Processo Penal Flashcards

1
Q

Testemunhas Impróprias, Instrumentárias ou Fedatárias?

A

São aquelas que prestam declarações sobre a
regularidade de um ato do processo ou do inquérito policial, e não sobre a própria infração penal. Ex.:
testemunhas de apresentação que são chamadas para presenciar o auto de prisão em flagrante

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2
Q

9099
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.

Observados os destaques na lei, cabe a indagação: o policial militar pode lavrar o termo circunstanciado?

A

PODE.

A interpretação restritiva que o recorrente quer conferir ao termo ‘autoridade policial’, que consta do art. 69 da Lei nº 9.099/95, não se compatibiliza com o art. 144 da Constituição Federal, que não faz essa distinção. Pela norma constitucional, todos os agentes que integram os órgãos de segurança pública – polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, policias civis, polícia militares e corpos de bombeiros militares –, cada um na sua área específica de atuação, são autoridades policiais”. (RE 1050631, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 22/09/2017)

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3
Q

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas competências, podem pagar em dinheiro informantes?

A

Poderão estabelecer formas de recompensa pelo oferecimento de informações que sejam úteis para a prevenção, a repressão ou a apuração de crimes ou ilícitos administrativos.

Parágrafo único. Entre as recompensas a serem estabelecidas, poderá ser instituído o pagamento de valores em espécie.

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4
Q

Conceitue inquerito policial?

A

É um procedimento preparatório da ação penal, de caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e voltado à colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua autoria”(Nucci, 2018).

É procedimento (e não processo) de natureza administrativa (não judicial, nem jurisdicional), por mais que em determinadas situações haja supervisão e ordem do juiz (reserva de jurisdição) que interfira no seu andamento e desfecho. Dele não resulta, diretamente, nenhuma pena ou sanção e nisso se percebe a diferença em relação a um processo administrativo que pode impor penalidades.

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5
Q

O IP possui duas funcões de caráter instrumental?

A

a) preservadora: a existência prévia de um inquérito policial inibe a instauração de um processo penal infundado, temerário, resguardando a liberdade do inocente e evitado custos desnecessários para o Estado;

b) preparatória: fornece elementos de informação para que o titular da ação penal ingresse em juízo, além de acautelar meios de prova que poderiam desaparecer com o decurso do tempo. […] Apesar de o inquérito policial não obedecer a uma ordem legal rígida para a realização dos seus atos, isso não lhe retira a característica de procedimento, já que o legislador estabelece uma sequência lógica para sua instauração, desenvolvimento e conclusão. Por sua própria natureza, o procedimento do inquérito policial deve ser flexível. Não há falar, em sede de investigação policial, em obediência a uma ordem predeterminada, rígida, o que não infirma sua natureza de procedimento, já que o procedimento pode seguir tanto um esquema rígido quanto flexível. Logo, como o inquérito é mera peça informativa, eventuais vícios dele constantes não tem o condão de contaminar o processo penal a que der origem(Lima, 2018).

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6
Q

Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, é inconstitucional a regra estabelecida pelo Código de Processo Penal segundo a qual é possível condução coercitiva de vítimas durante o inquérito policial?

A

➔INFORMATIVO 906 STF. - O CPP, ao tratar sobre a condução coercitiva, prevê o seguinte: Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.o STF declarou que a expressão “para o interrogatório”, prevista no art. 260 do CPP, não foi recepcionada pela Constituição Federal.-> Assim, caso seja determinada a condução coercitiva de investigados ou de réus para interrogatório, tal conduta poderá ensejar:

  • a responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade
  • a ilicitude das provas obtidas
  • a responsabilidade civil do Estado.

➔ Mas atenção: O que foi proibido foi a condução coercitiva do investigado / suspeito / indiciado / acusado / réu/ para fins de interrogatório.

➔É permitida a condução coercitiva do investigado até a delegacia de polícia para submetê-lo ao procedimento de reconhecimento de pessoa, não havendo mácula ao preceito nemo tenetur se detegere.

Condução coercitiva para interrogatório não pode.

Condução coercitiva para reconhecimento pode.

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7
Q

O delegado de polícia pode requisitar, sem necessidade de autorização judicial, dados e informações cadastrais de suspeito da prática de crime de extorsão mediante sequestro?

A

MP OU DELEGADO PODEM (FACULTATIVO) REQUISITAR INFORMAÇÕES CADASTRAIS, sem necessidade de autorização judicial, NOS CRIME DE:

SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO
REDUÇÃO ANÁLOGA DE ESCRAVO
TRÁFICO DE PESSOAS
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO
ENVIO DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE PARA O EXTERIOR
CESPE. O delegado de polícia pode requisitar, sem necessidade de autorização judicial, dados e informações cadastrais do suspeito da prática de crime de extorsão mediante sequestro. CERTO

FGV. O delegado de polícia pode requisitar diretamente às empresas privadas o fornecimento das informações cadastrais, que devem ser fornecidas no prazo de 72h, sendo apenas comunicado o juiz. ERRADO, 24 HORAS

FGV. O Código de Processo Penal permite que o delegado de polícia requisite as informações cadastrais diretamente às empresas da iniciativa privada, que devem fornecê-las no prazo de 24 horas, independentemente de autorização judicial. CERTA

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8
Q

Na ação penal privada, concluído o inquérito policial, o delegado de polícia remeterá os autos ao juízo competente, independentemente de tramitação pelo órgão ministerial.?

A

Traz o Art. 19 do CPP. Nos crimes em que não couber ação pública (ação penal pública de iniciativa privada), os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

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9
Q

Segundo o entendimento do STF, o arquivamento do inquérito pelo Poder Judiciário sem prévio requerimento do titular da ação penal concretiza poder-dever do magistrado, que, na fase pré-processual da persecução penal, atua como juiz de garantias.

A

Cespe 2023 CERTO

Atualizar 2024

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10
Q

O autor do fato, ao ser indiciado no inquérito policial instaurado, em procedimento sigiloso, será ouvido, e o respectivo termo será assinado por duas testemunhas que dele tenham escutado a leitura.

A

Gabarito: CERTO

Observe o que aborda o CPP:

Art. 6º- Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

(…)

V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;

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11
Q

Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público (MP) ou o delegado de polícia poderão requisitar, independentemente de autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilzem imediatamente os meios técnicos adequados -— como sinais, informações e outros — que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.

A

GABARITO: ERRADO

Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148 (Seqüestro e cárcere privado), 149 (Redução a condição análoga à de escravo) e 149-A (Tráfico de Pessoas), no § 3o do art. 158 (Extorsão com restrição da liberdade da vítima) e no art. 159 do Código Penal (Extorsão mediante seqüestro), e no art. 239 do ECA (envio de criança ou adolescente ao exterior) membro do MINISTÉRIO PÚBLICO ou o DELEGADO DE POLÍCIA poderá REQUISITAR, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, DADOS e INFORMAÇÕES CADASTRAIS da vítima ou de suspeitos.

Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao TRÁFICO DE PESSOAS, o membro do MP ou o DELTA poderão requisitar, MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como SINAIS, informações e outros – que permitam a LOCALIZAÇÃO da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.

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12
Q

O inquérito policial pode ser iniciado por queixa realizada pela vítima de crime na delegacia de polícia.

A

GAB. ERRADO

QUEIXA é o o nome da peça processual acusatória utilizada pelo MP quando a instauração do IP depender de requerimento do ofendido.

Quando a vítima vai até a delegacia e comunica o crime sofrido há uma DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA.

DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA.

DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA.

DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA.

DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA.

DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA.

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13
Q

Tratando-se de crime de lesão corporal leve, o inquérito policial só poderá ser iniciado mediante representação da vítima.

A

Lesões Leves e Culposas ➝ Condicionada a Representação

Lesões Graves, Gravíssimas ➝ Pública Incondicionada

Lesões em contexto familiar, contra MULHER ➝ Ação Penal Pública Incondicionada(independente de ser leve, grave, gravíssima ou culposa)

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14
Q

Com a prisão em flagrante do autuado, foi instaurado inquérito pela Polícia Civil do Estado do Ceará para investigar crime de ação penal pública previsto no Código Penal e punido com pena de reclusão. A vítima reconheceu o preso, e este permaneceu calado. Concluídas as diligências, o delegado elaborou o relatório final.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Com o autuado preso, o inquérito policial deve ser concluído no prazo de quinze dias, prorrogáveis por igual período em caso de necessidade devidamente justificada.

A
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15
Q

A notitia criminis de cognição imediata ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso através da apresentação do indivíduo preso em flagrante-delito, enquanto a denúncia anônima é considerada notitia criminis inqualificada.

A

errado
Noticia criminis de cognição IIImediata é aquela em que a autoridade policial toma conhecimento do fato criminoso por meio de suas atividades IIInformais/habituais/rotineira (seria mediata se chegasse por meio de expediente forma); [para memoriza: associar as vogais]

Já a segunda parte está correta. De fato, notitia criminis inqualificada representa o conhecimento dos fatos por meio da “denúncia anônima”. (apócrifa).

A denúncia anônima, sozinha, não pode embasar a abertura de inquérito. Pode, contudo, justificar investigações para apurar a veracidade das informações obtidas de forma anônima.
Jurisp.: “ A notitia criminis inqualificada, de per si, considerada pelos tribunais superiores como fundamento insuficiente capaz de ensejar a instauração de inquérito policial. STF, HC 108.147/PR.

Noticia criminis de cognição coercitiva: ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso através da apresentação do indivíduo preso em flagrante. (LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal: volume único. 8. Ed. rev. Ampl. e atual. Salvador. Ed. JusPodivm, 2020. P. 203).

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16
Q

O fato de não ser cabível a oposição de exceção de suspeição à autoridade policial na presidência do IP faz, por consequência, que não sejam cabíveis as hipóteses de suspeição em investigação criminal.

A

ERRADO

OPOR: NÃO PODE

O DELEGADO DEVE DECLARAR-SE SUSPETO.

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17
Q

Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do curso da investigação criminal não poderá oferecer denúncia, devendo, ao final do inquérito policial, encaminhar os documentos cabíveis para outro membro do parquet, que decidirá acerca do oferecimento ou não de denúncia.

A

❌Gabarito Errado

Súmula 234 do STJ

“A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia”.

Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do curso da investigação criminal PODERÁ oferecer denúncia, devendo, ao final do inquérito policial, encaminhar os documentos cabíveis para outro membro do parquet(Ministério Público), que decidirá acerca do oferecimento ou não de denúncia.

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18
Q

O termo circunstanciado pode ser realizado por bombeiro militar, desde que lei estadual especifique tal atribuição e que o procedimento seja homologado pela autoridade policial.

A

Gabarito da professora: ERRADO.
A assertiva inicia correta, mas, ao final, traz uma fragilidade. A assertiva enunciada expressar que depende da homologação pela autoridade policial, mas inexiste tal previsão. Para tanto, observe o recorte jurisprudencial, e a ausência dessa exigência:

“É constitucional norma estadual que prevê a possibilidade da lavratura de termos circunstanciados pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiro Militar. (…) O termo circunstanciado é o instrumento legal que se limita a constatar a ocorrência de crimes de menor potencial ofensivo, motivo pelo qual não configura atividade investigativa e, por via de consequência, não se revela como função privativa de polícia judiciária.” STF. Plenário. ADI 5637/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 11/3/2022 (Info 1046).

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19
Q

O termo circunstanciado de ocorrência é procedimento administrativo que substitui o auto de prisão em flagrante e o inquérito policial.

A

É um procedimento investigativo SUBSTITUTIVO do inquérito para os casos de flagrante em infrações penais de menor potencial ofensivo, abarcando todas as contravenções penais e crimes cuja pena máxima não ultrapasse 02 (dois) anos. Tem previsão expressa no art. 69 da Lei 9.099/95.

Exceções à lavratura do TCO: hipóteses em que não será possível lavrar termo circunstanciado de ocorrência.

1) Infrações de menor potencial ofensivo com autoria ignorada → o IP será lavrado mediante portaria, e não TCO, uma vez que não é possível que o autor do crime (desconhecido) compareça ao JECRIM.

2) Crimes que demandam complexidade na investigação → o IP será lavrado mediante portaria, e não TCO, uma vez que, nesses casos, não é possível observar os princípios que regem o Juizado Penal, quais sejam: simplicidade, celeridade e informalidade.

3) Recusa a ser encaminhado para o JECRIM → na hipótese de o indivíduo se recusar a comparecer no JECRIM, será lavrado APF, e não TCO.

EXCEÇÃO: Crime de porte de drogas para uso pessoal (art. 28, Lei 11.343/06) → ainda que o autor se recuse a comparecer no JECRIM, será lavrado TCO, uma vez que não é possível impor um título prisional àquele que pratica o crime.

4) Nos crimes previstos no CTB, quando o autor não presta socorro imediato e integral à vítima → o IP será lavrado mediante APF, considerando uma interpretação a contrário sensu do art. 301.

20
Q

Indiciamento
Lei de lavagem. Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno? É Valido?

A

STF, violou os princípios:
1 - proporcionalidade (subprincípio da necessidade),
2 - presunção da não culpabilidade,
3 - Isonomia.

Pode ser afastado DE FORMA CAUTELAR, pelo 319 VI, C/C 282 com do CPP

21
Q

quando a própria autoridade policial, no exercício do seu ofício, por suas atividades rotineiras, toma conhecimento, por qualquer meio, da infração penal;?

A

notícia de crime direta / de cognição imediata / espontânea / inqualificada

22
Q

se dá por um ato jurídico com que alguém dá conhecimento de suposto crime a uma autoridade ou a um dos órgãos de persecução penal;

A

indireta / de cognição mediata / provocada / qualificada

23
Q

Os mecanismos de solução de conflitos são? (3)

A

a) Autotutela;
b) Autocomposição;
c) Jurisdição.

24
Q

Há permissão legal ao exercício da autotutela?

A

Em regra, NÃO é admitida, sob pena de configurar o crime de exercício arbitrário das próprias
razões, previsto no art. 345, CP.

Exceções: No Direito Penal podemos citar
a previsão da legítima defesa e o estado de necessidade. Já no Direito Processual Penal, temos a prisão em
flagrante.

25
Q

Convocação de juízes de 1ª instancia para atuar nos Tribunais viola o princípio do juiz
natural?

A

De acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores, a convocação de juízes de 1º grau para
substituir desembargadores não viola o princípio do juiz natural, desde que a convocação seja feita na forma
da lei, haja critérios objetivos pré-determinados para a escolha do juiz, e o órgão competente para o
julgamento do recurso seja composto em sua maioria por desembargadores efetivos.

26
Q

Quais assuntos Induzem incompetência absoluta? (3)

A

MPF

matéria, pessoa e função

● Ratione materiae
● Ratione personae (funcionae)
● Funcional (é fixada de acordo com a
função que cada um dos órgãos
jurisdicionais exerce no processo)

27
Q

Militar da ativa é o mesmo que militar em serviço? Em outras palavras: Para os fins do art. 9º, II,
do CPM, quando se fala em “militar em situação de atividade” exige-se que ele esteja em exercício efetivo?
Exige-se que o militar esteja trabalhando no momento dos fatos?

A

1ª C: NÃO.
∘ Militar em serviço: Exige-se que, no momento da conduta, o agente esteja no exercício efetivo
de atividade militar. Ex.: art. 202 do CPM - Embriaguez em serviço.
∘ Militar em situação de atividade (militar da ativa): São os militares que estão em atividade, ou
seja, aqueles que não estão na reserva. Não importa para esse conceito saber se o militar estava
ou não de folga.

2ª C: SIM.
∘ Para que seja considerado crime militar e, portanto, de competência da Justiça Militar, exige-se
que, além da qualidade de militar da ativa, a prática da conduta tenha ocorrido durante o
exercício efetivo do serviço militar. Assim, compete à Justiça Militar julgar crime cujo autor e
vítima sejam militares, desde que ambos estejam em serviço e em local sujeito à administração
militar.

3ª C: INTERMEDIÁRIA
∘ Para a definição da competência da justiça militar, faz-se necessária a observância do critério
subjetivo (delito praticado por militar em atividade, em serviço ou não), aliado ao critério
objetivo (vulneração de bem jurídico caro ao serviço e ao meio militar, a ser analisada no caso
concreto). STJ. 5ª Turma. HC 550.998-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 23/06/2020 (Info

28
Q

De quem é a competência para julgar o crime de omissão de anotação de vínculo
empregatício na CTPS (art. 297, § 4º, do CP)?

A

Justiça Federal (STJ). O sujeito passivo primário do crime omissivo do art. 297, § 4.º, do Diploma
Penal, é o Estado, e, eventualmente, de forma secundária, o particular, terceiro prejudicado, com a omissão
das informações, referentes ao vínculo empregatício e a seus consectários da CTPS. Cuida-se, portanto de
delito que ofende de forma direta os interesses da União, atraindo a competência da Justiça Federal, nos
termos do art. 109, IV, da CF/88. STJ. 3ª Seção. CC 145567/PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
27/04/2016.

1ª Turma do STF: Justiça Estadual. Nesse sentido: 1ª Turma. Ag.Reg. na Pet 5084, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 24/11/2015.

29
Q

O Título IV do Código Penal, que engloba os art. 197 a art. 207, possui a seguinte
rubrica: “Dos crimes contra a organização do trabalho”. Diante disso, os crimes contra a organização do
trabalho previstos neste Título IV do CP serão sempre julgados pela Justiça Federal?

A

NÃO (STJ). Os crimes previstos nos art. 197 a art. 207 do CP somente serão de competência da
Justiça Federal quando ficar demonstrado, no caso concreto, que o delito provocou lesão a: i) direito dos
trabalhadores coletivamente considerados; ou ii) organização geral do trabalho.

30
Q

Competência AERONAVE pousada? NAVIO ancorado?

A

AERONAVE pousada: competência da JC Federal.
NAVIO ancorado: competência da JC ESTADUAL, SALVO se estiver em situação de potencial
deslocamento.

ATENÇÃO: Balão NÃO se confunde com Aeronave.

31
Q

PROVA ANÔMALA?

A

É aquela utilizada para fins diversos
daqueles que lhe são próprios, com
características de outra prova típica. Logo,
existe meio de prova legalmente previsto
para a colheita da prova, porém deixa-se de lado esse meio de prova para valer-se de
outro. É prova obtida por meios ilegítimos,
podendo caracterizar uma nulidade
absoluta ou relativa, a depender do caso
concreto.
Ex.: a testemunha - seu conhecimento deve
vir aos autos através de um depoimento
prestado em juízo, e não através de uma
mera certidão juntada aos autos, sob pena
de violação aos princípios do contraditório
e da ampla defesa.

32
Q

PROVA IRRITUAL?

A

É aquela produzida sem a observância do
modelo típico previsto em lei. É prova
ilegítima.
Ex.: reconhecimento em juízo que não segue o procedimento descrito no art. 226
do CPP.

Logo, enquanto a prova anômala segue o procedimento previsto em lei, embora não seja o adequado
caso, a prova irritual é típica e desrespeita o modelo legal para a produção da prova.

33
Q

Fontes de prova?

A

Derivam do fato delituoso em si, independentemente da existência do processo, sendo
que sua introdução no feito se dá através dos meios de prova.

34
Q

Meios de prova?

A

Dizem respeito a uma atividade endoprocessual que se desenvolve perante o juiz, com
a participação dialética das partes, cujo objetivo precípuo é a fixação de dados probatórios no processo.

35
Q

Meios de obtenção de prova?

A

Referem-se a certos procedimentos extraprocessuais, em regra, que têm
como objetivo precípuo a identificação de fontes de prova.

36
Q

Prova?

A

É o meio de se demonstrar a verdade de um fato, destinando-se à formação
do livre convencimento motivado do juiz. É produzida sob o crivo do
contraditório e da ampla defesa (art. 155, caput do CPP).

37
Q

(Delegado da PCMS 2021): Cabe utilização como prova emprestada de elementos informativos produzidos no
inquérito?

A

R.: Em regra, como os elementos informativos do inquérito são produzidos sem a observância do princípio do
contraditório, eles não podem ser utilizados como prova emprestada, ainda que seja processo contra a mesma
pessoa que figurou como investigada no inquérito. Porém, no caso de provas não repetíveis (ex.: exames
periciais) é perfeitamente possível falar-se em prova emprestada, já que, em relação a elas, o contraditório será
respeitado, ainda que de forma diferida.
Existe precedente do STF nesse sentido. No RE 328.138/MG, a 1ª turma admitiu a validade de prova pericial
produzida em inquérito distinto como prova emprestada.

38
Q

Limitações à Teoria da Prova Ilícita por Derivação? (4)

A

Teoria da Fonte Independente,
Descoberta Inevitável,
Nexo Atenuado e
Teoria do Encontro
Fortuito de Prova

39
Q

Teroria da descoberta inevitável?

A

Segundo Renato Brasileiro, “se restar demonstrado que a prova derivada da ilícita seria produzida de
qualquer modo, independentemente da prova ilícita originária, tal prova deve ser considerada válida”.

Cuidado: Não é possível se valer dessa teoria com base em dados meramente especulativos, sendo
indispensável a existência de dados concretos, que demonstrem que a descoberta seria inevitável. Em outras
palavras: a descoberta inevitável que conduz à licitude de uma prova colhida de forma irregular está pautada em
um JUÍZO DE INEVITABILIDADE

40
Q

Prova ilícita, LIMITAÇÃO DA MANCHA PURGADA?

A

Ou NEXO ATENUADO OU TINTA DILUÍDA. (TEORIA DOS VÍCIOS
SANADOS)

O vício da ilicitude originária é atenuado em virtude do espaço temporal decorrido entre a prova primária e a secundária, ou por conta de circunstâncias supervenientes na cadeia probatória ou da vontade de um dos envolvidos em colaborar com a persecução criminal

41
Q

Teoria da ratio cognoscendi (ou indiciariedade)?

A

se o fato é típico, presume-se que seja ilícito. Por
isso, a acusação só prova a tipicidade, pois quanto ao resto há uma presunção iuris tantum (relativa) da
existência

42
Q

SISTEMAS DE AVALIAÇÃO (VALORAÇÃO) DA PROVA? (5)

A

a) Sistema das Ordálias (Ordálios) / “Juízos de Deus”:

b) Sistema da Íntima Convicção / da Certeza Moral do Juiz:

c) Sistema da Verdade Legal / Tarifário de Provas / da Certeza Moral do Legislador:

d) Sistema do Livre Convencimento Motivado / da Persuasão Racional do Juiz:

e) Teoria racionalista da prova:

43
Q

Testemunhas Laudadoras ou de Beatificação?

A

São aquelas que prestam declarações relacionadas aos
antecedentes do réu.

44
Q

● Testemunhas Indiretas?

A

São aquelas que depõem sobre fatos que OUVIU DIZER (hear say). Seu depoimento
possui menor valor probatório

45
Q

Testemunhas Referidas?

A

São aquelas mencionadas (referidas) por outras testemunhas já ouvidas, não
entrando no número permitido (art. 209, §1º CPP)

46
Q

Testemunhas Anônimas?

A

São aquelas cuja qualificação não é informada ao acusado.
De acordo com o STF, não há nenhuma inconstitucionalidade, tendo em vista que visa à preservação da integridade da testemunha.

47
Q
A