Coloprocto e bariátrica Flashcards
Quais os principais marcos anatômicos do ânus?
- linha pectínea: divide o canal anal em 2. Acima a mucosa, abaixo a anoderme
- plexo hemorroidário interno: acima da linha da pectínea, origina doença hemorroidária interna, não doi pois tem inervação visceral
- plexo hemorroidário externo: abaixo da linha pectínea, origina doença hemorroidária externa, doi
- criptas anais: abertura das glândulas de Chiari que lubrifica o canal analm tem trajeto transesfincteriano
Quais as causas da hemorroida?
- constipação (principal): ingurgitamento venoso do plexo e prolapso. Na doença externa dor periana pela trombose
- hipertensão porta
Qual a clínica da doença hemorroidária interna e externa?
- interna (3 plexos): sangramento indolor mais prolapso (incomoda ao sentar em cima) e prurido. É a mais comum
- externa: dor perianal pela trombose dos vasos com aspecto arroxeado
Como fazer o diagnóstico?
- clínica + anuscopia
Como fazer o tratamento da doença interna?
- 1ºgrau: sem prolapso. Tratamento com dieta rica em fibras e agua
- 2º grau: prolapso com redução expontânea. Trata com ligadura elástica ambulatorial
- 3º grau: prolapso redutível manualmente. Pode tentar ligadura ou hemorroidectomia se não resolver
- 4º grau: prolapso irredutível. Hemorroidectomia cirúrgica
Quais as técnicas da hemorroidectomia cirúrgica?
- Milligan-morgan: retira os 3 plexos (2 à direita e 1 à esquerda) internos e deixa aberto
- Fergusson: retira e fecha com pontos
Como tratar a doença hemorroidária externa?
- ≤72h: excisão cirúrgica com anestesia local
- > 72h: analgesia com banho de acento em água morna
Qual a fisiopatologia da fissura anal?
- lesão gera uma úlcera, que causa dor a evacuação levando a hipertonia esfincteriana. Essa gera um isquemia local perpetuando o processo
Quais os tipos de fissura anal?
- aguda: < 6 semanas
- crônica: ≥6 semanas
Qual a principal localização e clínica da fissura aguda?
- linha média posterior, depois anterior
- dor ao evacuar, sangue no papel higiênico (menos que hemorroida), aspecto avermelhado
Como diagnosticar e tratar?
- clínica + anuscopia
- pomadas de anestésico: lidocaína
- pomadas de diltiazem: trata a hipertonia
- pomadas de corticoide: trata a isquemia
Qual a clínica da fissura crônica?
- dor ao evacuar
- plicoma anal sentinela e papilite hipertrófica
- não resolve com tratamento clínico
Como tratar a fissura crônica?
- esfincterotomia lateral interna: relaxa o esfíncter e acaba com o processo. Pode tentar pomada de diltiazem primeiro
- em pacientes com manometria retal normal, não faz cirurgia
Qual a fisiopatologia do abcesso anorretal?
- obstrução e infecção das glândulas de Chiari de maneira idiopática na maioria das vezes
Quais os tipos de abcesso?
- tipo 1 (interesfincteriano): geralmente origina o processo, região tensa, tende a sair dali originando os outros tipsos
- tipo 2 (perianal): abaulamento da região com sinais flogísticos. Mais comum de todos e mais facil de diagnosticar
- tipo 3 (supraelevador): abcesso vai para cima do músculo elevador do ânus na pelve.
- tipo 4 (isquirretal): ultrapassa o esfíncter externo e vai para nádega
Qual a clínica e diagnóstico diferencial?
- dor e abaulamento com sinais flogísticos
- tipo 3 faz diagnóstico diferencial com diverticulite complicada
Como fazer o diangóstico?
- clínica
- RM em caso de dúvida
Como fazer o tratamento?
- drenagem imediata
- ATB se sinais sistêmicos como febre ou leucocitose
O que é a fístula anorretal?
- processo de cronificação do abcesso com drenagem espontânea
Quais os tipos de fístula?
Fístulas simples:
- interesfincteriana: drenagem dos abcessos perianais. Mais comum
- transesfincteriana: drenagem para a nadega
Fístulas complexas:
- supraesfincteriana: drenagem do abcesso supraelevador, mais longe do ânus que as simples
- extraesfincteriana: drenagem anômala iatrogênica muito afastada do ânus
O que é a regra de Godsall-Salmon
- fístulas com orifício externo anterior tem trajeto retilíneo até cripta mais próxima
- fístula com orifício externo posterior tem trajeto curvílineo até linha média
Qual a clínica e como fazer o diagnóstico?
- dor + saída de secreção purulenta
- diagnóstico: clínica + regra de Goodsal
- RM nas fístulas complexas
Como fazer o tratamento?
- simples: fistulectomia ou fistulotomia com curetagem
- complexa: sedenho
Quais os fatores de risco para carcinoma epidermoide do canal anal?
- HPV, tabagimos, imunodeficiência
Como fazer o estadiamento?-
- avaliar linfonodos inguinais
- TC, RM de pelve para avaliar o T
Com fazer o tratamento?
- esquema nigro: RT + QT exclusivas
- se falha: cirurgia de Miles
Quais os hormônios orexígenos e anorexígenos?
- orexígenos: grelina (estômago)
- anorexígenos: PYY, CCK, GLP-1
Como classificar a obesidade?
- sobrepeso: IMC 25-29,9
- obesidade grau 1: 30-34,9
- obesidade grau 2: 35-39,9
obesidade grau 3: ≥40 - superobeso: ≥ 50
Quais as indicações de cirurgia bariátrica?
- IMC > 40
- IMC > 35 com comorbidades
- IMC ≥30 com DM2 grave (≥ 30 anos de idade)
- refratariedade clínica de pelo menos 2 anos
- idade mínima de 18 anos ou 16 com autoriazação
Quais as precauções com condições pré-operatórias?
- alcool e etilismo deve ser controlados
- doença psiquiátrica grave deve estar compensados
- compreensão plena dos cuidados pré e pós operatórios
Quais as técnicas usadas?
- banda gástrica
- sleeve
- by-pass
- scopinaro
- hess (duodeno switch)
Quais as características da banda gástrica? E complicações
- técnica restritiva: anel regulável na junção esôfago gástrica
- complicações: deslocamento do anel e reganho de peso
Quais as características do sleeve? E complicações?
- procedimento mais realizado no mundo
- faz-se uma gastrectomia vertical, preservando o piloro, retirando maioria das células produtoras de grelina
- fístula de His: na grande curvatura onde não há serosa na JEG
- pode piorar e precipitar DRGE
- estenose
Quais as características do by-pass?
- procedimento misto restritivo: separa o estômago do esôfago e faz um pouch gástrico e um Y de Roux
- bom para DM2
E complicações do by-pass?
- Deiscência de anastomose: vê pelo aspecto da secreção de qual alça vem. Semm bile é da gastro-êntero anastomose e com é entero-entero anastomose
- Hérnia de Petersen: alça se insinua pelo espaço de pertesen criado pelo Y. Trata com correção cirúrgica
- disvitminose de ferro, B1, B12. Reposição vitalícia
Quais as características do scopinaro?
- gastrectomia horizontal com retirada do piloro e canal comum de 50cm com colecistectomia
Quais as complicações?
- todas do by-pass
- úlcera boca anastomótica: secreção ácida cai de uma vez no intestino
Quais as características do duodeno switch (hess)?
- Gastrectomia vertical com canal comum de 100cm, com colecistectomia e apendicectomia (evitar confusão em eventual abdome agudo)
Como tratar a estenose?
- EDA com dilatação se não der certo by-pass
- se já for by-pass: refaz
Como tratar as fístulas?
- Precoce < 6 semanas: EDA e pões stent para fechar, ademais faz dilatação a jusante para favorecer passagem pelo caminho certo. Pode dar reganho de peso
- Tardia ≥6 semanas: septotomia. Corta a parede do estômago e drena a fístula encapsulada
Qual a causa e como tratar a coledocolitíase?
- o emagrecimento muito rápido predispõe e cálculos de vesícula
- se ocorrer no by-pass uma coledocolitíase não da mais para acessar por EDA, devendo fazer exploração cirúrgica da via biliar + CVL
Como diagnosticar e tratar o reganho de peso?
- EDA diagnostica (locais de alargamento)
- trata com plasma de argônio
Como escolher melhor técnica?
- Sleeve: deficiência nutricional prévia, pólipo gástrico ou tumor prévio
- by-pass: DM ou DRGE. Paciente com DRGE e obesidade melhor tratamento é bariátrica