Ortopedia - Fraturas Flashcards
Quanto tempo demora para consolidar uma fratura?
Geralmente, o calo ósseo começa a se formar a partir de duas semanas, com a consolidação clínica (estabilidade dos traços da fratura) geralmente ocorrendo com seis semanas. A recuperação total do osso geralmente ocorre entre 4 a 8 meses
Fatores essenciais não ortopédicos na avaliação clínica de fraturas (2)
Presença de lesões neurológicas ou vasculares
Tratamento imediato de fraturas
Alinhamento e imobilização com tala provisória. Em caso de fratura exposta ou lesão vascular grave, o paciente deve ir imediatamento para o centro cirúrgico (segundo o ABCDE)
Exame de imagem na avaliação inicial em suspeita de fraturas
RX em pelo menos duas incidências. Não deve-se retirar a tala provisória para a realização do rx
Exemplos de fraturas que podem sofrer redução fechada por manipulação
fraturas diafisárias, fratura desviada supracondiliana
do úmero em crianças, fratura de Colles
(da extremidade distal do rádio) no adulto,
fratura das falanges.
V ou F: A maioria das fraturas precisa de um procedimento de estabilização
Verdadeiro
Três estratégias para estabilizar fraturas
(1) apenas imobilização por contenção
externa (em geral, aparelho gessado por pelo menos 6 semanas); (2) fixação
externa cirúrgica; (3) fixação interna (osteossíntese
da fratura).
Quando está indicada substituição por endoprótese?
Fraturas complexas especialmente em pacientes idosos em articulações com vascularização pobre (Ex: cabeça do fêmur, cabeça do rádio)
Complicações das fraturas e de seu tratamento
Lesão arterial, osteomielite (podendo ter artrite séptica), síndrome compartimental, Necrose avascular, distrofia simpaticorreflexa, embolia gordurosa, tep + tvp, consolidação anormal
Quando suspeitar de osteomielite?
Dor referida na extremidade afetada, com ou sem saída de secreção purulenta, associada a febre (nem sempre presente), leucocitose, aumento de VSG, com alterações compatíveis em exames de imagem. Para firmar o diagnóstico, geralmente é feita biopsia óssea para estudo bacteriológico
Em quais locais a síndrome compartimental é mais frequente?
A síndrome é
particularmente frequente no compartimento
flexor do antebraço e no compartimento
anterior da perna
Qual o quadro clínico da síndrome compartimental?
Dor muito intensa sem melhora com analgésicos e piora com estiramento do compartimento afetado. Pode haver parestesia. O compartimento afetado encontra-se tenso e edemaciado. Fraqueza, hipoestesia e diminuição de pulso são sinais tardios. Lembrar dos cinco
“P”: pain, paresthesia, paralysis, pallor,
pulseless
Quando suspeitar de artrite séptica?
Dor aguda na articulação, com edema, vermelidão, febre e limitação aguda da amplitude de movimento articular
O que é a contratura de Volkmann?
Complicação importante da síndrome compartimental, na qual músculo necrótico é substituído por tecido fibroso cicatricial, provocando deformidade importante. Pode haver necrose neural com hipoestesia, atrofia e perda de força.
V ou F - Em um paciente acordado e cooperativo, não são necessários exames complementares para o diagnóstico e tratamento da síndrome compartimental
Verdadeiro. Diagnóstico é clínico. Em pacientes com inconsciente, pode ser necessário medir a pressão no compartimento afetado. A prioridade é o tratamento imediato com fasciotomia.