Disfagia e Aspiração Flashcards

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1
Q

Qual o conceito de disfagia?

A

Qualquer distúrbio da deglutição que afeta a rotina diária das pessoas.

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Q

Cite as principais causas de disfagia funcional e mecânica.

A

Funcional:

  • Neurológica (AVC, tumores, parkinson, paralisia cerebral).
  • Muscular (miastenias, polimiosite, dermatopolimiosite, idiopática).

Mecânica:

  • Tumoral (benignos e malignos).
  • Iatrogênica (radioterapia, lesão nervosa ou traumática).
  • Compressão extrínseca (tumores, coluna, linfadenopatia).
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3
Q

Sobre a deglutição:

  • Cite os 3 componentes anatômicos que devem estar preservados.
  • Quais núcleos bulbares participam da aferência e eferência?
  • Quais nervos emitem fibras aferentes e eferentes?
A

1) Cartilagens e ossos (suporte)

2) Musculatura estriada e lisa

  • Musculos da mastigação, linguais, faríngeos e esôfago proximal (estriada)
  • Esôfago distal (lisa)

3) Elementos neurais

  • TRATO SOLITÁRIO (bulbo): mais posterior, recebe fibras aferentes.
  • NÚCLEO AMBÍGUO (bulbo): mais anterior, emite fibras eferentes.
  • Fibras AFERENTES (V,VII,IX,X)
  • Fibras EFERENTES (V,VII,IX,X + XI,XII).
  • Também participam fibras neurais sinápticas que conectam os centros da deglutição com CÓRTEX cerebral e CEREBELO (principalmente para intensificar e coordenar os movimentos).
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4
Q

Sobre a deglutição:

  • Descreva o nervo que faz a motricidade lingual e a clínica caso seja lesionado.
  • Descreva a inervação dolorosa e térmica da língua.
  • Descreva a inervação gustativa da língua,
  • Descreva os 4 tipos de papilas linguais (cite suas regiões e qual delas não tem função gustativa).
A

MOTORA:

  • HIPOGLOSSO (inerva musculatura íntrinseca e extrínseca da língua).

Os 4 músculos intrínsecos da língua são: o longitudinal superior, o longitudinal inferior, o transverso e o vertical. Os 4 músculos extrínsecos da língua são: o genioglosso, o hioglosso, o estiloglosso e o palatoglosso. TODOS ELES SÃO INVERVADOS PELO HIPOGLOSSO, COM EXCEÇÃO DO PALATOGLOSSO (NERVO VAGO).

  • Lesão do hipoglosso pode gerar atrofia, tremor e/ou desvio para o lado afetado.

SENSITIVA:

  • TRIGÊMEO (2/3 anteriores, através do nervo lingual, ramo do nervo mandibular).
  • GLOSSOFARÍNGEO E VAGO (1/3 posterior).

Lembrar que o Vago também faz inervação sensitiva e motora do palato, faringe, laringe, esôfago, estômago (com exceção do músculo estilofaríngeo (inervado pelo glossofaríngeo) e músculo tensor do véu palatino (inervado pelo trigêmeo). E que o trigêmeo também inerva sensitivamente a face e faz inervação motora para mastigação.

GUSTATIVA:

  • GLOSSOFARÍNGEO (1/3 posterior, papilas circunvaladas e foliadas).
  • FACIAL (2/3 anteriores, através do n. corda do tímpano, papilas fungiformes e filiformes).

Lembrar que o facial também faz Inervação motora da face e parassimpática de glândulas salivares.

PAPILAS :

  • FILIFORMES (centro)
  • FUNGIFORMES (ponta da língua)
  • CIRCUNVALADAS (base da língua)
  • FOLIADAS (laterais)

As únicas que não possuem botões gustativos são as filiformes (não estão envolvidas com a gustação).

Foliácias tem participação também do trigêmeo.

SENSIBILIDADE PALATO MOLE: petroso superficial maior.

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5
Q

Sobre a deglutição:

  • Cite suas 5 fases.
  • Cite qual a frequência normal de movimentos espontâneos de deglutição por minuto.
  • Qual a produção normal de saliva?
A

Fases da deglutição:

  • PRÉ-ORAL (fome, emocional).
  • ORAL PREPARATÓRIA (mastigação, mistura com saliva e bolo).
  • ORAL TRANSPORTIVA (ejeção do bolo alimentar da cavidade oral para faringe).
  • FARÍNGEA (transporte para o esfôfago)
  • ESOFÁGICA (transporte para o estômago).

Fisiologia:

  • Movimentos espontâneos de deglutição: 1/min.
  • Produção de saliva: 0,5 mL/min.
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6
Q

Sobre a deglutição:

  • Cite 6 eventos, que coordenadamente, RECONFIGURA A FARINGE, transformando ela de via aérea em via digestiva.
A

1) Elevação e retração do véu palatino (fecha nasofaringe).

2) Abertura do esfínceter esofagiano superior

3) Fechamento laríngeo (a nível do vestíbulo da laringe).

4) Elevação e posteriorização da língua com abertura da junção glossopalatal (JGP).

5) Propulsão da língua

6) Contração da faringe com clareamento faríngeo.

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7
Q

Sobre a disfagia:

  • Cite manifestações clínicas que sugerem disfagia alta (orofaríngea) e baixa (esofágica).
  • Qual é mais comum engasgo e entalo?
  • Qual é mais comum disfagia para líquidos e sólidos?
  • Cite também quais os 3 pontos de estreitamento esofagiano.
A

DISFAGIA ALTA (OROFARÍNGEA):

  • Dificuldade para iniciar a deglutição
  • Dificuldade de manejar saliva e secreções
  • Inabilidade em mastigar ou impulsionar o alimento
  • Elevação ausente ou anormal da laringe
  • Múltiplas deglutições para esvaziar a faringe
  • “ENGASGOS”, afogamentos, sensação de sufocação (principalmente para LÍQUIDOS).
  • Tosse em paroxismos ao deglutir, pigarro, voz úmida e borbulhante, disfonia
  • Xerostomia, odinofagia
  • Sialorreia, regurgitação nasal, regurgitação faríngea
  • Aspiração, desconforto respiratório, dispneia, estridor
  • Pneumonias aspirativas

DISFAGIA BAIXA (ESOFÁGICA):

  • Sensação de globus faríngeo
  • Sensação de “ENTALO” após deglutição normal
  • Dificuldade para deglutição de SÓLIDOS, com necessidade de coluna de água
  • Refluxo, regurgitação, vômitos
  • Dor precordial e dor torácica
  • Queixa crônica de pirose e azia
  • Halitose
  • Tosse seca crônica
  • Sialorreia
  • Sensação de alimento parado

Existem 3 níveis de estreitamento esofágico.

  • Cartilagem cricóide (EES)
  • Arco da aorta brônquio principal esquerdo
  • Hiato esofágico (EEI).
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8
Q

Quais as três complicações mais graves da disfagia?

A
  • Desidratação
  • Desnutrição
  • Pneumonia aspirativa

Observação: a aspiração laringotraqueal pode ocorrer tantto antes, quanto durante ou após a deglutição.

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9
Q

Qual a diferença entre ASPIRAÇÃO e PENETRAÇÃO?

A
  • PENETRAÇÃO: ultrapassou os limites do ádito laringeo (caiu na laringe).
  • ASPIRAÇÃO: ultrapassou a glote (passou das pregas vocais).
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10
Q

Sobre exames para avaliação da disfagia:

  • Quais os principais (2)?
  • Cite outras opções (10) com suas indicações.
A

Principais:

  • Videoendoscopia da deglutição (VED)
  • Videofluoroscopia da deglutição (VEG)

Outros:

  • Endoscopia digestiva alta (EDA. Boa para avaliação de tumores e doenças estruturais).
  • Manometria esofágica computadorizada (padrão ouro para distúrbios de motilidade).
  • Esofagograma contrastado (EED. Utiliza principalmente bário, bom para acalásias e estenoses).
  • Cintilografia (bom em crianças para avaliação de refluxo, porém pouco disponível e caro).
  • pHmetria de Duplo Pobre (padrão-ouro para DRGE).
  • Impedancio-pHmetria (permite diferenciar relfuxo ácido e não ácido, e nível de pressão no esfíncter).
  • Radiografia ou TC de tórax (pneumonia aspirativa ou bronquiectasias).
  • Ultrassonografia e RM funcional (volume de língua, osso hióide, transito oral).
  • Broncoscopia com lavado broncoalveolar (avaliar índice lipídico em macrófagos pulmonares).
  • Broncoscopia com azul de metileno (adminstra-se 1mL de azul 2h antes do exame).
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11
Q

Sobre a Videoendoscopia da Deglutição (VED):

  • Cite vantagens e desvantagens do exame.
  • Explique como é realizado, e se é necessário anestesia.
  • Qual a ordem da consistência dos alimentos oferecidos?
  • Quais os parâmetros qualitativos e quantitativos?
  • O que é efeito White-Off?
A

Vantagens:

  • Barato e portátil (qualquer ambiente)
  • Pouco invasivo
  • Sem radiação
  • Capaz de testar sensibilidade
  • Permite manobras deglutitórias, posicionais e respiratórias

Desvantagens:

  • Avaliação limitada à fase FARÍNGEA da deglutição.
  • Não avalia o momento exato da deglutição (efeito white-off).

Como é realizado:

  • Realizada com fibronasoendoscopia SEM ANESTESIA TÓPICA, para não interferir na sensibilidade.
  • Paciente em jejum, sentado com aparelho posicionado acima do esfíncter velofaríngeo.
  • É oferecido alimentos nessa ordem: SÓLIDO, depois PASTOSO (grosso e fino) e por último LÍQUIDO (engrossado e líquido propriamento dito).
  • São observadas as fases orais e faríngeas, avaliando parâmertros qualitativos e quantitativos.
  • Também é testado a sensibilidade faringolaríngea tocando o aparelho nas estruturas gerando desconforto, reflexo ou adução.

Parâmetros qualitativos:

  • ESCAPE PRECOCE (lábios ou faringe posterior).
  • REFLUXO NASAL (competência velofaríngea).
  • ESTASE SALIVAR OU RESÍDUOS
  • PENETRAÇÃO (cai na laringe)
  • ASPIRAÇÃO (ultrapassa glote)

Parâmetros quantitativos:

  • NÚMERO DE DEGLUTIÇÕES (normal é 1-3 para eliminação completa do alimento)

Efeito White-Out:

  • Perda momentânea da visão endoscópica (no momento da deglutição há contração das paredes faríngeas sobre o nasofibroscópio deixando tudo branco como um clarão). Por isso NÃO CONSEGUIMOS VER O EXATO MOMENTO DA DEGLUTIÇÃO nesse tipo de exame (foto).
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12
Q

Sobre a Videoendoscopia da Deglutição (VED):

  • Como podemos classificar a disfagia em leve, moderada ou grave de acordo com os parâmetros observados (e a dica para decorar)?
A
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13
Q

Sobre a Videofluoroscopia da Deglutição (VEG):

  • Qual seu sinônimo?
  • Cite suas vantagens e desvantagens.
  • Quais suas principais contraindicações?
A

Sinônimo:

  • Videodeglutograma

Vantagens:

  • MÉTODO PADRÃO-OURO PARA DISFAGIA (AVALIA TODAS AS FASES DA DEGLUTIÇÃO).
  • Permite avaliar o MOMENTO EXATO DA DEGLUTIÇÃO (coisa que a VED não permite).
  • Permite realização de manobras (posturais e respiratórias).

Desvantagens:

  • Usa radiação
  • Não testa sensibilidade
  • Realizado em ambientes selecionados
  • RISCO DE ASPIRAÇÃO DE CONTRASTE EM PACIENTES COM DISFAGIA GRAVE.

Contraindicações:

  • Ausência de deglutição
  • Aspiração em grande quantidade
  • Rebaixamento do nível de consciência
  • Instabilidade clínca importante

Lembrar: visão do exame é sagital, sendo o tubo anterior (traqueia) e tubo posterior (esôfago).

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14
Q

Sobre o tratamento:

  • Quais profissionais devem ser envolvidos?
  • Quais deve ser as primeiras medidas para casos de aspiração?
  • Cite opções de tratamento.
A

Profissionais:

  • Tratamento deverá ser MULTIDISCIPLINAR (otorrino, gastro, cirurgião de cabeça e pescoço, endoscopista, neurologista) e MULTIPROFISSIONAL (fono, nutrição, fisio, enfermagem).

Primeiras medidas:

  • SONDA NASOENTERAL (primeira opção para casos de disfagia até a obtenção de condição alimentar basal, embora maior risco de refluxo gastroesofágico e irritação com inflamação de VAS).
  • GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA (se uso da sonda nasogástrica por tempo superior a 3 meses).

Tratamento:

  • Orientações (comer acordado, sentado, controle da velocidade e volume das ofertas, utensílios, consistências alimentares).
  • Espessantes alimentares (disfagias para líquidos).
  • Tratamento fonoaudiológico (estimulação sensorial, tátil, térmica, gustativa, exercícios miofuncionais e de resistência, manobras posturais, manobras protetivas, manobras de limpeza dos resíduos).
  • Tratamento da DRGE (incidência de infecção pulmonar é maior quando associada).
  • Redução da produção de saliva (drogas anticolinérgicas 30 minutos antes das principais refeições, toxina botulínica ou cirurgias).
  • Cirurgias e procedimentos (conservadores e radicais).
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15
Q

Sobre o tratamento:

  • Cite procedimentos conservadores (8) e radicais (6) para controle da aspiração.
  • Quais os 2 métodos considerados preferenciais quando não for mais possível usar métodos conservadores?
A

Conservadores:

  • Toxina botulínica em glândulas salivares.
  • Cirurgias de redução salivar
  • Toxina botulínica no esfíncter esofagiano superior
  • Miotomia do cricofaríngeo
  • Ressecção parcial cricóidea
  • Tireoplastia tipo 1
  • Suspensão laríngea
  • Epiglotoplastia

Radicais:

  • Traqueostomia
  • Cânulas com balão insuflado
  • Moldes endolaríngeos (próteses glóticas)
  • Separação laringotraqueal*
  • Anastomose traqueoesofagiana*
  • Laringectomia (desuso).

A SEPARAÇÃO LARINGOTRAQUEAL* ou a ANASTOMOSE TRAQUEOESOFÁGICA* costituem MÉTODOS DE PREFERÊNCIA PARA CONTROLE DA ASPIRAÇÃO segundo o tratado, quando não resolvermos por métodos conservadores (que devem ser tentados por pelo menos 6 meses) ou quando se percebe rápida deterioração pulmonar e geral.

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16
Q

Sobre a redução salivar:

  • Qual a eficácia da toxina botulínica nas glândulas salivares?
  • Quais suas 2 indicações?
  • Quais glândulas aplicamos?
  • Qual delas precisa ser guiado por USG?
  • Qual a dose?
A
  • Reduz secreção salivar em 60%
  • Indicada para sialorreia ou aspiração salivar.
  • Aplicada na parótida e submandibular (nessa última deve ser guiada por USG para minimizar risco de pegar parte marginal da glândula).
  • Geralmente 20-25 UI/glândula.
17
Q

Sobre a redução salivar:

  • Cite opções cirúrgicas para glândulas submandibulares (2) e parótidas (2).
  • Qual cirurgia hoje é considerado o padrão-ouro para redução salivar?
  • Cite 2 alternativas cirurgicas, além das citadas.
A

Submandibulares:

  • SUBMANDIBULECTOMIA* (quando isolada é ineficiente, pela persistencia da produção pela parótida e salivares menores).
  • REALOCAÇÃO POSTERIOR DOS DUTOS SUBMANDIBULARES (não é indicada para aspiração salivar, mas ajuda a controlar escape oral anterior)

Parótida:

  • PAROTIDECTOMIA (mais complexa e risco de lesar o facial).
  • LIGADURA DOS DUCTOS PAROTÍDEOS* (causa atrofia da glândula, que se torna disfuncional).

PADRÃO-OURO (foto abaixo):

  • PROCEDIMENTO DE WILKIE MODIFICADO* (submandibulectomia bilateral + ligadura dos ductos parotídeos).

Alternativas:

  • PARASSSIMPATECTOMIA (secção do corda do tímpano ou jacobson via cirurgia otológica. Isso causa interrupção do suprimento eferente para as glândulas salivares. Porém pode complicar com perda do paladar e reinervação espontânea em 4-6 meses, sendo o procedimento pouco efetivo no longo prazo).
  • RADIOTERAPIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES (elevada taxa de complicações precoces e tardias, não sendo indicado).
18
Q

Sobre procedimentos no esfíncter esofagiano superior:

  • Quais músculos formam o EES?
  • Quais 2 mecanismos devem estar presentes para sua abertura?
  • A aspiração ocorre antes, durante ou após a deglutição se houver falha de abertura do EES?
  • Cite 3 opções de tratamento para EES, e quando indicá-las.
A

Formação do EES:

  • Formado pelos músculos cricofaríngeo e constritor inferior da faringe.

Para haver abertura do EES:

  • RELAXAMENTO DO CRICOFARÍNGEO
  • EFEITO BIOMECÂNICO DO COMPLEXO HIOLARÍNGEO (durante a deglutição, o hióide junto da musculatura suprahióidea puxa a laringe para cima, e além de proteger via aérea, elimina a tensão posterior no esfíncter, que se abre).

Se abertura irregular do EES:

  • Risco de ASPIRAÇÃO APÓS A DEGLUTIÇÃO (de secreções e resíduos alimentares no recesso piriforme).

Opções para tratamento:

  • BOTOX (se o problema for ausencia de inibição do tônus do cricofaríngeo, para relaxar o esfincter).
  • MIOTOMIA DO CRICOFARÍNGEO (se o paciente obtiver BONS resultados com o botox esse procedimento pode ser indicado, pois é um preditor de sucesso. Também é indicado se paciente apresentar DIVERTÍCULO DE ZENKER (foto), que surge em uma área de fragilidade entre os dois músculos do EES).
  • RESSECÇÃO CRICÓIDEA PARCIAL (quando o problema é no efeito biomecânico do complexo hiolaríngeo. É removida a lâmina posterior da cricóide, reduzindo a resistência ao trânsito alimentar. Pode ser associada a miotomia do cricofaríngeo para melhorar a eficácia).
19
Q

Sobre a Separação Laringotraqueal:

  • Qual seu sinônimo?
  • Qual sua importância?
  • Qual sua técnica?
  • Cite suas vantagens.
  • Pode ser feito em crianças?
  • É reversível?
  • Qual sua complicação mais frequente?
  • Qual sua maior sequela?
A

Sinônimo:

  • Procedimento de Lindeman Modificado.

Importância:

  • Tecnica mais amplamente utilizada para correção da aspiração (corrige em 100% dos casos).

Técnica:

  • Coto proximal da traqueia é fechado em fundo cego, com implantação da traqueia distal à região cervical (fazendo o traqueostoma), com isolamento completo da via aérea inferior (foto).

Vantagens:

  • Facilidade técnica e acesso familiar
  • Potencialmente REVERSÍVEL
  • PODE SER FEITA EM CRIANÇAS.
  • Evita manipular pregas vocais
  • Anestesia geral ou local

Obs: caso seja revertida, não há prejuízos para respiração, fala ou deglutição.

Complicação mais frequente:

  • FÍSTULA PÓS-OPERATÓRIA (maior incidência se traqueostomia prévia. Melhora após medidas clínicas em quase todos os pacientes).

Maior sequela:

  • PERDA DA FALA (em torno de 70% pode apresentar fala ininteligivel pós-operatória).

Obs: em torno de 60% dos pacientes alimentam-se exclusivamente por via oral
e o restante necessita de suporte alimentar via sonda nasogástrica ou
gastrostomia.

20
Q

Sobre a Anastomose Traqueoesofágica:

  • Qual seu sinônimo?
  • Qual sua diferença para a Separação Laringotraqueal?
A
  • Procedimento de Lindeman (clássico).
  • A diferença é que no Lindeman clássico era feita anastomose da traqueia proximal com o esôfago cervical (para prevenir estase de resíduos e saliva no coto proximal da traqueia). Com o tempo percebeu-se que não era necessária essa anastomose (não ocorria complicações) e surgiu o Lindeman modificado (Separação Laringotraqueal), em que o coto proximal é fechado em fundo cego.
  • Seus resultados e complicações são semelhantes ao do Lindeman modificado, porém há maior dificuldade técnica de realização.