Papilomatose Respiratória Flashcards

1
Q

Qual a importância da Papilomatose Respiratória Recorrente?

A
  • 1ª causa de NEOPLASIA BENIGNA da laringe (84%).
  • 2ª causa de DISFONIA NA INFÂNCIA (1ª é nódulo vocal)
  • HPV é a DST mais prevalente no mundo.
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2
Q

Quais os tipos de HPV na papilomatose com maior risco de malignização?

A

Tipos de HPV e risco: de malignizar:

  • 6 e 11: Baixo risco (3-6%).
  • 31 e 33: Risco Intermediário.
  • 16 e 18 : Alto risco (70-90%).
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3
Q

Quais fatores de risco para malignização INDEPENDENTEMENTE do tipo de HPV?

A
  • Tabagismo
  • Etilismo
  • Irradiação
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4
Q

Em qual camada do epitélio ocorre a replicação viral?

A

A persistência e replicação viral ocorre nas células da CAMADA BASAL (onda pode ficar latente).

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5
Q

Qual a região do epitélio onde há surgimento das lesões?

A
  • Causa lesões preferencialmente nos locais onde há JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR (JEC), ou seja, transição de epitélio ciliar e escamoso.

Essas áreas são vistas na superfície nasofaríngea do palato mole, na superfície laríngea da epiglote, nas margens superior e inferior das pregas vocais, na carina e na cicatriz da traqueostomia (epitélio ciliado que sofre metaplasia escamosa por trauma).

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6
Q

As lesões acometem mais frequentemente qual local do trato aerodigestivo?

A

Predomínio da doença na GLOTE (pregas verdadeiras).

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7
Q

Descreva as lesões típicas que acometem a glote.

A

Lesão papilomatosa exofítica, pedunculada ou nodular, única ou múltiplas, cor rósea a avermelhada, de superfície irregular com inúmeras MICROVILOSIDADES.

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8
Q

Qual a principal manifestação clínica?

A
  • 1°) Disfonia (PRINCIPAL)
  • 2°) Obstrução de vias aéreas
  • 3°) Dispneia

Estridor costuma iniciar INSpiratório e depois se torna Bifásico (evitar traqueostomia ao máximo, pois pode causar disseminação).

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9
Q

Cite em qual idade há predomínio da PRR, e abaixo de qual idade podemos chamar de PRR Juvenil.

A
  • Cerca de 2/3 dos casos ocorre em pacientes MENORES DE 15 ANOS
  • A forma juvenil, por definição, é aquele que ocorre ANTES DOS 12 ANOS.
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10
Q

Cite a diferença entre a FORMA JUVENIL e a FORMA ADULTA no que diz respeito a:

  • Idade
  • Sexo
  • Agressividade
  • Disseminação extralaríngea
  • Taxa de malignização
  • Recidiva
A

Forma Juvenil (< 12 anos)

  • Pico entre 2-4 anos.
  • Sem diferença de sexos.
  • MAIS AGRESSIVA
  • MAIOR DISSEMINAÇÃO EXTRALARÍNGEA (30%)
  • Menor malignização
  • MAIOR RECIDIVA

Forma Adulta (>12 anos)

  • Pico entre 20-40 anos
  • MAIS NO SEXO MASCULINO
  • Menos agressiva
  • Menor disseminação extralaríngea (16%)
  • MAIS MALIGNIZAÇÃO
  • Menor recidiva
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11
Q

Cite os 3 sítios mais comuns de disseminação extralaríngea.

A
  • Cavidade oral
  • Traqueia
  • Brônquio
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12
Q

Quais os 4 fatores associados a disseminação extralaríngea?

A
  • Continuidade da doença
  • Intubação ototraqueal
  • Vapor do laser
  • Dispersão das partículas na cirurgia.

Dica: lembrar do mneumônico “CIVD”.

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13
Q

Como é a transmissão da Forma Juvenil?

A
  • Risco de transmissão no parto normal estimado em 1:400 a 1:1000.
  • Risco de TRANSMISSÃO NO PARTO NORMAL É MAIOR QUE CESÁRIA durante infecção ativa na mãe. Porém, de acordo com os estudos, CESARIANA NÃO PREVINE a papilomatose (durante a gravidez há compartilhamento presença do HPV no líquido amniótico e cordão umbilical, com compartilhamento de carga viral), não devendo ser recomendada por esse motivo.
  • PRIMIPARIDADE e MÃE JOVEM são fatores de risco para maior transmissão.
  • CONDILOMA VAGINAL é outro fator de risco importante, mas não contraindica o parto normal (a não ser que seja obstrutivo).
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14
Q

Como é a transmissão da Forma Adulta?

A

Reativação do vírus latente ou adquirida via sexual.

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15
Q

Cite 3 fatores que facilitam a persistência da doença.

A
  • DRGE
  • Coexistência de infecções, (sendo mais comum Herpes Simples e EBV).
  • Alteração da resposta imune celular e humoral.
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16
Q

Sobre o diagnóstico:

  • Quais exames endoscópicos posso solicitar?
A

Endoscopia de via aérea:

  • Nasofibrolaringoscopia
  • Laringoscopia de suspensão, sob sedação.
17
Q

Sobre o diagnóstico:

  • Qual o nome do Escore utilizado para estadiar e acompanhar a gravidade da doença , com base em parâmetros clínicos e laringoscópicos?
A
  • ESCORE DE DERKEY

O cirurgião assinala um grau de 0 a 3 (0 = ausente; 1 = lesão superficial; 2 = lesão elevada; 3 = lesão volumosa) para cada local do trato aerodigestivo. Além disso, responde a seis perguntas relacionadas ao curso clínico da doença (intervalo de doença, número total de cirurgias recentes, cirurgia e emergência, qualidade vocal, grau de estridor no momento da cirurgia e grau de dificuldade respiratória).

18
Q

Sobre o diagnóstico:

  • Qual o achado característico do histopatológico?
  • Qual a limitação do histopatológico?
A

Todas as exéres devem ser acompanhadas para anatomopatológico devido risco de malignização:

  • Biópsia pode mostrar COILOCITOSE (VACUOLIZAÇÃO PERINUCLEAR). Tratado considera esse achado como sendo PATOGNOMÔNICO (embora tenha outras causas). Outro achado seria a BINUCLEAÇÃO.
  • Limitação: a histopatologia identifica o efeito citopático, e não o vírus, ou seja, NÃO IDENTIFICA FORMAS LATENTES.
19
Q

Sobre o diagnóstico:

  • Cite técnicas moleculares para identificar os tipos de HPV presentes (inclusive na forma latente).
A

Técnicas de diagnóstico molecular:

  • Hibridização por PCR
  • Captura híbrida.

Identificam o DNA viral e tipos de HPV. Confirma a doença, mesmo com vírus latente.

20
Q

Sobre o tratamento cirúrgico:

  • Cite 3 opções cirúrgicas.
  • Existe superioridade entre as técnicas?
  • Qual complicação cirúrgica evolutiva devemos ficar atentos?
A

Conceitos:

  • O tratamento cirúrgico é feito com anestesia geral, IOT e laringoscopia de suspensão (sempre biopsiar).

SEM SUPERIORIDADE ENTRE AS TÉCNICAS.

Opções:

  • EXÉRESE A FRIO (primeira escolha, utilizando microtesouras, saca-bocados, geralmente tem maior sangramento).
  • MICRODEBRIDADORES (consegue remover grande quantidade de lesões, mas risco maior de estenoses e complicações).
  • LASER DE CO₂ e KTP (potássio tem menor lesão térmica, comparativamente).

SEM SUPERIORIDADE ENTRE AS TÉCNICAS. AS cirurgias frequentes podem podem complicar com SINÉQUIA (como o aspecto é recorrente, tentar preservar o máximo de tecido possível para evitar sinequias, especialmente de comissura anterior).

21
Q

Sobre tratamento clínico:

  • Cite o objetivo e 3 indicações das drogas para tratamento adjuvante.
A

Tem como objetivo controle e diminuição de número de procedimentos cirúrgicos, custo e sequelas. Indicação:

  • Necessidade de > 4 cirurgias ao ano.
  • Múltiplos locais de disseminação.
  • Recidiva com comprometimento de via aérea.
22
Q

Sobre tratamento clínico:

  • Cite os 3 exemplos de drogas adjuvantes (ABC), indicando seus mecanismos e via de aplicação.
A

Alfa-interferon:

  • BLOQUEIO DA REPLICAÇÃO VIRAL + IMUNOMODULATÓRIO
  • Via SISTÊMICA (subcutâneo).
  • 3 milhões UI/m², dias alternados, 6 meses.
  • Efeitos colaterais: febre, mialgia, fadiga, vômitos, neutropenia, plaquetopenia, redução da função hepática e renal, neurotoxicidade (monitorar com exames periódicos).

Bevacizumab:

  • INIBIÇÃO DA ANGIOGÊNESE
  • Anticorpo monoclonal recombinante.
  • Via INTRALESIONAL.
  • É usado OFF-LABEL para PRR
  • Outros usos: metástases e degeneração macular.
  • 25mg em adultos
  • 2,5mg em crianças

Cidofovir:

  • INIBE POLIMERIZAÇÃO
  • Citosina que se incorpoa ao DNA.
  • Via INTRALESIONAL.
  • É usado OFF-LABEL para PRR
  • Outros usos: retinite por CMV.
  • 1-3mg/Kg em 6-9 aplicações com intervalo de 2-4 semanas.
23
Q

Sobre o tratamento clínico:

  • Quais os dois tipos de vacina existentes?
A

Existem os dois tipos abaixo:

  • Quadrivalente: 6, 11, 16, 18
  • Nonavalente: quadrivalente + 31, 33, 45, 52, 58.
24
Q

Sobre o tratamento clínico:

  • Qual a indicação de vacinação segundo o tratado?
  • Vacina também é forma de tratamento?
A

Pelo calendário oficial do MS, no Brasil (Tratado 2017), é recomendado a quadrivalente (6,11,16, 18) feita em 2 DOSES nas seguintes faixas etárias:

  • Meninas 9-14 anos
  • Meninos 12-13 anos

A prevenção primária é importante porque reduz a incidência da doença, e também os tipos cobertos pela vacina. Atualmente já há mudanças em relação a tratado, incluindo meninos de 9-10 anos e 3 doses para HIV positivos entre 9-26 anos.

  • LEMBRAR QUE VACINA TAMBÉM É CONSIDERADO TRATAMENTO PARA CONTROLE DA DOENÇA.
25
Q

Sobre o tratamento clínico:

  • Quais outras duas condições associadas devem sempre ser tratadas para melhor controle.
A
  • DRGE
  • Coinfecções (HSV, EBV)