Lombalgia Flashcards

1
Q

Quais as 3 grandes etiologias de lombalgia?

A
  • musculoesquelética: > 95%
  • visceral (rim e via urinária) 2%
  • neoplasias: < 1 %
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2
Q

Qual a definição de osteoartrite?

A
  • doença degenerativa articular que cursa com destruição das cartilagens, lesão óssea subcondral e alteração da arquitetura óssea
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Q

Qual o paciente típico?

A
  • mulher
  • idosa
  • sobrepeso e obesidade
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4
Q

Qual a clínica?

A
  • Dor crônica que melhora com repouso geralmente uniarticular
  • rigidez protocinética que dura < 30 minutos
  • sem relação com alterações radiográficas
  • sem manifestações sistêmicas: anemia, aumento de marcadores inflamatórios
  • nódulos de Herbeden (IFD) e Bouchard (IFP)
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5
Q

Qual a característica do fator reumatoide?

A
  • pode estar positivo em até 20% dos pacientes em baixo títulos
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6
Q

Quais os achados a radiografia?

A
  • redução do espaço articular pela destruição cartilaginosa
  • esclerose subcondral
  • osteófitos
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7
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • clínica + radiografia típicos
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8
Q

Como fazer o tratamento?

A
  • fisioterapia com reforço muscular
  • perda de peso
  • Sintomáticos
  • artroscopia ou prótese casos avançados
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9
Q

Quais as opções de sintomáticos?

A
  • AINES
  • AINES tópicos
  • creme de capsaicina
  • duloxetina
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10
Q

Qual a definição da lombalgia mecânica idiopática?

A
  • espasmo muscular doloroso da região lombar
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11
Q

Qual a clínica?

A
  • dor aguda e súbita que dura em média 3-4 dias

- raramente irradia: pode irradiar para glúteo

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12
Q

Qual o diagnóstico?

A
  • exclusão
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13
Q

Qual o tratamento?

A
  • repouso e sintomáticos como analgésicos
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14
Q

Qual a anatomia do disco intervertebral?

A
  • se localiza entre dois corpos vertebrais consecutivos

- possui núcleo pulposo e ânulo fibroso

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15
Q

Qual a fisiopatologia?

A
  • ocorre degradação do ânulo fibroso com herniação do núcleo pulposo mais comumente em L4-L5 e L5-S1 com compressão das raízes nervosas
  • nem sempre o nível de herniação corresponde ao acometimento medular
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16
Q

Qual a clínica?

A
  • lombociatalgia com irradiação para membro inferior
  • cervicobraquialgia
  • perda de força muscular, hiporreflexia corresponde a raiz acometida
  • manobra de Lasegue e Lasegue cruzado positiva
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17
Q

Qual a correlação entre raiz acometida e sintomas?

A
  • C5: ombro e face anterior do braço, fraqueza do deltoide e bíceps e redução do reflexo biciptal
  • C6: face lateral do braço e antebraço, fraqueza de bíceps e braquiorradial e redução do reflexo braquiorradial
  • C7: face posterior do braço e antebraço, fraqueza do tríceps e redução do reflexo triciptal
  • L4: face anterior da coxa e perna, fraqueza do quadríceps e redução do reflexo patelar
  • L5: face lateral da coxa e perna, fraqueza do tibial anterior, sem alteração reflexógena
  • S1: faco posterior da coxa e perna, fraqueza do gastrocnêmico e redução do reflexo aquileu
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18
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • suspeita clínica + RNM
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19
Q

Como fazer o tratameto?

A
  • repouso relativo
  • AINES e analgésico
  • corticoide
  • cirurgia
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20
Q

Quais são as indicações cirúrgicas?

A
  • refratariedade clínica após 6 semanas
  • piora sintomática
  • síndrome da cauda equina (urgência): fraqueza, incontinência e anestesia em sela
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21
Q

O que é e qual a epidemiologia da espondilite anquilosante?

A
  • entesite autoimune ascendente

- homens jovens com média de 23 anos

22
Q

Qual a lesão inicial e progressão?

A
  • sacroileíte com ascensão e fusão articular (união das vértebras)
23
Q

Qual a clínica?

A
  • lombalgia de ritmo inflamatório, piora pela manhã e ao repouso
  • rigidez matinal usualmente maior que 1 hora
  • posição do esquiador
  • uveíte anterior: manifestação extra-articular mais comum
  • insuficiência aórtica
  • sinovite e entesite de outras articulações (calcâneo)
  • teste de Schober positivo
24
Q

Como fazer o diagnóstico? E o aspecto a imagem?

A
  • clínica > 3 meses + imagem
  • sacroileíte com redução do espaço articular e neoformação óssea
  • HLA-B27 positivo, FR e anti-CCP negativos
25
Q

Como fazer o tratamento?

A
  • interromper tabagismo
  • AINES
  • anti-TNF alfa: infliximabe
  • anti-IL 17: secuquinumabe
26
Q

Qual a definição e epidemiologia do mieloma múltiplo?

A
  • tumor de plasmócitos que produzem excesso de anti-corpos

- homem negro e idoso

27
Q

Qual a estrutura do anti-corpo?

A
  • cadeia leve: dá a especificidade do anti-corpo

- cadeia pesada: ancora a leve, tem 5 tipos: A, D, E, G, M

28
Q

Quais os padrões da prova de eletroforese de proteínas?

A
  • normal: altos títulos de albumina e títulos menores das frações de globulina (alfa 1 e 2, ß e gama)
  • inflamação: aumento da fração policlonal gama com base larga e menor que albumina
  • mieloma: aumento intenso da fração gama (componente M ou paraproteína) com base estreita. Gamopatia monoclonal
29
Q

Qual a clínica do mieloma (CARO)

A
  • cálcio: hipercalcemia pelas lesões ósseas líticas. Diarreia, confusão mental, poliúria
  • anemia: pela invasão neoplásica e inflamação
  • rim: insuficiência renal pela nefrocalcinose, proteína de Bence-Jones, hiperuricemia e amiloidose
  • osso: dor óssea com lesões lítica. FA e cintilografia normal pois os osteoblastos estão paralisados
30
Q

Qual a principal complicação da nefropatia pela proteína de Bence-Jones?

A
  • desenvolvimento da síndrome de Fanconi

- glicosúria, hiperuricosúria, bicarbonatúria, fosfatúria

31
Q

Quando suspeitar do desenvolvimento da amiloidose primária de cadeia leve?

A
  • paciente com mieloma múltiplo

- IRA com proteinúria nefrótica, macroglossia e ICC

32
Q

Quais são outros possíveis achados do mieloma múltiplo?

A
  • VHS e PCR aumentados
  • compressão de raízes nervosas
  • hemácias em rouleaux
  • imunossupressão e predisposição a infecções
33
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • histopatológico de medula com ≥ 10% de plasmócitos ou plasmocitoma + algum do CARO
  • histopatológico com ≥ 60% de plasmócitos somente
34
Q

Quais as variantes?

A
  • mieloma indolente: biópsia com ≥10% mas sem CARO

- mieloma não secretor: biópsia ≥10%, CARO mas sem gamopatia monoclonal (componente M)

35
Q

Como avaliar prognóstico?

A
  • através da ß2-globulina: quanto maior pior
36
Q

Como fazer o tratamento? Quais indicações de tx de MO?

A
  • quimioterapia: RVD (levalinomida, bortezomib e dexametasona, pode associar plasmaférese junto
  • transplante autólogo de MO: boa resposta a QT e < 76 anos
37
Q

Quais são os 3 perfis de pacientes com nefrolitíase?

A
  • homem de 20-40 que hidrata mal
  • mulher com ITU de repetição
  • homem idoso com hiperuricemia
38
Q

Quais são os tipos de cálculo?

A
  • oxalato de cálcio
  • estruvita ou amônio magnesiano
  • ácido úrico
39
Q

Quais as características do oxalato de cálcio?

A
  • mais comum

- associado a hipercalciúria idiopática > 250mg/dia (sem hipercalcemia)

40
Q

Quais a características do estruvita?

A
  • 2º mais comum
  • associado a ITU por bacterias produtoras de urease como Proteus e Klebsiella
  • urina alcalina
41
Q

Quais as características do cálculo de ácido úrico?

A
  • pacientes com uricosúria e urina ácida
42
Q

Qual o quadro clínico?

A
  • maioria assintomática

- pode ter hematúria não dismórfica, dor lombar com irradiação para bolsa escrotal e grandes lábios

43
Q

Quais as complicações?

A
  • pielonefrite

- obstrução urinária (IRA pós-renal)

44
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • clínica mais imagem
  • TC sem contraste (padrão ouro)
  • USG em grávida em crianças: imagem hiperecogênica com sombra acústica posterior
45
Q

Como fazer a terapia aguda?

A
  • analgesia: não usar anti-espasmódicos. Preferência é AINES
  • hidratação: sem hiperhidratar
  • cálculo < 1cm: terapia expulsiva com alfa-bloqueador (tansulozina) que relaxa o ureter
46
Q

Quando indicar a intervenção urológica?

A
  • > 0,7- 1cm
  • refratário
  • recorrente
  • obstrução urinária com IRA
  • coraliforme
47
Q

Quando indicar LECO?

A
  • cálculo < 2cm
  • pelve e ureter proximal (exceto polo inferior
  • < 1000 UH
  • não fazer em grávida e AAA
48
Q

Quando indicar a nefrolitotomia percutânea?

A
  • cálculos proximais de polo inferior
  • > 1000UH
  • > 2 cm
49
Q

Quando indicar a ureteroscopia?

A
  • ureter médio e distal, atualmente até proximal

- tamanho não importa tanto

50
Q

Como tratar o cálculo complicado (infecção ou obstrução total da via)?

A
  • desobstrução urinária de urgência

- cateter duplo J ou nefrostomia percutânea

51
Q

Como fazer o tratamento crônico?

A

Oxalato:

  • não restringir cálcio, 1200 mg em média
  • restrição de sódio e proteína
  • HCTZ: impede a reabsorção de sódio no TCD, reduzindo cálciúria

Estruvita:

  • tratar a ITU e acidificar a urina
  • acido acetohidroxâmico (inibe a urease)

Ácido úrico:

  • restringir purinas da dieta
  • citrato de potássio
  • alopurinol