Anestésicos Venosos Flashcards

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1
Q

O propofol (2,3-di-isopropilfenol) é um … com propriedades hipnóticas. Esse grupo farmacológico é composto de
substâncias insolúveis em solução aquosa, porém altamente lipossolúveis em temperatura ambiente. O propofol é preparado em solução a 1% em emulsão leitosa branca, que é constituída de 10% de óleo de soja, 2,25% de glicerol e 1,2% de fosfato purificado de ovos.
Essa solução tem pH de 7, sendo discretamente viscosa,
estável à luz solar e à temperatura ambiente, podendo ser diluída em…
Os pacientes alérgicos a ovos não são necessariamente alérgicos ao propofol, porque esse tipo de reação costuma estar relacionado com a fração …

A

alcalifenol

solução glicosada a 5% ou salina a 0,9%

albumina do ovo

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2
Q

A t½ke0 do propofol é de … minutos, o que faz o seu equilíbrio entre a concentração plasmática e no sítio efetor ocorrer de forma relativamente …
Conforme definição farmacológica, uma substância alcança o seu equilíbrio entre esses dois compartimentos quando completa … vezes a sua t½ke0.
Assim, no caso do propofol, esse tempo está situado entre … minutos sempre que o método de infusão tiver como alvo uma dada concentração plasmática.

Quando altas doses são administradas rapidamente, a exemplo de quando se injetam doses de 2 a 2,5 mg/kg em bólus, esse tempo é diminuído para menos da metade, pois as concentrações plasmáticas obtidas com doses como as citadas resultam em concentrações plasmáticas entre 10 e 12 mcg/mL (3-4 vezes maiores do que o necessário para a
perda da consciência em 50% dos pacientes)

A

2,6

lenta

4,32

8 e 10

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3
Q

Os modelos farmacocinéticos tricompartimentais evidenciam uma meia-vida rápida (π) e lenta (α) de distribuição para
o propofol de 1 a 8 minutos e 30 a 70 minutos, respectivamente, e uma meia-vida de eliminação (β) de … Esse longo tempo de eliminação é indicativo da presença de um compartimento profundo com perfusão limitada, fato que resulta em retorno lento do propofol para o compartimento central. Devido à rápida depuração desse fármaco do compartimento central, seu lento retorno a partir de compartimentos profundos não interfere de maneira significativa na queda inicial rápida da concentração sérica de propofol. Uma evidência disso é a meia-vida contexto-sensível do propofol menor do que … após uma infusão contínua do fármaco por um período de 8 horas. Como a queda na concentração sérica de propofol necessária para o despertar dos pacientes é geralmente menor do que …, essa recuperação permanece rápida, mesmo após longos períodos de infusão contínua

A

4 a 24 horas

40 minutos

50%

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4
Q

O propofol é metabolizado primariamente por meio de … com glicuronídeos e sulfatos – reações hepáticas de
fase … –, resultando em metabólitos inativos, os quais são eliminados rapidamente pela urina. Menos de 1% é eliminado de forma in natura pela urina, sendo 2% eliminados pelas fezes.
O propofol, diferentemente das substâncias que causam indução enzimática por meio das reações hepáticas de fase …, altera muito pouco as enzimas do complexo citocromo P450

A

conjugação

II

I

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5
Q

A depuração de eliminação do propofol é … que o fluxo sanguíneo hepático (1.500 mL⋅min−1). Estudos com cateterização da veia hepática, com o objetivo de avaliar a depuração hepática do propofol, mostram que somente a metade da depuração total foi realizada por essa via, sendo que a outra metade é realizada de maneira …

A

maior

extra-hepática

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6
Q

Os idosos, comparados com os adultos jovens, apresentam … na depuração do propofol, porém um … volume no compartimento central.
Já as crianças têm … volume no compartimento central (50%) e depuração … elevada (25%) do que os adultos.
As mulheres têm volume de distribuição e depuração … do que os homens, porém meia-vida de eliminação …

A

diminuição

menor

maior

mais

mais elevados

semelhante

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7
Q

As doenças hepáticas parecem implicar tempo … para
atingir uma situação de equilíbrio na concentração do fármaco no compartimento central por causa …
Nessa situação clínica, a depuração do propofol … e a meia-vida de eliminação é …

As doenças renais … a farmacocinética do propofol.

A

maior

do maior volume desse compartimento nos hepatopatas

não é alterada

discretamente elevada

não alteram

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8
Q

No período de indução anestésica com propofol, podem
aparecer algumas alterações do tipo contrações tônico-clônicas, que parecem estar relacionadas com o antagonismo à … e com a consequente ativação do sistema … em nível subcortical

A

glicina

extrapiramidal

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9
Q

O propofol … o fluxo sanguíneo cerebral e o consumo cerebral de oxigênio de forma paralela e de maneira
dose-dependente.
A reatividade vascular cerebral ao dióxido de carbono
(CO2) é …

A

diminui

preservada

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10
Q

O propofol … a pressão do líquido cefalorraquidiano
(LCR) e … a resistência vascular cerebral em pacientes submetidos à craniotomia, com ou sem hipertensão intracraniana prévia

A

diminui

eleva

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11
Q

Efeito do propofol na pressão intraocular

A

O propofol reduz a pressão intraocular e previne sua elevação pela administração de uma segunda dose imediatamente antes da realização das manobras de intubação traqueal e da administração de succinilcolina

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12
Q

Como o propofol afeta o sistema respiratório?

A

O propofol é um depressor respiratório de ação central que deprime a frequência e a profundidade da respiração. Com frequência ocorrem períodos de apneia após a administração de doses de indução de propofol, sendo mais comuns em pacientes ventilados com oxigênio a 100% ou hiperventilados

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13
Q

O reflexo vasoconstritor pulmonar hipóxico é …
durante a infusão de propofol em cirurgia com ventilação monopulmonar, aspecto em que difere dos anestésicos inalatórios, que causam … do reflexo de vasoconstrição
pulmonar hipóxica quando usados em concentrações inspiradas acima de 1 concentração alveolar mínima (CAM)

A

preservado

inibição importante

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14
Q

Como o propofol afeta o sistema cardiovascular?

A

O propofol é o mais potente depressor cardiovascular de todos os anestésicos venosos aqui estudados, sendo esta a principal desvantagem para utilização clínica. Ele diminui o débito cardíaco, a resistência vascular sistêmica, a pressão arterial sistêmica (sistólica e diastólica) e o volume sistólico de ejeção. Concomitantemente, deprime a contratilidade miocárdica de maneira dose-dependente.

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15
Q

O propofol eleva a vagotonicidade, podendo ser a causa de intensa bradicardia, sobremaneira quando combinado com fármacos vagotônicos, como os opioides e a succinilcolina. O melhor anticolinérgico para evitar a bradicardia, nesse caso, é o …, que, no entanto, não faz a profilaxia da hipotensão
arterial. O propofol não tem atividade arritmogênica

A

glicopirrolato

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16
Q

A atividade antiemética já pode ser notada com doses sub­
-hipnóticas de propofol (… em bólus intravenoso o [IV]), que têm sido bem-sucedidas no tratamento desses sintomas.
Em situações de naúseas e vômitos pós-quimioterapia, pode
ser usado em infusão contínua de …
Essas doses também têm sido empregadas com êxito no tratamento do prurido pós-colestase e do prurido pós-administração de opioides na raquianestesia

A

10 mg

1 mg/kg/min

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17
Q

O propofol … o efeito dos bloqueadores neuromusculares adespolarizantes ou despolarizantes

A

não potencializa

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18
Q

Como prevenir a dor durante a administração de propofol?

A

administração de lidocaína na dose de 0,2 mg/kg durante o uso de torniquete no membro e antes da administração de propofol

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19
Q

Dose do propofol na indução da anestesia geral

A

1 a 2,5 mg/kg IV, com redução da dose a partir dos 50 anos de idade

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20
Q

Dose do propofol para sedação

A

10 a 50 µg/kg/min

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21
Q

Dose do propofol para manutenção de anestesia

A

80 a 150 µg/kg/min IV com óxido nitroso ou
opioides

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22
Q

Quando uma bomba de infusão alvo-controlada é usada para administração do propofol, o
alvo de concentração plasmática normalmente empregado para sedação varia entre … dependendo da idade, do
estado físico e da associação de opioides.
As concentrações em anestesia geral variam entre…, mais uma vez variando de acordo com os fatores recém-citados

A

1 e 2,5 µg/mL

3 e 4 µg/mL

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23
Q

A principal característica físico-química que distingue o midazolam dos outros benzodiazepínicos é sua …

Esse fato diminui a incidência de irritação venosa (tromboflebites), como no caso do diazepam

A

hidrossolubilidade dependente do pH a que está submetido, isto é, em pH menor que 4, é um fármaco hidrossolúvel que dispensa a utilização de propilenoglicol para sua solubilização

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24
Q

Qual a meia vida contexto sensível do midazolam, usando-se o modele Schafer para manter concentrações plasmáticas de 70 a 110 ng/ml durante cerca de 1 hora?

A

35 a 40 min

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25
Q

Como ocorre o metabolismo do midazolam?

A

O midazolam é eliminado do plasma quase exclusivamente
pelo metabolismo; menos de 1% apenas é eliminado na forma in natura pela urina.
Os metabólitos hidroxilados são conjugados e, depois, eliminados pela urina. O metabólito l-hidroximidazolam é detectado no plasma em concentrações de 40 a 80% em relação à concentração do fármaco-mãe, sendo farmacologicamente ativo no nível do receptor benzodiazepínico. O l-hidroximidazolam acima de 60 ng⋅mL−1 em circulação pode ter uma atividade muito significativa no complexo receptor-canal iônico GABA-benzodiazepínico

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26
Q

Situações clínicas que alteram o metabolismo do midazolam (8)

A

1) Concentração de proteínas plasmáticas.
O midazolam, assim como o diazepam, é um fármaco muito ligado às proteínas plasmáticas, em especial à albumina

2) Gestação.
O volume de distribuição do midazolam costuma ser maior nas mulheres e fica aumentado durante a gestação

3) Obesidade.
A meia-vida de eliminação (t½β) desse fármaco está elevada na obesidade (2,7 para 8,4 horas) devido a um decréscimo na depuração e a um aumento no volume de distribuição

4) Insuficiência renal.
A insuficiência renal aguda aumenta o volume de distribuição do midazolam. Sua ligação às proteínas séricas alcança um percentual de 95%. A fração não ionizada desse fármaco eleva-se no paciente renal crônico, sem aumento da depuração do midazolam sérico livre

5) Insuficiência hepática.
Nos casos de cirrose, a depuração hepática do midazolam está diminuída. A depuração hepática do midazolam é aproximadamente 50% do fluxo sanguíneo hepático. Por isso, todos os fatores que alteram esse fluxo sanguíneo alteram a depuração. Essa elevada depuração hepática está associada a um importante metabolismo de primeira passagem antes de o fármaco entrar em circulação sistêmica

6) Uso de cimetidina.
A cimetidina reduz a depuração do midazolam pela inibição enzimática causada por esse fármaco.

7) Tabagismo.
O tabagismo aumenta a depuração do midazolam por indução enzimática.

8) Uso em pacientes cirúrgicos.
O procedimento cirúrgico em si tem pouca atividade sobre a distribuição, embora possa levar a um aumento na meia-vida de eliminação

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27
Q

Mecanismo de ação dos benzodiazepínicos

A

Os benzodiazepínicos têm propriedades hipnótico-sedativas,
ansiolíticas, amnésicas, anticonvulsivantes e relaxantes musculares por ação central. Essas atividades farmacodinâmicas são estabelecidas pela ligação com receptores específicos relacionados espacial e funcionalmente ao receptor GABA-A. Farmacologicamente, os agonistas promovem a abertura do canal de cloro, hiperpolarizando a membrana; os agonistas inversos,
ao contrário, inativam os canais de cloro, aumentando a excitabilidade neuronal; e os antagonistas, como o flumazenil, bloqueiam as ações tanto dos agonistas como dos agonistas inversos. Foram identificados até o momento dois subtipos de receptores benzodiazepínicos, tipo I e tipo II (também chamados BZ1 e BZ2), de acordo com sua sensibilidade de ligação com diferentes substâncias

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28
Q

Mecanismo de ação dos benzodiazepínicos

A

Os benzodiazepínicos têm propriedades hipnótico-sedativas,
ansiolíticas, amnésicas, anticonvulsivantes e relaxantes musculares por ação central. Essas atividades farmacodinâmicas são estabelecidas pela ligação com receptores específicos relacionados espacial e funcionalmente ao receptor GABA-A. Farmacologicamente, os agonistas promovem a abertura do canal de cloro, hiperpolarizando a membrana; os agonistas inversos,
ao contrário, inativam os canais de cloro, aumentando a excitabilidade neuronal; e os antagonistas, como o flumazenil, bloqueiam as ações tanto dos agonistas como dos agonistas inversos. Foram identificados até o momento dois subtipos de receptores benzodiazepínicos, tipo I e tipo II (também chamados BZ1 e BZ2), de acordo com sua sensibilidade de ligação com diferentes substâncias

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29
Q

Tempo para início de ação do midazolam e tempo para efeito máximo

A

Início: 2 min

Efeito máximo: 5-10 min

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30
Q

A dose de indução anestésica de midazolam, …, não produz inconsciência em todos os pacientes. Nesse caso, mais importante do que elevar a dose de midazolam é associar
outro hipnótico potente em doses baixas, como … mg de propofol ou 50 a 100 mg de tiopental, que completam a indução anestésica. Esses dois hipnóticos atuam sinergicamente com o midazolam.

O midazolam administrado na dose de … por via venosa antes da infusão de doses sedativas de propofol eleva a ansiólise, a sonolência e a amnésia, comparado com a utilização de uma infusão de propofol isolado

A

0,2 mg/kg

30 a 40

2 mg

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31
Q

Uma concentração efetiva (CE50) do midazolam para a amnésia tem sido identificada como de …
Essas concentrações podem ser alcançadas com doses de infusão contínuas entre …

A

64 a 81 ng/mL

1 e 1,5 mcg/kg/min

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32
Q

A administração de benzodiazepínicos está associada a mínimas alterações hemodinâmicas, mesmo quando combinada com opioides

V ou F

A

F

a administração pura de benzodiazepínicos está associada a mínimas alterações hemodinâmicas, mas sua administração combinada com opioides produz significativa depressão cardiovascular. A administração de midazolam com fentanil ou sufentanil pode resultar em decréscimo importante na pressão arterial sistêmica, mais intenso do que quando
o midazolam é usado de forma isolada. O mecanismo de tal
sinergismo de ação está relacionado com a queda da atividade adrenérgica (tônus simpático) que acompanha esse tipo de associação de fármacos

33
Q

Após a administração de midazolam nas doses de 50 a 150
mcg/kg.min, o volume corrente diminui e a frequência respiratória se eleva na mesma proporção, o que resulta em um aumento de apenas 10% na pressão parcial expirada de CO2.
A associação do midazolam com … bloqueia esse tipo de
compensação, não acontecendo a elevação da frequência respiratória secundária

A

opioides

34
Q

Os benzodiazepínicos tem a propriedade de causasr relaxamento muscular de origem central, devendo-se ter cuidado na associação de midazolam com outros BNM pela potencial interação

V ou F

A

F

Os benzodiazepínicos têm a propriedade de provocar relaxamento muscular de origem central, a qual tem sido postulada como uma atividade no nível de receptores de glicina no sistema nervoso central e na medula. Esses fármacos não alteram diretamente a fisiologia da junção mioneural.
O mizadolam não tem nenhuma interação com os bloqueadores neuromusculares, despolarizantes nem adespolarizantes.

35
Q

Em pacientes alcoolatras crônicos sem cirrose, deve-se utilizar doses maiores de benzodiazepínicos para obtenção do efeito desejado

V ou F

A

V

O álcool ingerido em quantidade suficiente para produzir tolerância cruzada com benzodiazepínicos pode abolir os efeitos sedativo-hipnóticos do diazepam em ratos. O fato sugere que em pacientes alcoólatras é necessário utilizar doses mais elevadas de benzodiazepínicos para atingir o mesmo nível de sedação obtido em pacientes normais.

36
Q

Um dos principais problemas na indução anestésica com
midazolam é …

A

a ampla variação na sensibilidade dos pacientes,
ou seja, a grande variabilidade nas respostas à dose de indução administrada, podendo ser superiores a 0,5 mg⋅kg−1 em pacientes não pré-medicados

37
Q

O midazolam pode ser utilizado como adjuvante na anestesia regional, podendo ser associado para sedar pacientes submetidos a bloqueios regionais neuroaxiais, sem alterar os reflexos compensatórios hemodinâmicos ou da via aérea superior.
Contudo, o midazolam administrado em doses que produzem sedação profunda (irresponsividade ao estímulo verbal e mecânico) tem sido arrolado como a causa de …

Em função disso, é uma recomendação formal a intensa vigilância durante essa associação de midazolam com níveis elevados de raquianestesia (intenso bloqueio simpático).

A

parada cardíaca inesperada durante anestesia subaracnóidea

38
Q

Dose flumazenil

A

A dose inicial recomendada é de 0,2 mg administrada por via intravenosa (I.V.) em 15 segundos. Se o grau desejado de consciência não é obtido em 60 segundos, uma segunda dose (0,1 mg) pode ser administrada.

Doses subseqüentes (0,1 mg) podem ser repetidas a intervalos de 60 segundos, se necessário, até a dose total de 1 mg

39
Q

O metabolismo do etomidato é hepático, por …

O índice de extração hepática é próximo de 1, sugerindo …

A

hidrólise do éster.

a contribuição de sítios extra-hepáticos de metabolismo (esterases plasmáticas) para a depuração plasmática

40
Q

Mecanismo de ação do etomidato

A

A ação primária do etomidato em nível central é a hipnose. O
etomidato potencializa o efeito inibitório do GABA sobre o receptor GABA-A, hiperpolarizando as membranas pós-sinápticas pelo aumento de condutância ao cloro. Ele age em receptores diferentes dos benzodiazepínicos, os quais são específicos

41
Q

Com a utilização de doses de 0,2 a 0,3 mg⋅kg−1 de etomidato, acontece … percentual do fluxo sanguíneo cerebral de 35% e do consumo cerebral de oxigênio de 45%, sem alteração da pressão arterial média

A

uma redução

42
Q

As contrações tônico-clônicas que aparecem com uso clínico do etomidato estão relacionadas com alterações na EEG

V ou F

A

F

As contrações tônico-clônicas que aparecem
com uso clínico do etomidato não estão relacionadas com alterações na EEG. Essas contrações parecem ser o resultado de um efeito liberador proveniente do nível medular

43
Q

A atividade endócrina específica do etomidato que resulta
em insuficiência suprarrenal é

A

uma inibição, dose-dependente e reversível, da enzima 11β-hidroxilase, a qual converte o 11-deoxicortisol em cortisol e, em menor intensidade, uma atividade inibitória sobre a 17α-hidroxilase.
Essa atividade causa elevação dos precursores do cortisol, como 11-deoxicortisol e 17-hidroxiprogesterona, bem como elevação de hormônio adrenocorticotrófico.

Essa inibição resulta na diminuição da ressíntese
de ácido ascórbico, o qual é necessário para a síntese de esteroides humanos

44
Q

O etomidato está associado a uma … incidência de náuseas e vômitos (…%)

A

elevada

30-40

45
Q

A cetamina é metabolizada no nível de um sistema enzimático microssomial hepático.
A via metabólica mais importante é a que envolve a n-desmetilação, a qual forma a … (metabólito I), posteriormente hidroxilada para originar a hidroxinorcetamina.

Esses produtos são conjugados aos … hidrossolúveis e excretados na urina.

O metabólito I pode ter uma atividade de …% da cetamina

A

norcetamina

glicuronídeos

20 a 30

46
Q

Mecanismo de ação da cetamina

A

A cetamina produz inconsciência e analgesia de maneira dose­-dependente. A anestesia gerada por sua administração é denominada anestesia dissociativa.

O principal sítio molecular de ação da cetamina é o receptor NMDA, no qual atua como um antagonista não competitivo. Além desse tipo de atividade, também reduz a liberação
pré-sináptica de glutamato. O antagonismo de receptores colinérgicos nicotínicos e muscarínicos pode ser outro mecanismo de ação da cetamina, com relevância clínica. Tem sido sugerido que a ação sobre os receptores nicotínicos pode ser a responsável pelos efeitos comportamentais secundários à utilização dessa substância.

47
Q

O sítio anatômico primário de ação da cetamina parece
ser o sistema de projeção …
Esse fármaco deprime seletivamente a atividade neuronal em algumas regiões do córtex (sobremaneira as áreas de associação/cognitivas) e do tálamo, enquanto, simultaneamente, estimula partes do sistema límbico, incluindo o hipocampo.
Esse tipo de atividade cria uma situação denominada …

A

talamoneocortical

desorganização funcional de vias não específicas em áreas mesencefálicas e talâmicas

48
Q

Tempo para início de ação e para efeito máximo da cetamina

A

Tempo de início de ação curto, em torno de 30 segundos.

O seu efeito máximo ocorre em 1 minuto

49
Q

Como a cetamina promove aumento da PIC? Cite uma forme de reduzir esse efeito

A

A elevação do fluxo sanguíneo cerebral, consequente ao
aumento do metabolismo cerebral, e a elevação do tônus adrenérgico sistêmico são as causas do aumento da pressão intracraniana, que acompanha a administração da cetamina. Esse tipo de atividade pode ser diminuído pela administração concomitante de tiopental ou benzodiazepínicos

50
Q

A cetamina pode causar reações psicológicas indesejáveis, as
quais ocorrem durante a fase de recuperação anestésica. Essas reações são denominadas reações de emergência e se caracterizam principalmente por …

Essas sensações costumam resultar em agitação psicomotora, confusão mental, euforia ou medo.

As manifestações ocorrem na maioria das vezes … pós-anestésica, durando pouco tempo

A

sonhos vívidos, sensações extracorpóreas (sensação de flutuar fora do corpo) e alucinações (interpretação errada do que é real)

dentro da primeira hora

51
Q

O isômero S(+) da cetamina promove uma incidência de
alterações psicomiméticas significativamente … quando
comparado a doses equipotentes do seu isômero R(–) isolado ou da sua mistura racêmica

A

menor

52
Q

A administração de cetamina resulta em elevação dos parâmetros hemodinâmicos, associando-se ao aumento do trabalho e do consumo de oxigênio pelo miocárdio. Essas alterações são dose-dependentes.

V ou F

A

F

As alterações hemodinâmicas não são relacionadas com
as doses administradas, isto é, não existe diferença nas respostas cardiovasculares entre a administração de uma dose de 0,5 ou 1,5 mg⋅kg−1 por via venosa. É também interessante notar que a administração da segunda dose desse fármaco apresenta menores efeitos cardiovasculares que a primeira

53
Q

As secreções salivares e brônquicas mucosas são … com a administração de cetamina, tornando necessário…

A

aumentadas

o uso profilático de atropina ou congênere

54
Q

A cetamina produz discreta elevação na glicemia, em
torno de …%, comparada com a produzida pelo halotano, que é de …%, ou a ocasionada pelo tiopental, ao redor de …%.

A

12

55

72

55
Q

A cetamina tem efeito semelhante ao do tiopental e
ao do etomidato no que se refere à pressão intraocular, ou seja, durante a indução anestésica ela … a pressão

A

diminui

56
Q

Alguns pacientes criticamente doentes reagem à administração de cetamina com súbita queda do débito cardíaco e hipotensão arterial grave. A explicação para esse fenômeno é …

A

a depleção de catecolaminas e a exaustão do sistema nervoso adrenérgico, predominando assim o efeito depressor do fármaco

57
Q

A cetamina é o fármaco de eleição para indução de
anestesia geral em pacientes obstétricas durante …

A

síndromes hemorrágicas

58
Q

Dose da cetamina para indução anestésica

A

Usam-se doses de 0,5 a 1,5 mg⋅kg−1 IV ou 4 a 6 mg⋅kg−1 IM.

A dose deve ser diminuída se utilizada em associação com tiopental (1-2 mg⋅kg−1), midazolam (0,075-0,15 mg⋅kg−1) ou propofol (0,75-1,5 mg⋅kg−1) ou em pacientes criticamente doentes ou idosos

59
Q

Contraindicações ao uso da cetamina

A
  • portadores de hipertensão intracraniana ou lesões expansivas intracranianas
  • doença isquêmica coronariana grave
  • aneurismas cerebrais
  • doenças psiquiátricas compensadas ou descompensadas
60
Q

Os receptores … ou receptores morfinomiméticos são os
principais responsáveis pela analgesia gerada em nível supramedular.
Assim, a ativação de uma subpopulação denominada
receptores … resulta em analgesia. Por outro lado, a ativação de receptores … gera depressão respiratória, bradicardia, sedação, dependência física e euforia.

A

µ

µ1

µ2

61
Q

Principal agonista endógeno dos receptores Mu

A

β-endorfina

62
Q

A analgesia e a sedação, sem depressão respiratória significativa, estão relacionadas com a ativação de receptores opioides do subtipo …

Os opioides agonistas/antagonistas atuam principalmente por meio desse tipo de receptor.

Esses receptores estão localizados basicamente no córtex cerebral, enquanto os receptores µ estão essencialmente distribuídos pelo …

A

κ (capa)

neuroeixo

63
Q

A ativação de receptores opioides θ (teta) ou ν (nü) resulta em …

A

sintomas excitatórios do sistema nervoso, como disforia, hipertonia, alucinações, taquicardia, hipertensão arterial
e taquipneia.

64
Q

Como o fentanil, sufentanil e alfentanil afetam a PIC?

A

O fentanil, em doses clínicas elevadas, causa reduções
no fluxo sanguíneo cerebral e no consumo cerebral de oxigênio em torno de 50% e de 35% respectivamente. O sufentanil ocasiona alterações semelhantes às causadas pelo fentanil. O fentanil e o sufentanil não alteram a absorção de LCR, mas diminuem sua produção. Por esses motivos, podem ser recomendados para cirurgia de portadores de doenças que elevam a pressão intracraniana. Entretanto, o sufentanil e o alfentanil podem elevar a pressão do LCR em pacientes portadores de tumores cerebrais, ao passo que o fentanil, não. O mecanismo responsável por essa diferença sobre a pressão intracraniana não está explicado

65
Q

A infusão rápida ou o emprego de doses muito altas aumentam a incidência de rigidez toracica associada aos opioides, que é mais elevada com uso de …

A

alfentanil do que com fentanil e sufentanil.

66
Q

O remifentanil é rapidamente metabolizado mediante hidrólise por …

A

esterases inespecíficas plasmáticas e tissulares

67
Q

O tempo necessário para que a concentração plasmática do remifentanil se reduza em 50%
após um período de infusão contínua (meia-vida contexto-sensível) é de … minutos

A

3 a 5

68
Q

O remifentanil atende às exigências da neurocirurgia e não altera a pressão intracraniana, nem o tônus vascular cerebral, não tendo influência, portanto, nas situações clínicas em que existe diminuição da complacência intracraniana
V ou F

A

V

69
Q

O remifentanil é um analgésico potente, com início rápido de
ação. O efeito analgésico guarda íntima correlação com a dose empregada, sendo que seu efeito máximo em doses clínicas ocorre após … minutos de sua administração

A

1 a 3

70
Q

Como a nefropatia interfere no acúmulo de metabólitos do remifentanil?

A

O acúmulo do principal metabólito do remifentanil,
GR 90291, é 200 vezes maior do que o do fármaco principal
em pacientes com insuficiência renal quando comparado com pacientes normais, nos quais o acúmulo é de somente sete vezes em relação ao remifentanil. Entretanto, como o GR 90291 é 4.600 vezes menos potente do que o remifentanil, há pouca probabilidade de que ocorra acúmulo de concentrações clinicamente significativas desse metabólito mesmo após infusões de 2 mg⋅kg−1⋅min−1 por períodos de até 12 horas

71
Q

Considerações em relação ao uso de remifentanil e idosos

A

A farmacologia do remifentanil está ligeiramente alterada no
idoso. Esse fato se exacerba a partir dos 65 anos de idade.
Como consequência, é recomendável que a dose de remifentanil seja reduzida em 50%, com titulação subsequente de acordo com as necessidades específicas do paciente

72
Q

Recomenda-se que as doses de remifentanil para pacientes obesos ou morbidamente obesos sejam baseadas em seu peso …

A

ideal

73
Q

Como ocorre redução moderada a alta na depuração do remifentanil ao longo do período de hipotermia induzida
durante a circulação extracorpórea, sua dose deve ser ajustada de acordo com o tempo de hipotermia planejado

A

embora ocorra redução moderada na depuração do remifentanil ao longo do período de hipotermia induzida
durante a circulação extracorpórea, ele pode ser administrado com segurança nesses pacientes, sem a necessidade de ajustes de doses

74
Q

Descreva como é feito o ajuste da dose do remifentanil em paciente que apresentam deficiência de colinesterases plasmática

A

O remifentanil é metabolizado por esterases inespecíficas plasmáticas e tissulares, mas não pela colinesterase plasmática. Assim, não há necessidade de ajuste posológico em pacientes com esse tipo de deficiência

75
Q

O subgrupo dos receptores a2-adrenérgicos responsável
pela mediação da atividade sedativa e analgésica é o receptor …; já os efeitos cardiovasculares são mediados
pelo …

A

a2A-adrenérgico

a2B

76
Q

Vantagens do uso de agonistas a2-adrenérgicos na anestesia

A
  • Menor necessidade de anestésicos (venosos ou inalatórios).
  • Recuperação pós-anestésica mais precoce.
  • Menor necessidade de analgésicos no pós-operatório.
  • Menor tempo de permanência na sala de recuperação pós­
    -anestésica.
77
Q

Os antagonistas a2-adrenérgicos (…) revertem
efetivamente os efeitos sedativos e hemodinâmicos da dexmedetomidina em experimentação em voluntários humanos

A

atipamezol

78
Q

Mulher de 33 anos, 55 kg e 1,55 m será submetida à
discectomia lombar percutânea com sedação e infiltração de anestésico local. Dexmedetomidina, na dose de 8 μg·kg–1·h–1 por 10 minutos, seguida de 0,5 μg·kg–1·h–1 para manutenção foi utilizada para a sedação. Após 15 minutos de infusão da medicação cursa com hipertensão arterial sistêmica e bradicardia. Esse evento pode ser explicado pelo(a):
A. Ativação do locus ceruleos.
B. Agonismo alfa-2 adrenérgico pós-sináptico.
C. Agonismo alfa-1 adrenérgico pré-sináptico.
D. Ativação ganglionar simpática paravertebral.

A

Resposta: B
Justificativa: As reações adversas hemodinâmicas mais comuns associadas ao uso de dexmedetomidina são hipotensão (30%), hipertensão (12%) e bradicardia
(9%). O aumento inicial da pressão arterial é provavelmente causado pelo efeito vasoconstritor do fármaco no receptor alfa‑2 adrenérgico pós‑sináptico vascular

79
Q

Mulher 32 anos, 68 kg e 1,58 m, previamente hígida é
submetida à lipoabdominoplastia sob anestesia peridural e sedação com dexmedetomidina. Após 6 horas de procedimento, a paciente passa a não responder a doses intermitentes de efedrina (dose total 75 mg). A provável
explicação para esse fato é a ocorrência de:
A. Aumento do AMP cíclico na musculatura lisa vascular.
B. Esgotamento de vesículas noradrérgicas pré-sinápticas.
C. Feedback negativo pelo estímulo α-2 adrenérgico pré-sináptico.
D. Redução da afinidade à noradrenalina do
receptor α-1 adrenérgico pós-sináptico.

A

Resposta: B
Justificativa: A efedrina é um fármaco vasopressor de ação simpatomimética indireta, que estimula receptores α e β adrenérgicos. Os efeitos farmacológicos da efedrina são consequentes à estimulação dos receptores adrenérgicos (ação direta) e à liberação de noradrenalina (ação indireta). O efeito vasopressor apresentado pela efedrina por meio da vasoconstrição periférica ocorre com a
liberação da noradrenalina nos terminais adrenérgicos pré‑sinápticos. Nesta paciente em questão, o uso concomitante da dexmedetomidina, um fármaco
α2 agonista com seletividade de 1602:1, promove por meio de feedback negativo o bloqueio da liberação de noradrenalina dos terminais adrenérgicos pré‑sinápticos,
desencadeando a diminuição do efluxo simpático e esgotamento adrenérgico