Monitorização Flashcards

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1
Q

Como saber se a onda da PA invasiva está subamortecida ou superamortecida?

A

Teste de flush de 300 mmHg no equipo.

O amortecimento é considerado adequado quando a abertura e o fechamento da válvula de flush (pressurizada a 300 mmHg) resultam em uma oscilação grande e uma oscilação pequena, retornando em seguida à linha de base. Quando ocorrem três ou mais oscilações antes do
retorno à linha de base, considera-se que há subamortecimento e, quando há uma ou nenhuma oscilação, o sistema está superamortecido

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2
Q

Causas comuns de superamortecimento são …

A
  • Presença de bolhas de ar ou coágulos no sistema
  • Acotovelamento do cateter arterial
  • Uso de equipos/extensões inadequados (excessivamente complacentes)
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Q

Causa e conduta frente a um sistema de PA invasiva subamortecido

A

A maioria dos equipos de medição da pressão arterial tende a ser intrinsecamente subamortecida. A única solução para corrigir essa característica seria incorporar ao equipo
arterial certos dispositivos próprios para aumentar o amortecimento da onda sem interferir com as medidas de pressão arterial (Accudynamics®).
Tal conduta, no entanto, é pouco usada e, quando se detecta um sistema subamortecido, a única providência habitualmente tomada é a de interpretar as medidas de PAS e PAD como passíveis de certo falseamento (há pouca influência do subamortecimento nos valores da PAM).

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4
Q

Como é feita a estimativa do débito cardíaco por meio do uso do cateter de swan-ganz?

A

A medição do DC é feita pela técnica da termodiluição.
Para executá-la, informa-se ao monitor que se vai realizar uma injeção de solução salina em determinado volume e temperatura (em geral resfriada). Em seguida, faz-se a injeção pelo ramo do lúmen proximal. O sensor de temperatura na ponta do cateter, por sua vez, capta as variações de temperatura sanguínea decorrentes da salina resfriada injetada. Essas variações de temperatura são analisadas dentro de um algoritmo, que gera o valor de DC. Alguns cateteres mais modernos possuem um filamento térmico que se aquece frequentemente, provocando variações de temperatura sanguínea análogas às provocadas pela injeção manual, permitindo, dessa maneira, uma medição quase contínua do DC

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5
Q

Elevações crescentes na concentração de MetHb causam desvios progressivos na leitura da SpO2, desde o valor fidedigno em direção ao valor falso de …

A

85%

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6
Q

A COHb quase não absorve luz em 940 nm, mas, em 660 nm, tem uma absorção semelhante à …
O oxímetro de pulso, portanto, lê essa absorção da COHb como se ela fosse feita pela…, deixando a SpO2 falsamente
elevada acima de 90%, a despeito de uma piora da oxigenação

A

HbO2

HbO2

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7
Q

Com relação à técnica de mensuração do CO2, a maioria
dos aparelhos utiliza a …

A

espectrometria por luz infravermelha

  • Essa técnica se baseia no fato de que moléculas assimétricas e poliatômicas, como CO2, óxido nitroso (N2O) e anestésicos inalatórios, absorvem luz infravermelha em comprimentos de onda específicos, apresentando, cada um deles, um espectro único de transmissão e de absorção dessa luz (análogo a uma impressão digital)
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8
Q

Pressões de platô acima de … estão associadas a desenvolvimento de barotrauma e lesão pulmonar relacionada à ventilação mecânica

A

30 cmH2O

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9
Q

Cite um fator que aumente a complacência pulmonar

A

Enfisema

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10
Q

Cite fatores que reduzem a complacência pulmonar

A

Pneumotórax
Atelectasia
Pneumectomia
Consolidação
Edema pulmonar
Intubação de brônquio fonte
Sobredistenção pulmonar
Doença intersticial

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11
Q

Cite causas de auto-PEEP

A
  • Alto volume-minuto (volume corrente elevado ou alta frequência respiratória)
  • limitação ao fluxo expiratório nas vias aéreas (pacientes com asma ou outras doenças pulmonares crônicas)
  • limitação ao fluxo expiratório fora das vias aéreas (tubo traqueal fino, acotovelado ou com secreções e assincronia entre paciente e ventilador)
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12
Q

Como é definida a taxa de supressão de surtos?

A

intervalos maiores de 0,5 segundo nos quais a voltagem da EEG encontra-se abaixo ± 5 μV nos últimos 60 segundos

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13
Q

Cite complicações associadas à hipotermia leve (1-2 °C de redução na temperatura central)

A

Pode:
* Triplicar a incidência de infecção de ferida operatória
* Aumentar a perda sanguínea e a necessidade de hemotransfusão
* Triplicar a incidência de eventos cardíacos mórbidos
* Retardar a recuperação anestésica e prolongar a permanência hospitalar

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14
Q

No período perioperatório, as perdas de temperarura ocorrem mais devido à …

A

radiação e convecção

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15
Q

Informações de frio são transmitidas por fibras nervosas …, enquanto sinais de calor percorrem fibras …, apesar de ser possível uma sobreposição das vias. Os estímulos são recebidos a partir da superfície da pele e de tecidos abdominais e torácicos profundos, sendo integrados e processados em vários centros, sobretudo na medula espinhal e no tronco encefálico e, de maneira mais importante, no hipotálamo

A

C não mielinizadas

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16
Q

Como posicionar o termômetro esofágico?

A

Um sensor termistor ou termopar incorporado a um estetoscópio esofágico deve ser posicionado no
ponto de máxima ausculta cardíaca ou até 10 cm distalmente. O termômetro ficará cerca de 45 cm das narinas em adultos

17
Q

Como fazer o posicionamento do termômetro nasofaríngeo?

A

Esse termômetro apresenta boa acurácia se o sensor for bem posicionado, de forma que fique o mais próximo possível da artéria carótida interna, correspondendo à porção média ou superior da mucosa nasofaríngea, aproximadamente a 10 cm de distância das narinas

18
Q

Paciente é submetido a anestesia geral com propofol e
remifentanil com monitorização da entropia para avaliação do estado de consciência perioperatória. Em um determinado momento durante a cirurgia, o monitor mostrou valor de entropia de estado (SE) de 50 e entropia de
resposta (RE) de 65. Como você interpreta esses dados?

A. Despertar intraoperatório.
B. Aumento do estímulo álgico.
C. Aumento da temperatura corporal.
D. Necessidade de administrar bloqueador neuromuscular.

A

Resposta: B

Justificativa: O monitor de entropia apresenta duas variáveis: entropia de estado (SE) e entropia de resposta (RE). A SE varia de zero (EEG isoelétrico) a 91 (completamente acordado), enquanto a RE varia de zero a 100. Quando a atividade eletromiográfica é baixa, os valores de SE e RE podem ser iguais, mas, com o despertar e aumento da
eletromiografia facial, RE se eleva e se torna maior que SE. A faixa anestésica está entre 40 e 60. Se a SE se eleva além dessa faixa, o fabricante recomenda aumento da dose
hipnótica. Por outro lado, se a SE está na faixa anestésica, mas a RE apresenta valores 10 unidades acima da SE, indica aumento da intensidade do estímulo álgico, com a necessidade de suplementação de analgésicos.

19
Q

Homem hipertenso, diabético e portador de DPOC apresenta
ecocardiografia com fração de ejeção de 35% e pressão de artéria pulmonar estimada em 35 mmHg. Será submetido a ressecção de tumor retroperitoneal.
Dosagem de hemoglobina pré-operatória é de 10,2 g·dL–1. A monitorização hemodinâmica mais adequada para o diagnóstico e tratamento da hipovolemia intraoperatória nesse paciente deve incluir:

A. Variação do volume sistólico e débito cardíaco.
B. Pressão venosa central e variação do volume sistólico.
C. Pressão de oclusão da artéria pulmonar e débito cardíaco.
D. Pressão de oclusão da artéria pulmonar e
saturação venosa central de oxigênio.

A

Resposta: A
Justificativa: Parâmetros hemodinâmicos estáticos, como pressão venosa central e pressão de oclusão da artéria pulmonar, não apresentam boa acurácia para definir
pacientes respondedores a volume. A combinação de parâmetros hemodinâmicos dinâmicos, como variação do volume sistólico e variação da pressão de pulso, em combinação com medidas do débito cardíaco e da saturação venosa mista ou central de oxigênio, permitirá diagnosticar adequadamente a hipovolemia como causa de diminuição do débito cardíaco e da oferta de oxigênio aos tecidos durante
a cirurgia.

20
Q

Que condição pode se associar a leitura falsamente
diminuída na oximetria de pulso mesmo na ausência de hipoxemia?

A. Anemia.
B. Icterícia.
C. Uso de azul de metileno.
D. Carboxiemoglobinemia.

A

Resposta: C

Justificativa: Anemia, anemia falciforme e icterícia não exercem efeito sobre a leitura do oxímetro de pulso. A carboxiemoglobina (COHb) absorve pouca luz infravermelha, mas é muito semelhante à oxiemoglobina (HbO2) em sua absorbância da luz vermelha. Dessa forma, oxímetros podem não distinguir COHb e HbO2 e produzirem medidas falsamente elevadas. O azul de metileno produz reduções
importantes da saturação periférica de oxigênio que podem durar vários minutos

21
Q

Homem de 68 anos é submetido a duodenopancreatectomia.
Durante a cirurgia, o índice cardíaco (IC) é de 1,2 L·min-1·m-2, a variação do volume sistólico (VVS) é de 18% e a pressão venosa central (PVC) é de 10 mmHg. Após a administração de 250 mL de hidroxietilamido, os valores de IC, VVS e PVC
são, respectivamente, 2,2 L·min-1·m-2, 11% e 12 mmHg. A interpretação para essa mudança na monitorização hemodinâmica é:

A. O aumento do IC levou à redução da VVS.
B. O aumento da PVC produziu aumento do IC.
C. A redução da VVS indica sobrecarga de volume.
D. O paciente é responsivo ao aumento da pré-carga

A

Resposta: D

Justificativa: A VVS e a variação de pressão de pulso (VPP) não são indicadores de pré‑carga, mas da relativa responsividade da pré‑carga. A VVS é ferramenta sensível que pode ser utilizada para guiar apropriadamente o manejo da pré‑carga
do paciente para alcançar adequada oferta de oxigênio aos tecidos. Variáveis hemodinâmicas dinâmicas, como a VPP e a VVS, discriminam mais acuradamente pacientes respondedores a provas de volume que variáveis estáticas (FC, PAM, PVC, PAD, POAP). Valores normais de VVS são menores que 10‑15% em ventilação mecânica controlada. No caso clínico, o paciente apresentava baixo IC, com VVS elevada e PVC normal. A elevação do IC e normalização da VVS, com mínima alteração da PVC, indica que havia déficit de volume e que o paciente foi responsivo à prova de
volume administrada

22
Q

A necessidade de anestésicos inalatórios para manter o
BIS entre 40 e 60 é menor em anestesias gerais combinadas com bloqueio do neuroeixo do que em anestesias gerais não combinadas. Esse fato decorre da:

A. Diminuição da perfusão cerebral.
B. Diminuição da captação alveolar do anestésico.
C. Ação direta do anestésico local no córtex cerebral.
D. Diminuição da atividade do sistema de ativação reticular ascendente.

A

Resposta: D

Justificativa: A anestesia espinhal e a peridural produzem sedação que não está relacionada à concentração sistêmica do anestésico local, mas que se correlaciona com a altura do bloqueio sensitivo. Esse fato é devido à diminuição
da aferência sensitiva e menor atividade do sistema de ativação reticular ascendente. A diminuição do débito cardíaco concorre para diminuir a captação alveolar do anestésico e acelerar o equilíbrio entre as frações inspirada e alveolar, mas sem reduzir as necessidades anestésicas.

23
Q

O prolongamento do intervalo QT é sinal eletrocardiográfico
típico da:
A. Hipocalcemia.
B. Hiponatremia.
C. Hiperpotassemia .
D. Hipermagnesemia.

A

Resposta: A

Justificativa: Hipocalcemia causa prolongamento da fase 2 do potencial de ação da célula miocárdica e aumento do intervalo QT no ECG. Hiperpotassemia promove sequência de alterações no ECG com encurtamento do intervalo QT.
Hipomagnesemia, que se associa comumente a hipocalcemia ou hipopotassemia, pode predispor à síndrome do QT longo.

24
Q

Na hipercalcemia, a alteração eletrocardiográfica
encontrada é:
A. Inversão da onda T.
B. Estreitamento do QRS.
C. Prolongamento do intervalo PR.
D. Prolongamento do intervalo QT corrigido.

A

Resposta: C

Justificativa: Quando a concentração plasmática de cálcio é maior que 10 mEq⋅L−1, ocorrem distúrbios da condução cardíaca, caracterizados no ECG, como prolongamento do
intervalo PR, alargamento do complexo QRS e encurtamento do intervalo QT corrigido

25
Q

Um valor de 60 no índice bispectral (BIS) significa que
haverá:
A. Imobilidade à incisão cirúrgica.
B. Probabilidade de 60% de estar acordado.
C. Probabilidade de responder ao comando verbal de 40%.
D. Menos de 1% de probabilidade de ter lembranças
de eventos intraoperatórios

A

Resposta: D
Justificativa: O monitor BIS mede a profundidade da hipnose e seu valor, pode ser utilizada para prever a probabilidade de que um paciente estar acordado, responsivo ou ter um recall em um determinado ponto no tempo. O valor BIS não é uma medida da probabilidade de movimento ou da magnitute de estímulos nocivos que requerem tratamento com opióides. Durante a cirurgia, o valor típico alvo do BIS é entre 40 e
60. Com um valor de BIS de 60, a probabilidade de resposta ao comando verbal é de cerca de 20%, enquanto a probabilidade de recall é inferior a 1%

26
Q

Homem de 48 anos, 85 kg e 1,70 m é submetido
à ressecção de malformação arteriovenosa cerebral (MAV) em lobo temporal direito. Após a exclusão da MAV, a monitorização neurofisiológica mostra redução da amplitude e aumento da latência do potencial evocado
motor no dimídio esquerdo. A fisiopatologia que melhor justifica esse achado é o(a):
A. Isquemia da cápsula interna.
B. Isquemia dos núcleos da base.
C. Edema citotóxico do córtex motor cerebral.
D. Edema hiperêmico dos tratos motores descendentes.

A

Resposta: D

Justificativa: Situações patológicas podem romper a autorregulação, incluindo tumores, trauma, acidente vascular cerebral, malformações vasculares como as
MAVs e a ruptura de aneurismas intracranianos. Um problema específico das MAVs é o fenômeno de quebra da pressão de perfusão ou disautorregulação cerebral.
É caracterizado pelo ingurgitamento do cérebro e tende a ocorrer na cirurgia de grandes MAVs, podendo ser causa de edema cerebral significativo. A localização temporal direita da lesão sugere a ocorrência deste evento na substância branca correspondente aos tratos descendentes provenientes do córtex motor cerebral