Politraumas Flashcards
Frente
Verso
O que caracteriza um paciente politraumatizado?
Um paciente com duas ou mais lesões graves, geralmente decorrentes de trauma de alta energia, que podem afetar múltiplos sistemas e apresentam risco de morte.
Quais são as causas mais comuns de politraumatismo?
Acidentes de trânsito, quedas de grandes alturas, ferimentos por armas de fogo e acidentes de trabalho.
O que é a avaliação primária (ABCDE) no manejo do politraumatizado?
É uma sequência para avaliação rápida e tratamento inicial: A (vias aéreas), B (respiração), C (circulação), D (disfunção neurológica) e E (exposição).
Qual é a prioridade inicial no atendimento ao politraumatizado?
Manter as vias aéreas pérvias e estabilizar a respiração, garantindo uma ventilação adequada.
Como deve ser avaliada a circulação em pacientes politraumatizados?
Verificar pulso, pressão arterial e sinais de choque, além de buscar fontes de hemorragia e iniciar reposição volêmica se necessário.
O que deve ser considerado na avaliação das vias aéreas no trauma?
Presença de obstrução, corpos estranhos, fraturas faciais e lesões na coluna cervical que podem comprometer a via aérea.
Quais são os sinais clínicos de choque hemorrágico?
Hipotensão, taquicardia, pele fria e pegajosa, confusão mental, e redução da produção urinária.
O que é a avaliação neurológica no contexto de trauma (D no ABCDE)?
Inclui a avaliação do nível de consciência com a escala de coma de Glasgow e a identificação de déficits neurológicos focais.
Qual a importância do controle da temperatura em pacientes politraumatizados?
Evitar a hipotermia, que pode agravar coagulopatias, acidose e disfunção orgânica.
Quais são as lesões torácicas mais comuns em pacientes politraumatizados?
Pneumotórax, hemotórax, contusão pulmonar e lesões da árvore traqueobrônquica.
O que é o pneumotórax hipertensivo e como deve ser tratado?
Acúmulo de ar sob pressão no espaço pleural, resultando em colapso pulmonar e deslocamento do mediastino. O tratamento inclui descompressão imediata com agulha e drenagem torácica.
Quais são os sinais de hemorragia interna no trauma abdominal?
Hipotensão, dor abdominal, distensão e sensibilidade à palpação, além de sinais de choque não explicados por outras fontes.
Qual é a abordagem inicial para fraturas expostas?
Controle da hemorragia, estabilização do membro, limpeza e cobertura da ferida, além da administração de antibióticos e profilaxia antitetânica.
O que é o ‘triângulo letal’ no trauma grave?
Conjunto de três fatores — hipotermia, acidose e coagulopatia — que, quando presentes, aumentam significativamente a mortalidade no politrauma.
Qual a importância da imobilização da coluna cervical no trauma?
Prevenir lesões adicionais à medula espinhal até que uma avaliação completa possa ser feita para descartar fraturas ou instabilidade.
Quais são os sinais clínicos de uma lesão cranioencefálica grave?
Pupilas assimétricas, perda de consciência, vômitos, convulsões, e sinais de déficit neurológico como hemiparesia.
O que é a escala de coma de Glasgow e como é utilizada no trauma?
Uma escala de 3 a 15 pontos que avalia a resposta ocular, verbal e motora para determinar o nível de consciência e gravidade da lesão neurológica.
Como deve ser manejado o choque neurogênico em pacientes com trauma raquimedular?
Reposição volêmica, uso de vasopressores e manutenção da perfusão medular com pressão arterial média adequada.
Quais são as principais complicações associadas a fraturas pélvicas no politrauma?
Hemorragia massiva, instabilidade hemodinâmica, lesão vesical e uretral, além de risco aumentado de trombose venosa profunda.
Qual é a abordagem inicial para pacientes com lesões raquimedulares?
Imobilização rigorosa da coluna, uso de colar cervical e transporte imediato para avaliação por imagem e manejo especializado.
Como é feito o controle da hemorragia no trauma grave?
Reposição volêmica com cristaloides e derivados sanguíneos, controle cirúrgico da hemorragia e uso de agentes hemostáticos quando necessário.
Quando a toracotomia de emergência é indicada no politrauma?
Em pacientes com trauma torácico penetrante que apresentam sinais de tamponamento cardíaco ou hemorragia intratorácica incontrolável.
Quais são as complicações mais comuns após fraturas de ossos longos no politrauma?
Embolia gordurosa, síndrome compartimental, infecção e atraso na consolidação óssea.
O que caracteriza a síndrome compartimental e como deve ser tratada?
Aumento da pressão dentro de um compartimento muscular, resultando em isquemia tecidual. O tratamento é a fasciotomia urgente.
Quais são as principais indicações para a reposição volêmica no trauma?
Sinais de hipovolemia, choque hemorrágico e perda significativa de líquidos em queimaduras ou traumas penetrantes.
Quais são os principais cuidados no manejo de queimaduras extensas em pacientes politraumatizados?
Controle da via aérea, reposição de líquidos, prevenção de infecções e manejo da dor.
Como o tratamento de choque hipovolêmico deve ser realizado em pacientes pediátricos?
Reposição volêmica rápida com cristaloides isotônicos, uso criterioso de vasopressores e monitorização rigorosa do estado hemodinâmico.
Quais são os sinais de tamponamento cardíaco em um trauma torácico?
Hipotensão, distensão das veias jugulares e abafamento dos sons cardíacos (tríade de Beck).
Como prevenir complicações pulmonares pós-trauma, como a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)?
Controle precoce de infecções, ventilação mecânica protetora e manejo cuidadoso de fluidos.
Quais são os fatores de risco para desenvolvimento de tromboembolismo venoso após trauma?
Imobilização prolongada, fraturas de ossos longos, lesões medulares e cirurgias extensas.