Cirurgia digestiva - Tumores de via biliar Flashcards

1
Q

Qual a neoplasia mais comum do trato biliar?

A

Carcinoma de Vesícula Biliar (CVB)

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Q

Epidemiologia do CVB?

A

Acomete mais frequentemente idosos (6ª-7ª década de vida), mais comum em mulheres 3:1. Corresponde a 5% das doenças malignas de TGI

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3
Q

Fatores de risco CVB?

A
  • Colelitíase (principal), quanto maior o cálculo, maior o risco (especialmente se >3cm)
  • Cistos de colédoco
  • Adenoma de vesícula (considerado pré-neoplasico)
  • Vesícula calcificada (de porcelana)
  • Retocolite ulcerativa, especialmente se colangite esclerosante associada
  • Obesidade
  • Outros: Fístula colecistoenterica, Colecistite xantogranulomatosa, Junção pancreaticobiliar anômala, infecção por salmonella typhi
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4
Q

Qual o principal tipo histológico do CVB e quais são suas as vias de disseminação? (4)

A

Adenocarcinoma.
Linfática (especialmente em linfonodos periaórtico, próximos ao gânglio celíaco e artéria mesentérica superior), hematogênica (principalmente segmento hepático IV), disseminação transperitoneal (provocando carcinomatose peritoneal), e disseminação intraductal, obstruindo a via biliar

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5
Q

Qual é a clínica da CVB?

A

Geralmente assintomático nas fases iniciais. Perda de peso, massa em hipocôndrio direito e anorexia são sinais tardios e indicam doença avançada. A piora do padrão de colelitíase pode ser um sinal.

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6
Q

Como é feita a investigação de CVB?

A

Inicialmente avaliação por Eco. Se houver suspeita de CVB, evoluir para TC com contraste e/ou RNM.

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7
Q

Quais são as 4 principais situações em que se diagnostica o CVB?

A

1 - paciente com achado incidental de pólipo
2 - Diagnóstico de CVB no AP após colecistectomia por outro motivo
3 - Paciente com suspeita pré-operatória de CVB potencialmente ressecável
4 - Paciente com doença avançada

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8
Q

V ou F - a quimioterapia neoadjuvante ocupa um papel central na terapia do CVB e, junto com a radioterapia adjuvante, promove um importante aumento de sobrevida

A

Falso. A QT e a RT não tem qualquer papel no tratamento do CVB. O único tratamento curativo é cirurgico

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9
Q

Quando deve-se promover a retirada de um pólipo de vesícula e qual a abordagem preconizada?

A

Se uma das 5 situações estiver presente: Idade > 60 anos, coexistência de cálculos, tamanho >1 cm ou crescimento documentado, presença de sintomas e/ou colangite esclerosante.
É optado por colecistectomia aberta convencional, pelo maior risco de saída de conteúdo da vesícula para a cavidade peritoneal, aumentando o risco de implantes peritoneais

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10
Q

Quando um CVB identificado no AP após uma colecistectomia é considerado adequadamente tratado e quando deve-se continuar o tratamento?

A

Se for um estágio inicial de invasão (T1b), considera-se o CVB tratado adequadamente, se houver margem no AP. Se a colecistectomia foi feita por videolaparoscopia, deve-se retirar a região da parede abdominal por onde os trocartes foram inseridos. Estágios mais avançados necessitam de colecistectomia radical ou estendida.

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11
Q

Se houver suspeita de CVB pré-operatória, qual é a conduta?

A

Laparoscopia diagnóstica para excluir a presença de carcinomatose peritoneal. Após colecistectomia simples aberta em lesões simples (t1b - invasão da muscular sem invasão perineural, linfática ou vascular), ou colecistecomia radical (principal).

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12
Q

Qual é a conduta em pacientes com CVB que não podem ser submetidos a uma cirurgia de ressecção?

A

Paleativa. Podem ser usados stent metálico autoexpansível em caso de obstrução da via biliar, stent intraluminal se obstrução de TGI, analgesia opióide e neurólise percutânea do gânglio celíaco se dor

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13
Q

Quando dividimos a via biliar entre intrahepática, peri-hilar e distal, qual é ordem de frequência na apresentação de colangiocarcinoma?

A

1º - Peri-hilar
2º - Distal
3º - Intra-hepático

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14
Q

Quais são os principais fatores de risco para o colangiocarcinoma? (4)

A
  • Colangite esclerosante primária
  • Cistos de colédoco
  • Litíase intra-hepática
  • Hepatites (B e C)
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15
Q

O que é o tumor de klatskin?

A

Colangiocarcinoma na confluência dos ductos hepáticos esquerdo e direito

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16
Q

Sinais clínicos de colangiocarcinoma?

A

O principal é icterícia. Perda ponderal, astenia, dor abdominal e prurido.

17
Q

Métodos diagnósticos para o colangiocarcinoma

A

Colangioressonância, CPRE, CPT. TC não é um bom método, especialmente na via extra-hepática. Não existe nenhum marcador tumoral específico, mas CEA e CA19.9 podem auxiliar no diagnóstico

18
Q

Qual o tratamento para colangiocarcinoma?

A

Quando ressecável, cirúrgico com pancreatoduodenectomia (cirurgia de whipple), podendo necessitar de cirurgia radical. Terapia adjuvante tem papel incerto. Quando não ressecável, a terapêutica é paliativa.

19
Q

Prognóstico dos tumores de via biliar

A

Geralmente sombrio. Geralmente são diagnosticados tardiamente. Com diagnóstico precoce, a cirurgia pode ser curativa. Casos avançados tem sobrevida contada em meses

20
Q

O que são cistos de colédoco, qual sua implicância e como devem ser tratados?

A

São dilatações incomuns na via biliar, mais comumente congênitas, que, por alterar o fluxo da bile e do suco pancreático, promovem inflamação na parede e aumentam a chance de colangite e de colangiocarcinoma. O tratamento sempre é cirúrgico pelo alto risco de evolução para câncer.

21
Q

O que é a doença de caroli?

A

Presença de cistos de via biliar intra-hepática, associada com colangite de repetição e colangiocarcinoma.

22
Q

Quais são os tumores periampulares?(4)

A
  • Ca de cabeça de pâncreas
  • Colangiocarcinoma distal
  • Ca da segunda porção do duodeno
  • Ca da papila de Vater
23
Q

Qual a clínica do Carcinoma da papila de vater?

A

Paciente com perda de peso, dor no adome superior direito, vesícula palpável além de icterícia, que tem por característica ser flutuante, já que esse tumor tem por tendência necrosar e liberar o fluxo pela papila. Esses episódios podem ser associados com melena.

PS: O achado da vesícula palpável, cheia de bile pela obstrução, tem o epônimo vesícula de Courvosier-Terrier

24
Q

Métodos diagnósticos para o Carcinoma da papila de vater?

A

Visualização com endoscópio de visão lateral. US e TC para estadiamento (TNM)

25
Q

Tratamento do Carcinoma da papila de vater?

A

Duodenopancreatectomia (cirurgia de whipple) (90% dos casos são ressecáveis). Terapia adjuvante tem papel ainda incerto. Nos casos nos quais a cirurgia não pode ser realizada, o tratamento é paleativo