IRAS - CEBRASPE Flashcards
Quais são as Principais IRAS?
- ITU;
- Corrente sanguínea;
- Pneumonia;
- VM;
- Sítio cirúrgico
(CEBRASPE Prefeitura de Camaçari 2024) A comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) deve
I ser constituída por profissionais de nível superior.
II realizar periodicamente uma revisão das normas institucionais de combate às infecções hospitalares.
III promover atividades educativas de prevenção e controle das infecções dirigidas ao quadro de profissionais de saúde do hospital. Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas o item III está certo.
D) Apenas os itens I e III estão certos.
E) Todos os itens estão certos.
Letra: D
ORGANIZAÇÃO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE IRAS: Qual o Objetivo?
- Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar.
ORGANIZAÇÃO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE IRAS: Qual é a Composição?
Profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados.
2.2 Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores.
2.2.1 0 presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, indicado pela
direção do hospital.
2.3 Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços:
2.3.1 - serviço médico;
2.3 2 - serviço de enfermagem;
2.3.3 - serviço de farmácia;
2.3.4 - laboratório de microbiologia;
2.3.5 - administração.
2.4. Os hospitais com número de leitos igual ou inferior a 70 (setenta) atendem os números 2.3.1 (médico)
e 2.3.2 (enfermagem).
ORGANIZAÇÃO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE IRAS: Quais são os Membros executores?
Encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção hospitalar;
2 técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 horas para o enfermeiro e 4 horas para os demais profissionais.
2.5.1.1 - Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.
O que é Infecção comunitária?
- é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
- associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;
- a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24h
ORGANIZAÇÃO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE IRAS: O que é a 1.1 - Infecção comunitária (IC)?
1.1.1 - é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
1.1.2 São também comunitárias:
1.1.2.1 - a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;
1.1.2.2 a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS);
1.1.2.3 as infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas.
O que é Infecção Hospitalar?
- adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando relacionada com a internação ou procedimentos Na mesma topografia com IC → isolar um
germe diferente + agravamento das condições clínicas; - As infecções de recém-nascidos exceto se associadas com bolsa rota superior a 24 ou infecção transplacentária.
- Manifestação clínica > 72h após admissão → Desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica de infecção no momento da internação;
ORGANIZAÇÃO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE IRAS: O que é a 1.2 infecção hospitalar (IH)?
1.2.1 é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
C ou E: (CEBRASPE TRT 8 2023) As recomendações para a prevenção da infecção do trato urinário (ITU) incluem Realizar a higiene rotineira do meato e sempre que necessário.
CERTO!
C ou E: (CEBRASPE TRT 8 2023) As recomendações para a prevenção da infecção do trato urinário (ITU) incluem Manter o sistema de drenagem aberto e estéril
ERRADO!
O sistema é fechado
Cateterismo vesical: Qual a Indicações (conforme a ANVISA)?
- Pacientes com impossibilidade de micção espontânea;
- Paciente instável hemodinamicamente com necessidade de monitorização de débito urinário;
- Pós - operatório, pelo menor tempo possível, com tempo máximo recomendável de até 24 horas, exceto para cirurgias urológicas específicas;
- Tratamento de pacientes do sexo feminino com úlcera por pressão grau IV, com cicatrização comprometida pelo contato com urina.
Cateterismo vesical: Qual é a Classificação quanto ao tempo de uso do cateter?
- Curto prazo: Duas semanas ou menos
- Prolongada: Mais de um mês
Cateterismo vesical: Quais são as Complicações?
- Impede a defesa natural do trato urinário inferior ao obstruir os ductos periuretrais, ao irritar a
mucosa da bexiga e ao propiciar uma via artificial para a entrada de microrganismos na bexiga. - Espasmos da bexiga, estenoses uretrais e necrose por pressão.
Cateterismo vesical: Quais são os Cuidados com a cateterização vesical (conforme o Potter)?
- Escolher a sonda de menor calibre possível (em média a 14 a 16 French).
- Balão com volume maior que 30 mL aumenta o acúmulo de urina abaixo do nível do lúmen da sonda e aumenta o risco de infecção.
- A prática de testar a insuflação do balão de uma sonda de demora não é mais recomendada. A insuflação/desinsuflação precoce do balão pode levar à formação de sulcos, potencializando a causa de traumatismo durante a inserção.
- Checar as instruções do fabricante antes de inserir uma sonda vesical de demora.
- Não force a inserção da sonda. Se resistência ou o paciente sentir dor durante a inserção, interrompa o avanço da sonda imediatamente.
- Pedir ao paciente para respirar algumas vezes, lenta e profundamente, a fim de promover o relaxamento enquanto você avança a sonda lentamente na uretra.
- Se o paciente queixar-se de dor súbita durante a insuflação do balão, interrompa a injeção e retire o líquido do balão, avance mais a sonda e insufle novamente o balão. O balão possivelmente foi insuflado na uretra.
Cateterismo vesical: Como é a Localização da fixação da sonda?
- Sexo feminino: Parte interna da coxa
- Sexo masculino: Parte superior da coxa ou inferior do abdome
Cateterismo vesical: Como é o Sistema de drenagem?
- Fechado e estéril
- Manter o fluxo de urina desobstruído
- Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor.
- Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga.
Cateterismo vesical: A quem compete a Inserção?
Privativo do enfermeiro - Resolução COFEN 450/2013 (profissional capacitado e treinado).
Inserir em indicações apropriadas.
Cateterismo vesical: Como dever ser a Desconexão?
Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigação for necessária.
Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou vazamento
Cateterismo vesical: Como se deve Coleta de exame de urina?
Coletar pequena amostra através de aspiração de urina com agulha estéril após desinfecção
do dispositivo de coleta.
Levar a amostra imediatamente ao laboratório para cultura.
Cateterismo vesical: Como deve ser a Higiene?
Realizar a higiene rotineira do meato e sempre que necessário.
Não há recomendação para uso de antissépticos tópicos ou antibióticos aplicados ao cateter,
uretra ou meato uretral.
Cateterismo vesical: Como deve ser a Remoção?
Não é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção.
Não trocar o cateter rotineiramente.
Remoção oportuna do cateter vesical.
Cateterismo vesical: Como são as Sondas impregnadas?
Não há evidências que o uso de sondas impregnadas com prata ou antibiótico diminui o risco
de infecção.
Cateterismo vesical: Cateteres hidrofílicos?
Trazem mais conforto e qualidade de vida ao paciente, porém não há evidências de redução
de infecção.
Cateterismo vesical: Cateteres de silicone?
Mostram menor tendência a apresentar incrustações.
Cateterismo vesical: Quais são as Medidas de prevenção de ITU-Associada à cateter?
A – Adesão às medidas higiene de mãos, educação, técnica asséptica na inserção, manutenção adequada e vigilância
B - Bexiga - Ultrassom de bexiga para evitar cateterização de demora;
C - Condom e cateter intermitente como alternativas possíveis;
D - Direcionar o uso de cateter urinário de demora apenas para os casos com indicações claras;
E- Evitar manter cateter urinário por tempo desnecessário
Quais são as Estratégias que não devem ser utilizadas para prevenção no Cateterismo vesical?
A. Não utilizar rotineiramente cateter impregnado com prata ou outro antimicrobiano;
B. Não monitorar rotineiramente bacteriúria assintomática em pacientes com cateter;
C. Não tratar bacteriúria assintomática, exceto antes de procedimento urológico invasivo;
D. Evitar irrigação do cateter:
I. Não realizar irrigação vesical contínua com antimicrobiano;
II. Não utilizar instilação rotineira de soluções antisséptica ou antimicrobiana em sacos de drenagem urinária.
Quais são os Cuidados na antissepsia da pele na punção?
- Gliconato de clorexidina > 0,5% - Tempo deaplicação 30 segundos - Movimento vai e vem
- Iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% - Tempo de aplicação 1,5 a 2 minutos - Movimentos circulares
- Álcool 70%- A movimento - Espiral centrífugo, por três vezes.
Quais são as Recomendações – para a não cateterização periférica?
Não utilizar cateteres periféricos nas seguintes situações
* Infusão contínua de produtos vesicantes
* Nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose
* Nutrição parenteral com osmolaridade final acima de 900 mOsm/L.
Obs.: Potter recomenda osmolaridade até 600 e pH entre 5,0 e 9,0.
Recomendações – cateterização periférica com deve ser a Seleção do tipo de cateter e calibre?
- Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido, considerando:
- Duração da terapia
- Viscosidade do fluido
- Componentes do fluido
- Condições de acesso venoso
- Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso.
- Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio.
Recomendações – cateterização periférica como é a Seleção do sítio de inserção em Adultos?
- Veias das superfícies dorsal e ventral dos antebraços.
- Veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário- risco de embolias e tromboflebites.
Recomendações – cateterização periférica como é a Seleção do sítio de inserção em Crianças?
- Selecione o vaso com maior probabilidade de duração de toda a terapia prescrita- veias das mãos, dos antebraços e braços (região abaixo da axila).
- Evite a área anticubital.
- Crianças menores de 3 anos: considerar as veias da cabeça.
- Caso a criança não caminhe, considerar as veias do pé.
Como deve ser a Remoção de pelos do sítio de inserção?
A remoção dos pelos, quando necessária, deverá ser realizada com tricotomizador elétrico ou tesouras. Não utilize laminas de barbear, pois essas aumentam o risco de infecção.
Como deve ser o Preparo da pele para a punção?
- Se sujidade visível no local da punção- limpeza com água e sabão.
- Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%.
- PVPI:
- Tempo de aplicação: 1,5 a 2 minutos.
- Movimentos: circulares (dentro para fora).
- Clorexidina:
- Tempo de aplicação: 30 seg.
- Movimentos: vai e vem
- Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção.
- O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico (técnica do “no touch”). Em situações onde se previr necessidade de palpação do sítio, calçar luvas estéreis.
Qual deve ser o Número de tentativas de punção?
- Duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro no total.
Obs.: metodologia de visualização para instalação de cateteres em adultos e crianças com rede venosa difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso.
Como deve ser a Estabilização do cateter de punção?
- Não utilize fitas adesivas e suturas para estabilizar cateteres periféricos.
- Considerar dois tipos de estabilização dos cateteres periféricos:
- Cateter com mecanismo de estabilização integrado combinado com um curativo de poliuretano com bordas reforçadas OU
- Cateter periférico tradicional combinado a um dispositivo adesivo específico para estabilização.
Como deve ser a Cobertura do cateter de punção?
- Estéril
- Semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou membrana transparente semipermeável.
Obs.: utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas quando a previsão de acesso for menor que 48h. Caso a necessidade de manter o cateter seja maior que 48h, não utilizar a gaze para cobertura devido ao risco de perda do acesso durante sua troca. - A cobertura não deve ser trocada em intervalos pré-estabelecidos.
- A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver suspeita de contaminação e sempre quando úmida, solta, suja ou com a integridade comprometida.
- Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o banho.
Como é feito o Flushing e manutenção do cateter periférico?
Quando realizar?
- A cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e prevenir complicações.
- Antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis.
Qual solução utilizar?
SF0,9%. Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos cateteres.
Qual volume utilizar?
- Volume - duas vezes o lúmen interno do cateter mais a extensão para flushing. Volumes maiores (como 5 ml para periféricos e 10 ml para cateteres centrais) podem reduzir depósitos de fibrina, drogas precipitadas e outros debris do lúmen.
- Fatores considerados na escolha do volume: tipo e tamanho do cateter, idade do paciente, restrição hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões de hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras soluções viscosas podem requerer volumes maiores.
De onde obter a solução para flushing?
Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas comercialmente disponíveis para a prática de
flushing e lock do cateter.
Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por exemplo, bags e frascos de soro) como fonte
para obter soluções para flushing.
Qual seringa deve ser utilizada para avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter?
Seringa de 10ml- gera baixa pressão no lúmem do cateter.
Qual técnica deve ser utilizada para realização do flushing?
Técnica da pressão positiva para minimizar o retorno de sangue para o lúmen do cateter.
Como deve ser a Remoção do cateter de punção?
Quando avaliar a necessidade de permanência do cateter? Diariamente.
Critérios para remoção:
- Remover o cateter periférico tão logo não haja medicamentos EV prescritos e caso o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas.
- Remover o cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações ou mau funcionamento.
- O cateter periférico instalado em situação de emergência com comprometimento da técnica asséptica deve ser trocado tão logo quanto possível.
- Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96 h.
- Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o cateter rotineiramente.
Quais são os Sistemas de infusão?
o Conectores sem agulhas no lugar de dânulas (torneirinhas de três vias).
conectores devem ser compatíveis com conexão luer lock isentos de látex.
o Conector não deve conter artefatos metálicos na sua composição- caso seja necessário realizar
ressonância magnética.
o Desinfecção dos conectores antes de cada acesso ou manipulação com solução antisséptica a
base de álcool, com movimentos aplicados de forma a gerar fricção mecânica, de 5 a 15 segundos.
o Trocar os conectores em intervalos não inferiores a 96 horas ou de acordo com a recomendação
do fabricante.
o Os conectores devem ser trocados imediatamente em caso de desconexão, sangue ou sujidade.
Tipo de equipo X periodicidade de troca: Equipos de infusão contínua
Não trocar em intervalos inferiores a 96 horas
Tipo de equipo X periodicidade de troca: Equipos de administração intermitente
A cada 24 horas.
Tipo de equipo X periodicidade de troca: Equipos de nutrição parenteral
A cada bolsa. Obs.: o equipo deve ser isento de dietilexilftalato (DEHP). A via de adm da nutrição parenteral deve ser exclusiva.
Tipo de equipo X periodicidade de troca: Equipos de infusão lipídica
A cada 12 horas