Insuficiência renal crónica Flashcards

1
Q

Insuficiência renal crónica

A

Irreversível (há perda progressiva de função e de nefrónios)

Progressiva, intrínseca e sistémica

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2
Q

Causas

A
Diabetes mellitus
HTA
Glomerulonefrites
Pielonefrite
Doença renal poliquística
AINEs
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3
Q

Marcadores da lesão renal

A

Alterações na composição do sangue (creatinina, ureia).

- Dados imagiológicos

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4
Q

Características dos rins que levam à IRC

A

Existência de mecanismos de adaptação como:
Hipertensão
Hiperfiltração
Hipertrofia
Que levam à libertação de factores de crescimento quimiotático culminando na destruição progressiva dos nefrónios

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5
Q

Hiperfiltração adaptativa

A
A diminuição do número de nefrónios activos vai:
- Aumentar permeabilidade glomerular.
- Ativar sistema RAA, que vai:
Desencadear mecanismos inflamatórios.
Induzir hipertensão arterial.
Aumentar filtração proteínas
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6
Q

Papel da proteinúria na progressão da IRC

A

O aumento da permeabilida vai levar à passagem de proteínas (proteinúria).
Numa tentativa de tentar reabsorvê-las vai-se desencadear um processo inflamatório e fibrose

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7
Q

Papel da angiotensina II na progressão da IRC

A

A angiotensina II, juntamente com a aldosterona, são duas hormonas fortemente inflamatórias
Provoca:
- Alteração da permeabilidade.
- Promove ativação e migração dos macrófagos.
- Leva à síntese de TGFbeta.
- Leva à deposição de matriz extracelular.
- Promove ativação de PAI-1.
- Promove secreção de aldosterona (potente pró-inflamatório).
Tudo isso vai levar a uma fibrose glomerular e intersticial.

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8
Q

Papel da hipertensão na progressão da IRC

A

A HTA leva ao aumento da TFG e da permeabilidade dos capilares, originando proteinúria, diminuição da TFG e libertação da angiotensina II, originando as respectivas consequências

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9
Q

Diabetes na IRC

A

Na diabetes há hiperglicemia, esta está associada ao aumento do DAG (diacilglicerol). O DAG é um factor inflamatório responsável por aumentar os níveis de PKC (proteína cinase C ) , o que vai desencadear alterações inflamatórias.
Vai haver:
Vasoconstrição
Aumento da permeabilidade vascular e angiogénese;
Aumento do TGB-β, que leva ao aumento do colagénio e da fibronectina
Lesão mesangial levando a um aumento de permeabilidade glomerular, e consequentemente a proteinúria.

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10
Q

Nefrotoxicidade

A

Em 80% dos casos diabéticos com 10 a 15 anos têm nefropatia diabética
Atenção: Não se deve fazer exame com contraste

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11
Q

Evolução da IRC

A
  1. hipertrofia renal e aumento da TFG
  2. espessamento da membrana glomerular, TFG elevada e albuminúria reversível
  3. normalização da TGF, microalbuminúria e hipertensão
  4. aumento dos níveis de creatinina, elevada albuminúria, são hipertensos e a sua TFG é reduzida
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12
Q

Alterações séricas

A

São tardias sendo as primeiras a ureia e a creatinina, a partir de 50% de forma irreversível.
Mais tarde surgem as alterações de fosfato, magnésio e ácido úrico e posteriormente de cálcio, sendo as últimas alterações a manifestarem-se os níveis de Sódio e Potássio (devido aos mecanismos que existem para regular as concentrações destes iões).
Nota: Os mecanismos de regulação das concentrações de Potássio são muito eficazes e importantes, pois um excesso de potássio em circulação é extremamente tóxico para o organismo, podendo levar à morte por paragem cardíaca.

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13
Q

Acções do fosfato na IRC

A

Perante uma falência dos rins, estes não são capazes de excretar H+ logo para tentar compensar a presença deste ácido do sangue, “vai-se” ao osso buscar fosfato, que é uma base, e se liga ao H+ neutralizando-se.
Isto leva a um aumento da concentração de fosfato no sangue.
O aumento do fosfato estimula a produção de PTH com hipertrofia das glândulas paratiroideias e leva à inactivação da vitamina D.
O fosfato tem uma elevada afinidade para com o Ca2+. Quando estes se ligam, precipitam (tornam-se insolúveis), provocando calcificação metastática. Isto leva à diminuição dos níveis de cálcio e estimula mais a PTH

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14
Q

Toxinas Urémicas

A
  • Ureia → Baixa toxicidade - inibe sistemas de transporte (bomba Na+/K+/Cl-)
  • Amónia → Muito tóxica ; atravessa membranas celulares com muita facilidade; efeito osmótico poderoso. O organismo tende a transformar a ureia num metabolito menos tóxico e menos lipossolúvel, como a ureia ou ácido úrico.
  • Guanidinas (ácido guanidino-succínico, dimetilarginina):
    ▪ Inibição da função dos neutrófilos – ↑susceptibilidade a infecções
    ▪ Inibição da NO-sintetase: ↓NO - vasoconstrição, lesão endotelial e HTA
    (muito tóxicas)
  • Homocisteína : Proliferação do músculo liso vascular, lesão endotelial – factor de risco para aterosclerose (pró-inflamatória)
  • AGE : indução da libertação de citocinas – efeito pró-inflamatório
  • PTH :
    ▪ ↑ Ca intracelular com ↓ metabolismo oxidativo e ↓ATP (cansaço, intolerância ao desporto) ; calcificação tecidos moles
    ▪ Aumento da permeabilidade das membranas e do turnover fosfolípidos
  • Leptina, insulina, gastrina, citocinas
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15
Q

Alterações hematológicas

A

Alterações Eritocitárias
Alterações Leucocitárias
Alterações de Hemostase

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16
Q

Alterações Eritocitárias

A

→ déficede secreção da eritropoietina→ Atrofia tubular e aparecimento de uma anemia normocítica (Doentes com IRC geralmente tomam eritropoietina sintética)

17
Q

Alterações Leucocitárias

A

Toxinas urémicas→ Aumenta a susceptibilidade às infecções

18
Q

Alterações de Hemostase

A

→ Alterações marcadas na coagulação→ Risco significativo de trombose vascular, hemorragias digestivas (ureia é tóxica para a mucosa do trato GI)

19
Q

Manifestações clínicas da ICR

A

Diminuição da temperatura basal
Diminuição do metabolismo da glicoes
Dislipedimia (por diminuição da actividade da lipoproteína lipase)

20
Q

Alterações ósseas induzidas na IRC

A

Devido à menor síntese de vitamina D leva a uma menor disponibilidade de absorção de cálcio
(hipocalcemia).
Por outro lado, a diminuição da função excretora faz com que haja retenção de substâncias tóxicas, que vão ser tóxicas a nível medular e leva a uma diminuição da
resposta do osso à mineralização
Leva a osteodistrofia renal

Nota: Também ocorre atrofia da mucosa intestinal o que leva a alterações da digestão, náuseas e vómitos com frequência.

21
Q

Osteodistrofia renal

A

Osteíte fibrosa
Osteomalácia
D. óssea adinâmica