Pós Operatório Cardíaco Flashcards
Frente
Verso
Quais são as principais complicações do pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica?
Sangramentos, distúrbios hidroeletrolíticos, síndrome do baixo débito cardíaco (SBDC), arritmias e disfunção renal.
O que é a síndrome do baixo débito cardíaco (SBDC)?
É uma complicação caracterizada pela redução transitória do débito cardíaco, levando à hipoperfusão tecidual e disfunção de múltiplos órgãos.
Qual é a causa principal da SBDC?
Disfunção miocárdica subsequente à cirurgia cardíaca, especialmente após o uso de circulação extracorpórea (CEC).
Quais são os sinais clínicos de hipoperfusão tecidual na SBDC?
Extremidades frias e pálidas, tempo de enchimento capilar prolongado, oligúria, confusão mental e taquicardia.
Como deve ser tratado o baixo débito cardíaco no pós-operatório?
Ajuste da volemia, uso de inotrópicos como dobutamina e epinefrina, e ventilação mecânica para otimizar a oxigenação tecidual.
Quais são os inotrópicos mais utilizados no manejo da SBDC?
Dobutamina, epinefrina, milrinona e levosimendana, que melhoram a contratilidade cardíaca e reduzem a pós-carga.
Qual é o papel da ventilação mecânica no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Reduz a demanda de oxigênio, melhora a oxigenação tecidual e ajuda a aliviar o edema pulmonar.
O que é a ECMO e quando é indicada no pós-operatório?
A ECMO é um suporte de oxigenação por membrana extracorpórea, indicada quando há falha no tratamento convencional de SBDC.
Quais são as variáveis hemodinâmicas que indicam hipoperfusão na SBDC?
Pressão venosa central (PVC), resistência vascular pulmonar (RVP), lactato sérico elevado, saturação venosa central de oxigênio (SvCO2) abaixo de 70%.
Como a acidose metabólica afeta o débito cardíaco no pós-operatório?
A acidose metabólica prejudica a função cardíaca ao reduzir a contratilidade miocárdica, devendo ser corrigida rapidamente.
O que caracteriza a disfunção renal no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Redução do débito urinário, retenção hídrica, aumento de creatinina e necessidade de diuréticos ou diálise peritoneal.
Como deve ser manejada a lesão renal no pós-operatório?
Uso de diuréticos de alça, como furosemida, e, em casos graves, diálise precoce para manter o balanço hídrico.
Quais são os cuidados iniciais para prevenir sangramentos no pós-operatório imediato?
Monitorização do débito dos drenos, correção de coagulopatias e transfusões de hemocomponentes conforme necessário.
Quais são as metas de hemoglobina para pacientes cianogênicos e acianogênicos no pós-operatório?
Hemoglobina de 10 mg/dL para cardiopatias acianogênicas e 14 mg/dL para cardiopatias cianogênicas.
Qual é a importância da correção dos distúrbios eletrolíticos no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Distúrbios de potássio, cálcio e glicemia afetam negativamente o débito cardíaco, devendo ser corrigidos prontamente.
Quais são as arritmias mais comuns no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Fibrilação atrial, taquicardia supraventricular, bloqueio atrioventricular e bradicardia sinusal.
Como é manejada a fibrilação atrial no pós-operatório?
Controle de frequência com beta-bloqueadores ou bloqueadores de canal de cálcio, e conversão para ritmo sinusal com amiodarona ou cardioversão elétrica.
Quais são os sinais de uma taquicardia supraventricular no pós-operatório?
Palpitações, hipotensão, dor torácica, taquicardia (> 150 bpm) e sinais de má perfusão.
Qual é o manejo inicial de uma taquicardia supraventricular?
Manobra vagal, seguida por adenosina intravenosa, e se ineficaz, cardioversão elétrica sincronizada.
Quais são as principais complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Atelectasias, pneumonia, derrame pleural e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
Como deve ser manejada a atelectasia no pós-operatório?
Incentivo à fisioterapia respiratória, ventilação mecânica com pressão positiva, e em alguns casos, broncoscopia para remover secreções.
O que é a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) no pós-operatório?
Condição grave de inflamação pulmonar, caracterizada por hipoxemia refratária, infiltrados pulmonares difusos e falência respiratória.
Quais são os cuidados nutricionais no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Suporte nutricional precoce, preferencialmente enteral, para otimizar a recuperação e prevenir desnutrição.
Quando a nutrição parenteral é indicada no pós-operatório?
Quando a nutrição enteral é inviável ou insuficiente para atender às necessidades calóricas e proteicas.
Quais são as metas de balanço hídrico no pós-operatório imediato?
Manter um balanço hídrico equilibrado, evitando sobrecarga de líquidos e prevenindo insuficiência cardíaca e edema pulmonar.
Como manejar uma pneumonia no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Antibióticos de amplo espectro, suporte ventilatório, fisioterapia respiratória e, em alguns casos, broncoscopia.
Quais são os fatores de risco para infecções no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Tempo prolongado de internação, uso de dispositivos invasivos, má nutrição e imunossupressão.
Como prevenir infecções no pós-operatório de cirurgia cardíaca?
Higienização adequada, uso de antibióticos profiláticos, remoção precoce de dispositivos invasivos e cuidados com feridas cirúrgicas.
O que é o tamponamento cardíaco no contexto pós-operatório?
Acúmulo de sangue ou líquido no espaço pericárdico, comprimindo o coração e reduzindo o débito cardíaco.
Quais são os sinais clínicos de tamponamento cardíaco?
Hipotensão, distensão das veias jugulares e abafamento dos sons cardíacos (tríade de Beck), além de pulso paradoxal.