão e repetida na unidade
de saúde, independentemente do tempo transcorrido.
A limpeza deve ser cuidadosa, visando eliminar as sujidades
sem agravar o ferimento e, em seguida, devem
ser utilizados antissépticos que inativem o vírus da raiva
(como o polivinilpirrolidona-iodo, por exemplo, o povidine
ou gluconato de clorexidina ou álcool-iodado). As características
da doença em cães e gatos, como período de
incubação, transmissão e quadro clínico, são bem conhecidas
e semelhantes. Mesmo se o animal estiver sadio
no momento do acidente, é importante que seja mantido
em observação por 10 dias. Nos cães e gatos, o período
de incubação da doença pode variar de alguns dias a
anos, mas, em geral, é de cerca de 60 dias. No entanto,
a excreção de vírus pela saliva, ou seja, o período em que
o animal pode transmitir a doença, só ocorre a partir do
final do período de incubação, variando entre 2 e 5 dias
antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo
até sua morte, que pode ocorrer em até 5 dias após o
início dos sintomas. Portanto, o animal deve ser observado
por 10 dias; se em todo esse período permanecer
vivo e saudável, não há risco de transmissão do vírus;
Animais silvestres – morcego de qualquer espécie, micos
(sagui e “soin”), macaco, raposa, guaxinim, quati, gambá,
roedores silvestres, cachorro-do-mato, felídeos selvagens
etc. devem ser classificados como animais de risco,
mesmo que domiciliados e/ou domesticados, haja vista
que, nesses animais, a patogenia da raiva não é bem
conhecida. Toda agressão por morcego deve ser classificada
como grave. Dessa forma, deve-se administrar o
soro e as cinco doses da vacina antirrábica. Desde 2016,
em razão do desabastecimento estadual com a vacina
celular contra a raiva, o Ministério da Saúde tem recomendado
4 doses da vacina para profilaxia pós-exposição
como esquema alternativo. Resposta: letra D.

76
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUC – RS

76 – Em relação à profilaxia do tétano no manejo de
ferimentos, são feitas as seguintes assertivas:
I. Em ferimentos superficiais, limpos, está indicada a vacinação
(reforço) em indivíduos com história de três ou mais
doses da vacina, sendo a última dose há dez ou mais anos;
II. Em ferimentos profundos ou superficiais sujos, está
indicada a vacinação (reforço) em indivíduos com história
de três ou mais doses da vacina, sendo a última dose há
cinco ou mais anos;
III. Em ferimentos profundos ou superficiais sujos, está
indicada a vacinação e a imunização passiva em indivíduos
com história de vacinação incerta ou menos de três doses.
Está/Estão CORRETA (S) a (s) afirmativa (s):
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

(ACESSO DIRETO 1)

A

As recomendações para a profilaxia
para o tétano acidental dependem, principalmente, de
dois fatores: a situação vacinal do paciente e o tipo de ferimento
que o mesmo apresenta. Além disso, a presença de
algumas situações especiais (desnutrição, idade avançada
ou imunossupressão) também pode modificar algumas
recomendações. Lembre-se de que o esquema de vacina
antitetânica consiste na administração de três doses com
reforço a cada 10 anos. Os ferimentos podem ser classificados
em ferimentos de alto risco para tétano ou risco
mínimo para tétano. Os ferimentos com risco mínimo são
aqueles ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos
ou tecidos desvitalizados. Já os ferimentos com alto
risco são aqueles ferimentos profundos ou superficiais
sujos; com corpos estranhos ou tecidos desvitalizados;
queimaduras; feridas puntiformes ou por armas brancas e
de fogo; mordeduras; politraumatismos e fraturas expostas.
Os pacientes que apresentam ferimentos de risco mínimo
e que tenham esquema vacinal completo, tendo recebido a
última dose há menos de 10 anos, não necessitam receber
nenhum reforço da vacina. Se a situação vacinal for incerta,
incompleta ou o último reforço tiver sido há mais de 10
anos, é feito o reforço ou o esquema é completado/iniciado
(afirmativa I verdadeira). Os pacientes com ferimentos de
alto risco para tétano e com esquema vacinal completo
(três ou mais doses) que tenham recebido a última dose
há mais de cinco anos devem receber um novo reforço.
Perceba que se a dose tiver sido entre 05 e 10 anos, esse
paciente está com a situação vacinal em dia. Porém, em
vigência de um ferimento de alto risco, o reforço deve ser
antecipado (afirmativa II verdadeira). Os pacientes que não
tenham o esquema vacinal completo ou cujo esquema
vacinal seja desconhecido ou incerto e que apresentem um
ferimento de alto risco devem receber, obrigatoriamente,
a vacina. Além disso, nesses casos, o Ministério recomenda
que a imunização passiva com soro antitetânico
ou imunoglobulina antitetânica também seja considerada.
Considerada? Exatamente! O Ministério diz que nesses
casos deve ser administrada a vacina e feito o aprazamento
das próximas doses, para completar o esquema básico.
Se o profissional que prestar o atendimento suspeitar
que os cuidados posteriores com o ferimento não serão
adequados, deve considerar a imunização passiva com o
soro ou a imunoglobulina. Assim, a afirmativa III não está
completamente correta, pois o uso da imunização passiva
não é obrigatório. De todo modo, a conduta também não
estaria incorreta. Porém, isso não nos impediria de chegar
ao gabarito, pois as afirmativas I e II estão absolutamente
corretas e apenas a resposta E traz essa possibilidade.
Resposta: letra E.

77
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ – PR

77 – Recém-nascido a termo, em boas condições, no segundo
dia após o parto sua mãe desenvolve quadro de
varicela. Qual a conduta a se adotar com este RN?
a) Somente observar, já que a chance de ser contaminado,
nesta situação, é extremamente baixa.
b) Iniciar aciclovir profilático.
c) Indicar imunoglobulina antivírus varicela-zóster.
d) Vaciná-lo imediatamente contra a varicela.
e) Isolá-lo da mãe por 14 dias, sem necessidade de nenhuma
medicação.

(ACESSO DIRETO 1)

A

O Ministério da Saúde recomenda
que recém-nascidos a termo de mães nas quais
a varicela apareceu nos cinco últimos dias de gestação
ou até 48 horas depois do parto, recebam uma dose da
IGHVZ de 125 U por via intramuscular. O aleitamento
materno deverá ser mantido, e a vacina deverá ser
aplicada apenas a partir de 12 meses, momento em
que não mais haverá anticorpos circulantes capazes de
interferir com o mecanismo de indução de imunidade.
Gabarito: letra C.

78
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO
OESTE DO PARANÁ – PR

78 – Com relação à prevenção do sarampo, podemos
afirmar que:
a) Se a vacina com vírus vivo for administrada dentro de
24 horas após a exposição ao contágio, poderá evitar o
aparecimento da doença.
b) Ultrapassado o prazo de 24 horas, após o contágio,
está contraindicada a vacinação.
c) O uso de gamaglobulina evita o aparecimento da doença,
independente do tempo ocorrido desde a exposição.
d) O uso da gamaglobulina está indicado somente para
crianças imunodeprimidas.
e) Como se trata de vacina com vírus, seu uso está contraindicado
em desnutridos.

(ACESSO DIRETO 1)

A

A profilaxia após a exposição a um
caso de sarampo pode ser feita de duas formas: através da
vacinação de bloqueio ou através da imunização passiva com
imunoglobulina (ainda que o uso de imunoglobulina nesses
casos não seja habitualmente discutido pelo Ministério da
Saúde, o tema foi abordado nessa questão). A vacinação
de bloqueio deve ser realizada até 72h após a exposição ao
caso suspeito e poderá evitar o desenvolvimento da doença
(opção A correta e opção B incorreta). Deve abranger as
pessoas do mesmo domicílio do caso suspeito, vizinhos
próximos, creches, ou, quando for o caso, as pessoas da
mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento ou da
sala de trabalho. A vacina não é administrada nos menores
de seis meses. A vacina contra sarampo é habitualmente
administrada apenas aos 12 meses; caso uma criança com
idade entre seis meses e um ano receba essa vacina, esta
dose não deve ser considerada e a criança continuará recebendo
as duas doses do calendário básico normalmente.
Por ser uma vacina de agente vivo, a vacina contra sarampo
está contraindicada em algumas situações. Encontramos em
várias fontes a recomendação da administração de imunoglobulina
até 6 dias (opção C incorreta) após a exposição para
os contactantes intradomiciliares suscetíveis menores de 6
meses, gestantes e imunocomprometidos (opção D incorreta).
Os desnutridos podem receber essa vacina (opção E
incorreta). Resposta: letra A.

79
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO
PARANÁ – PR

79 – Com relação à vacinação, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Nos casos de interrupção da vacinação, essa será completada
com as doses atrasadas, a intervalos regulares,
não sendo necessário reiniciar o esquema.
b) A DPC de segundo e terceiro graus não são contraindicações
para a vacinação com vírus vivo.
c) Nos casos de início do esquema de vacinação aos nove
meses, poderão ser administradas simultaneamente BCG
ID, anti-sarampo, Sabin e tríplice.
d) O paciente com tuberculose atípica não poderá receber
a vacina anti-sarampo, mesmo que estivesse em tratamento.
e) A vacina confere imunidade ativa e com duração variável
conforme o agente em questão.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Vamos analisar as opções sobre
o tema “VACINAÇÃO NA INFÂNCIA”: A – CORRETA.
Não existe intervalo máximo entre doses da mesma
vacina. Isso significa que nenhum esquema vacinal,
via de regra, deve ser reiniciado, e sim retomado de
onde se interrompeu. B – CORRETA. A desnutrição,
independente do grau, não determina contraindicação
à administração de qualquer vacina, haja vista o fato
de não haver comprometimento importante da imunidade
humoral nesses pacientes. C – INCORRETA.
A vacina monovalente contra o sarampo já não faz
parte dos imunobiológicos oferecidos pelo Programa
Nacional de Imunizações há mais de 10 anos. ELA FOI
SUBSTITUÍDA PELA tríplice viral (sarampo, caxumba
e rubéola). D – INCORRETA. Entendendo tuberculose
“atípica” como tuberculose extrapulmonar, sabemos
que essa não é uma contraindicação à aplicação de
qualquer imunobiológico. E – CORRETA. A depender
da composição da vacina (se de agentes vivos ou de
partículas inativadas) ou mesmo da característica do
próprio inóculo, a duração da imunidade irá variar e,
com isso, determinar a necessidade de novas aplicações
e/ou reforços. Em função de duas opções incorretas
a banca anulou a questão.

80
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL ESTADUAL DO ACRE – AC

80 – A vacina profilática contra o papilomavírus humano está indicada para a população feminina de que faixa etária?

a) 29 a 36 anos.
b) 9 a 26 anos.
c) 19 a 46 anos.
d) 16 a 29 anos.
e) 26 a 39 anos.

A

O papilomavírus humano é um patógeno sexualmente transmissível que causa a doença anogenital em homens e mulheres. A infecção viral persistente pelo papilomavírus humano de alto risco (como o HPV 16 e 18) tem associação com o fato do câncer do colo do útero causar câncer anal, câncer vulvar e vaginal, câncer de pênis e câncer de boca e laringe em homens e mulheres. Duas vacinas foram desenvolvidas contra a infecção pelo HPV, uma é a vacina quadrivalente (6, 11, 16 e 18) e a outra é a vacina bivalente (16, 18). O HPV 6 e 11 estão relacionados com condilomas anogenitais. A vacina contra HPV tem como grande objetivo a prevenção do

câncer, em especial o do colo do útero. Devemos lembrar que o vírus HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero. A vacina idealmente deve ser oferecida para os indivíduos que não foram infectados
com o HPV, isto é, o momento ideal para a imunização contra o HPV é antes da iniciação sexual. Mas, história de um teste de papanicolau anormal, verrugas genitais, ou infecção pelo HPV não é uma contraindicação para
imunização contra o HPV, porém é importante lembrar que a imunização é menos benéfica para as mulheres que já foram infectadas com um ou mais dos tipos de HPV da vacina. Pela Sociedade Brasileira de Pediatria, a vacina bivalente (16, 18) está indicada para meninas a partir de 9 anos, em três doses (0, 1 e 6 meses).

A vacina quadrivalente (6, 1, 16 e 18) está indicada para meninas e meninos entre 9-26 anos em três doses (0, 2 e 6 meses).

Portanto, considerando a faixa etária alvo da vacina quadrivalente, resposta: letra B.

81
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA
MÉDICA DO AMAZONAS – AM

81 – Adriana, 29 anos, G2A0P1, IG = 17s, vem para consulta
de pré-natal com seu médico de família e comunidade,
trazendo seu cartão de vacina onde se observa
três doses de vacina antitetânica aplicadas na gestação
anterior há sete anos. Em relação à profilaxia do tétano
neonatal, o médico de família e comunidade deve:
a) Reiniciar o esquema vacinal com três doses, devido ao
tempo desde a última vacina.
b) Orientar a necessidade de dose de reforço.
c) Orientar que a mesma está imunizada, não sendo necessário
dose de reforço.
d) Aplicar reforço após o parto, a fim de proteger a próxima
gestação.
e) Informar que não há necessidade de saber história vacinal
anterior.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Vamos rever as orientações
quanto à vacina antitetânica. Para os vacinados anteriormente
com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou
dT, deve-se administrar reforço dez anos após a data
da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos
graves, deve-se antecipar a dose de reforço, sendo a
última dose administrada há mais de 5 (cinco) anos.
Resposta: letra B.

82
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO
VARGAS – AM

82 – Para amamentar sem risco um recém-nascido de
uma mãe que teve isolado no leite materno o vírus da
hepatite B é necessário:
a) Imunização ativa ao lactente nas primeiras 24h de vida,
associado à administração de imunoglobulinas específica
da hepatite B.
b) Imunização ativa nos 30 dias de vida sem associação
de imunoglobulinas específicas da hepatite B.
c) Imunização ativa nos 60 dias de vida sem associação
de imunoglobulinas específicas da hepatite B.
d) Imunização ativa nos 90 dias de vida com associação
de imunoglobulinas específicas da hepatite B.
e) Imunização ativa com 45 dias de vida com associação
imunoglobulinas específicas da hepatite B.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Um importante percentual das
infecções ocorridas em menores de 5 anos cronifica (70
a 90%) e um percentual desses casos evolui para doença
hepática avançada. Por isso, há uma grande preocupação
com a transmissão vertical e sua profilaxia. RN
a termo, filhos de mães com HBsAG positivo (independente
do resultado do HBeAG, quer dizer, seja ele positivo,
negativo ou não realizado) ou naqueles cujas mães
tiveram o vírus isolado no leite deverão receber a vacina
contra a hepatite B + imunoglobulina hiperimune para
hepatite B, de preferência dentro das primeiras 12-24
horas de vida. A imunoglobulina poderá ser administrada
dentro do prazo máximo de 7 dias. A proteção conferida
por estas medidas é próxima de 100%. A imunoprofilaxia
não tem qualquer papel de proteção quando a infecção
é adquirida intraútero. Quando a sorologia da mãe é
desconhecida, recomenda-se apenas a administração
da vacina contra a hepatite B.

83
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA
MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ – CE

83 – Criança de 12 meses de idade chega ao centro de
saúde para uma consulta de rotina. A caderneta de Saúde
da Criança mostra que somente foram realizadas as vacinas
da criança até os seis meses de idade. Considerando
o atual calendário de vacinas do Ministério da Saúde,
quais vacinas devem ser dadas a essa criança?
a) Pneumocócica 10-valente + tríplice viral.
b) Pneumocócica 10-valente + meningocócica C.
c) Pneumocócica 10-valente + vacina tetra viral.
d) Pneumocócica 10-valente + pólio oral.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Não tem jeito: você precisa
guardar o calendário de vacinação do Ministério da
Saúde! Relembrando calendário do primeiro ano de
vida: - ao nascer: vacina BCG e vacina contra hepatite B;
- 2 meses: primeira dose da vacina pentavalente,
primeira dose da vacina oral contra o rotavírus humano,
primeira dose da vacina antipneumocócica conjugada
e primeira dose da vacina contra poliomielite (com a
vacina inativada); - 3 meses: primeira dose da vacina
antimeningocócica conjugada; - 4 meses: segunda dose
da vacina pentavalente, segunda dose da vacina oral
contra o rotavírus humano, segunda dose da vacina
antipneumocócica conjugada e segunda dose da vacina
contra poliomielite (com a vacina inativada); - 5 meses:
segunda dose da vacina antimeningocócica conjugada;
- 6 meses: terceira dose da vacina pentavalente, terceira
dose da vacina antipneumocócica conjugada e terceira
dose da vacina contra poliomielite (com a vacina oral,
de vírus vivo atenuado); - 9 meses: vacina contra febre
amarela, nas áreas com recomendação para a vacina;
- 12 meses: vacina tríplice viral e reforço da vacina antipneumocócica.
A criança recebeu todas as vacinas até
seis meses. Como reside em área sem recomendação
da vacina para febre amarela, deve receber apenas as
vacinas recomendadas aos 12 meses: tríplice viral e
antipneumocócica (reforço). O reforço da vacina antimeningocócica
é feito aos 15 meses; a vacina tetra viral
também é feita nessa ocasião. Lembrá-los que desde
2014 o Ministério da Saúde acrescentou a vacina contra
a hepatite A ao calendário Nacional de Vacinação aos
12 meses. Se esta questão fosse respondida à luz
das recomendações do PNI 2016, o raciocínio seria
um pouquinho diferente, pois atualmente aos 6 meses
administra-se a VIP ao invés da VOP, a Pneumo-10
é feita apenas em duas doses aos 2 e 4 meses com
reforço aos 12 meses, a Meningo C é feita em duas
doses aos 3 e 5 meses com reforço aos 12 meses, e a
vacina de hepatite A aos 15 meses. Resposta: letra A.

84
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA
MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ – CE

84 – Lactente de cinco meses de idade, com história de febre
e vômitos há dois dias, associados à irritabilidade e recusa
alimentar. O exame físico mostra fontanela anterior abaulada
e sinais de irritação meníngea. O liquor foi compatível
com meningite e a bacterioscopia revelou Haemophilus
influenzae. Foi iniciado ceftriaxona para tratamento. A criança
mora com os pais e uma irmã de 17 meses de idade, que
possui na caderneta da criança três doses da vacina pentavalente
(2, 4 e 6 meses). A conduta mais indicada para a
proteção dos contactantes nesse caso é:
a) Quimioprofilaxia com rifampicina para os pais e irmã.
b) Quimioprofilaxia com rifampicina para o caso e para a irmã.
c) Quimioprofilaxia com rifampicina somente para os pais.
d) Quimioprofilaxia com rifampicina para o caso, os pais
e a irmã.

(ACESSO DIRETO 1)

A

O enunciado nos traz uma lactente
de 5 meses de idade com meningite por Haemophilus
influenzae e a pergunta é sobre a quimioprofilaxia.
De acordo com o Ministério da Saúde e outras referências,
a quimioprofilaxia está indicada para todos os contactantes
DOMICILIARES, desde que existam CRIANÇAS
MENORES DE 4 ANOS, além do caso-índice, SEM VACINAÇÃO
OU COM O ESQUEMA VACINAL INCOMPLETO.
Volte para questão: o caso não possui contactantes abaixo
de 4 anos não vacinados ou com vacinação incompleta
para Haemophilus influenzae. Dessa forma, ninguém
deveria receber a quimioprofilaxia. Questão sem possibilidade
de resposta! Porém, a questão divulgou como
gabarito a alternativa C.

85
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL SANTA MARTA – DF

85 – A Caderneta de Saúde da Criança traz importantes
informações, com dados desde o pré-natal. Em relação às
sorologias maternas que estão consignadas na caderneta
sob a forma de Código Internacional de Doenças, aquelas
de grande relevância e que, de algum modo, podem ser
prevenidas ou tratadas no período neonatal são:
a) HIV, sífilis, toxoplasmose e rubéola.
b) HIV, hepatite C, sífilis e toxoplasmose.
c) HIV, sífilis, toxoplasmose e hepatite B.
d) Doença de Chagas, toxoplasmose, sífilis e hepatite C.
e) Rubéola, sífilis, hepatite B e HTLV.

(ACESSO DIRETO 1)

A

A Caderneta de Saúde da
Criança foi implantada pelo Ministério da Saúde para
substituir o Cartão da Criança e reúne o registro dos
mais importantes eventos relacionados à saúde infantil.
Além do cartão de vacina, a Caderneta apresenta o
registro da história obstétrica e neonatal; indicadores
de crescimento e desenvolvimento; aspectos importantes
da alimentação como aleitamento materno; dados
sobre a saúde bucal, auditiva e visual; intercorrências
clínicas; além de orientações para a promoção da saúde
e prevenção da ocorrência de acidentes e violência
doméstica. Em uma sessão da caderneta intitulada
DADOS SOBRE GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO,
há possibilidade de registrar as sorologias realizadas
(ou não realizadas) durante a gestação dos seguintes
agravos: HIV (CID-10: Z21); sífilis (CID-10: A53), toxoplasmose
(CID-10: B58) e hepatite B (CID-10: B18).
Em relação ao HIV, as gestantes portadoras deverão
iniciar a profilaxia da transmissão vertical a partir da 14a
semana, com terapia antirretroviral tripla. A zidovudina
(AZT) intravenosa deverá ser administrada a todas as
parturientes no momento do parto e a AZT solução oral
para todos os recém-nascidos expostos ao HIV, durante
seis semanas. A nevirapina deve ser acrescentada à
quimioprofilaxia aos recém-nascidos com 35 semanas
ou mais de idade gestacional, cujas mães infectadas pelo
HIV não receberam antirretroviral na gestação, mesmo
que a mãe tenha recebido AZT injetável no momento do
parto. Em relação à sífilis, todas as gestantes devem ser
tratadas e os recém-nascidos precisam ser investigados
e, se for o caso, tratados com penicilina. A avaliação
clínica do caso clinicorradiológico laboratorial define o
melhor esquema terapêutico. Em relação à toxoplasmose,
devemos tratar a gestante agudamente infectada e
todas as crianças com toxoplasmose congênita comprovada;
mesmo assintomáticas, devem ser tratadas por 12
meses com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico.
Usa-se corticoide na presença de coriorretinite grave
ou proteinorraquia ≥ 1 g/dl. Em relação à hepatite B,
em situações em que o recém-nascido é filho de mãe
HBsAG positiva, a imunoglobulina humana anti-hepatite
B também está indicada nas primeiras doze horas de
vida, além da primeira dose da vacina contra hepatite B
que todo recém-nascido deve receber. Resposta: letra C.

86
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO
ANTÔNIO DE MORAES – ES

86 – Vinte e quatro horas após ter recebido as vacinas
preconizadas pelo atual calendário básico do Ministério da Saúde para os quatro meses de idade, Ana apresentou
crise convulsiva tônico-clônicas generalizadas. Ela já
controlava o tônus cervical e apresentava sorriso social,
tendo perdido tais marcos de desenvolvimento. Sua gestação
e parto não apresentaram intercorrências e ela foi
considerada normal até a época dessa ocorrência. Não foi
identificado nenhum vínculo epidemiológico com pessoas
com doenças febris. A vacina provavelmente relacionada
a este efeito adverso grave é a:
a) Vacina parenteral contra poliomielite.
b) Vacina oral contra rotavírus humano.
c) Vacina pneumocócica 10-valente.
d) Vacina oral contra poliomielite.
e) Vacina pentavalente.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Antes de avaliarmos os efeitos
descritos, responda: quais são as vacinas recomendadas
aos quatro meses? De acordo com o calendário
do Ministério da Saúde, aos quatro meses as crianças
devem receber a segunda dose da vacina pentavalente, a
segunda dose da vacina contra rotavírus, a segunda dose
da vacina contra poliomielite (na forma da vacina inativada)
e a segunda dose da vacina antipneumocócica conjugada.
Logo, uma dessas vacinas deve ser a provável responsável
pelo quadro apresentado. A vacina que mais tipicamente
se associa a esses eventos é a vacina pentavalente, que
contém a vacina tríplice bacteriana (contra difteria, tétano e
coqueluche). A vacina pentavalente associa-se a diversos
eventos adversos e esses eventos podem, inclusive, levar a
modificações no esquema vacinal subsequente. O componente
pertussis parece ser o responsável por esses eventos
e é nele que essas modificações serão feitas. Quando a
criança apresenta um quadro de convulsão até 72 horas
após a vacina ou um episódio hipotônico-hiporresponsivo
até 48 horas após a vacina, o esquema subsequente
deverá ser feito com a vacina tríplice bacteriana acelular.
Já quando a criança apresenta um quadro de encefalopatia
até sete dias após a vacina, o esquema subsequente é
feito apenas com a dupla do tipo infantil (DT), sem administrar
mais o componente pertussis . Vale lembrar que as
vacinas contra hemófilo tipo B e contra hepatite B serão
feitas separadamente, até que o esquema dessas esteja
completo. Resposta: letra E.

87
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014

INSTITUTO DE OLHOS DE GOIÂNIA – GO

87 – Em relação à vacina BCG, pode-se afirmar que:
a) Não deve ser aplicada em recém-nascidos com peso
inferior a 2.500 g.
b) Deve ser aplicada logo após o nascimento em recém-
-natos de mães sabidamente bacilíferas.
c) É composta por antígenos do Mycobacterium tuberculosis,
protegendo contra todas as formas de tuberculose na infância.
d) No Brasil, não é mais recomendada a 2ª dose para a
profilaxia da tuberculose em crianças e adolescentes.
e) É administrada por via intramuscular.

(ACESSO DIRETO 1)

A

Questão bem simples, mas
que deveria ser lida com cuidado, para não cair na
pegadinha. A opção A está ERRADA por um detalhe:
a vacina não é administrada nas crianças nascidas com
menos de 2.000 g, não nas nascidas com menos de
2.500 g. A opção B também está ERRADA; as crianças
que coabitam com um indivíduo bacilífero não recebem
a vacina BCG ao nascer. Essas crianças iniciam a
quimioprofilaxia primária com isoniazida e só receberão
a vacina se apresentarem uma prova tuberculínica não
reatora três meses após. A opção C traz dois erros;
a vacina BCG é composta de cepa de Mycobacterium
bovis e previne apenas as formas graves de tuberculose
(miliar e meningoencefalite). A opção D está CERTA;
a segunda dose da vacina não é mais feita rotineiramente
há quase uma década. E, por fim, a opção
E também está ERRADA; a via de administração é
intradérmica, e não intramuscular. Resposta: letra D.

88
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA – GO

88 – A aplicação da vacina BCG deve ser adiada nas seguintes condições clínicas, EXCETO:

a) Imunodeficiência congênita.
b) Crianças infectadas pelo HIV com sintomas da doença.
c) Afecções infecciosas das vias respiratórias superiores.
d) Peso inferior a 2.000 g.
e) Presença de dermatoses externas em atividade no local da aplicação.

A

Questão bem direta sobre as contraindicações à vacina BCG: Como toda vacina de agente ATENUADO, é contraindicada: em crianças com
imunossupressão, seja ela adquirida (infecção pelo HIV, malignidades, uso de agentes quimioterápicos) ou congênita, pelo risco teórico de provocar doença clínica pelo agente vacinal; neonatos com peso inferior a 2 kg; crianças com dermatoses extensas no local de administração. Contudo, doenças febris leves (ex.: resfriados) não são contraindicação a nenhuma vacina, seja ela formulada a partir de agentes atenuados ou inativados.

Resposta: letra C.