Ortopedia - Ortopedia infantil Flashcards
O que é a doença de Legg-Calvé-Perthes?
A doença de Legg-Calvé-Perthes é a necrose
avascular idiopática da epífise femoral em
crescimento, sendo caracteristicamente autolimitada.
É a forma infantil da necrose asséptica
da cabeça do fêmur…
Quadro clínico da doença de Legg-Calvé-Perthes?
Meninos (4:1) de 2-12 anos com acometimento unilateral (80%) da cabeça do femur, apresentada de forma subaguda por claudicação (ato de mancar), dor na região inguinal ou na face anterior da coxa.
Diagnóstico na doença de Legg-Calvé-Perthes?
quadro clínico compatível com rx em AP e Lauentein mostrando aumento do espaço articular, diminuição da epífise do femur, hiperdensidade, fratura subcondral, sinal do crescente, fragmentação epifisária e ou deformidade. Podem ser usadas também RNM e cintilografia
Indicação de tratamento na doença de Legg-Calvé-Perthes?
Maioria das vezes conservador. O tratamento é feito em função do prognóstico, determinado pelo exame de imagem. EM caso de idade> 6 anos, reabsorção do pilar lateral da cabeça do femur ou subluxação da cabeça do femur, pode ser necessária imobilização ou osteotomia.
O que é a epifisiólise do quadril?
deslizamento da epífise
(cabeça femoral) em relação ao colo do
fêmur, pelo enfraquecimento da placa epifisária
(cartilagem de crescimento).
Epidemiologia da epifisiólise de quadril
Meninos (2:1), negros, na fase de pré-adolescência e adolescência (11-15 anos). Há predomínio do lado esquerdo, sendo 20-50% dos casos bilateral
Quadro clínico da epifisiólise do quadril (aguda e crônica)
Agudo: forte dor no quadril, impedindo a deambulação, com associação ao trauma. Rotação externa.
Crônico: Claudicação, dor no quadril irradiada para nádega e para o joelho, rotação externa
Diagnóstico epifisiólise do quadril
clínica mais rx AP + Laustein (posição de rã). Traçar linha no AP na porção superior do colo femoral, não passando pelo núcelo epifisário em casos de epifisiólise(Linha de klein)
Tratamento da epifisiólise do quadril
Cirúrgico
No que consiste a sinovite transitória do quadril?
Causa comum de dor e claudicação em crianças de 3-8 anos, consistindo em sinovite idiopática do quadril, geralmente com resolução espontânea. Cursa com dor aguda no quadril (início < 7 dias), sem limitação de ADM, febre ou outros sintomas. Os exames são normais. Repouso + AINES por 7 dias são recomendados.
O que é a doença de Osgood-schlatter?
Epifisite idiopática autolimitada da tuberosidade da tíbia, mais comum em meninos dos 8-15 anos
Diagnóstico da doença de Osgood-schlatter?
Clínico, por dor intensa no joelho, apontando para a tuberosidade tibial, apresentando-se com edema e tumoração. Rx do joelho em perfil deve ser solicitado para confirmar o diagnóstico, frequentemente mostrando fragmentação da tuberosidade tibial
Tratamento para a doença de doença de Osgood-schlatter?
Conservador, com ótimo prognóstico
O que é a displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) - importante
desenvolvimento anormal do acetábulo, podendo provocar luxação ou subluxação do quadril, provocando alterações que culminaram em osteoatrose na fase adulta
Epidemiologia da DDQ e fatores de risco
Mais comum em meninas (9:1), tendo predisposição genética. É mais comum acometendo o lado esquerdo (60%), podendo ser bilateral em 20% dos casos.
Sâo fatores de risco apresentação
pélvica, especialmente o modo de
nádegas, gemelares, primogênito, oligodrâmnio,
joelho estendido intra útero.
Diagnóstico da DDQ
Clínico. São usadas manobras de Ortolani, Barlow, Galeazzi, além da avaliação das pregas glúteas. Em crianças que ja caminham, é observado o sinal de Trendelenburg (ao
ficar de pé no membro inferior afetado o quadril
cai para o lado oposto e o tronco desvia-se para
o lado afetado). Até os 3 meses, pode ser realizada ecografia, e após, RX de quadril (linha de hilgenreiner e de perkins)
Tratamento de DDQ
Inicialmente conservador com utilização de órteses (pavlik) e gessos. Em crianças mais velhas, pode ser necessária a redução cruenta. Após os 8 anos, o tratamento da DDQ não altera mais o prognóstico.
No que consiste o pé torto congênito? (doença frenquente tbm)
Alteração óssea e de partes moles que leva a um pé equino-
-varo, com adução e supinação do médio e antepé,
além do cavo.
Epidemiologia do Pé torto congenito
Sua incidência é de 1 a cada 1.000 nascidos vivos, sendo 50% bilateral e predominando nos meninos (2:1).
Tratamento do Pé torno congênito
Após o diagnóstico (clínico), o tratamento costuma ser conservador, com manipulações e trocas de gessos (técnica de ponseti, ortese de Denis Browne). Casos refratários são candidatos a cirurgia.
O que é metatarso varo congênito?
Alteração semelhante ao pé torno congênito, onde há desvio medial dos metatarsos em relação ao retropé. Frequentemente bilateral, tem tratamento semelhante ao pé torno congênito
Quais tipos de lesões devem levantar suspeita para casos de maus tratos (síndrome da criança espancada)
Contusões, escoriações, hematomas
em graus da evolução diferentes, queimaduras
puntiformes. Associação com anemia, desidratação e desnutrição. História clínica não compatível com as características do trauma. O fêmur, a tíbia e o úmero são os ossos mais acometidos. As fraturas oblíquas de ossos longos são características. As lesões metafisárias são as mais comuns. Fraturas de costelas são também altamente sugestivas.