MIOMATOSE Flashcards

1
Q

Epidemiologia:

A
  • 50 a 80% das mulheres no menacme
  • Múltiplos em 2/3 dos casos
  • Idade + prevalente: 35 a 50a
  • Indicação + frequente de histerectomia (2/3 dos casos)
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2
Q

Classificação FIGO:

A
  • Tipo 0: intracavitário pediculado
  • Tipo 1: Submucoso (< 50% intramural)
  • Tipo 2: Submucoso (≥ 50% intramural)
  • Tipo 3: Intramural, tangenciando o endométrio
  • Tipo 4: Intramural
  • Tipo 5: Subseroso (≥ 50% intramural)
  • Tipo 6: Subseroso (< 50% intramural)
  • Tipo 7: Subseroso pediculado
  • Tipo 8: Outros (ex. cervical parasita)
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3
Q

Histologia miomas:

A
  • Tumores monoclonais
  • Cada mioma deriva de um único miócito
  • Múltiplos tem origem independente
  • Arredondados, fibroelásticos e esbranquiçados
  • Possuem pseudocápsula - facilita descola o mioma do resto do útero (plano de clivagem)
  • Raras mitoses: diferente do leiomiossarcoma
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4
Q

Fisiopatologia:

A
  • Apresentam receptores:
    1) Estrógeno (mais receptores que o miométrio)
    2) Progesterona: inibe apoptose e aumenta proliferação
  • Apresentam aromatase: androgênio -> estrogênio - produz estrógeno para ele mesmo
  • Miomas convertem:
    1) Menos estradiol em estrona
    2) Mais estrona em estradiol (mais potente)
    3) Resultado: mais estrógeno potente (estradiol) - maior estímulo estrogênico p/ formação
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5
Q

Degeneração

A

Substituição do tecido miomatoso por outro tipo de tecido ou substância:
1) Hialina: degeneração mais comum
2) Calcificada: comum após menopausa (hipoestrogenismo e falta de suprimento sanguíneo)
3) Cística: liquefação da degeneração hiliana - forma cistos
4) Mixóide (mucoide): cistos de material gelatinoso
5) Rubra ou vermelha (necrobiose asséptica): infarto hemorrágico do mioma - mais comum durante o ciclo gravídico puerperal ou durante uso de pílula anticoncepcional ou GnRH
6) Gordurosa: substituição por tecido gorduro (menos frequente)
7) Sarcomatosa: rara (0,1 a 0,6%) - mal prognóstico: crescimento rápido, + comum na pós-menopausa

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6
Q

Fatores de risco - miomatose uterina:

A
  • Idade 35-50 anos
  • Raça negra (+ miomas, + cedo)
  • História familiar
  • Menarca precoce (maior estímulo estrogênico)
  • Obesidade (maior aromatização)
  • Nuliparidade (maior estímulo estrogênico)
  • Álcool e carnes vermelhas
  • Hipertensão arterial
  • Exposição intraútero ao dietilestilbestrol
  • Exposição à inseticida difenil-dicloro-eteno
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7
Q

Fatores de proteção - miomatose uterina:

A
  • Multípara: diminui 15% p/ cada gestação
  • ACO: reduz ~ 15% do risco a cada 5 anos de uso
  • Tabagismo: reduz ~ 15% no risco c/ consumo de 10 cigarros/dia
  • Prática de atividade física e perda de peso
  • Prevenção de deficiência de vit. D e consumo de vit. A
  • Consumo de vegetais verdes e frutas cítricas
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8
Q

Quadro clínico:

A
  • Pouco mais de 50% são ASSINTOMÁTICAS
  • Sintoma + frequente: SUA
    1) Submucoso: metrorragia (sangramento o mês inteiro)
    2) Intramural: hipermenorragia (sangramento prolongado - > 8 dias - ou volume aumentado) + coágulos
    3) Subseroso: dor pélvica/sintomas compressivo - maioria é ASSINTOMÁTICA
  • Sintomas menos frequentes: alterações intestinais e/ou urinárias, infertilidade, abortamento de repetição
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9
Q

Exame físico:

A

Massa palpável hipogástrico (útero)
- Aumento do volume uterino
- Consistência fibroelástica
- Contornos: lobulados/bocelados
- Mobilizado por meio do toque vaginal bimanual

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10
Q

Diagnóstico (USG e histerossonografia):

A
  • USG: exame de imagem de 1ª escolha
    1) Nódulo hipoecogênicos, pode ter calcificações
    2) Vascularização periférica (Doppler) - diferenciar do pólipo que possui pedículo vascular central
  • Histerossonografia (USG + SF 0,9% no interior do útero):
    1) Pode avaliar profundidade da lesão
    2) Planejamento da miomectomia histeroscópica
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11
Q

Diagnóstico (RM)

A
  • Indicações de RM na investigação de miomatose:
    1) Planejamento pré-operatório do tto cirúrgico conservador (miomectomia)
    2) Planejamento da embolização das artérias uterinas
    3) Diferenciar: leiomiomatose x endometriose x adenomiose
    4) Avaliação dos casos c/ volume uterino grande (> 375 cm³) ou miomas múltiplos
    5) Avaliação dos casos c/ degeneração e possibilidade de diferenciar do sarcoma
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12
Q

Diagnósticos diferenciais:

A
  • Provocam SUA
    1) Pólipos: não aumentam volume uterino
    2) Adenomiose: pode aumenta volume, porém tem superfície lisa, macia
    3) Tumores malignos, aborto/gravidez
  • Provocam dor pélvica:
    1) Tumores anexiais
    2) Endometriose: não causa SUA
    3) Infecção urinária
    4) Doenças intestinais
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13
Q

Tratamento - fatores à considerar:

A
  • Sintomática x assintomática
    1) Assintomática: expectante
  • Idade da paciente
    1) Próximo da menopausa: tentar tratamento clínico até menopausa - “empurrar até hipoestrogenismo”
  • Número, tamanho, localização dos miomas
  • Futuro reprodutivo
  • Tratamentos prévios: refratariedade
  • Comorbidades: contraindicações aos tratamentos
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14
Q

Tratamento clínico:

A
  • Não hormonais
    1) AINES: ácido mefenâmico, naproxeno
    2) Antifibrinolítico: acido tranexâmico
  • Hormonais:
    1) ACHO: diversos - atrofia endometrial
    2) Progestágeno: orais e injetáveis
    3) SIU levonorgestrel: mirena
    4) Agonistas parcial da progesterona (SPRMs): Acetato de Ulipristal - inibe proliferação e estimula apoptose
    5) Análogos do GnRH: goserrelina, leuprolide: provoca menopausa medicamentosa (não usado por > 6 a 12m)
  • Pode ser dado 3 meses antes de operar: reduz mioma, melhora sangramento -> melhor Hb/Ht -> facilita o tempo cirúrgico
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15
Q

Indicação p/ tratamento cirúrgico:

A
  • Recorrências
  • Falha do tratamento clínico
  • Escolha da paciente
  • Suspeita de malignidade (sarcoma)
  • Tratamento de infertilidade/abortos recorrentes
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16
Q

Tratamento cirúrgico conservador (miomectomia)

A
  • Submucoso: miomectomia histeroscópica
  • Parido ou cervical: miomectomia vaginal
  • Intramural ou subseroso (até 6 nódulos ou mioma <= 10cm): miomectomia laparoscopia
  • Intramural ou subseroso (múltiplos nódulos ou > 10 cm): miomectomia laparotômica
17
Q

Classificação dos mioma submocosos (ESGE):

A
  • Sociedade Europeia de Cirurgia Endoscópica
  • G0: protuso na cavidade uterina - ótimo p/ via histeroscópica
  • G1: maior porção na cavidade uterina - possível histeroscopia, porém é bom fazer análogo do GnRH antes para facilitar
  • G2: maior porção no miométrio: > 50% intramural - laparoscopia ou laparotomia
18
Q

Miomectomia histeroscópica: classificação de LASMAR/Step = W:

A

Critérios do escores:
1) Penetração no miométrio: 0 (0) // < 50% (1) // > 50% (2)
2) Tamanho: < 2 cm (0) // > 2cm a 5 cm (1) // > 5cm (2)
3) Largura da base: < 1/3 (0) // 1/3 a 2/3 (1) // > 2/3 (2)
4) Terço do útero: inferior (0) // médio (1) // superior (2)
5) Parede lateral: +1 (0) // +1 (1) // +1 (2)

Clássificação:
1) Grupo I (0 a 4): miomectomia histeroscópica c/ baixa complexidade
2) Grupo II (5 a 6): miomectomia histeroscópica complexa (considerar preparo c/ análogo do GnRH e/ou cirurgia em 2 tempos)
3) Grupo III (7 a 9): indicar outra técnica não histeroscópica

19
Q

Indicações da embolização de artérias uterinas:

A

Racional: impedir vascularização do mioma e “matar” de fome

  • Falha de tratamentos prévios
  • Recorrências
  • Paciente s/ condições p/ tratamento cirúrgico
  • Escolha da paciente
  • Preservar o futuro reprodutivo (quando miomectomia não é possível)
  • Casos complexos, c/ anatomia comprometida e risco considerável na histerectomia
20
Q

Contraindicação de embolização de artérias uterinas - ABSOLUTAS:

A
  • Grávidas
  • Infecção ativa em útero ou anexos
  • Suspeita de CA no trato genital
21
Q

Contraindicação de embolização de artérias uterinas - RELATIVAS:

A
  • Coagulopatia: complicações hemorrágicas
  • Disfunção renal: efeitos renais do contraste
  • Desejo de gestar futuro: complicações em gravidez futuras, pode desnutrir os ovários (infertilidade)
  • Tamanho do útero > 20 a 24s: dificuldade embolização
  • Salpingectomia ou salpingooforectomia prévia: anatomia alterada
  • Radioterapia prévia: anatomia arterial alterada
  • Uso concomitante de agonista do GnRH: atrapalha embolização
  • Leiomioma submucoso ou subseroso pedunculado: necrose causa deslocamento
  • Hidrossalpinge volumosa: maior risco de infecção
  • Alergia intensa ao contraste: risco de reação alérgica
22
Q

conservadora

asd

A

asdasdasdas

23
Q

conservadorea

A

asdasdasdasd

24
Q

conservadora

A

asdasdasda

25
Q

Tratamento cirúrgico definitivo (histerectomia):

A
  • Pacientes com prole constituída
  • Falha do tratamento clínico
  • Escolha da paciente
  • Suspeita de malignidade (Sarcoma)
26
Q

Contraindicações de histerectomia vaginal:

A

3 vias possíveis: vaginal, laparoscópia, laparotomia
Sempre terá preferencial via vaginal, menos invasiva - contraindicada:
- Suspeita de CA de colo ou endométrio
- Presença de lesões anexiais: via vaginal não dá acesso
- Endometriose pélvica ou história de DIP (risco de aderências, risco de complicação elevada)
- Útero > 300 cm³

27
Q

Quando retirar trompas e ovários

A

SEMPRE retirar as trompas:
1) Diminui câncer da trompas e ovários (semelhança histológica)
2) Diminui o risco de hidrossalpinge

Quando tirar os ovários:
1) Menopausa
2) Risco aumentada de CA de ovário (mutação BRCA)
3) Próximo da menopausa (~ 50a) - controverso