Câncer de Laringe e Hipofaringe Flashcards

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1
Q

Quais as 3 principais lesões pré-malignas (e por qual exame costumam ser vistas)?

A

Lesões Pré-Malignas:

  • Leucoplasia
  • Eritroplasia
  • Eritroleucoplasia

Primeiro exame:

  • Laringoestroboscopia

O aspecto macroscópico no entanto não permite inferir a histologia e gravidade da lesão.

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2
Q

Qual o conceito e finalidade da Endoscopia de Contato para diagnóstico de lesões pré-malignas?

A

Endoscópio até a superfície, com azul de metileno, sendo feita magnificação e visualização de alterações como áreas de metaplasia, hiperqueratose, grau de displasia, hipercromasia nuclear, alteração de nucléolos, atipias, aumento de vascularização ou neovascularização, remoção completa da lesão ou não em intraoperatório. A presença de secreção pode contribuir fortemente para resultados falsos-negativos (corante não impregna direito)

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3
Q

Qual o conceito e finalidade da Narrow Band Imaging (NBI) para diagnóstico de lesões pré-malignas?

A

Tecnologia menos usada porém mais promissora. É um aprimoramento de imagem ótica para realçar vasos sanguíneos na superfície mucosa, permitindo visualizar estruturas vasculares intraepiteliais que não podem ser vistas com a luz branca convencional.

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4
Q

Qual o padrão-ouro para diagnóstico das lesões pré-malignas?

A

Biópsia (histopatológico).

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5
Q

Quais as 3 classificações histopatológicas utilizadas para lesões pré-malignas?

A
  • Sistema Displasia (baseado em alterações arquiteturais e atipias, mas é subjetivo).
  • Sistema NIE (divide epitélios em terços: terço basal (NIE 1), basal e médio (NIE 2) e todo o epitélio (NIE 3)
  • Classificação de Ljubljana (maior concordância entre patologistas e melhor predição de evolução para CA invasivo. Lembrando que carcinoma invasivo é aquele que ultrapassa a membrana basal).
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6
Q

Dos tumores de cabeça e pescoço, qual porcentagem representa o CA de laringe?

A
  • Cerca de 25% (sendo 2% de todas as neoplasias malignas no geral).
  • São Paulo apresenta um dos maiores índices de CA de laringe do mundo.
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7
Q

Cite 7 fatores de risco gerais para o CA de laringe e alguns fatores de proteção.

A

Fatores de risco:

  • Sexo masculino
  • Tabagismo
  • Etilismo
  • HPV (16, 18, 33)
  • Carne vermelha e ovos em excesso
  • Risco Ocupacional (fumáca do ácido sulfúrico, níquel, amianto, fuligem, poeira de madeira, vapores de águas arras, óleos combustíveis, partículas de asbesto, inalação de pesticidas, etanol)

Proteção:

  • Leite, vegetais, frutas, zinco e chá verde.

Nos últimos anos houve uma redução no sexo masculino, porém nas mulheres permaneceu estável.

Aumento de 23% cumulativo na chance de CA de laringe a cada 5 anos de tabagismo. A carga tabágica e o tipo de cigarro também influencia.

Álcool tem efeito sinérgico ao tabagismo. Dose diária de álcool aumenta o risco de CA de laringe em mais de 17% nos tabagistas.

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8
Q

Qual a idade mais acometida pelo CA de laringe e a proporção entre homens e mulheres?

A
  • Entre 50 e 60 anos
  • Cerca de H:M (7:1).

A incidência em homens vem reduzindo, mas permaneceu estável nas mulheres.

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9
Q

Qual o tipo e subtipo histológico mais comum?

A

Tipo histrológico mais comum:

  • Carcinoma espinocelular (90%).

Subtipo histológico mais comum:

  • MODERADAMENTE DIFERENCIADO

Outros subtipos:

  • Muito bem diferenciado (carcinoma verrucoso)
  • Carcinoma de células salivares menores
  • Paragangliomas,
  • Adenocarcinomas,
  • Sarcomas,
  • Linfomas
  • Tumores neuroendócrinos
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10
Q

Que subtipo de carcinoma devemos suspeitar na imagem abaixo?

A
  • CA verrucoso (muito bem diferenciado).

Parece algodão, imagem bem característica. Não responde bem a radioterapia.

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11
Q

Qual local predomina: região supraglótica, glótica ou subglótica?

A
  • Cerca de 1/3 acomete supraglote (24-42%).
  • Cerca de 2/3 a REGIÃO GLÓTICA (prega vocal, 55-75%).
  • Menos de 2% a região subglótica (raríssimo).
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12
Q

Explique as estruturas que dividem a laringe e hipofaringe, e quais regiões tem maior drenagem linfática.

A

Divisão:

  • LARINGE é dividida em supraglote, glote e subglote.
  • Seios piriformes (2) e área retrocricóide, assim como parede posterior da faringe fazem parte da HIPOFARINGE.

Drenagem linfática:

  • Supraglote (grande)
  • Glote (PEQUENA)
  • Subglote (grande)
  • Hipofaringe (MUITO GRANDE)
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13
Q

Cite o nome de 4 barreiras membranosas da laringe que impedem a disseminação de um carcinoma.

A
  • Cone elástico
  • Membrana quadrangular
  • Tendão da comissura
  • Membrana subepitelial elástica ventricular
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14
Q

As barreiras membranosas citadas anteriormente delimitam 6 espaços de disseminação do CA de laringe. Cite todos.

A
  • Espaço de Reinke
  • Área Supraglótica
  • Área Subglótica
  • Área Retrocricóidea
  • Espaço Pré-Epiglótico
  • Espaço Paraglótico

Devemos ter máxima atenção com espaço pré-epiglótico e paraglótico porque o acometimento desses locais restringe muito as técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas.

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15
Q

Cite 3 pontos de fragilidade da laringe para disseminação do carcinoma.

A
  • COMISSURA ANTERIOR (ligamento de Broyle).

Risco de extravasar o tumor para a parte externa da cartilagem tireóidea. É uma área de fragilidade de aproximadamente 5mm.

  • ESPAÇO PRÉ-EPIGLÓTICO
  • ESPAÇO PARAGLÓTICO

São preenchidos por gordura e podem permitir a disseminação do tumor.

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16
Q

Qual a diferença do quadro clínico de um tumor glótico, supraglótico e subglótico?

A
  • Glótico: disfonia progressiva há vários meses
  • Supraglótico: disfagia, odinofagia, otalgia reflexa, tosse, dispneia
  • Subglótico: dispneia tardia
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17
Q

Para quais níveis linfonodais drenam o carcinoma de laringe na supraglote, glote e subglote?

A
  • Supraglote: nível II e III
  • Glote: pouca drenagem.
  • Subglote: nível II, IV e VI
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18
Q

Cite o estadimento “T” para o CA glótico.

A

Estadiamento:

  • (T1a) 1 prega vocal (podendo pegar ou não comissura).
  • (T1b) 2 pregas vocais (sempre pega comissura).
  • (T2) 2 SÍTIOS DA LARINGE (tumor de glote que pegou também subglote e/ou supraglote) OU REDUÇÃO DE MOBILIDADE DAS PREGAS VOCAIS (mas sem fixar, ou seja, não há imobilidade).
  • (T3) FIXAÇÃO DE PREGA VOCAL, invasão do espaço paraglótico ou erosão até o limite externo da cartilagem tireóidea, sem ultrapassar ela (tumor ainda está confinado à laringe).
  • (T4a) ULTRAPASSA CARTILAGEM TIREÓIDEA (traqueia, tecidos moles do pescoço, musculatura profunda extrínseca da língua, músculos pré-tireoidianos, esôfago). Ainda é ressecável.
  • (T4b) Espaço pré-vertebral, mediastino, carótida (tumor irressecável).
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19
Q

Cite o estadimento “T” para o CA supraglótico.

A
  • (T1) só 1 local da supraglote
  • (T2) 2 PARTES da laringe (supraglote + glote ou estrutura adjacente como mucosa da base da língua, valécula, parede medial do recesso piriforme).
  • (T3, T4a, T4b) igual da glote.

Obs: se mencionar invasão retrocricóidea é T3.

20
Q

Cite o estadimento “T” para o CA subglótico.

A
  • (T1) só na subglote
  • (T2) subiu pra prega vocal (limita ou não a mobilidade dela).
  • (T3, T4a, T4b) igual da glote.
21
Q

Cite o estadimento “T” para o CA de hipofaringe.

A
  • (T1) tumor < 2 cm
  • (T2) tumor de 2-4 cm ou 2 PARTES da hipofaringe.
  • (T3) tumor > 4 cm ou fixação na laringe
  • (T4a, T4b) igual dos outros.
22
Q

Cite o estadiamento “N” para os tumores de laringe e hipofaringe e o conceito de esvaziamento seletivo, radical modificado e radical clássico.

A

Estadiamento N:

  • (N1) único ipsilateral e < 3 cm
  • (N2a) único ipsilateral de 3-6 cm
  • (N2b) múltiplos ipsilaterais < 6 cm
  • (N2c) se contralateral ou bilateral < 6 cm
  • (N3) qualquer linfonodo > 6 cm”

Tipos de esvaziamento:

  • Seletivo (II, III, IV)
  • Radical modificado (I, II, III, IV, V e preserva ECM, acessório e jugular)
  • Radical clássico (I, II, III, IV, V, ECM, acessório, jugular).
23
Q

Um paciente com CA na epiglote que acomete musculatura profunda da base da língua é estadiado como?

A

T4a (se pegasse só mucosa da base da língua, seria T2).

24
Q

Um paciente com a lesão demonstrada abaixo e achado de prega vocal esquerda móvel, direita com redução de mobilidade (sem fixação da mesma), 2 linfonodos palpáveis em nível III e IV a direita com aproximadamente 2cm e ausência de metástase à distância tem qual estadiamento?

A

T4a N2b M0

Tomografia demonstra extravasamento para fora da cartilagem tireóidea (T4a). Tem linfonodos múltiplos ipsilaterais < 6cm (N2b) e sem metástase (M0).

25
Q

Cite as 7 técnicas de LARINGECTOMIA PARCIAL VERTICAL (em ordem de agressividade) e mencione a localização dos tumores da laringe para qual elas são indicadas.

A

Para tumores GLÓTICOS.

  • 1) Cordectomia (por Endoscopia)

(Microcirurgia de laringe com cordectomia, podendo ser de vários tipos conforme a imagem).

  • 2) Cordectomia (por Laringofissura)

(É a menor das cirurgias abertas da laringe, com ressecção de uma prega vocal abrindo a porção mais anterior da cartilagem tireoidea , na quilha, no nivel da comissura anterior).

  • 3) Laringectomia Frontal

(Resseca quilha, depois comissura anterior e terço anterior de ambas as pregas vocais. Para tumores de comissura anterior).

  • 4) Laringectomia Frontolateral

(Resseca quilha, uma prega vocal, comissura anterior e 1/3 anterior da prega contralateral)

  • 5) Hemilaringectomia

(Remoção da quilha e uma lâmina da cartilagem tireóidea com seu conteúdo interno (prega vocal, ventriculo de morgani, prega vestibular, comissura anterior e terço anterior da prega contralateral). O limite de ressecção é o pericôndrio externo da porção da cartilagem tireoidea removida. Bom quando o tumor se estende para o ventriculo de morgani).

  • 6) Hemilaringectomia Ampliada

(Descrição anterior associado a cartilagem aritenóidea ou metade da prega vocal contralateral ou porção da subglote. Bom para tumores que pegam prega vestibular, aritenoide e regiao subglótica anterior até 1 cm).

  • 7) Laringectomia Vertical Subtotal (ou Total)

(É a hemilaringectomia bilateral, preservando apenas uma das aritenóideas (ou não). Boa para tumores bilaterais e que se estendem para ventriculo e pregas vestibulares).

26
Q

Sobre o tratamento dos CA da região GLÓTICA, cite qual é a melhor opção cirurgica para CA in situ e CA microinvasor.

A

CA in situ:

  • MICROCIRURGIA DE LARINGE (indicada a cordectomia tipo 1, também chamada de decorticação, ou cordectomia subepitelial).

Ca microinvasor:

  • MICROCIRURGIA DE LARINGE (somente decorticar não é suficiente, sendo indicada as cordectomias parciais mais amplas).
  • RADIOTERAPIA (se for profissional da voz, paciente de segmento ambulatorial ruim ou com histórico de abordagem prévia, com 7000 cGy).

Nenhum deles precisa de esvaziamento cervical.

27
Q

Sobre o tratamento dos CA da região GLÓTICA, cite qual é a melhor opção cirúrgica para:

A) T1a que pega 1/3 anterior
B) T1a que pega 2/3 posteriores
C) T1b que pega comissura isolada
D) T1b que pega prega contralateral

A

A) Microcirurgia de laringe com laser de CO2 (1/3 anterior) ou radioterapia (depende do serviço).

B) Cordectomia por Laringofissura (2/3 posteriores)

C) Laringectomia Frontal Anterior (comissura isolada)

D) Laringectomia Fronto-Lateral (prega contralateral)

Se não acometerem linfonodo, não esvaziar. Se acometer, esvaziamento seletivo (níveis II, III e IV).

28
Q

Sobre o tratamento dos CA da região GLÓTICA, cite qual é a melhor opção para:

A) T2 que pega ventrículo de morgani mas preserva mobilidade
B) T2 que reduz mobilidade de prega vocal
C) T2 com acometimento bilateral

A

A) LARINGECTOMIA FRONTO-LATERAL (se ventrículo de morgani, com mobilidade preservada de pregas vocais). Ser não acometer linfonodo, não esvaziar. Fazer retalho de epiglote / falso ventrículo.

B) HEMILARINGECTOMIA (se reduzir mobilidade das pregas) e esvaziamento seletivo (níveis II, III e IV unilateral) mesmo se N0. Fazer retalho de epiglote ou falso ventrículo.

C) LARINGECTOMIA VERTICAL SUBTOTAL (se lesão bilateral) e EC seletivo, (II, III e IV) porém BILATERAL mesmo se N0. Fazer retalho miocutâneo de platisma.

Obs: se o T2 vier com N0, fazer conforme acima. Se vier com N1 ou N2 fazer esvaziamento RADICAL MODIFICADO (níveis I, II, III, IV e V, preservando ECM, nervo acessório e veia jugular).

29
Q

Qual a contraindicação para o retalho miocutâneo de platisma?

A

Se for fazer ligadura da artéria facial, veia facial e/ou artéria submentoniana devemos evitar esse retalho!

30
Q

Quais são os pacientes considerados com “CA glótico inicial” e qual uma boa alternativa cirurgica para eles?

A

Tumor glótico inicial:

  • T1 ou T2
  • SEM REDUÇÃO DE MOBILIDADE
  • SEM LINFONODO ACOMETIDO
  • SEM METÁSTASE

Alternativa cirúrgica:

  • A Cirurgia Robótica Transoral (TORS) é boa alternativa, especialmente para CA glótico inicial com comprometimento da comissura anterior ou para tumores da região supraglótica.
31
Q

Sobre o tratamento dos CA da região GLÓTICA, cite qual é a melhor opção para T3.

A

Cirurgia de escolha:

  • LARINGECTOMIA TOTAL + PROTESE FONATÓRIA.

Esvaziamento:

  • EC seletivo (N0)
  • EC radical modificado (N1)
  • EC radical clássico (N2a)
  • EC radical clássico bilateral (N2b e N2c)
32
Q

Quais os três critérios para podermos optar por uma HEMILARINGECTOMIA AMPLIADA no T3?

A

Casos selecionados com:

  • Lesão ipsilateral
  • Invasão subglótica até 1 cm no máximo
  • Fixação da prega vocal não ocorre na articulação cricoaritenóidea

(Se a prega vocal está fixa como ocorre no T3, mas a aritenoide ainda consegue se mover eu posso fazer. Se a aritenóide também está fixa, não consigo fazer a hemilaringectomia ampliada).

33
Q

Sobre o tratamento dos CA da região GLÓTICA, cite qual é a melhor opção para T4.

A

FARINGOLARINGECTOMIA +/- ESOFAGECTOMIAS (grandes ressecções) de acordo com a ressecabilidade (se não houver condições, fazer radioterapia e quimioterapia). Há necessidade de grandes reconstruções podendo ser feito:

  • Enxerto (faringolaringectomia posterior)
  • Enxerto + retalho bipediculado de músculos pré-vertebrais (faringolaringectomia postero-lateral). Opções: platisma, fascio-cutâneo supra-clavicular ou peitoral maior (se déficits grandes).
34
Q

As técnicas de Laringectomia Parcial Horizontal são utilizadas para quais tipos de tumores de laringe?

Cite 2 técnicas.

A

Tumores SUPRAGLÓTICOS.

Técnicas:

  • Laringectomia Horizontal Supraglótica.

(Remoção no plano horizontal de toda supraglote, incluindo epiglote, pregas vestibulares, ventriculos de morgagni e osso hioide. Limite inferior é o assoalho do ventriculo. Bom para tumores supraglóticos que não chegam na glote. Fixação realizada na base da lingua)

  • Laringectomia Supracricoide.

(Remove no plano horizontal a regiao supraglotica e glotica. A cricoidea é sempre preservada junto das aritenóidea, e essa área é suspensa e fixada à epiglote e osso hióide. Bom para tumores que pegam glote também mas sem comprometer as aritenoides).

35
Q

Sobre o tratamento dos CA da região SUPRAGLÓTICA, cite qual é a melhor opção para:

A) CA in situ ou microinvasor
B) T1
C) T2

A

A) MICRO DE LARINGE (Ca in situ ou microinvasor!)

B) LARINGECTOMIA HORIZONTAL SUPRAGLÓTICA. Associar sempre esvaziamento seletivo UNILATERAL e fixação na base da lingua.

C) LARINGECTOMIA SUPRACRICÓIDEA com esvaziamento BILATERAL seletivo.

Obs: se N1 e N2 fazer esvaziamento radical.

36
Q

Sobre o tratamento dos CA da região SUPRAGLÓTICA, cite qual é a melhor opção para:

A) T3
B) T4

A

A) LARINGECTOMIA TOTAL + PRÓTESE FONATÓRIA e EC seletivo UNILATERAL.

B) FARINGOLARINGECTOMIA e EC seletivo BILATERAL.

(Lembrar que se N1 optar por radical modificado, N2a radical clássico, N2b-c radical bilateral).

37
Q

Sobre o tratamento dos CA da região SUBGLÓTICA, cite qual é a melhor opção para:

A) T1
B) T2 e T3
C) T4a

A

A) RADIOTERAPIA (60-70 Gy)

B) LARINGECTOMIA TOTAL + PRÓTESE FONATÓRIA e EC seletivo bilateral (radical se N+) + nível VI (Quando acomete mais de 10mm da cricoide a laringe inteira perde sua sustentação, por isso a ressecção total).

C) FARINGOLARINGECTOMIA TOTAL e esvaziamento seletivo BILATERAL + VI nível (radical se N+) e retalho (enxerto simples ou enxerto + retalho de músculos pré-vertebrais).

Os esvaziamentos cervicais dos tumores SUBGLÓTICOS devem sempre incluir os NÍVEIS RECORRENCIAIS (VI) devido alta drenagem para essa região!

38
Q

Sobre o tratamento dos CA da região HIPOFARÍNGEA, cite qual é a melhor opção para:

A) T1
B) T2
C) T3 e T4 (ressecável)

A

A) RADIOTERAPIA (60-70 Gy)

B) RADIOTERAPIA (60-70 Gy) ou LARINGECTOMIA PARCIAL (fazer cirurgia se acometer seio piriforme em sua parte superior, mas pelo menos 1,5cm de margem do ápice do seio, e tamanho < 2 cm).

(Se N0 fazer EC seletivo unilateral, ou optar por EC radical modificado e inclusão do nível VI do lado do tumor (N+))

C) FARINGOLARINGECTOMIA TOTAL e esvaziamento seletivo BILATERAL (radical se N+) e retalho (enxerto simples ou enxerto + retalho de músculos pré-vertebrais).

Obs: além do retalho de platisma, fascio-cutâneo supra-clavicular e peitoral maior, surgem como opções retalho radial de antebraço e de jejuno (radial tem menor morbidade, permite melhor reabilitação da deglutição e da voz, mas dá mais fístula).

39
Q

Qual MARGEM INFERIOR devo obter na FARINGOLARINGECTOMIA TOTAL de um tumor de hipofaringe para EVITAR uma disseminação submucosa e a consequente necessidade de realização de ESFOFAGECTOMIA TOTAL?

A

Pensando nos tumores de hipofaringe, existe um risco de recorrência se ressecção inadequada, prrincipalmente dos limites inferiores ao fazer uma FARINGOLARINGECTOMIA TOTAL. Essa recorrência se associa a uma disseminação submucosa, que pode ocorrer superior (5-10mm) ou principalmente na porção inferior (5-30mm), e muitos autores tem optado por realizar ESOFAGECTOMIA TOTAL associada.

  • Uma margem entre 4-6 cm inferior deve ser obtida para evitar esofagectomia total (embora seja difícil conseguir essa margem).
40
Q

Qual reconstrução é optada após uma esofagectomia total?

A
  • Transposição gástrica (mortalidade de 8-15% mas é o mais indicado).

Se cirurgia gástrica prévia, optar por tranposição colônica

41
Q

Qual a indicação de radioterapia pós-operatória para CA de laringe e quando deve ser feita?

A
  • Margens positivas, invasão perineural, de espaço vascular, N+ ou extensão extracapsular linfonodal.
  • Fazer 2-3 semanas após a cirurgia (ou tão logo houver cicatrização da ferida).
42
Q

Paciente com disfonia e lesão na foto abaixo. Tem prega vocal direita fixa. Não tem extensão subglótica. Linfonodomegalia bilateral porém com linfonodos menores que 6cm. Sem metástases.

  • Qual o estadiamento?
  • Qual a melhor proposta cirúrgica?
A
  • T3 N2c M0
  • Laringectomia total com prótese fonatória e esvaziamento cervical radical clássico bilateral.
43
Q

Paciente fazia radioterapia e quimioterapia e a cisplatina produziu insuficiência renal sem melhora com medidas clínicas. Qual melhor substituição pode ser feita no esquema quimioterápico?

A

Trocar cisplatina por CETUXIMAB

44
Q

Sobre reabilitação vocal:

  • A voz esofágica apresenta baixo ou alto índice de sucesso?
  • Qual o nome da prótese que pode ser colocada possibilitanto o som da voz ao ocluir a traqueostomia?
  • Cite uma outra opção artifical que pode ser utilizada para reabilitação vocal.
A
  • Baixo (27%). Exige treinamento especializado e prolongado e a qualidade é ruim (frases curtas).
  • Prótese traqueo-esofágica
  • Laringe eletrônica.
45
Q

Qual o nome da técnica descrita abaixo para reabilitação vocal?

A
  • Técnica de Amatsu

Paciente também precisa das mãos para vocalização (é como se fosse uma prótese TE permanente). Uma reserva pulmonar diminuída é uma contraindicação relativa (depende da pressão aérea suficiente para produz voz) e lesão com extensão subglótica posterior pegando traquéia contrindicação absoluta.