PUERPÉRIO PATOLÓGICO Flashcards
HEMORRAGIA PÓS-PARTO – HPP
Expectativa de perda sanguíneo: 500mL no parto
vaginal e 1000mL em parto cesárea à se
ultrapassar essa expectativa é considerada uma
hemorragia pós-parto , com sinais de hipovolemia (tontura, hipotensão e taquicardia, sudorese ou sincope, oligúria e hipoxia (sintoma de confusão) e dispneia), queda de 10 % do hematócrito
causas de HPP
no terceiro periodo (dequitacao): retencao placentaria (>30 min), acretismo planetario e inversão uterina (por tracao da placenta para forcar a dequitacao)
–> tudo que envolve a placenta e problemas na sua dequitacao
quarto periodo : atonia uterina, lacerações de parto, rotura uterina, restos placentarios
mnemonico dos 4 Ts - causas especificas de HPP
Tonus : atonia (70%)
Trauma : laceração, hematoma, inversão, rotura
Tecido : retenção placentaria, coagulos, acretismo planetario
Trombina: coagulopatias, uso de anticoagulantes
acretismo placentario
placenta se insere no miometrio (nao no endometrio) e nao dequita.
pra tirar, na maioria das vezes é histerectomia imediata. nao tenta tirar manual que vai ter app
triade da morte materna puerperal
hipertensao, sangramento, infeccao
FATORES DE RISCO PARA HPP anteparto
historia anterior
nuliparidade
multiparidade
coagulopatia
placentacao anormal
>35 anos
anemia
hiperdistensao uterina (polidramio)
gemelar e macrossomia
FATORES DE RISCO PARA HPP no parto
parto prolongado
Pre eclampsia
placenta previa e DPP
obito fetal e parada secundaria
inducao de parto
corioamnionite
parto forcipe
acretismo
obesidade (altera fisiopatologica da contracao)
sintomas de hpp
tontura, fraqueza, palpitação, agitação, confusão , dispneia
sinais de hpp
sangramento >500 ou 1000
hipotensão/ taquicardia
sudorese/ sincope
palidez cutanea
oliguria e hipoxia
dessaturacao de o2
TRATAMENTO DA HPP
Abordagem do choque hipovolêmico
1. massagem uterina
2. ocitocina
3. ergotamina
4.misoprostol (se ela ainda esta descompensada nessa fase , sangrando demais, nao adianta fazer misoprostol (porque demora 20 minutos para agir) –> se nao der tempo para aguardar o efeito –> próximo passo
5. balão de tamponamento uterino
6. laparotomia (sustas compressivas, ligaduras vasculares, histerectomia)
obs: enquanto faz ocitocina, vai dando acido tranexamico
medidas nao farmacoligicas
Rafia de B-Lynch, Balão de Bakri, ligadura de hipogástrio (ou uterina) e histerectomia;
Rafia de B-Lynch
ponto estrangulando o útero no intuito de interromper o sangramento;
Se a técnica de B Lynch não
resolver o sangramento, é
necessário retirar o útero;
Balão de Bakri:
inserção de balão dentro
do útero, que não está contraindo, seguida
de insuflação com soro até 600 ml no
intuito de comprimir as arteríolas
espiralares do útero;
INFECÇÃO
se manifesta no trato genital após
o parto recente;
T > 38ºC em quatro tomadas diárias,
exceto nas primeiras 24h;(fisiologico mas sinal de alerta)
Hipertermia durante 2 dias nos primeiro
10 dias de parto;
Cesariana: principal causa
Rotura prematura das membranas – amniorrexe; –> contaminação em 12 - 18 horas
parto prolongado , hemorragias, atividade sexual precoce
QUADRO CLÍNICO
- Febre + Dor pélvica + Hipoinvolução uterina;
- Colo pérvio, amolecido, doloroso;
- Saída de secreção fétida e purulenta
obs: lembrar que a loquiacao nao tem odor fetido
CONDUTA na infeccao
- Antibiótico de amplo espectro: Gram + e -, anaeróbicos;
- Ocitocina;
- Curetagem uterina;
- Histerectomia no caso de sepse;
MASTITE PUERPERAL
Pega incorreta à fissura mamilar à porta de entrada para infecções
* Agentes: Staphylococcus aureus e Streptococcus epidermidis;
ENDOMETRITE
- Infecção endometrial causada pelo agente: Streptococcus B-hemolítico;
- Clínica – Tríade de Bumm: útero amolecido,
doloroso e hipoinvoluído; - Febre, dor pélvica e saída de secreção purulenta do
colo; - Tratamento: antibiótico de amplo espectro, úteros
tônicos, avaliação da necessidade de histerectomia
Blues puerperal:
Blues puerperal: acomete 85% das mulheres e termina em até 2 semanas – predomínio de euforia, labilidade emocional com insônia, choro fácil,
depressão, ansiedade, baixa concentração e irritabilidade;
(nao exige tratamento psiquiatrico)
Depressão pós-parto:
Depressão pós-parto: não melhora quadro
disfórico e inicia-se depois de 4 semanas – humor depressivo, choro, perda de interesse nas atividade rotineiras, sentimento de culpa e incompetência e
até ideação;
Psicose Puerperal:
atinge 0,1% das puérperas, tem
início precoce, nas primeiras 3 semanas – mesmos sintomas da depressão, acrescido de alucinação e
delírios –>riscos de asfixia fetal e suicídio;
quadro clinico da endometrite
febre + dor pelvica + hipoinvolucao uterina
colo pervio, amolecido e dolorido
secreção fetida e purulenta
triade de bumm : endometrite
uter amolecido + doloroso + hipoinvoluido