Neonatologia Flashcards

1
Q

Critérios de Bell da enterocolite necrosante

A

IA - Clínica: distermia, bradicardia, apneia, letargia. Sinais intestinais: RHA presentes, aumento do resíduo gástrico, vômitos, distensão abdominal, sangue oculto nas fezes. RX: normal ou distensão de alças. Tratamento: jejum + ATB por 3 dias.

IB - Clínica: igual IA. Sinais intestinais: igual IA + sangue vivo nas fezes. RX: igual IA. Tratamento: jejum + ATB por 3 dias.

IIA - Clínica: igual IA. Sinais intestinais: RHA diminuídos ou abolidos; pode ter dor à palpação. RX: pneumatose. Tratamento: jejum + ATB por 7-10 dias

IIB - Clínica: IA + acidose metabólica e plaquetopenia. Sinais intestinais: RHA abolidos, dor à palpação, pode ter celulite e massa em QID. RX: pode ter ascite ou ar no sistema porta. Tratamento: jejum + ATB por 14 dias

IIIA - Clínica: acidose mista, instabilidade hemodinâmica e respiratória. Sinais intestinais: piora da dor abdominal e da distensão, eritema de parede. RX: ascite. Tratamento: suporte, paracentese sn, ATB por 14 dias, cirurgia se ausência de melhora em 24-48h

IIIB - Clínica: igual IIIA. Sinais intestinais: igual IIIA. RX: pneumoperitôneo. Tratamento: cirurgia.

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2
Q

O que fazer para RNs assintomáticos expostos ao CMV na gestação? (5)

A
  1. Fundoscopia
  2. Avaliação auditiva
  3. USG transfontanela ou RX de crânio (busca por calcificações periventriculares)
  4. PCR para CMV na urina
  5. Sorologia para CMV após 5º dia de vida
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3
Q

Quais as alterações cerebrais presentes em RNs com CMV congênita e onde se localizam?

A

Calcificações periventriculares

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4
Q

Manifestações da citomegalovirose congênita

A

Inespecíficas
Possibilidade de surdez neurossensorial
Calcificações periventriculares

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5
Q

Em quais casos e como realizar o tratamento para CMV congênita?

A

Casos graves. Duas opções: ganciclovir EV por 6 semanas (muito mielotóxico) ou valganciclovir VO por 6 meses

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6
Q

Como investigar um RN assintomático exposto à sífilis durante a gestação por mãe adequadamente tratada? Como interpretar os possíveis achados?

A

Apenas com VDRL. Se VDRL igual ou menor ao materno, RN exposto. Se VDRL maior ou igual a duas diluições do VDRL materno, seguir o fluxo para tratamento materno inadequado.

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7
Q

Como investigar um RN assintomático exposto à sífilis durante a gestação por mãe inadequadamente tratada?

A

Solicitar VDRL de sangue periférico, RX de ossos longos, hemograma e fazer punção liquórica para avaliar VDRL, proteinorraquia e celularidade

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8
Q

Quais achados no líquor indicam que o RN apresenta neurossífilis? (3)

A

VDRL no líquor positivo
Proteinorraquia maior que 150
Celularidade maior que 25 (principalmente às custas de linfócitos)

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9
Q

Quais os valores de irradiância de fototerapia de baixa e de alta intensidade?

A

Baixa intensidade: 8-10
Alta intensidade: 30

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10
Q

Fatores de risco para asfixia neonatal (8)

A
  1. Doença hipertensiva da gestação
  2. Gestação múltipla
  3. Desnutrição materna
  4. Descolamento prematuro de placenta
  5. Placenta prévia
  6. Prematuridade
  7. Período expulsivo de parto prolongado
  8. Corioamnionite
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11
Q

Principais agentes etiológicos de meningite bacteriana neonatal (3)

A
  1. Streptococcus agalactiae (grupo B)
  2. E. coli
  3. Listeria monocytogenes
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12
Q

Colostro x leite maduro

A

Colostro: mais vitaminas lipossolúveis, proteínas, sódio, cloro e magnésio
Leite maduro: mais gordura, lactose, vitaminas hidrossolúveis e densidade calórica

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13
Q

Leite anterior x leite posterior

A

Leite anterior: mais proteínas do soro e lactose
Leite posterior: mais gordura

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14
Q

Leite mãe RNPT x RNT

A

RNPT: mais proteína, gordura e densidade calórica
RNT: mais lactose e potássio

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15
Q

Doenças classicamente triadas no teste do pezinho

A
  1. Hemoglobinopatias
  2. Hipotireoidismo congênito
  3. Hiperplasia adrenal congênita
  4. Fibrose cística
  5. Fenilcetonúria
  6. Deficiência de biotinidase
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16
Q

Quanto tempo após transfusão o teste do pezinho deve ser coletado?

A

10 dias após a transfusão, com novo teste para hemoglobinopatias em 120 dias

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17
Q

Temperatura preconizada na sala de parto

A

Entre 23 e 25ºC

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18
Q

Quanto tempo para clampear o cordão em casos de nascimento com boa vitalidade?

A

Menores de 34 semanas: 30 segundos
Maiores ou com 34 semanas: 60 segundos

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19
Q

Duração e passos iniciais de reanimação

A

Em 30 segundos: ASPAS
Aquecer: colocar em fonte de calor radiante
Secar: se pré-termo, colocar em saco plástico e touca
Posicionar: decúbito dorsal com coxim embaixo dos ombros
Aspirar vias áreas se necessário, primeiro boca, depois narinas, com sonda 8 ou 10

20
Q

Fatores que determinam necessidade de ventilação com pressão positiva na reanimação neonatal (3)

A

FC menor que 100bpm
Respiração irregular
Apneia

21
Q

Sequência dos passos de reanimação quando todos são necessários

A

VPP com balão e máscara > IOT > Massagem cardíaca > Administração de medicações

22
Q

Relação entre ventilação e compressões cardíacas na reanimação neonatal

A

3 compressões para 1 ventilação

23
Q

Em 1min, são preconizadas quantas ventilações e quantas compressões cardíacas na reanimação neonatal

A

30 ventilações e 90 compressões cardíacas

24
Q

FiO2 inicial na VPP

A

< 34 semanas: 30%
>= 34 semanas: 21%

25
Q

SatO2 esperada nos primeiros minutos de vida

A

< 5 minutos: 70 a 80%
5-10 minutos: 75 a 85%
> 10 minutos: 85-95%

26
Q

Indicações de IT na reanimação neonatal (3)

A
  1. Falha da VPP
  2. Necessidade de massagem cardíaca
  3. Hérnia diafragmática
27
Q

Preparo e dose da adrenalina na reanimação neonatal

A

1mg adrenalina (ampola 1mg/ml) + 9ml SF0,9%
EV: 0,01-0,03mg/kg (0,1-0,3ml/kg)
IT: 0,05-0,1mg/kg (0,5-1ml/kg)

28
Q

O minuto de ouro é o tempo para iniciar qual medida de reanimação neonatal?

A

VPP

29
Q

Características do balão autoinflável na VPP: volume do balão, volume corrente oferecido, pressão inspiratória máxima, PEEP, fornecimento de O2

A

Volume do balão: 240ml
Volume corrente oferecido: 5l/min
Pressão inspiratória máxima: variável, porém limitada por uma válvula entre 30-40cmH2O
PEEP: inconsistente
Fornecimento de O2: sem fonte de O2, FiO2 21%; conectada à fonte de O2, FiO2 90-100%

30
Q

Na reanimação neonatal, o ventilador manual com peça T é limitado e controlado pelo que?

A

Limitado pela pressão e controlado pelo fluxo

31
Q

Na reanimação neonatal, como é determinada a pressão inspiratória com o ventilador manual com peça T?

A

Pelo tempo de oclusão da peça e pelo fluxo de gás, controlado pelo limite estabelecido (entre 30-40cmH2O)

32
Q

3 vantagens do uso do ventilador mecânico manual com peça T para a reanimação neonatal

A
  1. Possível titulação do fornecimento de O2
  2. Fornece PEEP
  3. Pode ser usado como CPAP
33
Q

3 vantagens do uso do ventilador mecânico manual com peça T para a reanimação neonatal

A
  1. Possível titulação do fornecimento de O2
  2. Fornece PEEP
  3. Pode ser usado como CPAP
34
Q

Quando a máscara laríngea pode ser usada na reanimação neonatal?

A

Como interface para VPP na falha com a máscara, antes da IOT

35
Q

Cânula traqueal indicada na reanimação neo

A

28-34 semanas: 3,0 sem cuff
34-38 semanas: 3,5 sem cuff
> 38 semanas: 3,5-4,0 sem cuff

36
Q

Quais os pré-requisitos para uso da máscara laríngea na reanimação neo? (2)

A

Peso maior que 2000g e IG >= 34 sem

37
Q

Indicação de massagem cardíaca na reanimação neo

A

FC < 60bpm mesmo após 30s VPP efetiva

38
Q

Especificidades quanto ao manejo da temperatura na reanimação neonatal em sala de parto para menores de 34 semanas

A
  1. Não secar
  2. Colocar em saco plástico
  3. Touca dupla
  4. Colchão térmico para menores de 1000g
39
Q

Profilaxia da transmissão vertical de hepatite B

A
  1. Vacina com até 12h de vida
  2. Imunoglobulina anti-hepatite B entre 12-24h de vida
40
Q

Pré-requisitos para poder iniciar hipotermia terapêutica (4)

A
  1. Idade >= 35 semanas
  2. Encefalopatia 2 ou 3 ou asfixia perinatal
  3. Monitorização plena
  4. Início antes de 6h de vida
41
Q

Temperatura alvo na hipotermia terapêutica

A

33,5ºC

42
Q

Duração proposta da hipotermia terapêutica

A

72h

43
Q

Critérios para retirada precoce da hipotermia terapêutica (4)

A
  1. Temperatura corporal menor que 33,5ºC
  2. Hipotensão refratária
  3. Hipertensão refratária
  4. Discrasia sanguínea
44
Q

Diferença máxima aceita de saturação no teste do coraçãozinho

A

3%

45
Q

Saturação mínima aceita no teste do coraçãozinho

A

95%

46
Q

Critérios para alto risco de transmissão vertical do HIV

A
  1. Diagnóstico na gestação
  2. Início TARV a partir do 2ª metade da gestação
  3. Má adesão ao tratamento ou não uso de TARV na gestação
  4. Carga viral desconhecida
  5. Carga viral detectável no terceiro trimestre da gestação
  6. Indicação de profilaxia no intraparto, porém não realizada
  7. Teste rápido para HIV positivo no parto
47
Q

Profilaxia para transmissão de HIV em casos de alto risco

A
  1. Menores de 34 semanas: zidovudina por 28 dias
  2. Entre 34 e 37 semanas (e peso maior que 2kg): zidovudina + lamivudina + nevirapina
  3. Maiores 37 semanas e 2kg: zidovudina + lamivudina + raltegravir