Fisiopatologia respiratória Flashcards

1
Q

Classificação das vias aéres

A

Vias aéreas de condução
Vias aéreas terminais respiratórias (onde é passível de
ocorrer trocas gasosas)
As estruturas mais pequenas de condução são os bronquíolos não respiratórios.
As unidades respiratórias são bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos propriamente ditos

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2
Q

Variação da resistência ao longo da árvore traqueo-brônquica

A

Vai diminuindo, pois apesar de os alvéolos serem mais pequenos eles são numerosos o que leva a uma maior área de superfície logo menor resistência

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3
Q

Vascularização e drenagem linfática

A

Encontram-se linfáticos até ao nível dos bronquíolos respiratórios mas não ao nível dos alvéolos.

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4
Q

Histerese

A

Diferentes curvas de insuflação e defleção devido à existência de surfactante

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5
Q

Pressão intra-pleural

A

É negativa

Durante a inspiração aumenta (fica mais negativo) e na expiraçao diminui (fica menos negativo)

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6
Q

Volume de reserva inspiratório (IRV)

A

Volume de ar que após uma inspiração em

repouso consegue ser mobilizado através de uma inspiração máxima

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7
Q

Volume corrente (VT)

A

Volume de ar inalado e exalado aquando uma ventilação normal (500mL)

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8
Q

Volume de reserva expiratório (ERV)

A

Volume de ar que após uma expiração normal consegue ser mobilizado através de uma expiração máxima

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9
Q

Volume residual (RV)

A

Volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração máxima (1,2 L)

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10
Q

Capacidade vital (VC)

A

Volume de ar mobilizado entre uma inspiração máxima e uma expiração máxima (4,8 a 5L)

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11
Q

Capacidade inspiratória (IC)

A

Volume de ar imobilizado numa ventilação normal e inspiração forçada

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12
Q

Capacidade funcional residual (FCR)

A

Volume de ar contido nos pulmões após uma respiração normal, ou seja, é o volume residual e o volume expiratório de reserva

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13
Q

Capacidade pulmonar total (TLC)

A

Volume máximo de ar passível de ser contido nos

pulmões

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14
Q

Na espirometria forçada avaliamos

A
Capacidade vital (VC)
Capacidade vital forçada (FVC)
FEV1
FEV1/FVC – Índice de Tiffeneau
Nota: é o melhor método de rastreio de doença pulmonar
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15
Q

FEV1

A

Volume expiratório no 1º segundo de uma expiração forçada

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16
Q

Débito

A

Volume de fluído mobilizado por unidade de tempo

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17
Q

Peak flow

A

Débito máximo durante a expiração

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18
Q

Três aspectos de que depende o débito respiratório

A
  • Pressão muscular da parede torácica
  • Tração elástica do parênquima (tendência do pulmão para voltar à posição de repouso, condicionada pela quantidade de tecido elástico no pulmão)
  • Resistência das vias aéreas
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19
Q

Factores que afectam a resistência das vias aéreas

A

Comprimento das vias aéreas
Viscosidade do ar
Diâmetro das vias aéreas

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20
Q

Factores que afectam o diâmetro das vias

A

Obstrução
Broncoconstrição
Broncodilatação

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21
Q

Patologias que afectam a resistência das vias aéreas

A

Aumento das secreções intra-luminais
Redução do raio das vias aéreas afetadas devido ao espessamento da parede
Diminuição da tração radial do parênquima

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22
Q

Critérios para se identificar uma obstrução das vias aéreas

A

Diminuição do Índice de Tiffeneau
Diminuição dos débitos expiratórios
Alteração da forma da curva débito/volume

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23
Q

Doenças presentes na DPOC

A

Bronquite crónica

Enfisema

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24
Q

Expressões do enfisema

A
  • centro acinar (mais frequente)
  • peri acinar
  • pan acinar (mais grave)
25
Gíria clínica
“pink puffer”- indivíduo com enfisema predominante | “blue bloater”- indíviduo que tem bronquite crónica predominante
26
Diminuição da tração elástica do parênquima
Colapso das vias áereas Aumento do RV e do TLC Aumento da compliance Diminuição dos débitos expiratórios
27
Importância da alfa1-antitripsina
A alfa1-antitripsina é responsável pela destruição das proteases que, em excesso, são responsáveis pela destruição do parênquima. Se falta a1-antitripsina, as proteases aumentam e há mais destruição de parênquima.
28
O que condiciona a capacidade de difusão:
- pressão dos dois lados da membrana - espessura da membrana - área de superfície da membrana
29
O que leva à lesão das fibras elásticas do pulmão
Aumento dos oxidantes e das elastases | Diminuição das anti-elastases e dos anti-oxidantes
30
Bronquite crónica
Secreção excessiva de muco na árvore brônquica Afeta as vias aéreas Podem ter cianose, dessaturações importantes da hemoglobina Há hipoxémia e hipercápnia Inflamação das vias aéreas Há diminuição do calibre das veias e aumento da compliance
31
Enfisema
Destruição da parede alvéolar Afeta o parênquima Há hipoxémia ligeira Há colapso respiratório e hiperinsuflação pulmonar (aumento da capacidade pulmonar total e do volume residual)
32
Índice de Reid
Relação entre a espessura da parede dos brônquios ocupada pelas glândulas submucosas e da parede total dos brônquios. Se for >0,4 considera-se existir hiperplasia das glândulas e, portanto, bronquite crónica.
33
Síndrome restritiva
Doenças em que a capacidade de expansão dos pulmões está diminuída, sendo caracterizadas por uma diminuição da Capacidade Pulmonar Total (TLC) e de todos os volumes pulmonares
34
Estruturas anatómicas afectadas pela síndrome restritiva
* Do parênquima pulmonar; * Da pleura; * Da parede torácica; * Do aparelho neuro-muscular
35
Fibrose pulmonar
Caracterizada por deposição excessiva de matriz e destruição progressiva da arquitectura do pulmão, originando insuficiência respiratória Origina o pulmão em "favo de mel” Pode dever-se a mutações em genes como o ELMOD2 e o responsável pela produção do surfactante, SP.
36
Derrame pleural
É a acumulação excessiva de fluídos entre as membranas que envolvem o pulmão
37
Etiopatogenia do derrame pleural
- Aumento da pressão venosa pulmonar - Obstrução linfática - Aumento da permeabilidade da pleura
38
Tipos de pneumotórax
Aberto: o ar entra e sai em equilíbrio com o ambiente Fechado: não há ruptura da parede torácica.O ar entra na cavidade pleural através de uma ruptura na pleura visceral De tensão: o ar entra durante a inspiração mas não consegue sair, acumulando-se, aumentado a pressão e empurrando a veia cava e o mediastino para contralateral
39
Funções do aparelho respiratório
* Regular as trocas gasosas * Manter os níveis de PO2 e PCO2 no sangue arterial dentro dos limites da normalidade * Manter o equilíbrio ácido-base
40
Centros respiratórios
• Centro medular (formação reticular) Grupo dorsal – inspiração (pacemaker) Grupo ventral – expiração • Centro apneótico (excita o centro inspiratório, prolongando a contracção do diafragma) • Centro pneumotáxico (suspende a inspiração)
41
Quimiorreceptores
Periféricos: junto ao ponto de saída dos n. IX e X; detectam diminuições do pH, especialmente do LCR Centrais: nos corpos carotídeos e arco aórtico, detectam alterações na pressão de oxigénio e dióxido de carbono
42
Outros receptores
Receptores de estiramento (elásticos): mecanorreceptores que quando estimulados pela distensão dos pulmões levam à diminuição da taxa de respiração Receptores irritantes: na presença de toxinas provoca broncoconstrição e aumento da frequência respiratória Receptores J: localizados nas paredes alveolares, perto dos capilares; o aumento dos alvéolos leva a aumento da frequência respiratória
43
“Maldição de Ondine"
Hipoventilação alveolar devido a uma deficiência no controlo automático da ventilação, mantendo intacto o controlo voluntário. Estes doentes “esquecem-se de respirar” durante o sono, mas têm gases no sangue normais quando estão acordados. É geralmente causada por uma síndroma de hipoventilação central congénita, mas pode também ser causada por tumores cerebrais ou por lesões medulares.
44
Carência de oxigénio
* Hipoxémia – deficiência de oxigénio no sangue arterial * Hipóxia – estado que resulta de um aporte insuficiente (ou utilização incorreta) de oxigénio ao nível dos tecidos * Anóxia – estado severo de deficiência dos tecidos em oxigénio que leva a lesão irreversível e necrose (por exemplo, a encefalopatia anóxica que se segue a uma paragem cardíaca)
45
Tipos de hipóxia
* Hipoxémica – que é consequência da insuficiência respiratória * Anémica – surge do decurso de uma anemia * Estagnante – devido a alterações circulatórias (por exemplo isquémia de um membro ou garrotagem) * Citotóxica – causado por deficiência na utilização de O2 por parte das células
46
Causas e mecanismos da hipoxémia
* Distúrbios da ventilação/perfusão – efeito de shunt ou efeito de espaço morto * Compromisso da difusão – alterações da barreira alvéolo-pulmonar * Hipoventilação alveolar * Diminuição da pressão de oxigénio - altitude * Shunt R-L anatómico – pulmonar ou cardíaco
47
Lei de Fick
A taxa de difusão do gás é diretamente proporcional à área da membrana, gradiente de pressão e a solubilidade do gas e é inversamente proporcional à espessura da membrana
48
Shunts e causas
Ocorre quando algum sangue venoso chega ao sistema arterial sistémico sem passar por regiões ventiladas do pulmão 1. cardiopatias congénitas 2. Fístulas arterio-venosas 3. Pneumonia lobular 4. Insuficiência respiratória aguda no adulto 5. edema pulmonar
49
Alteração das relações de ventilação perfusão (V/Q)
Efeito de Shunt: Redução de V/Q - zonas não ventiladas mas perfundidas Efeito espaço morto: Aumento de V/Q - zonas ventiladas mas não perfundidas
50
V/Q
Sendo em situações normais maior no ápice do pulmão, onde a ventilação excede a perfusão e menor na base do pulmão onde a perfusão é maior que a ventilação
51
Relações V/Q no enfisema e na bronquite crónica
Enfisema - zonas ventiladas mas não perfundidas, há um efeito de espaço morto, com aumento da V/Q Bronquite crónica - zonas perfundidas mas não ventiladas, há um efeito de shunt, com diminuição da V/Q
52
Vasoconstrição hipóxica
É um mecanismo de regulação que tem como objetivo desviar o sangue das áreas menos para mais ventiladas numa tentativa de otimizar a troca gasosa e manter a relação ventilação-perfusão perto do normal.
53
Insuficiência respiratório do tipo 2/insuficiência respiratório hipercápnica
Caracteriza-se pela incapacidade do pulmão em eliminar o dióxido de carbono (CO2).
54
Regulação da hipóxia
``` • Regulação da hipóxia: Fornecimento de O2 aos tecidos • Captação- sistema respiratório • Transporte- Eritrócitos • Tecidos-troca gasosa • Bomba de transporte e infraestruturas: o Coração o Vasos Sanguíneos • Adequação às necessidade: o Mecanismo de controlo nervoso ```
55
Factor indutor de hipóxia (HFI)
Em condições normais as subunidades alfa do HIF são hidroxiladas prolil-hidroxilases de HIF, permitindo seu reconhecimento e ubiquitinação. Em condições de hipóxia o HIF não é degradado e promove a transcrição de elementos que respondem à hipóxia
56
Cianose
Coloração azulada da pele devido à acumulação de hemoglobina reduzida
57
Critérios que determinam a obstrução crónica
FEV1 < 80% do valor teórico FEV1/FVC < 70% do valor teórico Peak expiratory flow mais baixo que o normal, com uma concavidade acentuada
58
Pletismografia
O paciente encontra-se dentro de uma cabine selada, sem variações de temperatura nem do volume de ar. É essencial registar a pressão e o volume de ar inicial na cabine. O doente vai expirar e inspirar e vai haver oscilações de volume dentro da cabine. Permite calcular os volumes pulmonares e determinar o gráfico de débito volume (aka é o teste que a seixas fez)
59
ITGV - volume de gás intratorácico
FRC - capacidade residual funcional