IVAS + PNM Flashcards

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Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - João, de 3 meses de idade, iniciou há 3 dias coriza, febre baixa, tosse e espirros. Hoje foi observado cansaço. Ao exame, dispneia leve, FR = 40 ipm, hidratada, afebril, ativa, choro forte. Ausculta com MV discretamente diminuído, com estertores grossos esparsos em ambos hemitórax. Tiragem subcostal leve. Saturação de O2 = 96%. A conduta inclui:

A) nebulização com beta-2-agonista e brometo de ipratrópio.
B) solução salina em narinas e elevação do decúbito.
C) oxigenoterapia através de cateter nasal.
D) aplicar beta-2-agonista através de inalador dosimetrado e espaçador.
E) radiografar o tórax.

A

Letra “B” - solução salina em narinas e elevação do decúbito.

Temos um paciente de 3 meses de idade com sintomas do trato respiratório superior, semelhante a um resfriado comum que cursa com acometimento de bronquíolos, onde a criança passou a apresentar cansaço. Diante desse quadro clínico, numa criança com essa idade, devemos lembrar da Bronquiolite Viral Aguda (BVA). A BVA (assunto não muito recorrente nas provas da SES-PE) é epidemiologicamente frequente nos lactentes, principalmente nos menores de 6 meses e o principal agente etiológico envolvido é o vírus sincicial respiratório (VSR). O quadro clinico é caracterizado inicialmente por sintomas semelhantes ao do resfriado comum (coriza, tosse produtiva ou seca, febre baixa) e depois de alguns dias (2 a 3 dias) a doença passa a afetar os bronquíolos, momento em que será referido cansaço. A fisiopatologia envolve a formação de edema e de plugs mucosos nos bronquíolos que quando somados aos fatores anatômicos da criança pequena (diâmetro anteroposterior diminuído, narinas pequenas) resultam num quadro de desconforto respiratório. No exame físico, podemos encontrar taquipneia, o que não era apresentado pela criança da questão; sibilância (que pode ser manifestada também por um tempo expiratório prolongado); crepitações; roncos; e retração torácica (ex: tiragem subcostal). Na maior parte das vezes a doença tem um curso autolimitado e leve, mas em 1 a 3% dos casos essas crianças podem agravar seu quadro. Esse agravamento pode ser notado quando um cansaço intenso resulta em dificuldade de alimentação ou na presença de apneia ou dessaturação. O tratamento é de suporte, incluindo oxigenoterapia (com cateter de O2, máscara de Venturi, CPAP ou VM) se SatO2 < 90-92%, hidratação via oral (com passagem de sonda nasogástrica caso o cansaço seja intenso) ou endovenosa. Alguns estudos apontam que a nebulização com salina hipertônica nos pacientes internados diminui o tempo de internamento hospitalar em 1 dia, porém por não interferir no escore de gravidade, não é recomendada pela Academia Americana de Pediatria. Além disso, já foi comprovado que a corticoterapia e os beta-2-adrenérgicos não são efetivos. O tratamento profilático através de um anticorpo monoclonal, o palivizumabe, pode ser feito em 1 dose por mês (por no máximo 5 meses) durante o período do inverno, e é fornecida pelo SUS para os pacientes < 1 ano com IG ao nascer < 29 semanas; < 2 anos com broncodisplasia em uso de tratamento; e em < 2 anos com cardiopatia congênita com repercussão. Assim, podemos concluir que João, por apresentar uma SatO2 de 96% não precisará de oxigenioterapia e, como apresenta uma dispneia leve, o tratamento de suporte vai envolver a aplicação de solução salina em narinas para desobstrução e elevação do decúbito para melhorar a respiração (alternativa B)

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Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - Mariana, 8 anos, é levada à UPA com história de tosse e secreção nasal sem melhora há 2 semanas. Há 3 dias, vem apresentando febre diária (38°C), cefaleia e otalgia. Ao exame físico, são observadas presença de hiperemia de cornetos e secreção mucopurulenta em fossa nasal. Otoscopia apresenta retração de membrana timpânica. Restante do exame sem alterações. Diante desse quadro, qual a conduta mais adequada?

A) Atitude expectante com orientação para suspender fatores desencadeantes (piscina, tabagismo passivo) e iniciar irrigação nasal com solução salina.
B) Iniciar amoxacilina e reavaliar em 3 a 4 inclusive para decidir a duração do tratamento.
C) Iniciar azitromicina e manter por 3 dias.
D) Iniciar ampicilina-sulbactam ou amoxacilina com clavulanato por 14 dias, associada à irrigação nasal com solução salina, anti-histamínico e corticoide oral.
E) Orientar irrigação nasal com solução salina hipertônica e prescrever corticoide nasal.

A

Letra “B” - Iniciar amoxacilina e reavaliar em 3 a 4 inclusive para decidir a duração do tratamento.

Temos uma criança de 8 anos com um quadro arrastado de uma afecção viral que vem progredindo há 3 dias com piora do quadro clínico (febre, cefaleia, otalgia, secreção mucopurulenta de fossa nasal e hiperemia de cornetos) devido a uma infecção bacteriana secundária, que nesse caso seria a rinossinusite. Os quadros de sinusite bacteriana apresentam como principais agentes o Streptococcus pneumoniae, o Haemoplhilus influenzae não tipável e a Moraxella catarrhalis. Diante desses quadros, devemos iniciar antibioticoterapia, tendo como primeira opção a amoxicilina 40-50mg/kg/dia, por no mínimo 10 a 14 dias, onde o recomendado é prescrever o antibiótico e reavaliar o paciente com 48 a 72h e manter esse ATB por mais 7 dias após a melhora dos sintomas. Além disso, podem ser realizadas medidas de suporte como solução salina para lavagem nasal e corticoide nasal. Caso o paciente apresente falha terapêutica com a amoxicilina ou tiver feito uso de antibióticos há menos de 30 dias, podemos fazer a amoxicilina-clavulonato ou ampicilina-sulbactam. Portanto, a melhor opção é a alternativa B.

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Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - As infecções respiratórias agudas representam uma das cinco principais causas de óbito em crianças menores de cinco anos de idade, nos países em desenvolvimento, sendo responsáveis por cerca de 3 milhões de mortes/ano. Ainda nos dias atuais, o impacto que a pneumonia exerce sobre a mortalidade infantil é preocupante, especialmente nos países em desenvolvimento. Sobre o assunto, é CORRETO afirmar que:

A) a vacina pneumocócica conjugada 10 valente tem eficácia comprovada para doença invasiva pelo pneumococo, entretanto, com menor impacto na redução no número total de casos de pneumonia, devido a outros agentes etiológicos envolvidos.
B) diante do diagnóstico de pneumonia em uma criança com idade inferior a cinco anos, a conduta inicial deve ser o tratamento sobre o internamento hospitalar, com finalidade na redução da mortalidade.
C) a Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC), diferentemente das infecções de vias aéreas superiores, não costuma ser precedida por um quadro de infecção viral alta.
D) a tiragem subcostal e a hipoxemia por serem achados frequentes na PAC, não sendo critérios para indicação de internamento hospitalar.
E) atualmente, pela crescente resistência dos pneumococos à penicilina, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza o cloranfenicol como antibiótico preferencial nos casos com necessidade de internamento.

A

Letra “A” - a vacina pneumocócica conjugada 10 valente tem eficácia comprovada para doença invasiva pelo pneumococo, entretanto, com menor impacto na redução no número total de casos de pneumonia, devido a outros agentes etiológicos envolvidos.

A respeito da pneumonia comunitária na infância a questão nos pede a alternativa correta, então vamos às alternativas: A – CORRETA, a vacina pneumocócica conjugada 10 valente, disponibilizada no PNI, visa principalmente a proteção contra doença pneumocócica invasiva e menos expressivamente a OMA, mas não tem um impacto muito grande no número total de casos de pneumonia, devido a outros agentes etiológicos envolvidos; B – INCORRETA, as crianças com critério de internamento hospitalar por causa da idade são aquelas com < 2 meses; C – INCORRETA, a PAC costuma ser precedida por uma infecção viral alta; D – INCORRETA, hipoxemia de uma forma geral é uma indicação de internamento, já a tiragem subcostal, segundo a resolução de 2014 da OMS, deixou de ser uma indicação de internamento; E – INCORRETA, o pneumococo no Brasil não apresenta uma taxa de resistência tão grande como nos EUA, por exemplo, sendo assim, ainda é recomendado o uso de amoxicilina ou ampicilina.

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Q

(SES-PE 2016 ACESSO DIRETO) - De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o manejo da criança com diagnóstico de pneumonia baseia-se na classificação de gravidade. Seguindo as novas recomendações da OMS para pneumonia em criança de 2 a 59 meses, publicadas em 2014, assinale a alternativa CORRETA.

A) Frequência Respiratória > 40 irpm no lactente entre 2 meses e 11 meses e 29 dias e > 30 irpm nas crianças entre 12 e 59 meses é critério diagnóstico para pneumonia, sendo que os menores de 6 meses têm indicação de internamento.
B) Na nova classificação, a radiografia de tórax é essencial para confirmar o diagnóstico de pneumonia devido à necessidade de se excluir derrame pleural, indicativo de pior prognóstico.
C) A nova classificação adotada pela OMS classifica a pneumonia em duas categorias: “pneumonia” caracterizada por taquipneia e/ou retrações torácicas e “pneumonia grave”, caracterizada pela presença de sinais de perigo e insuficiência respiratória.
D) Antibioticoterapia é indicada para a pneumonia grave, já que atualmente se sabe que a maioria das pneumonias sem sinais de gravidade são de etiologia viral, devendo se evitar a resistência bacteriana.
E) As crianças que apresentam retrações torácicas devem ser internadas para realizar antibiótico parenteral, mesmo que não apresentem os sinais de perigo, pois retrações torácicas são consideradas sinal de gravidade.

A

Letra “C” - A nova classificação adotada pela OMS classifica a pneumonia em duas categorias: “pneumonia” caracterizada por taquipneia e/ou retrações torácicas e “pneumonia grave”, caracterizada pela presença de sinais de perigo e insuficiência respiratória.

Para uma boa compreensão da questão é válida uma breve revisão a respeito da antiga classificação da OMS e das atualizações feitas em 2014. Na antiga classificação constava que crianças de 2 a 59 meses que apresentassem tosse e/ou dificuldade para respirar, se apresentassem tosse e resfriado poderiam ser tratadas em casa já que não havia pneumonia; se elas tivessem associado a isso apenas a taquipneia o diagnóstico seria pneumonia e estaria indicado antibiótico oral para uso domiciliar. Já diante da apresentação de retração torácica e/ ou sinais de perigo (não ingestão de líquidos, vômitos persistentes, letargia, convulsão, inconsciência, estridor no repouso ou desnutrição) a pneumonia seria definida como grave (ou muito grave) e estaria indicada a internação com antibioticoterapia venosa. Em 2014, a OMS passa a considerar que crianças de 2 a 59 meses com tosse e/ou dificuldade para respirar que se apresentassem com taquipneia e/ou retrações torácicas seriam diagnosticadas com pneumonia e seriam tratadas em casa com amoxicilina via oral. Já para as crianças classificadas como pneumonia grave, que seriam aquelas com sinais de perigo e insuficiência respiratória, permaneceria indicada internação e antibioticoterapia venosa. Assim, ao analisarmos as alternativas temos que: A – INCORRETA, a publicação de 2014 não aborda esse ponto, mas a proposição estaria errada também porque numa criança entre 2 e 11 meses e 29 dias a FR máxima é de 50 irpm, e de 12 a 59 meses é de 40 irpm, além disso, a indicação para internamento por idade é reservada aos menores de 2 meses; B – INCORRETA, a nova classificação não traz essa questão, mas ainda assim, a radiografia de tórax não é essencial para confirmar o diagnóstico de pneumonia, devendo esse ser clínico, e esse exame solicitado em casos de suspeita de complicações ou nas crianças que serão internadas; além disso, o derrame pleural não é indicativo de pior prognóstico; C – CORRETA, exatamente como exposto acima; D – INCORRETA, a maioria das pneumonias vão ser de origem viral, mas isso não quer dizer que as pneumonias bacterianas que não apresentam critério de internamento não deverão ser tratadas com antibiótico; E – INCORRETA, a publicação de 2014 diz que as retrações torácicas não preenchem mais critério de gravidade.

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Q

(SES-PE 2016 ACESSO DIRETO) - A Otite Média Aguda (OMA) é um motivo frequente de ida ao consultório pediátrico e prescrição de antimicrobianos, devendo ser considerada no diagnóstico diferencial das síndromes febris agudas na infância. Acerca dessa enfermidade, assinale a alternativa CORRETA.

A) Os agentes bacterianos mais comuns são: Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis e o Streptococcus pyogenes.
B) É frequente a ocorrência de agentes virais, causando diretamente a OMA ou em coinfecção com agentes bacterianos.
C) Em crianças maiores de 6 meses, porém menores de 2 anos, deve ser prescrito antibiótico, mesmo no caso de diagnóstico presumido, devido ao risco de complicações, como mastoidite.
D) Do ponto de vista anatômico, na criança, a tuba auditiva é mais longa, horizontalizada e tem relativamente um diâmetro maior, quando comparada à do adulto, favorecendo a doença.
E)Os Streptococcus pneumoniae produtores de beta-lactamase têm aumentado sua incidência; por esse motivo, preconiza-se no Brasil que se utilize amoxicilina em dose dobrada (90 mg/kg/dia) como tratamento inicial.

A

Letra “B” - É frequente a ocorrência de agentes virais, causando diretamente a OMA ou em coinfecção com agentes bacterianos.

A respeito da Otite Média Aguda (OMA), a questão nos pede a alternativa correta: A – INCORRETA, como agentes bacterianos mais comuns temos o Haemophilus influenzae não tipável (o H. influenzae tipo B teve sua incidência reduzida após a introdução da vacina), a Moraxella catarrhalis e o Streptococcus pneumoniae; B – CORRETA, conceitual; C – INCORRETA, o antibiótico deve ser instituído na dúvida ou certeza do diagnóstico de OMA em menores de 6 meses, já em maiores de 6 meses e menores de 2 anos, na ausência de sinais de gravidade, podemos adotar a estratégia wait and see (esperando 48h), pois 80% dos casos terá resolução espontânea, sem necessidade de antibiótico; D – INCORRETA, na criança a tuba auditiva é mais curta e horizontalizada, sendo esses dados favoráveis a doença; E – INCORRETA, a dose preconizada de amoxicilina é de 40-50mg/Kg/dia e, além disso, o s. pneumoniae não produz betalactamase.

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6
Q

(SES-PE 2017 R3 PEDIATRIA) - Paciente masculino, 10 anos, foi internado há cerca de duas horas, na enfermaria, com pneumonia. Durante a ausculta pulmonar, observa-se um som descontínuo, ao final da inspiração, que não desaparece após a tosse. Qual é o ruído adventício?

 A) Estridor.
 B) Sibilos
 C) Roncos.
 D) Estertores finos.
 E) Estertores grossos.
A

Letra “D” - Estertores finos

  • ESTRIDOR: OBSTRUÇÃO TRAQUEIA OU LARINGE
  • PNM: MAIS COMUM: ESTERTOR FINO: DESCONTÍNUO ANORMAL AO FINAL DA INSPIRAÇÃO E NÃO DESAPARECE APÓS A TOSSE
  • SIBILOS: AGUDOS/MUSICAL/CONTÍNUOS
  • RONCOS: GRAVE/CONTÍNUOS
  • ESTERTOR GROSSO: ALTERA COM A TOSSE DESCONTÍNUO

A respeito da semiologia do aparelho respiratório em um paciente com pneumonia, a questão nos pede qual seria o ruído adventício observado se auscultássemos um som descontínuo, ao final da inspiração e que não desaparece após a tosse: A – INCORRETA, o estridor é um som que vai representar uma obstrução da traqueia ou da laringe; B e C – INCORRETAS, o sibilo e o ronco são sons anormais e contínuos, sendo o sibilo agudo e com alta frequência e ronco é grave e de baixa frequência; D – CORRETA, os estertores finos são sons descontínuos, anormais que surgem no final da inspiração e não desparecem após a tosse; e apesar de a pneumonia não apresentar um ruído adventício patognomônico, esse seria o mais frequente; E – INCORRETA, os estertores grossos são sons descontínuos, que surgem no final da inspiração, podendo estar presentes em toda expiração e se alteram com a tosse.

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7
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Mariana, 4 anos, é atendida no posto de saúde pelo médico do PSF de uma pequena cidade, com uma história de coriza, tosse e febre há 6 dias, sem outras queixas. Ao exame, apresenta-se com estado geral regular; taquipneica; afebril; corada; acianótica; sem sinais de desidratação; tempo de enchimento capilar < 2 segundos. Ausculta respiratória: diminuição de murmúrio vesicular em base direita, com estertores finos. FR = 44 irpm; SpO2 = 95%. Restante do exame físico sem alterações. Qual a conduta mais adequada para esse caso?

A) Solicitar encaminhamentos a uma cidade de maior porte para realização de radiografia de tórax, hemograma e PCR. Após resultado desses exames, definir se tratamento ambulatorial ou internamento.
B) Transferência para internamento. Iniciar ampicilina por via parenteral, e, pela piora do prognóstico das pneumonias, na presença de hipóxia deve ser administrado O2.
C) Manter na cidade de origem. Prescrição de amoxicilina para casa, com orientação de reavaliar com 48 horas ou antes, se piorar.
D) Manter na cidade de origem. Prescrição de antitérmicos e orientação de aumentar a ingesta hídrica. Orientação de reavaliar com 48 horas.
E) Manter, inicialmente, na cidade de origem. Fazer antitérmico, broncodilatador na emergência, em 3 ciclos e corticoide oral. Caso não melhore, transferir para internamento.

A

Letra “C” - C) Manter na cidade de origem. Prescrição de amoxicilina para casa, com orientação de reavaliar com 48 horas ou antes, se piorar.

Temos uma criança de 4 anos com um quadro de pneumonia (coriza, tosse, febre, taquipneia e diminuição de murmúrio vesicular a direita com estertores finos) de provável etiologia bacteriana. Após definir o diagnóstico de pneumonia clinicamente, devemos decidir onde será realizado o tratamento, se a nível ambulatorial ou hospitalar. Como ela não apresenta sinais de toxemia, desidratação, dessaturação ou desconforto respiratório, ou seja, sem sinais de gravidade, deve seguir com tratamento ambulatorial, com amoxicilina 40-50 mg/Kg/dia e reavaliação obrigatória em 48h. Como no exame físico não há nenhum sinal de complicação e a paciente não vai ser internada, não há necessidade, pelo menos inicialmente, de realização de radiografia de tórax ou outros exames complementares. Além disso, não há necessidade de fazer broncodilatadores ou corticoides, já que a criança não apresenta sinais de sibilância. Portanto, a melhor conduta está na alternativa C.

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8
Q

(SURCE 2019 R3 PEDIATRIA) - Rapaz de 14 anos apresenta febre, cansaço e dor de garganta há 1 semana, sem melhora mesmo após o uso de amoxicilina. Vem à consulta por apresentar gânglios na região cervical. Ao exame físico, exibe espaço de Traube ocupado. Ao realizar hemograma, são observados linfócitos atípicos no sangue periférico. Esse quadro clínico é fortemente sugestivo de que doença?

A) Difteria.
B) Mononucleose infecciosa.
C) Angina de Plaut Vincent.
D) Amigdalite por Streptococus Pyogenes.

A

Letra “B” - Mononucleose infecciosa

Diante do quadro apresentado, a questão nos pede o diagnóstico mais sugestivo: A – INCORRETA, a difteria é caracterizada por um exsudato, com formação de uma placa pseudomembranosa, na orofaringe, que ao tentar ser retirada causa sangramento; além disso, houve uma redução considerável do número de casos desde a instalação da vacina no PNI; B – CORRETA, pois frente a um adolescente com febre, cansaço e dor de garganta, sem melhora mesmo após uso de amoxicilina, fato que já nos alerta para provável etiologia viral, além de adenopatia cervical, esplenomegalia e linfócitos atípicos (geralmente, mais de 10%) no sangue periférico, devemos pensar em mononucleose infecciosa (que tem como agente o vírus Epstein-Barr), sendo essa uma clássica representação; C – INCORRETA, a angina de Plaut Vincent é uma infecção causada por germes anaeróbios, caracterizada por lesões orais concomitantes a dentes em péssimo estado de conservação; D – INCORRETA, se fosse o caso de uma amigdalite por Streptococcus pyogenes observaríamos uma resposta à amoxicilina.

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9
Q

(SES-PE 2009 ACESSO DIRETO) - Você atende um escolar de 7 anos com história de 10 dias de tosse inicialmente seca, que progride para tosse em acessos com expectoração esbranquiçada. É acompanhada, ainda, de febre persistente, anorexia e astenia nos últimos 4 dias. No primeiro dia de febre, por conta própria, a genitora iniciou amoxacilina em doses habituais. Como a febre e tosse persistiram, a mãe resolveu procurar atenção médica. É uma criança previamente hígida, sem antecedentes pessoais dignos de nota. Tem um irmão que apresentou quadro semelhante há 1 mês. Ao exame, estado geral regular, discretamente dispneico, febril, hidratado, acianótico, ausculta cardíaca normal, respiratória com MV diminuído em 1/3 inferior direito com estertores finos, tiragem intercostal discreta e FR = 32 ipm. Ainda há discreto exantema macular em tronco. Qual a conduta correta para esse caso?

A) Manter a amoxacilina, dobrando a dose, pois se trata de um escolar, e o agente mais provável é um S. pneumoniae resistente.
B) Reinvestigar: solicitar radiografia de tórax, se constatar que não há derrame pleural, trocar o antibiótico para amoxacilina com clavulanato de potássio, pois o agente provável deve ser o H. influenzae tipo B.
C) Reinvestigar: solicitar radiografia de tórax, se constatar que não há derrame pleural; solicitar também hemograma, hemocultura; pesquisa para Mycoplasma pneumoniae e trocar antibiótico para um macrolídeo.
D) Reinvestigar: solicitar radiografia de tórax e teste tuberculínico devido à possibilidade de tuberculose pulmonar, uma vez que há irmão com história semelhante.
E) Manter a conduta, pois, devido à presença do exantema, a pneumonia deve estar associada a um agente viral.

A

Letra “C” - Reinvestigar: solicitar radiografia de tórax, se constatar que não há derrame pleural; solicitar também hemograma, hemocultura; pesquisa para Mycoplasma pneumoniae e trocar antibiótico para um macrolídeo.

Temos uma criança de 7 anos com um quadro arrastado de tosse, com piora nos últimos 4 dias, com surgimento de febre, além de apresentar taquipneia com ausculta localizada. Todos esses comemorativos falam a favor de uma pneumonia. Partindo do princípio de que se fosse um quadro de pneumonia clássica (típica), causada pelo pneumococo, deveria haver uma resposta à amoxicilina, podemos levantar a hipótese de uma pneumonia causada por um agente que tenha uma resistência à penicilina ou um agente não coberto pelo medicamento. Mas, diante de um quadro arrastado evoluindo com piora e exantema macular numa criança maior de 5 anos, devemos pensar na pneumonia por Mycoplasma pneumoniae. Diante disso, vamos às alternativas: A – INCORRETA, como já dito, por se tratar de um escolar com um quadro de pneumonia atípica o agente mais comumente associado é o M. pneumoniae; B – INCORRETA, apesar de haver uma indicação de realização de radiografia de tórax para avaliação de complicações, pela presença de febre a despeito da antibioticoterapia a mais de 48h, o H. influenzae tipo B e a amoxicilina não se encaixam no quadro; C – CORRETA, se partimos do princípio de que a criança está a mais de 48h com antibiótico e não apresenta resposta, podemos considerar isso como uma falha terapêutica e, somada a presença de tiragem intercostal, a indicação de internamento seria uma opção, assim, frente a um internamento devemos solicitar radiografia de tórax, hemograma e hemocultura; além disso, é válido lembrar que um macrolídeo é a melhor opção terapêutica para pneumonia por mycoplasma; D – INCORRETA, a tuberculose pulmonar fica um pouco de fora das possibilidades pois não há relato de epidemiologia positiva, de estado nutricional ou de outros fatores que falassem mais a favor de tuberculose; E – INCORRETA, 25% dos casos de infecção por M. pneumoniae podemos ter um quadro de exantema associado

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10
Q

(SES-PE 2011 ACESSO DIRETO) - Lactente de 18 meses, sem antecedentes alérgicos apresenta sintomas de resfriado comum por dois dias, com febre baixa, que evoluem subitamente para tosse ladrante e rouquidão. Ao ser levado para pronto-atendimento, observa-se estridor inspiratório à ausculta e hiperemia de orofaringe. Melhora rapidamente com uma nebulização contendo adrenalina e é liberado para casa, com prescrição de dexametasona via oral. O diagnóstico mais provável é o de:

 A) laringite estridulosa.
 B) laringite viral aguda.
 C) epiglotite.
 D) laringite pseudomembranosa.
 E) laringomalácia.
A

Letra “B” - laringite viral aguda.

Temos um paciente de 18 meses com um quadro de resfriado comum por 2 dias que evoluiu com uma tosse ladrante, rouquidão e estridor inspiratório. Quando lermos essa tríade em uma questão devemos pensar na síndrome Crupe. Diante dessa hipótese inicial e sabendo que essa síndrome conta com várias patologias, questão nos pede o diagnóstico mais provável, então, vamos às proposições: A – INCORRETA, o crupe espasmódico ou laringite estridulosa geralmente apresenta difícil diferenciação na emergência, mas na prova encontraremos um quadro de uma criança sem pródromos virais, febre ausente e com história de despertares súbitos durante a noite com as manifestações de estridor, rouquidão e tosse metálica. Apresenta um curso autolimitado, muitas vezes não necessitando de tratamento, mas tende a recorrência. B – CORRETA, o crupe viral, também chamado de laringite ou laringotraqueíte viral, é mais frequente na idade de 3 meses a 3 anos, caracterizado por prodromos catarrais, febre (37,8 a 40,5°C), tosse metálica, estridor (presente na laringotraqueíte e na laringotraqueobronquite, sendo que nessa última ele vem acompanhado de sibilância) e rouquidão. Possui um desfecho favorável, sendo a internação (indicada apenas para casos graves) e a intubação pouco frequentes. O tratamento dos casos leves, sem estridor em repouso, envolve o uso de corticoide, com preferência para dexametasona (devido ao tempo de ação prolongado). Já na presença de estridor em repouso, devemos fazer uso da nebulização com adrenalina associada, como foi o caso em questão. C – INCORRETA, a epiglotite que é um tipo de supraglotite, é causada por uma infecção bacteriana (sendo o H. influenzae do tipo B o patógeno mais frequente) e cursa com um quadro grave de angústia respiratória de evolução rápida, com surgimento de estridor súbito e pode evoluir com necessidade de IOT, sendo necessário antibioticoterapia. D – INCORRETA, a laringite pseudomembranosa é também conhecida como difteria e a bactéria causaria uma presença de exsudato na orofaringe (placa pseudomembranosa). E – INCORRETA, a laringomalácia é a principal malformação congênita da laringe e os sintomas seriam referidos desde o nascimento e apresentariam melhora aos 18 meses.

A nível complementar, dentro da síndrome Crupe também temos a traqueíte bacteriana, que não se encaixaria nesse caso, pois a criança geralmente apresenta mais de 3 anos e tem um quadro mais exuberante e progressivo, apresentando uma febre importante associada e um estridor moderado a intenso e com presença de secreção purulenta na cavidade oral. Além disso, o quadro pode evoluir com obstrução de via aérea e a internação em UTI muitas vezes é necessária, sendo o tratamento feito com antibioticoterapia (preferencialmente via parenteral).

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11
Q

(SES-PE 2012 ACESSO DIRETO) - Analise estes 2 casos clínicos: Caso 1- Lactente de 10 meses de idade, com história de febre há 24 horas, tosse e coriza. No exame físico, apresentava-se com hiperemia discreta de membrana timpânica à esquerda; restante do exame normal. Caso 2 – Criança de 3 anos, com história de tosse, coriza e febre há 2 dias. Teve dor de ouvido ontem e hoje se encontra sem dor e com secreção purulenta no conduto auditivo. Assinale as condutas MAIS adequadas para os 2 casos.

A) Iniciar antibioticoterapia oral nos dois casos, pois se trata de uma otite média aguda bacteriana em um lactente jovem do caso 1 e uma OM supurada no caso 2.
B) Fazer sintomáticos nos 2 casos e reavaliar com 24 horas. O caso 1 pode ser apenas um resfriado comum. O caso 2, como já se encontra sem dor e houve a drenagem de secreção purulenta, não está mais indicado antibiótico.
C) Antibiótico oral no caso 1 e prescrever gotas otológicas e encaminhar ao especialista no caso 2.
D) Amoxacilina com ácido clavulânico em doses elevadas, devido à presença de perfuração em membrana timpânica no caso 2 e apenas sintomáticos no caso 1.
E) Fazer sintomáticos no caso 1 e reavaliar com 24 horas. No caso 2, fazer amoxacilina em doses habituais

A

Letra “E” - Fazer sintomáticos no caso 1 e reavaliar com 24 horas. No caso 2, fazer amoxacilina em doses habituais

No caso 1 temos um lactente de 10 meses com febre, tosse e coriza há 24h, com hiperemia discreta de membrana timpânica, sendo tal quadro compatível com um resfriado comum. Assim, a conduta diante de um resfriado comum consiste em orientações gerais de suporte como lavagem nasal com solução salina e reavaliação em 24-48h. Já no caso 2, temos uma criança com um resfriado comum que evoluiu para uma otite média aguda com otorreia purulenta, o que representa uma indicação formal à antibioticoterapia, sendo preferível o uso de amoxicilina em doses habituais. Portanto, a melhor opção é a alternativa E.

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12
Q

(SES-PE 2009 ACESSO DIRETO) - Paciente com oito meses é atendido no posto de saúde com história de febre baixa, tosse e coriza, há 48 horas. No exame físico, foi observada discreta hiperemia de membrana timpânica à direita e frequência respiratória de 41 irpm, sendo observada, ainda, discreta sibilância na ausculta respiratória. Foi prescrito amoxacilina na dose de 90mg/Kg/dia, tendo sido justificado pelo médico que o paciente estaria com otite média aguda à direita e pneumonia. Sobre este atendimento, assinale a alternativa correta:

A) Pelas normas do Ministério da Saúde/OMS, realmente o paciente apresenta o diagnóstico de pneumonia. Entretanto, a dose de amoxacilina deveria ter sido de 50mg/Kg/dia.
B) Apesar de o diagnóstico de pneumonia não estar correto, como a resistência bacteriana ao pneumococo está crescendo no Brasil e o paciente em questão é um lactente jovem, foi correto o uso de amoxacilina na dose de 90mg/Kg/dia, já que o paciente apresentava clínica de otite média aguda bacteriana.
C) O único erro observado no caso é que a discreta de hiperemia de membrana timpânica à direita não permite o diagnóstico de OMA, já que qualquer resfriado comum pode cursar com hiperemia de MT.
D) Apesar de a FR estar aumentada para idade, o que, pelas normas do MS/OMS, permite o diagnóstico de pneumonia, a presença de espasticidade implicaria a necessidade de nebulização com beta 2 e, depois, a reclassificação da FR.
E) O quadro clínico poderia ser compatível com bronquiolite viral aguda.

A

Letra “E” - O quadro clínico poderia ser compatível com bronquiolite viral aguda.

Temos um paciente de 8 meses com um quadro clínico de um resfriado comum que evolui com sibilância, não acompanhada de taquipneia, já que frequência respiratória máxima para uma criança de 8 meses é de 50 irpm. Mesmo sem termos conhecimento se esse é ou não o primeiro episódio de cansaço, devemos ter em mente a hipótese de Bronquiolite Viral Aguda (BVA). Lembrando que a hiperemia de membrana timpânica pode estar presente de forma isolada no resfriado, não podendo ser definido o diagnóstico de OMA apenas por esse achado. Além disso, a prescrição do antibiótico também não está correta porque o paciente não apresenta um quadro de pneumonia (que a princípio não apresenta sibilos na ausculta) e a BVA é causada pelo vírus sincicial respiratório, não justificando o seu uso. Ao analisarmos as alternativas temos: A – INCORRETA, pelo Ministério da Saúde seria necessária a presença de taquipneia para o diagnóstico de pneumonia; B – INCORRETA, o paciente não é um lactente jovem e a presença de hiperemia isolada da membrana timpânica não define OMA; C – INCORRETA, esse não é o único erro da questão; D – INCORRETA, além da FR não estar aumentada para idade, o tratamento de BVA não envolve o uso de nebulização com beta 2; E – CORRETA, como exposto anteriormente.

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13
Q

(SUS-SP 2014 ACESSO DIRETO) - Ana traz seu filho Pedro com 3 anos de idade ao pronto-socorro, pois apresenta tosse produtiva há uma semana, febre de 38°C a cada 8 horas, há 3 dias, e cansaço há 2 dias. Ao exame físico, Pedro apresenta frequência respiratória = 30 irpm apresentando apenas tiragem subdiafragmática; frequência cardíaca = 100 bpm. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares diminuídos, macicez à percussão e aumento da ausculta da voz na base do hemitórax esquerdo. O diagnóstico e o agente etiológico mais provável para o quadro respiratório de Pedro e a conduta nesse momento são:

A) pneumonia com derrame pleural, Staphylococcus aureus, realizar toracocentese e introduzir penicilina cristalina.
B) pneumonia sem derrame pleural, Streptoccocus pneumoniae, internação com introdução de penicilina cristalina.
C) pneumonia com derrame pleural, Streptoccocus pneumoniae, internação com introdução de penicilina cristalina.
D) pneumonia sem derrame pleural, Streptoccocus pneumoniae, tratamento ambulatorial com amoxicilina.
E) pneumonia sem derrame pleural, Staphylococcus aureus, tratamento ambulatorial com azitromicina.

A

Letra “D” - pneumonia sem derrame pleural, Streptoccocus pneumoniae, tratamento ambulatorial com amoxicilina.

Temos uma criança de 3 anos com quadro de tosse produtiva há uma semana que evoluiu com febre e cansaço. Se pensássemos numa causa viral no final dessa semana essa tosse era para estar apresentando uma curva de melhora, além disso, uma febre que surge após um quadro inicial de tosse deve ser um sinal de alarme para provável complicação bacteriana. Apresenta um exame físico compatível com uma síndrome de condensação pulmonar. Assim, temos uma pneumonia, onde o agente etiológico mais provável é o pneumococo (Streptococcus pneumoniae). Com diagnóstico definido, devemos decidir o local de tratamento, que vai mudar segundo as fontes. Segundo o Consenso Brasileiro de Pneumonia (2007) a tiragem subcostal é um critério de internamento, mas segundo a resolução de 2014 da OMS, a tiragem subcostal não é mais um critério de intermanento. Como o concurso seguiu como fonte a OMS, a criança deve seguir com o tratamento ambulatorial com amoxicilina. Portanto, a proposição correta é a alternativa D.

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14
Q

(UERN 2019 ACESSO DIRETO) - Criança de 10 anos comparece ao seu consultório com queixa de secreção nasal purulenta, febre e informa que os sintomas pioram ao deitar. Informa ainda que os sintomas se iniciaram há 4 dias. A sua hipótese diagnostica e suas condutas iniciais são:

A) Sinusite aguda / Amoxicilina.
B) Sinusite aguda / Ceftriaxona.
C) Broncopneumonia / Benzetacil.
D) Broncopneumonia / Ceftriaxona.

A

Letra “A” - Sinusite aguda / Amoxicilina.

Diante de um quadro de secreção nasal purulenta com febre, mesmo que apenas com 4 dias de duração, e principalmente em uma criança mais velha, como a da questão, devemos pensar em uma infecção bacteriana associada. Além disso, ela informa que seus sintomas pioram ao deitar e tal fato ocorre devido ao gotejamento nasal posterior e pode causar acessos de tosse. Todos esses comemorativos são bem característicos de sinusite aguda, que tem como agentes principais o pneumococo, o Haemophilus influenzae não tipável e a Moraxella Catarrhalis e o tratamento de escolha é a amoxicilina (alternativa A).

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15
Q

(UFPB 2013 ACESSO DIRETO) - Paciente ambulatorial, 3 anos, em tratamento de pneumonia com febre e sem resposta à antibioticoterapia empírica inicial, evolução muito grave e derrame pleural, deve receber:

 A) Ampicilina-sulbactam.
 B) Oxacilina + ceftriaxona.
 C) Vancomicina e amicacina.
 D) Claritromicina.
 E) Clindamicina.
A

Letra “B” - Oxacilina + ceftriaxona.

Temos uma criança de 3 anos que estava realizando o tratamento ambulatorial para uma pneumonia, que poderíamos presumir ser a amoxicilina, mas que não estava apresentando resposta à medicação e estava evoluindo de forma grave com derrame pleural. Diante disso, devemos pensar que se trata ou de um agente resistente à penicilina ou um agente não coberto pelo antibiótico, ou ainda que apresente uma complicação. Mas como o paciente está muito grave devemos tratar todos os agentes etiológicos empiricamente e para isso o esquema adequado é a associação de oxacilina (que oferece a cobertura para staphylococcus aureus) com ceftriaxona (betalactâmico que vai objetivar pegar um pneumococo com resistência intermediária e os hemófilos não tipáveis) ou cloranfenicol. Assim, ficamos com a alternativa B.

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16
Q

(UFPE 2006 ACESSO DIRETO) - Em relação ao diagnóstico de sinusite aguda em crianças, assinale a alternativa correta:

A) É basicamente clínico e, nos lactentes, é o seio frontal aquele que é o mais frequentemente acometido.
B) Tosse coqueluchoide complicando resfriado é a forma de apresentação mais comum de sinusite bacteriana aguda persistente no lactente.
C) A cultura da secreção nasal esverdeada permite estabelecer o diagnóstico etiológico da sinusite bacteriana aguda.
D) A persistência de secreção nasal e tosse, tanto diurna como noturna, em uma criança de 4 anos após duas semanas de resfriado sugere sinusite aguda persistente.

A

Letra “D” - A persistência de secreção nasal e tosse, tanto diurna como noturna, em uma criança de 4 anos após duas semanas de resfriado sugere sinusite aguda persistente.

FRONTAL: 7-10a

Em relação ao diagnóstico de sinusite aguda em crianças, a questão nos pede a alternativa correta: A – INCORRETA, o seio frontal não está desenvolvido nos lactentes e só vai desenvolver em torno dos 7 -10 anos de idade; B – INCORRETA, a principal forma de apresentação da sinusite bacteriana aguda no lactente é um resfriado mal curado, de curso arrastado, com manutenção da tosse; C – INCORRETA, a cultura de secreção nasal apesar de ser o melhor método para estabelecer o diagnóstico etiológico , a secreção não precisa necessariamente ser esverdeada para ser de origem bacteriana; D – INCORRETA, a sinusite aguda é justamente caracterizada pela presença de um resfriado comum que evolui com manutenção da tosse por mais de 2 semanas sem melhora.

17
Q

(UERN 2019 ACESSO DIRETO) - Na UPA em Mossoró, você atende Marta, de 4 anos de idade, que segundo a mãe iniciou quadro de coriza, febre (37,9°C) e congestão nasal há 3 dias. Ao exame físico bom estado geral, não apresentava adenopatias, lesões cutâneas, visceromegalias ou febre. Aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações. Diante desta situação qual será sua melhor conduta:

A) Solicitar hemograma, PCR, radiografia de tórax e de seios da face.
B) Alta com prescrição de medicações sintomáticas.
C) Etapa de hidratação venosa e solicitar radiografia de tórax e de seios da face.
D) Alta com prescrição de medicações sintomáticas e antibioticoterapia.

A

Letra “B” - Alta com prescrição de medicações sintomáticas.

Estamos diante de um quadro de coriza, febre baixa e congestão nasal há 3 dias, sem alterações ao exame físico, principalmente nos atentando para ausência de taquipneia, podemos concluir que essa criança apresenta um quadro de infecção e vias aéreas superiores de provável etiologia viral. Portanto, podemos levantar a hipótese de um resfriado comum que ainda está em curso de resolução espontânea, então como conduta para Marta podemos conceder a alta com prescrição de sintomáticos e orientações para retorno em 48h se ausência de melhora (alternativa B).

18
Q

(UFPB 2013 ACESSO DIRETO) - A faringite viral pode ser diferenciada da faringite estreptocócica por apresentar:

 A) Mialgia e artralgia.
 B) Sintomas de início súbito.
 C) Adenomegalia cervical com sensibilidade local.
 D) Petéquias de palato.
 E) Ausência de conjuntivite e diarreia.
A

Letra “A” - Mialgia e artralgia.

VIRAL: + SISTÊMICO: MIALGIA E ARTRALGIA
BACTERIANA: SINTOMAS SÚBITOS (SEM PRÓDROMOS VIRAIS); ADENOMEGALIA CERVICAL; PETÉQUIAS DE PALATO TENDE A SER MAIS ESPECÍFICO DE AMIGDALITE BACTERIANA (MAS NÃO É PATOGNOMÔNICO - PODE APARECER EM VIRAL TB); AUSÊNCIA DE CONJUNTIVITE.

A questão nos pergunta qual das características apresentadas por uma faringite viral permite sua diferenciação de uma faringite estreptocócica, então, vamos às proposições: A – CORRETA, geralmente diante da presença de uma faringite viral encontraremos pródromos virais e um quadro de acometimento sistêmico, como a presença de mialgia e artralgia; B – INCORRETA, os sintomas de início súbito são mais característicos da faringite bacteriana; C – INCORRETA, essa também é uma característica da estreptocócica; D – INCORRETA, apesar das petéquias de palato não serem patognomônicas de infecção estreptocócica, podendo aparecer em ambas etiologias, alguns estudos apontam que tais achados são bastante sugestivos e são mais específicos da faringite de etiologia bacteriana; E – INCORRETA, a presença de conjuntivite e diarreia falam mais a favor da etiologia viral, portanto, sua ausência fala contra.

19
Q

(PSU-MG 2020 ACESSO DIRETO) - Criança, seis anos de idade, há dois dias com dor de garganta, odinofagia e febre (39ºC). Nega tosse, coriza ou obstrução nasal. Observa-se aumento e hiperemia de amígdalas, hiperemia e edema da úvula, presença de petéquias em palato mole e adenomegalia cervical anterior dolorosa. Sem outras alterações ao exame físico. Nesse momento, a conduta propedêutica MAIS ADEQUADA é solicitar:

A) cultura de material do swab da orofaringe.
B) dosagem de antiestreptolisina O.
C) sorologia para Epstein-Barr.
D) teste rápido para antígenos estreptocócicos.

A

Letra “D” - teste rápido para antígenos estreptocócicos.

Temos uma criança de 6 anos com um quadro de odinofagia e febre (39°C) há 2 dias, sem pródromos virais associados, o que fala a favor de uma faringite bacteriana. Além disso, ao exame da orofaringe apresentava hiperemia de amígdalas, hiperemia e edema de úvula e presença de petéquias em palato mole, que apesar de não ser um sinal patognomônico de faringite bacteriana estreptocócica, alguns estudos apontam como sendo um achado específico dessa etiologia. Apresentava ainda adenomegalia cervical dolorosa, que também é um achado sugestivo da faringite bacteriana. Com esse diagnóstico em mente, a questão nos pede a conduta propedêutica mais adequada: A – INCORRETA, a cultura de orofaringe é o exame padrão-ouro para esses casos, mas devido à demora para sua execução não é o exame mais indicado incialmente; B – INCORRETA, a dosagem da ASLO também não vai ser útil do ponto de vista prático incialmente; C – INCORRETA, o quadro clínico apresentado não é compatível com mononucleose infecciosa, onde teremos o acometimento de várias cadeias cervicais, o que não é o descrito; D – CORRETA, o teste rápido para antígenos estreptocócicos, consiste em um swab da orofaringe que permite um diagnóstico rápido (em 4 a 6 horas) e por apresentar uma boa sensibilidade e especificidade consiste em um bom teste de triagem, principalmente diante de casos tão sugestivos. Assim, o tratamento de escolha é o uso da penicilina benzatina.

20
Q

(UFPE 2010.2 ACESSO DIRETO) - Mário, pré-escolar de 3 anos de idade, chega ao ambulatório com febre elevada há 24 horas, acompanhada de hiperemia de orofaringe e tosse ocasional incomodativa, além de coriza hialina. Atualmente tem 13 kg e apresenta bom estado geral, com ausculta respiratória e cardíaca normais. Na história familiar, a genitora tem rinite alérgica. Nos antecedentes pessoais, teve um episódio de otite média aguda aos 18 meses de idade. Qual a prescrição médica mais adequada para o caso?

A) Aumento da oferta hídrica; não insistir para a criança comer; anti-inflamatório do tipo diclofenaco – 20 gotas três vezes ao dia por cinco dias, para alívio dos sintomas inflamatórios em orofaringe e descongestionante tópico nasal à base de nafazolina – 1 gota em cada narina por cinco dias.

B) Aumento da oferta hídrica; não agradar e nem insistir para a criança comer; paracetamol, se houver febre elevada; soro fisiológico nasal três a seis vezes ao dia.

C) Oferta de sucos ricos em vitamina C; 4 ml da solução de dipirona para crianças, se houver febre elevada; soro fisiológico nasal 3 a 6 vezes ao dia; amoxicilina suspensão 500 mg a cada 12 horas, pelo risco de otite média aguda e de bacteremia oculta.

D) Oferta de sucos ricos em vitamina C; antitérmico habitual da criança quando a febre incomodar, insistir na alimentação para combater a desnutrição aguda; soro fisiológico nasal três a seis vezes ao dia; descongestionante sistêmico à base de anti-histamínico com pseudoefedrina.

A

Letra “B” - Aumento da oferta hídrica; não agradar e nem insistir para a criança comer; paracetamol, se houver febre elevada; soro fisiológico nasal três a seis vezes ao dia.

Temos uma criança de 3 anos com um quadro de amigdalite viral ou resfriado comum, já que pela apresentação dos sintomas os dois diagnósticos se confundem um pouco. Mas isso não interfere na conduta, já que é a mesma para dois casos, que consiste no tratamento de suporte e ficar atento para qualquer sinal de piora. Então, vamos às alternativas: A – INCORRETA, o diclofenaco e o descongestionante tópico são contraindicados para crianças nessa idade; B – CORRETA, esse é basicamente o suporte indicado para esses casos; C – INCORRETA, a vitamina C não é proibitiva mas seu uso não apresenta nenhuma mudança no quadro clínico e o uso de amoxicilina não é adequado, já que é um quadro caracteristicamente viral e com início há 24h; D – INCORRETA, não é necessário insistir na alimentação contra vontade da criança e o descongestionante nasal está contraindicado para menores de 6 anos.

21
Q

(PSU-MG - MG - 2019 - R1) Lactente, 10 meses de idade, há quatro dias iniciou com espirros, tosse discreta, rinorreia clara e obstrução nasal. Em uso de solução salina para limpeza nasal. Há 48 horas com irritabilidade, dificuldade para dormir e febre (temperatura axilar 39.5°C). Ao exame, notam-se cornetos nasais hiperemiados, hiperemia de orofaringe e membranas timpânicas com hiperemia e abaulamento bilateralmente. Em relação à prescrição para esse paciente, assinale a alternativa MAIS ADEQUADA:

A. Prescrever amoxicilina por via oral para tratamento de otite média aguda e orientar quanto à evolução
esperada.
B. Prescrever anti-histamínico para alívio dos sintomas nasais e agendar o retorno em 24 horas.
C. Prescrever anti-inflamatório não esteroide para alívio de febre e da dor e agendar retorno em 72 horas.
D. Prescrever corticoide nasal para desobstruir as vias aéreas e orientar quanto à evolução esperada.

A

Letra “A” - Prescrever amoxicilina por via oral para tratamento de otite média aguda e orientar quanto à evolução esperada.

Criança com qualquer idade que se apresenta com sinal de gravidade deve receber ATB por via oral e prescrição de analgésicos mais orientações quanto aos sinais de complicações. Nesse caso, o lactente apresentava como sinal de gravidade a febre maior ou igual a 39 graus, além de sinal de certeza de otite: abaulamento de MT.

22
Q

UNIFESP 2020 - ACESSO DIRETO. Menino, 4 meses de idade, previamente hígido, apresenta estridor
inspiratório de início recente e que piora quando mama ou chora. A mãe nega febre, prostração,
adinamia, vômitos, náuseas ou diarreia. Qual é o diagnóstico mais provável?

A. Laringomalácia;
B. Paralisia de pregas vocais;
C. Estenose subglótica;
D. Laringocele;
E. Fenda laríngea.
A

Letra “A” - Laringomalácia

Laringomalácia é a principal malformação congênita da laringe. Como clínica, apresenta estridor inspiratório que piora durante o choro e mamadas, sendo percebido até o final do primeiro trimestre, usualmente.

23
Q

SES-PE 2019.2 - A Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é a infecção respiratória aguda com
importante morbimortalidade na infância, especialmente em menores de cinco anos. O diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais para melhora do prognóstico. Qual dos casos abaixo mais provavelmente é uma PAC?

A. Lactente 10 meses apresenta febre, rouquidão e tosse há dois dias. Ao exame: estado geral bom,
temperatura axilar = 36,50 C, FR=42ipm, com roncos em ambos hemitórax.

B. Pré-escolar 3 anos apresenta febre, tosse e dor abdominal há quatro dias. Ao exame: estado geral regular, temperatura axilar = 36,20 C, FR= 46ipm, com tiragem torácica subcostal e estertores na base do
hemitórax direito.

C. Lactente 2 meses apresenta febre e diminuição das mamadas há 12 horas. Ao exame: estado geral
regular, temperatura axilar = 36,70 C, FR=44ipm, com roncos e sibilos em ambos hemitórax.

D. Pré-escolar 3 anos apresenta secreção nasal amarela e tosse há 15 dias e febre há 24 horas. Ao exame: estado geral bom, temperatura axilar = 36,30 C, FR= 30 ipm, com roncos em ambos hemitórax.
E. Lactente com 6meses, com febre e tosse há 2 meses. Sem tiragem subcostal.FR-41ipm.

A

Letra “B” - Pré-escolar 3 anos apresenta febre, tosse e dor abdominal há quatro dias. Ao exame: estado geral regular, temperatura axilar = 36,20 C, FR= 46ipm, com tiragem torácica subcostal e estertores na base do
hemitórax direito.

Na alternativa A possivelmente temos uma laringite viral, uma vez que a criança se apresenta eupneica e com rouquidão.
Encontramos na alternativa B um quadro clássico de pneumonia, pois temos um paciente com história compatível e taquipneia, além de ausculta localizada em
hemitórax direito.
Alternativa C, provavelmente temos uma bronquiolite pois se trata de um lactente jovem com ausculta com sibilos e para termos mais certeza desse diagnóstico precisa ser comentado que a criança tem pródromos virais. Pneumonia não se encaixa diante dessa ausculta difusa.
Letra D temos uma sinusite, pois a criança apresenta um quadro arrastado de 15 dias com piora nas últimas
24h, já que apresentou febre. Além disso, a criança está eupneica e ausculta de roncos pode estar presente na sinusite. Letra E temos um quadro insidioso de 2 meses, sem desconforto e sem taquipneia, pela história podemos pensar em tuberculose.

24
Q

PSU-MG 2020 ACESSO DIRETO. Adolescente, 10 anos de idade, apresenta febre, tosse, cefaleia e dor de garganta há uma semana. Há quatro dias iniciou dispneia e foi prescrito amoxacilina, 90mg/kg/dia. Retorna hoje à USB, mantendo febre (38,3ºC), tosse seca frequente, mialgia e dispneia. Nega vômitos. Usando corretamente a amoxacilina há 72 horas. Vacinas em dia. Ao exame físico, apresenta-se corado, hidratado, FR=32irpm, SatO₂= 96%. Sons respiratórios
diminuídos nas bases, com presença de crepitações finas bilaterais. Restante do exame físico sem
alterações. A conduta MAIS ADEQUADA é:

A. associar azitromicina.
B. associar ciprofloxacina.
C. substituir por amoxacilina com clavulanato.
D. substituir por cefuroxime.

A

Letra “A” - associar azitromicina.

Paciente com mais de 5 anos de idade, quadro insidioso, tosse seca persistente, sem melhora com antibiótico para bactérias típicas e mais frequentes. Apresenta taquipneia e ausculta bilateral, o que fala a favor de pneumonia atípica e, por isso, o tratamento com
azitromicina.

25
Q

AMRIGS-RS 2019 ACESSO DIRETO - Paciente com três meses é admitido pela segunda vez na unidade
de emergência por febrícula, tosse persistente e taquipneia. Ao exame físico, verifica-se a presença de
sibilos, estertores grosseiros difusos e tiragens subcostais. Considerando-se a principal hipótese para
esse quadro clínico, é correto afirmar que:

A. A administração de corticoterapia é obrigatória em função da enfermidade ser basicamente
inflamatória.
B. A solicitação de radiografia de tórax é essencial para definir o diagnóstico.
C. A antibioticoterapia deve ser instituída o mais breve possível e esse é o principal determinante de
menores morbidade e mortalidade.
D. As principais medidas terapêuticas visam otimizar as relações de ventilação e perfusão.

A

Letra “D” - As principais medidas terapêuticas visam otimizar as relações de ventilação e perfusão.

Diante do quadro clínico, nossa principal hipótese é bronquiolite e, portanto, precisamos oferecer suporte para melhorar a ventilação e perfusão, através de oxigenioterapia se for necessário e hidratação.

26
Q

(UFPE 2011.2 ACESSO DIRETO) - Lactente de quatro meses, sexo feminino, internada com febre alta há três dias, dispneia e gemente. Radiografia de tórax: infiltrado no terço superior do pulmão esquerdo e imagem de hipotransparência de permeio com nível hidroaéreo. Exame físico: hipoativa, tiragem subcostal e impetigo bolhoso no pé direito. A melhor opção inicial de antimicrobiano entre as citadas abaixo, é:

A) Oxacilina.
B) Ampicilina
C) Penicilina cristalina.
D) Gentamicina+ampicilina.

A

Letra “A” - Oxacilina

HD: PNM complicada com abscesso pulmonar (imagem de hipotransparência de permeio com nível hidroaéreo): S. aureus (porta de entrada: impetigo bolhoso): Oxacilina

Gemência: sinal de gravidade

Temos uma lactente de 4 meses, com um quadro de pneumonia complicada com um abscesso pulmonar (imagem de hipotransparência de permeio com nível hidroaéreo) e que apresentava ainda impetigo bolhoso em pé direito. Devido à presença desses dois comemorativos, devemos pensar numa pneumonia causada por Staphylococcus aureus, tendo o impetigo como a via de entrada e o abscesso pulmonar como uma complicação característica da infecção por esse patógeno. Assim, a melhor opção inicial de tratamento antimicrobiano é a oxacilina

27
Q

(UFPE 2012 ACESSO DIRETO) - Crianças infectadas pelo HIV apresentam episódios repetidos de pneumonias bacterianas, sendo o agente etiológico mais provável:

A) Klebsiella pneumoniae.
B) Pseudomonas aeruginosa.
C) Streptococcus pneumoniae.
D) Staphylococcus epidermidis.

A

Letra “C” - Streptococcus pneumoniae.

A crianças infectadas pelo HIV estão expostas e podem ser acometidas pelos mesmos agentes etiológicos das outras crianças. Sendo o patógeno mais comum o Streptococcus pneumoniae (alternativa C). Lembrando que o paciente que tem AIDS, a depender de internação hospitalar ou não, pode ter outros agentes envolvidos, além disso, se ele apresentar um comprometimento imune muito acentuado, a pneumonia por Pneumocystis jirovecii passa a fazer parte das hipóteses diagnósticas.

28
Q

(UFPB 2017 ACESSO DIRETO) - Criança de 1 ano e 4 meses de idade, com OMA unilateral, sem otorreia, com otalgia leve e febre menor do que 39°C, deve ter como conduta inicial a ser adotada:

A) Orientar a família para iniciar tratamento com anti-inflamatório não hormonal.
B) Iniciar antibiótico tópico, analgésico sistêmico e compressa morna local.
C) Observação clínica e iniciar antibioticoterapia em caso de piora ou sem melhora após 48 horas de observação.
D) Iniciar amoxacilina com clavulanato no momento do diagnóstico.
E) Iniciar cefuroxime no momento do diagnostico.

A

Letra “C” - Observação clínica e iniciar antibioticoterapia em caso de piora ou sem melhora após 48 horas de observação.

Desde 2013 a Academia Americana de Pediatria liberou um guideline que orienta o tratamento da Otite Média Aguda (OMA). Assim, o recomendado é de sempre fazer antibioticoterapia (de preferência a amoxicilina) nos pacientes menores de 6 meses ou apresentar sintomas de gravidade, como febre alta (>39°C), otalgia intensa ou leve a moderada por > 48h, ou otite bilateral no menor de 2 anos. Como o paciente não apresenta nenhum dos critérios para uso imediato de antibiótico, podemos fazer uso de analgésicos e adotar a estratégia wait and see (com retorno para avaliação em 48h), pois a grande parte dos quadros de OMA terá resolução espontânea e adotando tal conduta evitamos que a criança faça 10 dias de antibiótico sem necessidade.

29
Q

(UFPE 2013 ACESSO DIRETO) - Nos lactentes com quadro clínico de bronquiolite, causada pelo Vírus Sincicial Respiratório, o achado radiológico mais frequentemente encontrado é:

A) efusão pleural.
B) infiltrado nos lobos pulmonares inferiores.
C) adenopatia hilar.
D) hiperinsuflação pulmonar.

A

Letra “D” - hiperinsuflação pulmonar.

Na fisiopatologia da bronquiolite viral aguda teremos um quadro de edema da mucosa, com aumento da secreção de muco e debris inflamatórios, resultando numa diminuição da luz dos bronquíolos. Essa obstrução vai gerar uma dificuldade na saída do ar dos pulmões e a criança pode apresentar a manifestação clínica de sibilância e a manifestação radiológica de hiperinsuflação pulmonar (alternativa D), onde veremos arcos costais horizontalizados e diafragma rebaixado e retificado.

30
Q

(UFPE 2013 ACESSO DIRETO) - Lactente com 18 meses de idade tem diagnóstico de otite média aguda esquerda, que vem sendo tratada com amoxicilina há três dias. Nas últimas oito horas, começou a apresentar piora do quadro febril, hiperemia e dor na região retroauricular esquerda. A conduta indicada é:

A) aumentar a dose da amoxicilina.
B) substituir a amoxicilina pelo cloranfenicol.
C) internar e iniciar antibioticoterapia endovenosa.
D) manter a amoxicilina e indicar miringotomia.

A

Letra “C” - internar e iniciar antibioticoterapia endovenosa.

Temos um lactente de 18 meses com um quadro de OMA à esquerda, em vigência de tratamento com amoxicilina, mas que vem evoluindo com piora do quadro, o que nos faz pensar, diante das características apresentadas (hiperemia e dor na região retroauricular) numa complicação, a mastoidite aguda. A conduta nesses casos consiste em internamento hospitalar, antibioticoterapia endovenosa, tomografia e avaliação do especialista para saber se há indicação de drenagem. Portanto, a resposta é a alternativa C.