M.E.D Questões Doenças Exantemáticas Flashcards

1
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – SP

1 – Menino de 2 anos de idade com história de febre de 39°C há 7 dias, diária, só melhorando com dipirona. Há 6 dias, lábios avermelhados e erupção no corpo. Há 4 dias, olhos vermelhos. Procurou pronto-socorro sendo feita suspeita de escarlatina. Medicado com penicilina benzatina, sem melhora. Ao exame físico apresentava irritabilidade, língua em framboesa e exantema maculopapular
em tronco. Em relação ao caso, é CORRETO afirmar que:

a) O tratamento de escolha é a corticoterapia intravenosa.
b) A irritabilidade e as lesões cutâneas devem ser decorrentes de meningite meningocócica.
c) Provavelmente é uma escarlatina resistente à penicilina benzatina e o tratamento deve ser tentado por via intravenosa.
d) A plaquetopenia que ocorre na fase subaguda é um achado comum.
e) A principal complicação é cardíaca.

A

Esta questão abordou um diagnóstico diferencial que é comum na vida e mais comum ainda nos concursos: a distinção entre a escarlatina e a doença de Kawasaki. Sabemos que a doença de Kawasaki tem seu diagnóstico estabelecido a partir da observação de alguns critérios clínicos. Ainda está lembrado deles? O primeiro é um critério obrigatório, que é a presença de febre alta há pelo menos cinco dias (no
caso descrito, a febre já dura uma semana). Além deste critério obrigatório, são necessários mais quatro de cinco possíveis alterações, que são: conjuntivite não exsudativa, alterações na cavidade oral (como lábios fissurados ou língua em framboesa), adenomegalia cervical, exantema (que pode ter vários aspectos, exceto vesicular) e alterações nas extremidades (edema e eritema nas mãos e pés na fase aguda e descamação na fase subaguda). Olhando o caso descrito, vemos que ainda não são
encontrados todos os critérios necessários, pois além da febre temos apenas as alterações oculares, na cavidade oral e o exantema. Porém, é muito mais provável que o quadro desta criança seja de doença de Kawasaki do que de escarlatina! Na escarlatina não há conjuntivite. A idade do paciente não é uma idade comum de escarlatina (mais comum após os cinco anos, como a faringite estreptocócica - opção C incorreta).

Assim, pensando que o diagnóstico mais provável é o de doença de Kawasaki, chegamos à resposta: letra E.

A complicação mais temida desta doença é justamente a formação dos aneurismas coronarianos. O tratamento com imunoglobulina intravenosa (opção A incorreta) deve ser instituído o mais precocemente possível justamente para reduzir o risco deste evento. Vale lembrar que a irritabilidade é uma alteração comumente encontrada nessas crianças e que um achado laboratorial típico é a presença de trombocitose a partir da segunda semana de doença (opções B e D incorretas).

Resposta: letra E.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO – RJ

2 – Menino de dois anos iniciou quadro de coriza,
conjuntivite com fotofobia, tosse e febre com aumento diário progressivo, há três dias. Evoluiu com exantema maculopapular inicialmente em fronte, regiões retroauricular e cervical, disseminando para tronco e extremidades, com áreas de confluência. Recebeu uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade. O conjunto de dados clínicos que devem ser pesquisados para corroborar diagnóstico
de sarampo e as medidas de profilaxia recomendadas após exposição para os suscetíveis são:

a) Descamação laminar, eritema malar/vitamina A e vacina até 72 horas da exposição.
b) Manchas de Koplik, desaparecimento da febre após o exantema/vacina ou imunoglobulina até seis dias da exposição.

c) Enantema de um a quatro dias antes do exantema,
descamação fina/vacina até 72 horas ou imunoglobulina até seis dias da exposição.

d) Escurecimento e recorrência do exantema, ausência de descamação/vacina até seis dias ou imunoglobulina até 72 horas da exposição.

A

O quadro clínico do sarampo é caracterizado por pródromos de febre, tosse, coriza e conjuntivite, além de enantema (Manchas de Koplik). Posteriormente, o paciente apresenta exantema morbiliforme que surge na linha de implantação do cabelo e apresenta progressão craniocaudal lenta. Quando este exantema desaparece, dá lugar a uma descamação furfurácea (opção D errada; o exantema pode escurecer, mas há descamação).

A prevenção pós-exposição dos suscetíveis deverá ser realizada com o bloqueio vacinal em até 72 horas após a exposição (opção B errada) ou com imunoglobulina padrão em até seis dias após a exposição (a imunoglobulina é indicada, essencialmente, para os menores de seis meses, gestantes e imunodeprimidos).
Vale lembrar que o eritema malar é tipicamente encontrado no eritema infeccioso.

Resposta: letra C.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – SP

3 – Uma jovem de 13 anos procura o pronto-socorro com queixa de dor de garganta, mal-estar geral e febre há 5 dias. Há 3 dias ela foi atendida em outro serviço e iniciou o uso de amoxicilina. Hoje, notou o aparecimento de manchas vermelhas no corpo. Está febril, com faringe e tonsilas palatinas hiperemiadas. Há aumento de gânglios cervicais, principalmente na cadeia cervical anterior, e linfadenopatia epitroclear. O exantema é maculopapuloso, localizado em tronco, face e membros superiores. Fígado e baço são palpáveis a 2 cm do rebordo costal. O restante do exame físico é normal. O diagnóstico mais provável é de:

a) Mononucleose infecciosa.
b) Escarlatina.
c) Toxoplasmose.
d) Rubéola.
e) Faringite.

A

Após uma breve leitura do caso, já é possível percebermos que esta adolescente apresenta a tríade clássica da mononucleose infecciosa: astenia,
linfadenomegalia e faringite. A descrição da orofaringe até poderia nos fazer pensar em uma faringite estreptocócica e considerar a possibilidade de escarlatina. Porém, note que há linfadenopatia generalizada, além de esplenomegalia. Estas alterações não são encontradas na escarlatina.
Lembre-se de que a mononucleose infecciosa relaciona-se, tipicamente, com a infecção pelo vírus Epstein-Barr. É possível que outros agentes, como o toxoplasma e o citomegalovírus, causem uma síndrome mononucleose like, mas com frequência menor. Um dado curioso, e que reforça a nossa suspeita, é a descrição do surgimento de erupção cutânea após o uso da amoxicilina. Um percentual
dos pacientes com mononucleose infecciosa pode
apresentar um exantema, mas a maioria o fará após o uso de amoxicilina ou ampicilina.

Resposta: letra A.

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4
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS – SÃO PAULO – SP

4 – A associação CORRETA entre doença e agente causal é:

a) Rubéola - Togavírus DNA.
b) Roséola Infantum - Parvovírus B19.
c) Eritema infeccioso - Coxsackievírus A.
d) Síndrome mãos-pé-boca - Herpesvírus 6.
e) Sarampo - Paramyxovírus.

A

Decorebinha… Mas de tanto ler sobre o assunto e resolver as questões, você vai acabar guardando. A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade. Seu agente infeccioso é um vírus RNA pertencente ao gênero rubivírus, família Togaviridae (opção A incorreta).

O quadro de roséola infantum , ou exantema súbito, está tipicamente associado com a infecção pelo herpesvírus humano 6 (tipo 7 em um percentual menor).

Fazem parte do gênero Roseolovírus da subfamília beta-herpesvirinae da família Herpesviridae (opção B incorreta).

Já o eritema infeccioso é a principal manifestação da infecção pelo parvovírus B19, um vírus de DNA que pertence ao gênero Erythrovírus da família Parvoviridae (opção C incorreta).

A síndrome mão-pé-boca pode ser causada por diferentes enterovírus, mas o principal agente envolvido é o coxsackie A16. Os outros possíveis agentes incluem o enterovírus 71, além de outros coxsackie A, B e alguns echovírus (opção D incorreta).

Assim, a única associação correta é a letra E; o sarampo é um vírus do gênero Morbillivírus da família Paramyxoviridae. Resposta: letra E.

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5
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
HOSPITAL MILITAR DE ÁREA DE SÃO PAULO – SP
5 – Em relação à infecção pelo parvovírus B19, está INCORRETA a seguinte afirmação:

a) É mais prevalente dos 5 aos 15 anos.
b) É chamada de quinta moléstia.
c) Nunca causa miocardite.
d) Diagnóstico baseado geralmente na apresentação clínica da erupção cutânea típica.
e) Muitas infecções são clinicamente inaparentes.

A

O parvovírus B19 é um vírus DNA de fita simples do gênero Erythrovirus da família Parvoviridae. A infecção por esse agente é muito comum e mais da metade da população adulta apresenta evidências
sorológicas de infecção prévia, que pode ter sido subclínica. As infecções sintomáticas são mais comuns entre os cinco e os 15 anos de idade. Existem diversas doenças relacionadas com a infecção por esse agente, porém a mais comum é o eritema infeccioso, que recebe o nome de quinta moléstia (na verdade, a banca equivocou-se ao dizer que o parvovírus é a quinta moléstia, pois esta é
uma de suas manifestações, mas não briguemos por isso).

Porém, além do eritema infeccioso, a infecção pelo parvovírus B19 está associada com artropatia, crise aplásica transitória (em pacientes com anemia hemolítica), anemia persistente (em imunodeprimidos), miocardite (opção C errada), infecção fetal com hidropsia fetal e síndrome de luvas e meias. O diagnóstico do eritema infeccioso se estabelece a partir da observação de um quadro que
ocorre, classicamente, em três fases clínicas. A primeira fase é marcada pelo aparecimento do exantema na face, que confere ao paciente o aspecto de “face esbofeteada”. Essa erupção se dissemina para o resto do corpo, na forma de um eritema macular difuso. As lesões no resto do corpo adquirem um clareamento central, dando à erupção
cutânea um aspecto reticulado ou rendilhado. As lesões desaparecem espontaneamente, sem descamação. Tem início, então, a terceira fase da doença, que tem duração de 1 a 3 semanas. O que caracteriza essa terceira fase é a recidiva do exantema em algumas circunstâncias, como a exposição à luz solar, calor, exercícios e estresse.

Resposta: letra C.

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6
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA – RJ

6 – Pré-escolar de 4 anos, portador de leucemia
linfoblástica aguda, está internado para indução de remissão na enfermaria de pediatria de um hospital de grande porte. Durante a internação, outro paciente internado na mesma enfermaria apresenta quadro de doença exantemática compatível com varicela. A conduta indicada, nesse momento, para o paciente com leucemia é administrar:

a) Vacina contra varicela.
b) Imunoglobulina específica.
c) Aciclovir oral por uma semana.
d) Aciclovir intravenoso por uma semana.

A

Existem duas formas de profilaxia pós-exposição nos casos de contato de um suscetível com o vírus varicela-zóster: a vacinação de bloqueio e a administração de imunoglobulina humana antivaricela-zóster. A vacina contra varicela pode ser administrada até cinco dias após o contato e, pelo Ministério da Saúde, destina-se essencialmente aos controles de surto em ambiente hospitalar. Porém, trata-se de uma vacina de vírus vivo e não pode ser administrada em imunodeprimidos. Esses indivíduos, como é o caso do paciente do enunciado, não podem receber esta vacina, e, nesta situação, está
indicada a administração da imunoglobulina, preferencialmente até 96 horas após o contato com o caso-índice.

Resposta: letra B.

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7
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – HOSPITAIS MUNICIPAIS – RJ

7 – A mãe de uma criança de 6 anos de idade informa que na classe de sua filha houve um caso de escarlatina e pergunta se há alguma prevenção a ser tomada. Nega relato de outros casos. A orientação adequada é:

a) Aplicar penicilina benzatina.
b) Observar e trazer para consulta, caso a filha adoeça.
c) Iniciar amoxicilina oral.
d) Manter a filha fora da escola por uma semana.

A

A escarlatina é causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A. O tratamento de escolha é a administração de Penicilina G Benzatina por via intramuscular com o intuito de reduzir o tempo de doença, reduzir a transmissibilidade e prevenir a
febre reumática. No entanto, não existe indicação de
profilaxia pós-contato, devendo a mãe ficar atenta ao
surgimento de qualquer sinal ou sintoma, procurando
atendimento médico se houver necessidade.

Resposta: letra B.

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8
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – MG

8 – Criança de 4 anos de idade, gênero masculino, apresenta febre, exantema maculopapular generalizado, acompanhado de linfadenopatia occipital e retroauricular há três dias. História vacinal completa. Diante deste caso, deve-se suspeitar de:

a) Adenovirose.
b) Eritema infeccioso.
c) Rubéola.
d) Varicela.

A

A banca quis testar o grau de certeza do candidato em relação à definição de um caso suspeito de rubéola.

Veja só o que diz o Ministério da Saúde: ”caso suspeito de rubéola é todo paciente que apresente febre e exantema maculopapular, acompanhado
de linfadenopatia retroauricular, occipital e
cervical, independente da idade e situação vacinal”
.

É exatamente isso! Mesmo com a história vacinal completa, a associação dos achados descritos no caso nos permite estabelecer a suspeita diagnóstica de rubéola. Lembre-se sempre de que a vacina não irá oferecer proteção para 100% dos indivíduos. Deve ser feita a notificação e investigação do caso, para confirmação ou descarte do mesmo. Mesmo que tivéssemos dúvidas em relação à possibilidade de rubéola em um indivíduo vacinado, que outra alternativa seria possível? Para pensarmos em adenovirose, deveria haver a associação da faringite
com a adenopatia (que costuma ser pré-auricular,
na febre faringoconjuntival) e, além disso, não costuma haver exantema associado. Para pensarmos em eritema infeccioso, esperaríamos a descrição das típicas fases da doença: eritema malar (face esbofeteada), exantema rendilhado e recidiva do exantema durante algumas semanas. E, por fim, a varicela caracteriza-se por exantema vesicular, com pleomorfismo regional (lesões em diferentes estágios evolutivos). Muitos candidatos reclamaram, na ocasião do concurso, do fato de a banca ter frisado que a situação vacinal estava em dia, mas a banca está correta: isso não afasta a caracterização do
caso suspeito.

Resposta: letra C.

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9
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFU – MG

9 – Luís, 20 anos, tem história de febre baixa há duas semanas, tosse leve, mal-estar e mialgia. Ao exame físico, constatou-se que seus linfonodos cervicais posteriores estavam aumentados e que havia uma significativa esplenomegalia. O hemograma revelou uma linfocitose, com contagem absoluta de linfócitos de 10.000/μl, níveis de hemoglobina e contagem de plaquetas normais. O esfregaço de sangue periférico mostra a presença de grandes linfócitos atípicos. Qual é o diagnóstico? Assinale a alternativa
CORRETA:

a) Leucemia Linfocítica Aguda (LLA).
b) Leucemia Linfocítica Crônica (LLC).
c) Infecção aguda por HIV.
d) Infecção por EBV.
e) Coqueluche.

A

As neoplasias hematológicas, indiscutivelmente, devem entrar no diagnóstico diferencial do caso apresentado. Porém, após a realização do hemograma, tal hipótese tornou-se menos provável.
Ainda que a história não tenha sido das mais típicas, pois não há o relato de faringite, a mononucleose infecciosa surge, dentre as opções, como a melhor justificativa para o quadro deste jovem. A presença de linfadenopatia em paciente jovem, acompanhada por febre, mal-estar e mialgia sempre deve nos remeter a esta doença, causada pelo vírus Epstein-Barr. Esta hipótese diagnóstica fica ainda mais evidente quando encontramos linfocitose a custa de linfócitos atípicos, que são característicos desta condição. Essas células correspondem aos linfócitos
T CD8+ ativados. Na coqueluche, que entraria no
diagnóstico diferencial pela história de tosse, teríamos os paroxismos de tosse com guincho e não há atipia linfocitária, apenas linfocitose.

Resposta: letra D.

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10
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL – RS

10 – Menina de 10 anos vinha com diminuição do apetite, aumento de gânglios cervicais, mialgias e febrícula esporádica. Iniciou com amoxicilina por faringite aguda, mas, após 72 horas, não apresentava melhora clínica. Além do mal-estar, surgiram dores abdominais, edema palpebral, erupções maculares em tórax e face e petéquias no palato. A melhor
conduta, nesse caso, é suspender a amoxicilina e indicar:

a) Penicilina endovenosa.
b) Apenas medidas sintomáticas.
c) Cefuroxima, oral ou endovenosa.
d) Ceftriaxona endovenosa.
e) Metilprednisolona oral.

A

Uma adolescente de 10 anos foi atendida para avaliação de uma faringite aguda e deve ter recebido o diagnóstico de uma faringite estreptocócica, o que justificaria o tratamento com a amoxicilina. Porém, 72 horas após, não teve qualquer melhora. Será
que estamos diante de um estreptococo resistente ao antibiótico prescrito? Calma! O mais provável é que o diagnóstico desta jovem seja o de uma condição que comumente é confundida com a faringite estreptocócica, que é a mononucleose infecciosa. Na mononucleose infecciosa, associada tipicamente com o vírus Epstein-Barr, temos a presença da tríade faringite, linfadenopatia generalizada e fadiga ou astenia. O surgimento de exantema após o uso de amoxicilina ou ampicilina está descrito na maioria dos pacientes com essa afecção. Outras alterações que podem estar presentes no exame físico são a esplenomegalia e, em um percentual menor das vezes, hepatomegalia. Ainda que não tenhamos tudo isso nesta história, temos mais uma dica: o chamado Sinal de Hoagland, um edema palpebral que pode estar presente em cerca de 30% dos casos de mononucleose infecciosa.

Não há necessidade de qualquer tratamento específico, apenas sintomáticos.

Resposta: letra B.

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11
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ – AL

11 – Uma criança de 6 anos apresenta quadro de lesões maculopapulares avermelhadas que se iniciaram na face, tomando as bochechas e o dorso do nariz, após 2 dias atingiram os membros, inclusive a palma das mãos, com aspecto rendilhado. As lesões acentuam-se com o sol, e o início do quadro foi precedido por febre baixa. Qual é o diagnóstico MAIS provável?

a) Sarampo.
b) Rubéola.
c) Exantema súbito.
d) Eritema infeccioso.

A

A questão apresenta uma criança de 6 anos que apresentou febre baixa, evoluindo com exantema maculopapular em face que posteriormente se
disseminou para membros, em aspecto rendilhado e nos pergunta qual é o diagnóstico. Lembre-se de que sempre que estivermos diante de um exantema em face do tipo “face esbofeteada” devemos nos lembrar do diagnóstico de eritema infeccioso. A doença é causada pelo Parvovírus B19, apresentando um exantema que passa por 3 fases: a primeira é a face esbofeteada, a segunda é o aparecimento
de um exantema maculopapular de aspecto rendilhado, mais intenso em superfícies extensoras, e, por fim, a última fase que se caracteriza por recidiva do exantema em 1 a 3 semanas, por sol, calor, estresse ou exercício. Percebam que o paciente da questão apresentou as duas primeiras fases. Tipicamente é descrito que o exantema poupa a
região palmar e plantar, mas, mesmo assim, as demais características são típicas da doença.

Resposta: letra D.

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12
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA DO AMAZONAS – AM

12 – Paciente de 9 meses retorna de Fortaleza com quadro de febre alta, 39°C, tosse produtiva, rinorreia seromucosa, conjuntivite e fotofobia. Nas últimas 24 horas, notou-se surgimento de pequenas manchas com halo eritematoso em mucosa jugal posterior. Sua principal suspeita diagnóstica seria:

a) Escarlatina.
b) Sarampo.
c) Rubéola.
d) Eritema infeccioso.

A

O que ocorreu em Fortaleza, e em todo o Ceará, ao longo do ano de 2015, data da prova? Um surto de sarampo. Centenas de casos foram confirmados e foi apenas no final do ano que tal surto encerrou-se. Apenas com essa informação epidemiológica tão importante, já deveríamos pensar neste diagnóstico.
Porém, o exame físico nos revela ainda mais: O que está descrito neste enunciado nada mais são do
que as manchas de Koplik. O sinal de Koplik é clássico do sarampo e consiste em pontos branco-azulados localizados na mucosa bucal na região próxima aos molares, que, às vezes, se estendem a toda mucosa oral. São máculas rodeadas por halo vermelho, com fundo eritematoso difuso e que desaparecem em 24 a 48 horas após o início da erupção cutânea. Todas as outras alterações descritas também são típicas do período prodrômico da doença e esperamos o surgimento da erupção nas próximas horas ou dias. Vale ressaltar que esta criança tem menos do que 1 ano de idade, ou seja, sequer recebeu a primeira dose da vacina para sarampo (ainda que ao longo de 2015 tenha sido
feita a recomendação de que crianças entre 6 meses e 1 ano que se deslocassem para o Ceará recebessem uma dose da vacina).

Resposta: letra B.

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13
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ – CE

13 – Menina de 2 anos vem à Unidade Básica de Saúde apresentando febre baixa há 3 dias, irritabilidade, falta de apetite e discretos sintomas catarrais. No dia do atendimento surgiu exantema com lesões papulovesiculares nas extremidades, principalmente nos dedos, dorso das mãos e planta dos pés. Ao exame, o médico constatou lesões
vesiculares na boca, com algumas úlceras dolorosas. O quadro clínico descrito corresponde a qual doença exantemática da infância?

a) Sarampo.
b) Exantema súbito.
c) Eritema infeccioso.
d) Síndrome mão-pé-boca.

A

O que deve chamar sua atenção nesta questão é a distribuição peculiar das lesões, bem característica da síndrome mão-pé-boca. Esta condição relaciona-se com a infecção por diversos enterovírus, mas o coxsackie A é o mais comum. O quadro clínico foi bem característico, iniciando com pródromos inespecíficos como febre baixa, fraqueza, falta de apetite e sintomas catarrais. Após um período de incubação que varia de três a seis dias, surgem úlceras na mucosa oral, língua, palato e úvula. Logo após, se iniciam máculas eritematosas que progridem para vesículas em faces plantares e interdigitais das mãos e pés. As lesões podem ser assimétricas, dolorosas e pruriginosas. Dentre as demais alternativas, a única que normalmente cursa com lesões de mucosa oral é o sarampo. No entanto, nesta doença o que encontramos é um enantema característico: as manchas de Koplik.

Resposta: letra D.

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14
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS – GO

14 – Criança de onze meses apresentou febre por três dias consecutivos, de 39°C, mas que desapareceu no quarto dia, seguido por exantema róseo, maculopapular em tronco. A criança apresenta bom estado geral. Nesse caso, qual é o agente causador?

a) Parvovírus B19.
b) Coxsackie A.
c) Herpes 6.
d) Epstein-Barr.

A

História típica da doença exantemática mais característica dos lactentes: o exantema súbito, ou roséola infantum. A fase prodrômica dessa doença, causada principalmente pelo herpesvírus humano
tipo 6, é caracterizada pela presença de febre alta e
ausência de outros sinais específicos. Essa febre desaparece tipicamente de forma súbita (em “crise”) e, cerca de algumas horas após esse desaparecimento, ocorre o surgimento do exantema, caracterizado por máculas rosadas pequenas que começam no tronco e disseminam-se pelo pescoço, face e extremidades proximais. Apenas relembrando… O parvovírus B19 relaciona-se com o
eritema infeccioso, doença que evolui em 3 fases: face esbofeteada, exantema rendilhado e recidiva do exantema durante algumas semanas; os vírus coxsackie podem causar diversas erupções, a mais característica é a síndrome mão-pé-boca, relacionada principalmente com o Coxsackie A16 e que se caracteriza por lesões vesiculares e papulares nas mãos, pés e cavidade oral; o vírus Epstein-Barr é o agente da mononucleose infecciosa, caracterizada pela tríade faringite, linfadenopatia generalizada e fadiga ou astenia.

Resposta: letra C.

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15
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA – GO

15 – O agente etiológico mais frequentemente envolvido nos episódios de crises aplásicas de crianças com anemia falciforme é:

a) Parvovírus B19.
b) Citomegalovírus.
c) Vírus Epstein-Barr.
d) Streptococcus pneumoniae

A

A criança com anemia falciforme pode apresentar diferentes tipos de crises anêmicas, situações nas quais há uma intensa acentuação da queda nos
níveis de hemoglobina. Uma dessas crises é a crise aplásica, caracterizada por uma interrupção da eritropoiese. Essa crise tem como característica o fato de apresentar queda na hemoglobina com reticulocitopenia. O principal agente implicado é o parvovírus B19. Lembre-se de que este agente infecta e destrói os precursores eritroides na medula óssea, causando a interrupção temporária da eritropoiese. Isso ocorre em todos os indivíduos infectados por esse vírus, mas tem repercussões mais graves nos falcêmicos, por conta do maior turnover eritrocitário.

Resposta: letra A.

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16
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ – BELÉM – PA

16 – Pré-escolar de 5 anos de idade apresenta febre há 7 dias, associada à hiperemia conjuntival bilateral, exantema maculopapular disseminado e irritabilidade. Ao exame físico são encontrados adenomegalia cervical com gânglios de até 2 cm, móveis, fibroelásticos e indolores, hiperemia de orofaringe e edema em mãos. O diagnóstico e conduta indicados, respectivamente, são:

a) Escarlatina. Prescrever penicilina G benzatina em dose única.
b) Dengue com encefalite viral. Prescrever sintomáticos, corticoide e hidratação venosa.
c) Doença de Kawasaki. Internar, prescrever imunoglobulina humana endovenosa e ácido acetilsalicílico em dose anti-inflamatória.
d) Doença mão-pé-boca. Prescrever sintomáticos.

e) Zika vírus. Prescrever sintomáticos e orientar sinais
de alerta.

A

Nossa principal hipótese diagnóstica para a criança deve ser a doença de Kawasaki, uma vasculite inflamatória de pequenos e médios vasos que cursa com uma síndrome febril exantemática. Seu
diagnóstico é feito pela presença de um critério obrigatório (febre alta com pelo menos 5 dias de duração) somado a mais pelo menos 4 dos outros 5 critérios clássicos da doença. A criança possui o critério obrigatório (febre há mais de 5 dias) e mais todos os outros critérios: congestão ocular bilateral, alterações da cavidade oral (hiperemia de orofaringe), linfadenopatia cervical não supurativa, alterações nas extremidades (eritema de mãos) e exantema polimorfo. O paciente deve ser internado e o tratamento tem como principal objetivo reduzir a principal complicação da doença, que é a formação de aneurisma coronariano. Ele consiste em AAS em dose anti-inflamatória (80-100 mg/kg/dia) e depois como agente antiplaquetário (5 mg/kg/dia) e imunoglobulina (2 g/kg em dose única, infusão contínua por 12h).

Resposta: letra C.

17
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE JOÃO PESSOA – PB

17 – Menino de 5 anos de idade é trazido à UPA por febre alta há 24 horas, cefaleia e vômitos. Desperto, sem sinais neurológicos, apresenta palidez perioral, enantema de mucosa oral e exantema micropapular difuso, predominando em regiões de dobras. Sem outros achados ao exame físico. O diagnóstico MAIS PROVÁVEL é:

a) Rubéola. d) Síndrome de Kawasaki.
b) Escarlatina. e) Meningite meningocócica.
c) Faringite viral.

A

Para responder as questões sobre doença exantemática, temos sempre que levar em consideração o padrão do exantema e os demais sintomas associados a ele. Percebam que o menor apresentou febre com sintomas inespecíficos, o que nos direciona a nenhum diagnóstico específico, porém apresentou enantema da mucosa oral e exantema mais proeminente em regiões de dobras. A banca deveria ter descrito as características do
enantema de mucosa oral, mas não o fez. De todo modo, temos duas informações importantes: a acentuação do exantema em regiões de dobras e a palidez perioral. Estas características descrevem, respectivamente, o sinal de Pastia e de Filatov, encontrados nos casos de escarlatina.

Resposta: letra B.

18
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – PI

18 – Criança, 4 anos de idade, iniciou quadro de febre elevada associada à odinofagia. No quinto dia de evolução, como persistia sem melhora clínica e com picos febris elevados diários, procurou o serviço médico. Ao exame físico, apresentava-se com amígdalas hipertrofiadas e hiperemiadas associado a exsudato cinza-claro e petéquias no palato, leve edema palpebral bilateral, além de adenomegalia
cervical e baço palpável a cinco centímetros do bordo costal
esquerdo. Foi prescrita amoxicilina 50 mg/kg/dia e, no terceiro
dia da medicação, persistia com febre e surgiu rash maculopapular
predominante no tronco e raízes de membros.
O pediatra suspendeu a amoxicilina e iniciou azitromicina,
realizou hemograma que evidenciou leucocitose com linfocitose
e atipia linfocitária. O diagnóstico mais provável é:
a) Escarlatina. d) Mononucleose infecciosa.
b) Doença de Kawasaki. e) Herpangina.
c) Rubéola.

A

Alguém peça para este pediatra parar de prescrever antibióticos para esta criança! Não estamos diante de uma faringite estreptocócica, mas de um grande diagnóstico diferencial: a mononucleose infecciosa. Na mononucleose infecciosa, associada tipicamente
com o vírus Epstein-Barr, temos a presença da tríade faringite, linfadenopatia generalizada e fadiga ou astenia. O surgimento de exantema após o uso de
amoxicilina ou ampicilina está descrito na maioria dos
pacientes com essa afecção, exatamente como ocorreu nesta história. Outras alterações que podem estar presentes no exame físico são a esplenomegalia e, num percentual menor das vezes, hepatomegalia. No caso temos mais uma dica: o chamado Sinal de Hoagland, um edema palpebral que pode estar presente em cerca de 30% dos casos de mononucleose infecciosa. Não há necessidade de qualquer tratamento específico, apenas sintomáticos.

Resposta: letra D.

19
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC

19 – Ao pegar sua filha de 11 meses na escola, Maria notou os olhos vermelhos, lacrimejamento e leve prostração. Na madrugada desse mesmo dia, a menina começou com febre de 39°C e, logo após, tosse, permanecendo assim pelos três dias seguintes. No quarto dia de evolução, ainda febril, a
menina foi ao pediatra apresentando manchas avermelhadas no rosto e no pescoço, diagnosticadas como sarampo. Com relação à transmissão do sarampo para as outras crianças da mesma idade na escola, é CORRETO afirmar que:

a) Não foram contagiadas, porque o período em que ela ficou na escola foi bem curto, não sendo o suficiente para o contágio.
b) Não foram contagiadas, porque o exantema no tronco ainda não havia começado, sendo que ele ocorre no período de maior transmissão da doença.
c) Não foram contagiadas, porque a menina ainda não estava tossindo quando esteve em contato com as outras crianças.
d) Tiveram chance de contágio, porque ela estava frequentando a escola no início dos sintomas.
e) Não tiveram chance de contágio, pois nesta idade já foram vacinadas contra o sarampo.

A

Esta questão aborda de forma bem prática o conceito relacionado à transmissibilidade do sarampo. Sabemos que o período exato de incubação ou de transmissibilidade dos vários agentes infecciosos que
causam doenças exantemáticas pode variar bastante na literatura. Porém, tenha certeza do seguinte: a transmissão começa a ocorrer mesmo antes da fase exantemática, ainda no período prodrômico (ainda que seja maior de dois dias antes até dois dias após o surgimento da erupção). Este é um dos grandes problemas relacionados com o controle da doença, pois mesmo antes de suspeitarmos de que o paciente esteja com sarampo, ele já estará eliminando o vírus em suas secreções respiratórias e
infectando os suscetíveis. No livro Nelson - Tratado de Pediatria, encontramos a descrição de que a transmissão ocorre de três dias antes até quatro ou seis dias após o início da erupção cutânea. Porém, em materiais do Ministério da Saúde, por exemplo, é dito que a transmissão pode ter início até seis dias antes do exantema. O fato é que as manifestações prodrômicas indicam que o vírus já está se disseminando para todas as superfícies corporais,
podendo então ser eliminado.

Resposta: letra D.

20
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1)
FUNDAÇÃO DE BENEFICÊNCIA HOSPITAL DE CIRURGIA – SE

20 – Sobre os exantemas, assinale a alternativa CERTA:

a) A escarlatina cursa com micropápulas, acompanhada de palidez perioral (sinal de Filatov), assim como palidez na região de dobras (sinal de Pastia) e cursa com posterior descamação na ponta dos dedos.
b) A doença de Kawasaki cursa com febre por mais de cinco dias, edema de mãos e pés, linfonodomegalia cervical, conjuntivite, língua avermelhada e como cursa com aneurisma de coronárias, o ecocardiograma é essencial para o diagnóstico.

c) A artrite idiopática juvenil na sua forma sistêmica é
caracterizada por febre por mais de quinze dias, acompanhada de exantema durante o período febril, com ou sem artrite.

d) O eritema infeccioso é do tipo maculopapular rendilhado, começa e coalesce na face (face de palhaço), poupando o queixo e a região perioral e demora até três semanas para regredir, período no qual pode reativar ao se expor ao sol.
e) Petéquias desaparecem a digitopressão e o exantema petequial febril deve alertar para presença de doenças graves como meningococcemia ou leucemia.

A

Vejamos cada uma das opções.
A opção A está errada; veja a maldade da banca: o sinal de Pastia consiste em uma acentuação do exantema na área das dobras, não em uma palidez desta região. Uma leitura desatenta poderia deixar passar esse pequeno detalhe.

A opção B está errada; ainda que as alterações
descritas sejam, de fato, encontradas na doença de Kawasaki, sabemos que o ecocardiograma não é necessário para o diagnóstico. Pelo contrário, o diagnóstico da forma clássica da doença de Kawasaki baseia-se apenas em critérios clínicos, não sendo necessários exames complementares para sua confirmação. O ecocardiograma será, evidentemente, realizado, mas com o intuito de identificar a mais temida complicação, que é a formação dos aneurismas coronarianos.

A opção C também está errada; a artrite idiopática juvenil na sua forma sistêmica caracteriza-
-se pela presença de artrite em uma ou mais articulações acompanhada ou precedida por febre com duração de pelo menos duas semanas acompanhada de exantema, e/ou linfadenopatia generalizada, e/ou hepato/esplenomegalia, e/ou serosite.

A opção D, que foi o gabarito, está certa; o eritema infeccioso consiste em uma doença exantemática que evolui em três fases. Na primeira fase há hiperemia malar (face esbofeteada ou face de palhaço), na segunda surge o exantema rendilhado e, na terceira, por um período de algumas semanas, ocorre a recidiva do exantema após a exposição a alguns fatores, como a exposição solar.

E, finalmente, a opção E está errada; as petéquias são alterações que, caracteristicamente, não desaparecem com a digitopressão.

Resposta: letra D.