Organização Administrativa Flashcards

1
Q

Diferencie centralização e descentralização administrativa.

A

Centralização: Ocorre quando a própria Adm direta realiza a função administrativa, geralmente por meio de seus órgãos. Descentralização: Atividade administrativa exercida através de criação de outros entes (Adm indireta).

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2
Q

Diferencie concentração de desconcentração.

A

Desconcentração: O ente público cria órgãos, que criam departamento e assim por diante para fins de exercer a função adm.
Concentração: A função adm exercida por apenas um órgão da adm.

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3
Q

Qual a diferença entre um órgão e uma entidade?

A

A personalidade jurídica. Órgão não detém personalidade jurídica.

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4
Q

Há relação de hierarquia entre a adm direta e a indireta?

A

Não, relação de tutela, mas não de hierarquia.

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5
Q

Dentro do conceito de hierarquia administrativa, o que é o recurso hierárquico próprio e o impróprio?

A

Próprio: Recurso dentro da mesma pessoa jurídica (Ex: inss negou a aposentadoria, recurso dirigido dentro do inss). Impróprio: Recurso destinado a pessoa jurídica diversa (Somente cabível quando a lei autorizar).

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6
Q

O que a teoria da encampação?

A

Num mandado de segurança impetrado contra a autoridade superior hierarquicamente em relação à autoridade que proferiu o ato, se a autoridade demandada defende o ato, o ato encontra-se encampado. Válido.
* Contudo, essa teoria não pode ser aplicada em relação às autarquias, caso o mandado de segurança seja impetrado perante a Administração Direta que realizou adescentralização, pois não há relação de hierarquia entre a autarquia e o ente central, apenas relação de vinculação (RMS 25.355/RJ, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em 04.12.2008, DJe 02.02.2009).1

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7
Q

Quais são os (3) requisitos para se configurar a Teoria da Encampação?

A

Súmula 628 STJ: A aplicação da Teoria da Encampação tem se restringido a hipóteses excepcionais em que devem estar reunidos, pelo menos, os seguintes requisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição da República.

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8
Q

No estudo dos Órgãos, quanto à posição estatal, o que são os órgãos independentes?

A

São os originários da Constituição e representativos dos poderes do Estado,
sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional. São também chamados de órgãos primários do Estado.
Ex: Ministério Público, Tribunal de Contas, etc.

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9
Q

No estudo dos Órgãos, quanto à posição estatal, o que são os órgãos autônomos?

A

Na cúpula da administração, estão logo abaixo dos órgãos independentes. Tem plena autonomia administrativa e financeira. Ex: Ministérios e Secretarias.

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10
Q

No estudo dos Órgãos, quanto à posição estatal, o que são os órgãos superiores?

A

Órgãos abaixo dos órgãos autônomos. Não possuem autonomia administrativa nem financeira. Detém poder para controlar, emanar decisões etc dentro de sua competência. ex: Depen.

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11
Q

Dentro do estudo dos órgãos, quanto à posição estatal, o que são os órgãos subalternos?

A

Não tem autonomia, estão abaixo de todas as classificações. São órgãos criados para exercer atividades rotineiras. Ex: gabinete.

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12
Q

V ou F: Via de regra, os órgãos não tem personalidade jurídica, patrimônio próprio e capacidade processual.

A

Verdadeiro.
* Os órgãos classificados como independentes e os autônomos têm capacidade processual
para defesa de suas prerrogativas institucionais.

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13
Q

V ou F: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.

A

Verdadeiro. (STJ. 1ª
Seção. Aprovada em 22/04/2015, DJe 27/4/2015).

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14
Q

Em relação às teorias dos órgãos, qual a teoria aceita pela doutrina?

A

Teoria do órgão/imputação: formulada pelo alemão Otto Gierke, segundo a qual as pessoas jurídicas expressam sua vontade por meio de seus próprios órgãos, titularizados por seus agentes. Essa teoria é utilizada para justificar a validade dos atos praticados
por funcionário de fato. Considera-se que o ato do funcionário é ato do órgão e, portanto, imputável
à Administração.

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15
Q

Pode haver uma entidade da administração indireta, criada por meio da descentralização, vinculada ao Poder Judiciário ou ao Poder Legislativo?

A

Sim, apesar de não muito comum, é possível. ex: Funpresp-Legislativo e Funpresp-Judiciário

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16
Q

O que é a descentralização por colaboração?

A

Atividade administrativa prestada por particulares por contrato administrativo ou ato administrativo.

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17
Q

O que é a descentralização por outorga/funcional?

A

Criação das entidades da Administração indireta (autarquias, fundações públicas,
EPs e SEM).

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18
Q

Após a criação de uma autarquia pela lei, é necessário o registro dela em algum órgão?

A

Autarquia é criada diretamente por lei, não necessitando de registro em nenhum
local.

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19
Q

Para criação de uma sociedade de economia mista, após a lei autorizadora, é necessário o registro em algum local?

A

Sim, na junta comercial ou no registro de empresas.

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20
Q

As autarquias podem desempenhar atividade econômica?

A

Não, as autarquias podem desempenhar apenas atividades típicas de estado.

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21
Q

V ou F: A imunidade tributária das autarquias abrange todos os tributos: taxas, impostos, contribuições, etc.

A

Falso. Abrange só os impostos.

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22
Q

V ou F: As autarquias gozam da prerrogativa da impenhorabilidade de seus bens e rendimentos.

A

Verdadeiro.

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23
Q

Qual é o prazo legal para um particular cobrar uma dívida de uma autarquia?

A

5 anos.

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24
Q

É correto dizer que as fundações públicas exercem funções atípicas?

A

Sim, prestam atividades de interesse social, como saúde, educação, atividade cultural,
pesquisa científica, entre outras.

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25
Q

As fundações gozam de imunidade tributária?

A

Sim, tanto a de direito público quanto a de direito privado gozam.

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26
Q

V ou F: Empresas Públicas e Sociedades de economia mista são entidades criadas pelo Estado para atuar, em caráter excepcional, na atividade econômica, em regime de concorrência com o particular, sujeitas ao regime próprio das empresas privadas, ou para a prestação de serviços públicos.

A

Verdadeiro. * E para a exploração de atividades comerciais concorrenciais é necessário o imperativo da segurança pública ou o interesse social envolvido.

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27
Q

V ou F; As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

A

Verdadeiro. Art. 173 §2º.

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28
Q

Empresas públicas e sociedades de economia mista devem fazer licitação?

A

Via de regra, sim, todavia para consecução das atividades-fim no exercício da atividade econômica não há necessidade. Ex: Caixa economica federal para realizar operações bancárias com particular não precisa licitar, mas para comprar cadeiras, mesas (atividade-meio) é necessária a licitação.

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29
Q

Para aprovação do cargo de diretor de sociedade de economia mista ou empresa pública é necessária a aprovação pelo poder legislativo?

A

Não. O Supremo Tribunal Federal entendeu que não é válida a exigência de prévia aprovação do Poder Legislativo para a nomeação de dirigente de empresa pública ou sociedade de economia
mista.

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30
Q

V ou F: Os bens das estatais são considerados bens privados. Assim, não terão o regime especial dos bens públicos. Entretanto, a jurisprudência entende que os bens das prestadoras de serviços públicos que estão diretamente destinados à prestação do serviço não são passíveis de penhora, tendo em vista o princípio da continuidade dos serviços públicos

A

Verdadeiro. (REsp 176.078/SP, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/12/1998).

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31
Q

Como se dá a responsabilização civil das empresas públicas e sociedades de economia mista?

A

A responsabilidade será objetiva, se forem prestadoras de serviços públicos; se forem exploradoras de atividade econômica, a responsabilidade é subjetiva, na forma do art. 37, § 6º, da CF/1988.

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32
Q

V ou F: O prazo prescricional para se demandar contra empresa pública e sociedade de economia mista é de 5 anos.

A

Falso. Prazos prescricionais disciplinados pelo Código Civil.

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33
Q

V ou F: A sociedade de economia mista deve adotar a forma de sociedade simples.

A

Falso. Sociedade Anônima.
*Já a empresa pública pode adotar qualquer forma em direito admitida, inclusive sociedade anônima.

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34
Q

V ou F: A sociedade de economia mista é formada por capital público e privado. Na composição do capital, pode haver recursos de pessoas de direito público ou de outras pessoas administrativas vinculadas ao Estado (Administração indireta). Entretanto, a maioria do capital com direito a voto (maioria das ações com direito a voto) deve estar sob controle do Estado ou de sua entidade da Administração indireta.

A

Verdadeiro.

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35
Q

Defina Agência Executiva.

A

É uma qualificação dada à autarquia ou fundação que, por meio do contrato de gestão com
o órgão da Administração direta a que esteja vinculada, amplia sua autonomia para a melhoria
da eficiência e redução de custos (art. 37, § 8º).

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato a ser firmado entre seus administradores e o
Poder Público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (…) (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998).

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36
Q

Quais são os (2) requisitos para uma autarquia se enquadrar como agência executiva?

A

Lei n. 9.649/1998.
Art. 51 (…)
I – ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
II – ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.

37
Q

Qual a principal diferença entre uma autarquia simples e uma agência reguladora?

A

Na autarquia via de regra os dirigentes são escolhidos apenas pelo chefe do poder executivo. Já nas agências reguladoras, há necessidade de aprovação pelo poder legislativo. o mandato dos dirigentes tem prazo certo (5 anos).

38
Q

O que é um consórcio público?

A

Os consórcios públicos são pessoas jurídicas formadas exclusivamente por entes da Federação, nos termos do art. 241 da CF/1988 e da Lei n. 11.107/2005, para a prestação de serviços públicos, na forma de gestão associada. Os entes federativos, ao formarem o consórcio público, deverão constituir associação, que o administrará. No entanto, essa associação pode ser de direito privado ou de direito público, sendo que neste último caso terá a natureza de autarquia.

39
Q

V ou F: É possível um consórcio público entre a União e um Município sem a presença do Estado onde localizado o município.

A

Falso. O Estado deve estar presente.

40
Q

Qual é o nome do contrato para que o ente consorciado entregue recursos ao consórcio público?

A

Contrato de rateio.

41
Q

O que é uma “subsidiária”?

A

Nova empresa criada por uma sociedade de economia mista ou empresa pública.
* Há necessidade de lei específica. Mas o STF entendeu que, se na lei que autorizou a criação da entidade, houver uma autorização geral para criação de subsidiárias, não será preciso lei em cada caso.

42
Q

V ou F: A alienação do controle
acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige autorização legislativa e licitação, sempre que isso acarretar em perda do controle acionário (alienação do controle acionário.

A

Verdadeiro. Entendimento do STF.
Contudo, não se exige autorização legislativa para a alienação do controle de suas subsidiárias e controladas. Também não se exige que a alienação seja precedida de licitação, desde que siga procedimentos que observem os princípios da administração pública inscritos noart. 37 da CF/88, respeitada, sempre, a exigência de necessária competitividade. STF. Plenário.
ADI 5624 MC-Ref/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 5 e 6/6/2019 (Info 943)

43
Q

V ou F: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

A

Verdadeiro. súmula vinculante 3.

44
Q

V ou F: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituição.

A

Falso. Não ofende. Súmula vinculante 5.

45
Q

V ou F: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública Direta e Indireta em qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola
a Constituição Federal.

A

Verdadeiro. Súmula vinculante 13.

46
Q

V ou F: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

A

Verdadeiro. Súmula vinculante nº 21.

47
Q

V ou F: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que
não integra a carreira na qual anteriormente investido.

A

Verdadeiro. súmula vinculante nº 43.

48
Q

V ou F: Só por lei ou decreto se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

A

Falso. É só por lei. Súmula vinculante nº 44.

49
Q

V ou F: O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.

A

Verdadeiro. súmula vinculante nº 55.

50
Q

V ou F: A vitaliciedade impede a extinção do cargo.

A

Falso. Súmula n. 11 STF
A vitaliciedade não impede a extinção do cargo, ficando o funcionário em disponibilidade,
com todos os vencimentos.

51
Q

V ou F: Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do servidor público.

A

Verdadeiro. Súmula STF nº 18.

52
Q

V ou F: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não
podem ser adquiridos por usucapião.

A

Verdadeiro. Súmula nº 340 STF.

53
Q

V ou F: É constitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades.

A

Falso. É inconstitucional. Súmula nº 649 STF.

54
Q

V ou F: A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva.

A

Verdadeiro. súmula nº 679 STF.

55
Q

V ou F: No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, não são necessárias as notificações
da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.

A

Falso. São necessárias. Súmula 312 STJ.

56
Q

V ou F: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública

A

Verdadeiro. súmula 599 STJ.

57
Q

V ou F: A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária,
insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.

A

Verdadeiro. súmula 619 STJ.

58
Q

Quais são os requisitos para ser aplicada a teoria da encampação no mandado de segurança?

A

Súmula n. 628 STJ
A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando presentes, cumulativamente,os seguintes requisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridadeque prestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal. Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018.

59
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: É dispensável a autorização legislativa para a criação de empresas subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na própria lei que instituiu a empresa estatal, visto que a lei criadora é a própria medida autorizadora.

A

Verdadeiro.

60
Q

Explique as espécies de descentralização: outorga e delegação.

A

outorga: Dá origem às entidades da adm. indireta; requer lei específica; transfere a execução e titularidade. Delegação: só transfere a execução e não a titularidade, formalizada por meio de contrato, cria as concessionárias e permissionárias.

61
Q

Via de regra, os órgãos públicos não celebram contratos, por não possuírem personalidade jurídica própria. Mas há exceção, qual é?

A

o art. 37, §8º, da CF/88 admite a celebração de “contrato de gestão” ou “contrato de desempenho” entre órgãos públicos e administradores ou entes federativos, que tem como objetivo ampliar a autonomia gerencial orçamentária e financeira dos órgãos, que deverão, em contrapartida, cumprir determinadas metas de desempenho.
Caberá a lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.

62
Q

Via de regra, os órgãos não tem capacidade processual, pois não tem personalidade jurídica. Há duas exceções, quais são?

A

Órgão público na defesa dos consumidores. Órgãos titulares de direitos subjetivos, o que lhes confere capacidade processual para a defesa das prerrogativas, bem como competências para defesa de atribuições institucionais (Ex: Câmara dos Vereadores).

63
Q

Para a doutrina, é possível que se crie órgãos adm. por meio de ato administrativo?

A

Parte da doutrina (Carvalho Filho, Rafael Oliveira, Fernando Barbalho) entende que a CF/88 admite, excepcionalmente, no âmbito do Senado Federal e Câmara dos Deputados (art. 51, IV, e art. 52, XIII, da CF), que a própria casa disponha sobre a sua organização administrativa, como a criação de órgãos. Em outras palavras: a criação de órgãos dentro da Câmara dos Deputados e do Senado Federal pode ser feita mediante resolução das respectivas casas, não se exigindo a sanção presidencial, pois não se trata de lei. Por simetria, isso pode ser levado para os Estados e Municípios.

64
Q

V ou F: A autarquia possui imunidade tributária em relação a impostos, mas essa imunidade é destinada apenas às atividades vinculadas as suas necessidades essenciais.

A

Verdadeiro. A imunidade tributária recíproca das autarquias é chamada de condicionada porque se limita aos patrimônios, rendas ou serviços que estejam vinculados às suas finalidades essenciais ou sejam delas decorrentes (Art. 150, VI, a), 2º).

65
Q

O que são agências executivas?

A

São as autarquias e fundações públicas que celebram contrato de gestão com o intuito de melhorar sua eficiência e reduzir custos (art. 51 e 52 da Lei 9649/98).

66
Q

O que são associações públicas?

A

Os consórcios públicos (art. 241 da CF/88), quando se constituem na forma de pessoa jurídica de direito público, assumem a forma de autarquia integrante da Administração Indireta dos entes federativos consorciados.

67
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: É formalmente inconstitucional — por vício resultante da usurpação do poder de iniciativa (CF/1988, art. 61, § 1º, II, “a”) — lei federal de origem parlamentar que cria conselhos de fiscalização profissional e dispõe sobre a eleição dos respectivos membros efetivos e suplentes.

A

Verdadeiro.

68
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: É constitucional lei estadual que obrigue a participação de representante da seccional da OAB em órgão colegiado da Administração Pública estadual.

A

Falso. É inconstitucional. STF, info 966.

69
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: Conselhos profissionais não estão sujeitos ao regime de precatórios.

A

Verdadeiro. STF, info 861.

70
Q

A anuidade da OAB tem natureza tributária?

A

Os Tribunais Superiores divergem sobre o tema: STJ: NÃO. Os créditos decorrentes da relação jurídica travada entre a OAB e os advogados não compõem o erário e, consequentemente, não têm natureza tributária. STJ. 1ª Turma. REsp 1574642/SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 16/02/2016. STF: SIM. As anuidades cobradas pelos conselhos profissionais caracterizam-se como tributos da espécie contribuições de interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da Constituição da República. STF. Plenário. RE 647885, Rel. Edson Fachin, julgado em 27/04/2020.

71
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: Os conselhos profissionais não gozam das prerrogativas processuais da Fazenda Pública.

A

Falso. Gozam sim. STJ. 2a Turma. AgRg no Ag 1388776/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 07/06/2011.

72
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: Compete à Justiça Federal processar e julgar execução fiscal promovida por Conselho de Fiscalização Profissional.

A

Verdadeiro. (Súmula n. 66/STJ)

73
Q

O que é o período de quarentena dos dirigentes de uma agência reguladora?

A

art. 8º da Lei 9986/2000, com redação dada pela Lei 13.848/2019:
Os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada ficam impedidos de exercer atividade ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por período de 6 (seis) meses, contados da exoneração ou do término de seu mandato, assegurada a remuneração compensatória.

74
Q

O que é a “estabilidade forçada” dos dirigentes de uma agência reguladora?

A

Antes da Lei 13.848/2019, que alterou a redação do art. 6º da Lei 9986, o mandato dos dirigentes não poderia ultrapassar o mandato do presidente. Com a novel lei, o mandato passou a ter prazo certo de 5 anos, não coincidindo mais com o mandato presidencial, justamente para conferir maior autonomia técnica à agência.

75
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: É constitucional norma legal que veda aos servidores titulares de cargo efetivo de agências reguladoras o exercício de outra atividade profissional, inclusive gestão operacional de empresa, ou de direção político-partidária.

A

Verdadeiro. STF

76
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: Multas previstas em resoluções não podem ser criadas por agências reguladoras.

A

Falso. Multas previstas em resoluções criadas por agências reguladoras. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 825776/SC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 05/04/2016.

77
Q

Segundo a jurisprudência. V ou F: É CONSTITUCIONAL lei estadual que prevê que os dirigentes de determinada agência reguladora somente poderão ser nomeados após previamente aprovados pela Assembleia Legislativa. Por outro lado, é INCONSTITUCIONAL a lei estadual que estabelece que os dirigentes de agência reguladora somente poderão ser destituídos de seus cargos por decisão exclusiva da Assembleia Legislativa, sem qualquer participação do Governador do Estado.

A

Verdadeiro. STF, info 759.

78
Q

O que é uma agência executiva?

A

É uma autarquia ou fundação que recebeu esta qualificação por ter celebrado um contrato de gestão com a Administração Pública (art. 37, §8º, CF/88) e por possuir um plano de reestruturação (art. 51 da Lei nº 9.649/98).

79
Q

De acordo a jurisprudência. V ou F: As sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal, quando a União intervém como assistente ou opoente.

A

Verdadeiro. Súmula 517 STF.

80
Q

De acordo a jurisprudência. V ou F: É competente a Justiça Especial para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.

A

Falso. É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. Súmula 556 STF.

81
Q

Pode haver pagamento acima do teto remuneratório no âmbito das empresas públicas e sociedades de economia mista?

A

Se as empresas estatais e subsidiárias NÃO receberem recursos dos entes federativos para custeio e manutenção de pessoal, pode haver pagamentos acima do teto remuneratório.

82
Q

Qual é o prazo máximo da licitação no âmbito das empresas públicas e sociedades de economia mista? E quais são as (2) exceções a esse prazo?

A

Os contratos terão prazo máximo de 5 anos, salvo:
i. Projetos contemplados no plano de negócios e investimentos;
ii. Prática rotineira de mercado e a imposição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente o negócio.

83
Q

Em regime concorrencial, a sociedade de economia mista e a empresa pública gozam de imunidade tributária?

A

Se atuam em regime concorrencial: NÃO gozam de imunidade;

Se prestadoras de serviços públicos não remunerados por preços públicos ou tarifas OU se estatais que exercem atividades monopolizadas: Gozam de imunidade.

84
Q

De acordo a CF. V ou F: As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado – só podem ter privilégios que a iniciativa privada também tenha.

A

Verdadeiro. Art. 173, §2º, da CF/88.
* a doutrina majoritária entende que esse dispositivo somente é aplicável às EP’s e SEM que explorem atividades econômicas.

85
Q

De acordo a jurisprudência. É possível aplicar o regime de precatórios às sociedades de economia mista?

A

É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/3/2017 (Info 858).

86
Q

De acordo a jurisprudência. V ou F: É inconstitucional norma de Constituição Estadual que exija prévia arguição e aprovação da Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado nomeie os dirigentes das autarquias e fundações públicas, os presidentes das empresas de economia mista e assemelhados, os interventores de Municípios, bem como os titulares da Defensoria Pública e da Procuradoria-Geral do Estado.

A

Verdadeiro. STF, info 980.

87
Q

De acordo a jurisprudência. V ou F: A alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista não exige autorização legislativa e licitação.

A

Falso. Exige. Todavia, não se exige autorização legislativa para a alienação do controle de suas subsidiárias e controladas. Nesse caso, a operação pode ser realizada sem a necessidade de licitação, desde que siga procedimentos que observem os princípios da administração pública inscritos no art. 37 da CF/88, respeitada, sempre, a exigência de necessária competitividade. STF. Plenário. ADI 5624 MC-Ref/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 5 e 6/6/2019 (Info 943).

88
Q

De acordo a jurisprudência. V ou F: Compete à justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.

A

Verdadeiro. súmula 42 - STJ.

89
Q

De acordo a jurisprudência. V ou F: Compete à Justiça ordinária federal o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista.

A

Falso. Compete à Justiça ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista. Súmula 501 - STF.