limitações ao poder de tributar Flashcards
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, não viola o princípio da legalidade tributária a lei que permite aos conselhos de fiscalização das categorias profissionais econômicas em geral a fixação e o aumento das anualidades devidas pelos respectivos profissionais inscritos.
Errada. Em desacordo com o entendimento firmado em repercussão geral do STF no RE 704.292, com a seguinte tese: “É inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega aos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas a competência de fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas, usualmente cobradas sob o título de anuidades, vedada, ademais, a atualização desse valor pelos conselhos em percentual superior aos índices legalmente previstos”.
A alteração de alíquotas do imposto de exportação não se submete à reserva constitucional de lei tributária, tornando-se admissível a atribuição dessa prerrogativa a órgão integrante do Poder Executivo.
certo
Ofende o princípio da legalidade decreto que antecipa data de recolhimento de tributo.
Errada. Em desacordo com a súmula vinculante nº 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
A correção monetária não deve ser considerada majoração para nenhum tipo de princípio constitucional tributário, na medida em que se trata de mera recuperação do valor da moeda, razão pela qual a correção da base de cálculo poderá ocorrer por atos infralegais.
certo
Não permitiu é ao Poder Executivo reduzir e restabelecer as alíquotas da contribuição ao PIS e da COFINS por meio de ato infralegal por configurar afronta ao princípio da legalidade.
Errada. Diverge do entendimento do STF, em sede de repercussão geral, exposto no tema nº 939: “É constitucional a flexibilização da legalidade tributária constante do § 2º do art. 27 da Lei nº 10.865/04, no que permitiu ao Poder Executivo, prevendo as condições e fixando os tetos, reduzir e restabelecer as alíquotas da contribuição ao PIS e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas por pessoas jurídicas sujeitas ao regime não cumulativo, estando presente o desenvolvimento de função extrafiscal”.
Medida provisória pode tratar sobre a criação de empréstimo compulsória diante de relevância urgência.
O item deve ser julgado como errado. Embora as medidas provisórias possam tratar de matéria tributária, a CF/88 veda a utilização das mesma diante da reserva à lei complementar. Veja o art. 62, §1º, III, da CF/88.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
III - reservada a lei complementar;
A lei estadual que concede isenção de ICMS para operações de aquisição de automóveis por oficiais de justiça estaduais é constitucional.
errado
É constitucional a previsão em lei ordinária que introduz a sistemática da não-cumulatividade à COFINS dado que observa os princípios da legalidade, isonomia, capacidade contributiva global e não-confisco
certo
viola o princípio da isonomia e o livre acesso à jurisdição a restrição de ingresso no parcelamento de dívida relativa à Cofins dos contribuintes que questionaram o tributo em juízo com depósito judicial dos débitos tributários.
errado. nao viola
Não há violação ao princípio da igualdade tributária a cobrança da contribuição para o PASEP das sociedades de economia mista e das empresas públicas que exploram atividade econômica.
certo
A lei que restringe a cobrança da COSIP aos consumidores de energia elétrica do município é inconstitucional por violação ao princípio da isonomia.
falso
O princípio da isonomia tributária impacta diretamente os princípios da livre concorrência e da livre iniciativa, uma vez que o Estado deve garantir as mesmas regras do jogo para todos os contribuintes.
Alternativa certa, conforme preceitua o Art. 146-A da Constituição Federal. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo
O Supremo Tribunal Federal entende que não viola o princípio da isonomia a redução de imposto predial urbano (IPTU) sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.
Alternativa certa, nos exatos termos da Súmula 539 do Supremo Tribunal Federal. O que o princípio da isonomia estabelece é que não se deve dar tratamento diferenciado para contribuintes em situação econômica equivalente. A lei pode conceder tratamento diferenciado na concessão de benefícios. O que se veda é o chamado privilégio odioso.
A exportação para o exterior, assim considerada a saída do produto nacional ou nacionalizado, para fins de incorporação ou não à economia interna de outro país, configura hipótese de incidência do Imposto sobre a Exportação.
alternativa errada. O fato gerador do imposto de exportação é a saída do território nacional, para o estrangeiro, de produto nacional ou nacionalizado. Considerando que o fato gerador é exportar, pressupõe-se saída do produto para incorporação a economia interna de outro país.
capacidade contributiva, ao lado da propriedade, como princípio, fundamenta a vedação do confisco;
certo
Entre os princípios constitucionais de Direito Tributário, a capacidade contributiva encontra aplicação plena aos tributos com fato gerador vinculado, na medida em estes apontam critérios de justiça comutativa.
O item julgado está errado. O princípio da capacidade contributiva encontra-se previsto no Art. 145, § 1.º, da Constituição Federal, tendo por objetivo a consecução do ideal de justiça fiscal ou justiça distributiva. São dois os principais aspectos a serem observados: I) a Constituição Federal faz menção exclusiva a impostos; e II) a expressão sempre que possível, a qual denota que não há que se falar em aplicação plena do princípio.
A Constituição Federal expressamente determina que seja observado o princípio da capacidade contributiva na estruturação de todos os tributos.
Alternativa errada. A Constituição Federal, em seu Art. 145, § 1º, estabelece que: “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”.
Para cumprir os objetivos do princípio da capacidade contributiva, é facultado à administração identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
certto
A Constituição Federal contempla várias regras que têm por finalidade limitar o poder de tributar das pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com essas regras, é vedado aos entes federativos cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes da publicação da lei que os houver instituído, aumentado ou reduzido.
Alternativa errada. O item julgado está errado.
O princípio da Irretroatividade proíbe a cobrança de tributos antes da VIGÊNCIA da lei que os houver instituído ou aumentado.
A lei que altere a base de cálculo do IPTU, majorando-o, não está sujeita ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal.
Alternativa certa.
Não se sujeitam ao princípio da anterioridade nonagesimal:
- II, IE, IOF - todos impostos extrafiscais
- Imposto sobre Grandes Fortunas
- Empréstimos Compulsórios (apenas as despesas extraordinárias de guerra externa ou sua eminência e de calamidade pública)
- Base de cálculo do IPVA e do IPTU
- IR
princípio da irretroatividade aplica-se a todo tributo; o da anterioridade, por sua vez, admite exceções.
Alternativa certa. Todos os tributos devem observar o princípio da irretroatividade (Art. 150, III, “a”, CF). Porém, nem todos os tributos devem observar o princípio da anterioridade. As exceções estão previstas no art. 150, §1º, da Constituição Federal.
O Código Tributário Nacional estabelece que “a lei aplica-se a ato ou fato pretérito, em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados”.
certo
STF: a norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
Alternativa certa, em consonância com o teor da Súmula 669 do Supremo Tribunal Federal: “Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade”.
Bem como com o enunciado 50 da súmula vinculante: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
STJ: na execução fiscal é necessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo do cálculo do débito, para assegurar a ampla defesa do contribuinte.
Alternativa errada. Conforme dispõe a Súmula 559 do Superior Tribunal de Justiça, “Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980”.