Cardioped Flashcards

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Q

(USP-SP 2018 R3 PEDIATRIA) - Lactente de 6 meses dá entrada no Pronto Atendimento por quadro de irritabilidade. Mãe nega febre, tosse, coriza, alterações nas fezes ou urina. Na avaliação, taquicárdico (FC=240bpm), com pulso periférico fino, PA=68x32mmHg. Encaminhado à sala de emergência, monitorizado e realizado ECG abaixo: Qual o diagnóstico e a conduta indicada nesse momento?

A) Taquicardia supraventricular estável, puncionar acesso venoso e realizar cardioversão química com adenosina

B) Taquicardia sinusal por provável quadro séptico, ofertar O2, acesso venoso, coleta de exames, iniciar expansão volêmica com soro fisiológico 20ml/kg em 5-10min

C) Taquicardia atrial estável, solicitar avaliação cardiológica

D) Taquicardia supraventricular instável, realizar cardioversão elétrica sincronizada

A

Letra “D” - Taquicardia supraventricular instável, realizar cardioversão elétrica sincronizada

HIPOTENSA + PULSO FINO: INSTÁVEL

TSV: QRS ESTREITA + RR REGULAR

Questão que aborda lactente de 6 meses com quadro de irritabilidade, sem demais queixas referidas pela mãe. Durante o exame, foi observada taquicardia intensa (FC 240 bpm) e hipotensão (PA 68 x 32 mmHg), lembrando que, até um ano de idade, o lactente que apresenta PAS < 70 mmHg é considerado hipotenso. Além da queda na PA, o quadro de instabilidade hemodinâmica é corroborado pela manutenção de pulsos periféricos finos. Ao eletrocardiograma, fica claro o estreitamento do complexo QRS, com intervalo R-R regular, caracterizando uma taquicardia supraventricular. Sobre o caso, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Embora se trate de uma taquicardia supraventricular, o paciente está instável. ALTERNATIVA B – INCORRETA: É importante lembrar que, para paciente nessa faixa etária, a taquicardia sinusal não costuma desenvolver frequência superior a 220 batimentos por minuto (180 batimentos por minuto para crianças maiores). Além disso, não são referidos sintomas que possam estar associados a desenvolvimento de infecção, que evoluiria para quadro séptico. ALTERNATIVA C – INCORRETA: Como supracitado, exame do ECG demonstrou taquicardia supraventricular. ALTERNATIVA D – CORRETA: Já que paciente desenvolveu episódio de taquicardia supraventricular, com instabilidade hemodinâmica, torna-se candidato à cardioversão elétrica.

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Q

(USP-RP 2016 ACESSO DIRETO) - Criança com 8 meses de idade com história de febre há 3 dias, acompanhada de cansaço às mamadas, com piora progressiva do estado geral, perda do apetite e baixa diurese há 1 dia. Ao exame se encontra apático, com cianose de extremidades, taquidispneico, frequência respiratória de 55 mpm, com sibilos e estertores subcrepitantes difusos a ausculta pulmonar, pulsos periféricos finos, centrais palpáveis e pouco fraco, enchimento capilar de 5 seg, PA 85x50, fígado a 4 centímetros do rebordo costal a D com borda romba. Foi feito soro fisiológico 0,9% 5 ml/kg em 20 minutos, e não ouve alteração do quadro, feito Rx de tórax: (VER IMAGEM). Qual o provável diagnóstico e qual seria a próxima conduta?

A) Choque cardiogênico compensado. Furosemida 1mg/kg

B) Choque cardiogênico descompensado. Dobutamina 10 mcg/kg/min

C) Choque cardiogênico compensado. Milrinone 0,375 mcg/kg/min

D) Choque cardiogênico descompensado. Dopamina 10 mcg/kg/min

A

Letra “C” - Choque cardiogênico compensado. Milrinone 0,375 mcg/kg/min

HIPOTENSÃO = PAS<80

INFECÇÃO - MIOCARDITE - ICC - CHOQUE CARDIOGÊNICO + PA BOA (HIPOTENSÃO = PAS<80): CHOQUE CARDIOGÊNICO COMPENSADO - VD SISTÊMICO E PULMONAR (MILRINONE OU DOBUTA)

Questão que traz paciente com provável quadro infeccioso que evoluiu para miocardite, cursando com insuficiência cardíaca congestiva (ICC), evidenciada através da imagem da radiografia de tórax. Os dados clínicos apresentados permitem a conclusão de que a criança evoluiu com choque, devido ao acometimento cardíaco, portanto, choque cardiogênico. Entretanto, é importante frisar que nessa faixa etária (8 meses de idade), só é considerada a presença de hipotensão, quando a pressão sistólica encontra-se menor que 70 mmHg. Sendo assim, como o paciente apresenta pressão arterial de 85×50 mmHg, infere-se que o choque está compensado. Portanto, como paciente encontra-se chocado, mal perfundido (tempo de enchimento capilar prolongado), deve ser iniciada terapia com droga vasoativa, como o milrinone ou dobutamina. Estas drogas funcionam como vasodilatadores sistêmicos e pulmonares, devendo ser usadas apenas em pacientes compensados, pois, como há vasodilatação, deve-se manter cuidado com hipotensão.

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