LMA e LMC Flashcards
LMA é mais comum em homens ou mulheres?
Homens
Incidência de LMA aumenta com a idade?
Sim
Idade média de diagnóstico da LMA
67 anos
Vírus estão implicados na etiologia na LMA?
Não
RT isolada aumenta o risco de LMA?
RT isolada aumenta pouco. Contudo, RT + agentes alquilantes aumenta mais.
Benzeno é um FR para que tipo de neoplasia?
LMA
Fármacos implicados na etiologia da LMA
- Agentes alquilantes (4-6A após exposição em pessoas c/ alterações nos cr5 e cr7)
- Inibidores topoisomerase II (1-3A após exposição em pessoas com alterações no cr11q23)
Qual sistema de classificação da LMA inclui características clínicas, anormalidades citogenéticas, anormalidades moleculares e morfologia: FAB ou da OMS?
OMS (o esquema FAB girava à volta da citoquímica - aspecto das céls ao microscópio)
% de blastos necessária para fazer o diagnóstico de LMA de acordo o sistema da OMS e o da FAB
OMS: 20% blastos
FAB: 30% blastos
Mas... há algumas alterações que definem LMA mesmo com <20% blastos: inv(16) t(8;21) t(16;16) t(15;17)
Alterações que definem LMA mesmo quando blastos <20% (OMS)
inv(16)
t(16;16)
t(15;17)
t(8;21)
CD na LMA minimamente diferenciada
CD13 e/ou CD117 (citometria de fluxo necessária para estabelecer diagnóstico uma vez que a morfologia é imatura e não há nenhuma reacção citoquímica específica da linhagem)
As manifestações clínicas (LMA relacionada com terapia prévia; LMA com SMD/SMP antecedente) são importantes para o prognóstico do tipo específico de LMA?
Sim.
Por influenciarem o prognóstico do tipo específico de LMA, é importante saber se:
- Terapia prévia: agentes alquilantes, inibidores da topoisomerase II e RT
- Presença de SMD/SMP antecedentes
A LMA é primeiramente subclassificada com base na presença ou ausência de…
Anormalidades genéticas específicas
LMA M3 FAB hoje é chamada de… e está associada a que translocação?
Leucemia pró-mielocítica aguda (LPA)
t(15;17) PML-RARalfa
Factor de ligação central (CBF) LMA é designada com base na presença de…
- Mutações
t(8;21)
inv(16)
t(16;16)
ou
- Respectivo produtos de fusão
RUNX1-RUNX1T1
CBFB-MYH11
Na LMA, apenas uma anormalidade citogenética foi INVARIAVELMENTE associada a manifestações morfológicas específicas. Qual?
t(15;17)(q22;q12) na LPA
Inv(16)(p13q22) associada a que grupo morfológico
LMA com eosinófilos da MO anormais
t(8;21)(q22;q22) associada a que grupo morfológico
Bastonetes de Auer, CD19+, aumento normal de eosinófilos
t(8;21) e t(15;17) estão associadas a LMA em idades menores ou mais avançadas?
Idades menores
del(5q) e del(7q) estão associadas a LMA em idades menores ou mais avançadas?
Idosos
Que translocação está associada a sarcomas mielóides?
t(8;21)
Que translocação está associada a CID (coagulação intravasc disseminada)?
t(15;17)
t(15;17) resulta na fusão de que genes e qual o seu efeito a nível celular?
Fusão do gene PML-RARa (está por ordem) -> proteína quimérica PML-RARa -> bloqueia diferenciação celular (ácido trans-retinóico alivia o bloqueio e promove a diferenciação celular)
t(9;11) rearranjo de que genes?
MLLT3-MLL (por ordem)
t(6;9)(p23;q24) rearranjo de que genes?
DEK-NUP214
LMA com mutações da nucleofosmina (NPM1) e com mutações CEBPA estão associadas a melhor ou pior px?
Melhor
LMA com mutações da tirosina-cinase semelhante a fms (FLT3) é considerada uma entidade distinta?
Não
Nos pacientes com LMA com citogenética normal devemos pesquisar…
Duplicações internas-FLT3 em tandem (DIT) no domínio justamembranoso. Por transportarem um mau prognóstico, são clinicamente significativas.
Mutação FTL3 + comum e em que pacientes é mais frequente?
DIT no domínio justamembranoso
LMA-CN
Mutações do FTL3 estão presentes em que % dos adultos com LMA?
30%
Importância da identificação da FTL3-DTI
- Pior prognóstico
- Permite prever resposta ao tratamento específico
Efeito a nível celular das mutações do FLT3
++ Proliferação
++ Sinais antiapoptóticos
Factor de prognóstico independente mais importante na LMA
Achados relacionados com os cromossomas (na altura do diagnóstico)
% que vai ter remissão completa na LMA t(15;17)
85%
% que vai ter remissão completa na LMA t(8;21) ou inv(16)
55%
Cariótipo complexo, t(6;9), inv(3) ou -7 estão associados a prognóstico…
Muito reservado
LMA: cariótipo monossómico afecta adversamente o prognóstico excepto em que casos?
LMA CBF:
- t(8;21)
- t(16;16)
- inv(16)
t(15;17)
Doente com LMA sem anormalidades citogenéticas de prognóstico, o que devemos pesquisar para determinar o prognóstico?
Anormalidades genéticas moleculares:
NPM1
CEBPA
= ambos bom prognóstico, especialmente se simultaneamente presentes em dois alelos diferentes.
FLT3-DTI
= mau prognóstico.
V-ras e KRAS associam-se a melhor/pior resposta na LMA CBF
Melhor
Em que medida é que a idade é um factor de prognóstico importante na LMA?
Geralmente, aumento da idade = pior prognóstico.
Porquê?
- Menor capacidade do paciente para sobreviver à terapia de indução (estado de desempenho é importante!)
- LMA biologicamente diferente: MDR1 expressado mais frequentemente (resistência aos agentes derivados de produtos naturais); menor tendência a ter alterações citogenéticas associadas a bom px.
Pacientes idosos com LMA têm maior ou menor probabilidade de ter alterações citogenéticas associadas a bom px?
Menor
Estado de desempenho influencia o prognóstico dos pacientes idosos?
Sim, porque influencia a capacidade de sobreviverem à indução e, portanto, a resposta ao tratamento.
LMA: As células leucémicas em pacientes (…) expressam mais frequentemente a MDR1: consequência?
Idosos
MDR1 confere resistência aos agentes derivados de produtos naturais (ex: antraciclinas).
Na LMA, pacientes com citopenias >3 meses antes do diagnóstico têm…
Taxa de RC mais baixa (e consequentemente uma menor sobrevida)
Sucesso do tratamento da LMA 2ª ao tratamento com agentes citotóxicos
Difícil tratar com sucesso
LMA: hiperleucocitose como factor de prognóstico
Diminui a probabilidade de se atingir RC. Podem sofrer hemorragia precoce no SNC e leucostase pulmonar.
Entre os pacientes com LMA e hiperleucocitose (>100.000/uL), a (…) e a (…) contribuem para o mau px com a terapia inicial
Hemorragia SNC
Leucostase pulmonar
Na LMA o atingimento da (…) associa-se a melhor prognóstico e maior sobrevida
RC
LMA: os pacientes que atingem RC após 1 ciclo de indução têm duração mais longa da RC do que os que precisam de vários ciclos?
Sim
LMA: remissão completa
Exame do sangue + MO:
- Neutrófilos >1000/uL
- Plaquetas >100.000/uL
- Ausência blastos circulantes (*)
- Blastos na MO <5%
- Ausência bastonetes de Auer
- Ausência leucemia extramedular
(*) raros blastos podem ser detectados no sangue durante a regeneração da MO, mas deverão desaparecer nos exames subsequentes
Hb é considerada na determinação da RC na LMA?
Não
Relembrar: - Neutrófilos >1000/uL
- Plaquetas >100.000/uL
- Ausência blastos circulantes (*)
- Blastos na MO <5%
- Ausência bastonetes de Auer
- Ausência leucemia extramedular
Na RC da LMA a MO deve conter
5%
Na RC da LMA podem haver blastos circulantes?
Não! Raros blastos podem ser detectados no sangue durante a regeneração da MO, mas deverão desaparecer nos exames subsequentes.
Nº de ciclos para atingir RC na LMA é um factor de prognóstico?
Sim, doentes que alcançam RC após 1 ciclo de indução têm melhor px dos que precisam de vários ciclos.
LMA: quase 1/2 dos pacientes começou a ter sintomas quanto tempo antes do diagnóstico?
Quase metade dos pacientes apresentam sintomas há menos de 3 meses antes da leucemia ser diagnosticada
Queixas de fadiga/fraqueza no momento do diagnóstico são frequentes na LMA?
Sim, a maioria queixa-se disso.
LMA: metade dos pacientes mencionou (…) como o 1º sintoma
Fadiga
Apresentação inicial de LMA: anorexia e perda ponderal são comuns?
Sim
LMA: febre é o sintoma inicial em % dos doentes
10%
LMA: % dos pacientes têm sinais de hemostasia anormal inicialmente
5%
Relembrar: fadiga > anorexia/perda ponderal (comuns) > febre (10%) > hemostasia anormal > outros
Raramente, LMA pode ser precidida ou coincidir com o aparecimento de um…
Sarcoma mielóide (pele, GG, trato GI, tecidos moles, testículos)
LMA: sarcoma mielóide pode raramente preceder/coincidir/suceder a LMA
Preceder ou coincidir c/ LMA
LMA: febre, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, hipersensibilidade esternal e evidência de infecção e hemorragia são comuns ao dx?
Sim
LMA: qual o subtipo em que hemorragia intracraniana, gastrointestinal ou intrapulmonar são mais frequentes?
LPA
Mnemo: “CGTP intersindical nacional”
LMA: % dos pacientes que tem hemorragias retinianas
15%
LMA: infiltração das gengivas, pele, tecidos moles ou meninges com blastos leucémicos no momento do dx é típico dos subtipos (…) e daqueles com anormalidades cromossómicas em (…)
Monocíticos
11q23
Mnemo: Tiago Monteiro: Grande Prémio F1 T = tecidos moles M = meninges G = gengivas P = pele 1 = MONOcitos
Anemia na LMA
- Presente ao diagnóstico
- Pode ser intensa
- Normo/Normo
- O seu grau é independente de outros achados hematológicos, esplenomegalia ou duração dos sintomas
A anemia observada na LMA vai-se correlacionar com a duração dos sintomas?
Não. A anemia na LMA é independente de outros achados hematológicos, esplenomegalia ou duração dos sintomas.
LMA: contagem mediana dos Leu à apresentação
15 000/uL
LMA: 25-40% dos pacientes têm contagens de Leu (?)
<5000/uL
LMA: 20% dos pacientes têm contagens de Leu (?)
> 100 000/uL (hiperleucocitose = associada a hemorragia precoce do SNC e leucostase pulmonar)
LMA: que % não apresenta céls leucémicas detectáveis no sangue?
<5%
LMA: granulócitos imaturos podem ter vários nucléolos?
Sim
LMA: os bastonetes de Auer estão sempre presentes?
Não. Mas se presentes -> linhagem mielóide
LMA: bastonetes de Auer = linhagem mielóide?
Sim (mas nem sempre estão presentes)
LMA: plaquetas
75%: <100.000
25%: <25.000
Podem ser morfologicamente e funcionalmente anormais
Que % dos doentes com LMA tem plaquetas <100.000?
75%
Mnemo: pensar que TODOS os doentes com LMA vão ter trombocitopenia.
25% têm plq <25 000
LMA: plaquetas podem ser morfologicamente e funcionalmente anormais?
Sim
LMA: factores com significado prognóstico (ex: citogenética, marcadores moleculares) devem ser determinados quando?
Antes do início do tratamento
LMA: devem-se obter células leucémicas de todos os pacientes? (para crioconservação e uso futuro)
Sim
LMA: que pacientes devem ser avaliados em busca de infecção?
TODOS
Relembrar: 10% tem febre como sintoma inicial
LMA: maioria/minoria vai ter anemia e trombocitopenia à apresentação
Maioria
Num doente com LMA e evidência de hemorragia devemos fazer transfusão imediata de plaquetas mesmo que a contagem esteja apenas moderadamente diminuída?
Sim! Disfunção plaquetária ou presença de infecção aumentam o risco de hemorragia nestes doentes pelo que qualquer evidência -> transfusão imediata de plaquetas
LMA: hiperuricemia leve-moderada é vista em que % à apresentação?
50%
10% têm hiperuricemia acentuada
LMA: que % dos doentes tem hiperuricemia acentuada à apresentação
10% (50% tem hiperuricemia leve-moderada)
LMA: precipitação renal de ác úrico e nefropatia resultante são complicações comuns?
Não, são incomuns.
Relembrar:
- 50% tem hiperuricemia leve-moderada à apresentação.
- 10% tem hiperuricemia acentuada à apresentação.
LMA: a presença de altas concentrações de (…), marcador de diferenciação monocítica, pode causar disfunção tubular renal
Lisozima
Fases do tratamento do paciente recém-diagnosticado com LMA
- Indução: para atingir rapidamente a RC
2. Controle pós-remissão: prolongar sobrevida e alcançar cura
Como são escolhidos o tratamento de indução e terapia subsequente pós-remissão?
Com base na idade do paciente:
- Jovens (<60A): terapia intensiva
- Mais velhos: terapia intensiva é controverso
LMA: esquema de indução
Esquema 7 e 3:
1. Citarabina IV contínua durante 7 dias (ou doses altas 6 dias durante 12h)
- Antraciclina (Daunorrubicina ou da Idarrubicina) IV nos 1º, 2º e 3º dias
Esquema 7 e 3 de indução
LMA (++ doentes jovens que conseguem tolerar as altas doses)
LMA: os esquemas baseados em altas/baixas doses de Citarabina apresentam taxas de RC mais altas
Altas
Toxicidades da Citarabina
- Hematológica (++ altas doses)
- Pulmonar
- Cerebelar (pode ser irreversível; todos os pacientes devem ser monitorizados com exame cerebelar completo antes de cada dose de Citarabina)
Toxicidade cerebelar por Citarabina é + frequente em quem?
- Disfx renal
- Idosos (>60A): limita o uso da Citarabina
Toxicidade cerebelar por citarabina pode ser irreversível?
Sim
Porque é que os idosos têm LMA com pior px?
- Morrem mais com o tratamento
- Doença mais resistente
LMA: pacientes >65A, doses altas de Daunorrubicina mostraram maior eficácia?
Não. E associam-se a > toxicidade.
LMA: o que fazer quando o doente não atinge RC com o esquema 7-3?
Esquema 5-2 e pesquisar terapêuticas alternativas.
Porque é que após atingir RC na LMA é necessário tratamento pós-remissão?
Porque caso contrário, praticamente TODOS os doentes sofreriam recidivas (erradica céls leucémicas residuais)
Relevância da detecção de doença residual mínima (LMA) em doentes em RC
- Não se sabe bem
- Requer uma investigação mais aprofundada
- Pode-nos informar quais os pacientes em RC que precisam de terapias alternativas/adicionais
LMA: transfusões de plaquetas devem ser realizadas quando necessário para manter uma contagem plaquetária (?)
> 10.000/uL (níveis mais altos se febre, hemorragia activa ou CID)
LMA: doentes trombocitopénicos nos quais a contagem de plaquetas não sobe o suficiente após transfusão -> alternativa
Administração de plaquetas de dadores HLA-compatíveis
LMA: Hb alvo
> 8g/dL (transfusões de GR devem ser realizadas para manter esse nível)
Níveis mais elevados se: hemorragia activa, CID, ICC
Relembrar: Hb alvo na DRC 10-11.5g/dL
LMA: que situações requerem uma Hb acima de 8g/dL?
Normalmente, na LMA a Hb alvo é 8g/dL. Mas se: - Hemorragia activa - CID - ICC Níveis mais elevados necessários!
Principal causa de morbilidade e mortalidade durante a QT para LMA
Infeções
LMA: profilaxia antiviral se…
Ac anti-HSV
Ac anti-VZV
A maioria dos pacientes com LMA apresenta febre. Em que % são documentadas infeções?
50%
Iniciar precocemente ATB empíricos de largo espectro (evitar aminoglicosídeos em insuficientes renais) + antifúngicos
Doente com LMA: quando iniciar Vanco empiricamente
- Pacientes neutropénicos com infecções relacionadas com o catéter
- HC positiva para Gram+ (antes do teste de susceptibilidade)
- Hipotensão/choque
- Risco ++ de bacteriémia por MRSA ou pneumococo resistente às penicilinas/cefalosporinas
LMA: se febre persistente por 7 dias após o início da terapia antibiótica empírica num paciente que recebeu profilaxia com Fluconazol…
Dar Caspofungina ou Anfotericina B (Voriconazole tem eficácia similar à Anfotericina mas é menos tóxico)
LMA: doente febril e neutropénico -> ATB + antifúngicos -> manter até quando?
Até o doente não estar neutropénico, independentemente de ter sido encontrada uma fonte para a febre ou não.
i.e. ainda tem neutropenia? não quero saber de mais nada, não pára o tx.
LMA: uso de factores de crescimento
Controverso:
- Não aumentam taxa de RC
- Não aumenta sobrevida livre de doença
- Não aumentam sobrevida global
- Mas também não prejudicam a eficácia da terapêutica
- USAR QUANDO? Idosos com cursos complicados; submetidos esquemas intensivos pós-remissão; infecções não-controladas; estudos clínicos.
Esquema 7-3 para LMA: % dos doentes jovens e dos idosos que alcançam RC
Jovens: 65-75%
Idosos: 50-60%
Esquema 7-3 para LMA: que proporção entra em RC após 1 ciclo de QT?
2/3 (1/3 necessita de 2 ciclos)
Pacientes com AML e que têm RC mais longas (>12meses) geralmente recidivam com doença farmacossensível ou farmacoresistente?
Farmacossensível (maior probabilidade de alcançar RC)
Pacientes tratados para AML que têm recidiva precoce (<12meses) têm um resultado precário?
Sim, devemos explorar novas abordagens (novos fármacos, imunoterapias)
Em doentes tratados para AML que recidivam, a cura é frequente?
Não, é rara, pelo que devemos considerar novas abordagens no caso de não ser possível o transplante alogénico.
Qual o problema de se tratar doentes com LPA com citarabina e daunorrubicina?
Morrem de CID
Efeito da Tretinoína nos doentes com LPA t(15;17)
Induz a diferenciação das células leucémicas
A Tretinoína usada no tratamento da LPA produz CID?
Não, mas provoca síndrome de diferenciação da LPA.
Síndrome de diferenciação da LPA
Febre, retenção de líquidos, dispneia, dor torácica, infiltrados pulmonares, derrame pleural e pericárdico e hipoxemia que ocorre nas primeiras 3 semanas de tratamento da LPA com Tretinoína.
Resulta da adesão de células neoplásicas diferenciadas ao endotélio da vasculatura pulmonar.
Mortalidade do Síndrome de diferenciação da LPA
10%
Síndrome de diferenciação da LPA: quanto tempo após o início do tratamento ocorre?
3 semanas após o início do tratamento da LPA com Tretinoína
Síndrome de diferenciação da LPA: pode ser necessário descontinuar a Tretinoína?
Sim, nos casos graves (LRA, internamento em UCI por dificuldade respiratória)
Taxas de RC na LPA tratada com Tretinoína + Antraciclinas concomitantes
95% (seguro e eficaz)
A adição de Citarabina ao tratamento da LPA com tretinoína + antraciclinas tem que efeito?
Diminui o risco de recidiva (apesar de não aumentar a taxa de RC)
LPA: após ser atingida a RC, como proceder?
2 ciclos de QT à base de antraciclinas
Trióxido de Arsénico: potencialmente eficaz no tratamento de que leucemia?
LPA
LPA: quando é que o Trióxido de Arsénico oferece melhores resultados?
Quando usado após atingir-se RC e ANTES da terapia de consolidação (Antraciclinas)
Trióxido de Arsénico quando usado para tratar LPA acarreta risco de síndrome de diferenciação da LPA?
Sim, especialmente quando administrado durante a indução ou tratamento de salvação após recidiva (ou seja, em alturas em que não é recomendado que se faça)
Relembrar: Trióxido de Arsénico tem melhores resultados quando usado após atingimento da RC e antes da tx de consolidação.
LPA: terapia de consolidação
Antraciclinas
Trióxido de Arsénico: efeito no intervalo QT
Prolonga
Relembrar: os fármacos normalmente vão prolongar o QT. As únicas coisas que encurtam o QT vão ser a Digoxina e a HiperCa.
A detecção de (…) pela amplificação PCR-RT dos produtos
do gene quimérico de t(15;17) após o ciclo final de QT é importante na gestão
dos pacientes com LPA
Doença residual mínima
Relembrar: ao contrário do que acontece na LMA, na qual o significado da detecção de doença residual mínima é controverso.
Padrão para monitorizar a pós-remissão da LPA
Monitorização sequencial da PCR-RT para t(15;17). Se persistência de doença residual mínima em 2 exames consecutivos com 2 semanas de intervalo -> Recidiva
Pacientes com LPA em remissão molecular podem beneficiar da terapia de manutenção com…
Tretinoína (especialmente doentes de alto risco)
Pacientes com LPA e recaída molecular, citogenética ou clínica
Dar Trióxido de Arsénico (respostas em 85% dos pacientes e pode ser seguido por transplante autólogo ou alogénico)
Translocação observada na LMC resultada da fusão de que genes?
Gene BCR (cr22) com o gene ABL (cr9)
Mnemo: t(9;22) BCR-ABL está ao contrário; diferente do que acontece na LPA
Quando não tratada, a doença caracteriza-se por ser bifásica ou
trifásica, com uma fase crónica seguida frequentemente de uma
fase acelerada a uma crise blástica terminal: qual?
LMC t(9;22)
LMC: como se alterou a sobrevida com o surgimento dos inibidores da tirosina cinase (TKI)?
A sobrevida passou de <30% aos 10A, para 85% aos 10A
30% -> TKI -> 85% :-)
LMC é responsável por que % de todas as leucemias?
15%
LMC: homens ou mulheres?
Homens
LMC: idade média de diagnóstico
55-65A
LMC: como varia a incidência com a idade
Aumenta lentamente até aos 50A e a partir daí eleva-se rapidamente
LMC é comum em crianças?
Rara
Como variou a incidência de LMC nas últimas décadas?
Manteve-se estável (= Doença de Hodgkin)
Como se alterou a mortalidade da LMC com o surgimento dos TKIs?
Passou de 20% -> 2%
Sobrevida passou de 30% aos 10A -> 85% aos 10A
LMC: tem associação familiar, agentes etiológicos, exposição a toxinas ou vírus?
Não
tudo diferente da LMA, excepto vírus - LMA também não tinha relação com vírus
LMC é frequente após QT com agentes alquilantes e/ou RT?
Não (diferente da LMA)
t(9;22) está presente em que % dos casos de LMC?
90% (só nas células hematopoiéticas)
Efeito da mutação t(9;22) na LMC
Ativa uma TKI -> ++ proliferação celular & diminui apoptose
p190 pode aparecer em raros casos de LMC e na LLA com Ph+: melhor ou pior px?
Pior
LMC com p230 tem um curso mais agressivo ou mais indolente?
Mais indolente
LMC: Onde é que se ligam os TKIs?
Os TKIS (ex: Imatinib) ligam-se ao domínio da cinase BCR-ABL -> inibem proliferação + estimulam apoptose
Rearranjo BCR-ABL é suficiente para causar LMC?
Na maioria dos indíviduos NÃO. Vide: este rearranjo está presente em 25% dos adultos, mas a LMC é uma doença rara (15% das leucemias).
Doentes com LMC nos quais o Ph não é detectável por citogenética (mas o BCR-ABL é detectável por FISH e PCR) têm história da doença semelhante ou diferente daqueles nos quais se detecta o Ph?
Semelhante. E também respondem da mesma forma aos TKIs.
i.e. quer se detecte ou não o Ph, a evolução da doença é a mesma e vão responder aos TKIs de igual forma.
Na LMC, é o próprio (…) que induz instabilidade genética que leva à aquisição de novas mutações e transformação blástica
BCR-ABL
LMC: os mecanismos de resistência aos TKIs envolvem…
Local de ligação dos TKIs ao dominio catalítico da cinase
TKIs de 2ª geração
Dasatinib
Nilotinib
Bosutinib
Mutação que conferia resistência da LMC a todos os TKIs excepto o Ponatinib (3ª geração)
T315L
A maioria (90%) dos doentes com LMC apresenta-se em que fase?
Fase crónica ou indolente
Achado físico mais comum da LMC
Esplenomegalia (20-70%)
Contagens elevadas de basófilos na LMC podem causar que sintomas?
Basófilos -> Histamina:
- Prurido
- Diarreia
- Flushing
- Úlceras GI
Em doentes com LMC não tratada: Leu
Leucocitose 10 000 - 500 000
LMC: achados hematológicos
Desvio para a esquerda da hematopoiese:
- Neutrófilos
- Céls em banda
- Mielócitos
- Metamielócitos
- Promielócitos
- Blastos <5%
Basófilos e eosinófilos podem estar aumentados
Anemia em 1/3
LMC: o que é mais comum? Trombocitopenia ou Trombocitose?
Trombocitose.
Trombocitopenia é rara e se presente sugere pior prognóstico, aceleração da doença ou etiologia não relacionada.
LMC: em doentes não tratados, a oscilação cíclica da contagem celular ocorre em %
25%
LMC: FA está + ou - ?
Reduzida
LMC: VitB12, DHL, ác úrico, lisozima estão + ou -?
+
Pacientes com LMC e translocações complexas em 3,4 ou 5 cromossomas (incluindo os cromossomas 9 e 22) têm prognóstico e resposta à terapêutica semelhantes aos que não têm?
Sim
LMC: FISH e PCR são preferíveis à análise citogenética da MO ao dx?
Não. Podem ter FP e FN.
LMC: em 10% dos doentes a % de blastos e basófilos da MO é (maior/menor) que no sangue periférico, sugerindo pior px ou até transformação da doença
Maior
LMC: Resposta citogenética parcial
<35% de metafases Ph+ ou ≤ 10% de BCRABL
LMC: Resposta citogenética completa
Ausência de metafases Ph (end-point terapêutico)
LMC: resposta molecular major
BCR-ABL≤ 0,1% ou redução ≥ 3-log
LMC: resposta molecular completa
BCR-ABL indetetável ou redução ≥ 4.5-log
LMC fase acelerada sobrevida
<1.5A
Critérios para LMC em fase acelerada
- Evolução clonal citogenética
- Blastos sanguíneos >15%
- Blastos sanguíneos + promielócitos >30%
- Basófilos sanguíneos >20%
- Plaquetas <100.000/uL
Que % dos doentes com LMC se apresenta de novo na fase acelerada ou blástica?
10% (90% apresentam-se na fase crónica)
Crise blástica na LMC
> 30% blastos periféricos ou na MO
OU
Acumulações de blastos na doença extramedular (pele, tecidos moles, lesões líticas ósseas)
Crise blástica tipicamente é (…), mas pode também ser eritróide, promielocítica, monocítica ou megacariocítica.
Mielóide (60%)
Crise blástica linfóide em que % dos casos
25% (tipicamente responsiva à QT para LLA em combinação com TKIs)
Crise blástica LINFÓIDE responde a…
QT para LLA + TKIs
Na LMC as transformações para fase aguda podem surgir sem sinais de recidiva citogenética-hematológica?
Não
LMC: resposta citogenética completa é associa-se a um aumento na sobrevida, independetemente de se atingir ou não resposta molecular major?
Sim
Objectivo terapêutico na LMC
Resposta citogenética completa
Em que condições é que podemos interromper tratamento temporariamente no caso de uma mulher com LMC querer engravidar?
Se resposta molecular major por mais de 2 anos
LMC: não atingimento de resposta molecular major ou completa deve ser considerada uma falha do tratamento e uma indicação para o alterar?
Não
LMC: único fármaco eficaz contra a mutação T315L
Ponatinib (resposta citogenética completa em 50-70%)
LMC: TKIs de 2ª geração têm benefício na sobrevida?
Não (terapia de resgate com outros TKIS é muito eficaz)
LMC: terapia de resgate associa-se a resposta citogenética completa em %?
30-60%
LMC: TKIs reduziram a mortalidade anual após recidiva de 15% para…
<5%
LMC: cura molecular / erradicação da doença
BCR-ABL indetetável >2A
Quando é que se deve mudar o tratamento na LMC?
- Recidiva citogenética
- Efeitos laterais intoleráveis
LMC: alteração de TKI
em doentes com resposta citogenética completa com perda da
resposta molecular é melhor que apenas mudar quando
ocorre recidiva citogenética?
Não.
Efeitos laterais dos fármacos usado na LMC são dose-dependente ou dose-independente?
Dose-dependente e reversíveis
Efeitos laterais dos fármacos usado na LMC são reversíveis?
Sim
Efeitos laterais sérios do tratamento da LMC são clinicamente significativos para o px a longo prazo?
Sim, apesar de serem pouco comuns (<5-10% dos doentes).
LMC: que usamos para tratar uma recidiva pós-transplante?
TKIS (altamente eficazes!) ou infusões de linfócitos do dador ou 2º transplante
Imatinib pode causar teratogenicidade?
Raramente, sim.
LMC: IFN é seguro na gravidez mas pode causar…
Abortos espontâneos (antiangiogénico)
LMC: 1ª linha tratamento nos locais onde os TKIs não estejam disponíveis
Transplante
Sobrevida a longo-prazo do transplante alogénico na LMC fase crónica
60%
Achados na MO numa LMC
- Hiperplasia mielóide (razão M/E 15-20/1)
- <5% blastos
- Reticulina ++ (nos doentes sob TKI não é indicador de mau px)
LMC: >15% blastos na MO representa…
Aceleração da doença (normal <5%)
LMC: reticulina ++ na MO é indicador de mau px em doentes sob TKI?
Não
LMC: A presença de leucocitose inexplicada e sustentada, com ou
sem esplenomegalia, deve levar a…
Examinação da MO ou
análise citogenética