Alterações do Eixo Hipotálamo/Hipofisário Flashcards

1
Q

Glândulas endócrinas

A
● Glândula tiróide
● Glândula paratiróide
● Glândula suprarenal
● Pâncreas endócrino
● Ovários
● Testículos
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2
Q

Particularidade do hipotálamo

A

Não tem barreira hemato-encefálica

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3
Q

Origens da hipófise

A

Hipófise anterior deriva da endoderme;

Hipófise posterior deriva da neuroectoderme

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4
Q

Neuro-hipófise

A

Não produz nada, vai armazenar as hormonas produzidas no hipotálamo até serem libertadas quando necessário.
● ADH - Hormona Anti Diurética
● Oxitocina

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5
Q

Adeno-hipófise

A
Produz e liberta hormonas
● TSH - Hormona Estimuladora da Tiróide
● ACTH - Hormona Adrenocorticotrófica
● FSH e LH - Hormona Foliculotrófica e Hormona Luteinizante
● GH - Hormona do Crescimento
● PRL - Prolactina
● Endorfinas
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6
Q

Sistema porta-hipofisário

A

O sistema porta hipofisário é uma rede de capilares venosos sinusóides que fazem a ligação entre o
hipotálamo e a hipófise servindo para transportar as hormonas estimuladoras da hipófise.
Permite uma rápida ação

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7
Q

Hormonas hipotalâmicas

A
Estimuladoras ou hipofisiotróficas:
● GHRH - Hormona Estimuladora de GH
● CRH - Hormona Estimuladora ACTH
● TRH - Hormona Estimuladora TSH
● GnRH - Hormona Estimuladora de FSH e LH
● ADH
● Oxitocina
Inibidoras:
● Somatostatina
● Dopamina (Prolactina IF - Factor inibidor da secreção de prolactina)
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8
Q

Eixo hipotálamo-hipofisário

A

Funciona segundo um sistema de feedbacks
Consegue realizar auto-regulação intrínseca . Quando os níveis de hormonas já são suficientes, já não precisamos de mais, elas comunicam a montante (feedback negativo).
Isto é completamente específico do sistema neuroendócrino, porque mais nenhum sistema funciona assim.
É um sistema pulsátil, que obedece a ritmos circadianos

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9
Q

Factores que influenciam o sistema endócrino

A
● Stress - factor major
● Exercício físico
● Tipo de alimentação
● Fase da vida - puberdade, envelhecimento
● IMC (massa corporal)
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10
Q

Cortisol

A

Exemplo de um sistema pulsátil hormonal
Tem o pico de manhã, sendo, por isso, a altura do dia onde temos mais energia, mais força, melhor humor e
durante a noite, por volta das 23h e 0h, ocorre a baixa total do cortisol.

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11
Q

Exemplo de sistemas pulsáteis hormonais

A

Cortisol

Ciclo menstrual

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12
Q

Lesão da adeno-hipófise

A

Quando há uma lesão da adenohipófise (hemorragia, traumatismo, corte da haste) , o primeiro grupo de células a ser afetado é o que é maior - o que tem células em maior quantidade. Ou seja, as células somatotróficas. O crescimento não é uma função vital.
As últimas células a sobreviver são as produtoras de ACTH. A sua função é vital, responsável pela produção de cortisol, fundamental para a vida. É necessária uma lesão total para a sua destruição.
Chamar em atenção a relação do cortisol que inibe quer a ACTH quer a TSH, ou seja, há mecanismos
integrados.

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13
Q

Regulação da hipófise posterior

A

A sua estimulação e inibição não depende tanto por hormonas mas por receptores sensíveis à osmolaridade e à pressão sanguínea.

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14
Q

Eixo GhRh - GH - IGF1

A

O hipotálamo produz GHRH que vai actuar na hipófise anterior e levar à produção e libertação de GH que vai exercer atividade sobre o músculo, osso, fígado e tecido adiposo
A GH faz crescer os órgãos per si, e produção de factor de crescimento nesses órgãos o IGF-1
Há um grande aumento da massa muscular através da utilização dos ácidos gordos livres provenientes da lipólise de tecido adiposo. (Assim se explica o emagrecimento na puberdade, especialmente nos
rapazes)
Por sua vez, a somatostatina inibe este eixo
Os efeitos metabólicos da hormona do crescimento são tipicamente anabólicos - constituição de massa muscular, aumentar as reservas - a nti-insulínicos - a insulina produz hipoglicémia e a GH faz o contrário. A GH e a insulina são opostas nesse sentido.
Nota: É muito frequente crianças com pouco desenvolvimento de crescimento simplesmente precisarem de dormir pois é durante a noite que os pulsos de GH começam

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15
Q

Hormonas e moléculas que influenciam o crescimento

A
Grelina
Hormonas esteróides sexuais
Insulina
Hormonas tiroideias
Glucocorticóides
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16
Q

Grelina

A

Produzida no estômago é um estimulador da adenohipófise de GH.

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17
Q

Hormonas esteróides sexuais

A

Regulam a secreção de GH a nível do hipotálamo, estimulando a secreção de GhRH.
A testosterona, nos homens e mulheres, aumenta a produção de IGF1 nas placas de crescimento, alongando o osso.
Os estrogénios têm efeito de encerrar as cartilagens de conjugação

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18
Q

Insulina

A

Causa hipoglicémia e a hipoglicémia é um fator estimulante da produção de GH.
Regula a IGF1 hepática.

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19
Q

Hormonas tiroideias

A

Directamente aumentam a secreção de GH, na via pituitária. Também actuam directamente no osso, na produção de IGF1.

20
Q

Glucocorticóides

A

Têm um efeito oposto. Fazem bloqueio do crescimento através da inibição da secreção de GH na pituitária, inibem a produção de IGF1 nas placas de crescimento no osso, e também há uma grande diminuição da sensibilidade dos tecidos à GH e IGF1.
Nota: A Doença de Crohn é uma doença intestinal tratada com corticóides. Em casos pediátricos, as crianças que realizam tratamento apresentam estaturas baixas.

21
Q

Hipopituitarismo

A

Défice de uma ou mais hormonas hipofisárias, da adeno ou neurohipófise.
A GH é a única hormona que pode falhar isoladamente, as outras hormonas quando falham é em conjunto, por exemplo quando falha a TSH também falham a LH, FSH e ACTH.

22
Q

Lesões da hipófise a nível hormonal

A

A Hipófise mantém os níveis hormonais até a lesão atingir 75% da glândula.
Antes dos 75% não há manifestações.

23
Q

Défice da LH e FSH

A
Hipogonadismo central:
Ausência de puberdade
Micropénis
Amenorreia
Infertilidade
24
Q

Défice da GH

A

Atraso do crescimento:
Baixa estatura
Obesidade
Diminuição da densidade óssea e da força muscular

25
Défice da TSH
``` Hipotiroidismo central: Cretinismo Atraso mental Atraso de crescimento Puberdade precoce ```
26
Défice de ACTH
``` Hipocortisolismo central: Hipoglimémia Suscetibilidade a infeções Astenia Diminuição da resposta ao stress ```
27
Défice da ADH
Polidipsia (sede excessiva) Poliúria Desidratação
28
Pan-hipopituitarismo
O pan hipopituitarismo define-se como a produção inadequada ou ausência de todas a hormonas hipofisárias. Pode ter causa aguda - enfarte, hemorragia ou isquémia (síndrome de Sheehan) - ou crónica - tumor
29
Síndrome de Sheehan
É o panhipopituitarismo mais frequente na mulher. A hipófise aumentada durante a gravidez associada a isquémia provoca necrose da mesma As causas mais comuns são : - Hemorragia pós parto descontrolada - Síndrome de HELLP - situação de pré- eclâmpsia (aumento da pressão sanguínea, proteinúria, desequilíbrio electrolítico) . HELLP - Hemólise, aumento enzimas hepáticas, baixa de plaquetas - Anemia falciforme ( sequestro de hemácias, diminuição da perfusão) Sintomas: Agalactia - ausência de lactação pós parto Amenorreia persistente Clínica de outros défices hipofisários
30
Adenoma da hipófise
O adenoma é um tumor benigno de origem epitelial, que provoca síndromes de produção hormonal excessiva A deficiência hormonal resulta da destruição da hipófise normal pelo adenoma em expansão. Ocorre excesso de hormona quando o adenoma é secretor. Adenoma funcionante: não secretor Adenoma não funcionante: secretor
31
Prolactinoma
``` Adenoma secretor de prolactina Provoca hiperprolactinémia, que origina: Galactorreia Aumento da glândula mamária Diminuição da densidade óssea Diminuição da GnRH, da LH e da FSH Diminuição do libido e da pilosidade ```
32
Tumor produtor de somatotropina
Visceromegália Aumento da lipólise e hiperglicémia - pode levar a diabetes Reabsorção de sódio - pode levar a HTA Hiperfosfatémia e hipercalcémia - pode levar a hipercalciúria e cálculos renais Crescimento de tecidos moles, pelo aumento da produção de colagénio e deposição de glicosaminoglicanos Nota: o tecido mole mais afetado é a língua Se for pré-pubertário (mais raro), origina gigantismo Se for pós-pubertário origina acromegália
33
Adenoma Secretor de ACTH - Doença de Cushing
A síndrome de Cushing é a condição clínica resultante da exposição crónica a níveis circulantes excessivos de glicocorticóides É também conhecida como hipercortisolismo. Ocorre produção excessiva e persistente de ACTH pelo adenoma hipofisário, originando uma hiperplasia macronodular supra-renal, que leva ao aumento da síntese de androgéneos e de glucocorticoides Nota: A síndrome de Nelson (efeito provocado pela remoção das supra-renais devido ao Cushing, para controlar o excesso de cortisol) caracteriza-se pela rápida progressão de um adenoma hipofisário secretor de ACTH
34
Manifestações clínicas da síndrome de Cushing
O cortisol antagoniza a ação da insulina na utilização periférica da glicose, talvez pela inibição da fosforilação da glicose. A intolerância à glicose e a hiperglicemia manifestam-se, clinicamente, na forma de sede e poliúria. 10 a 15% dos pacientes com síndrome de Cushing apresentam diabetes mellitus. Atrofia muscular em consequência do catabolismo excessivo das proteínas, diminuição na síntese de proteínas musculares e indução de resistência à insulina A obesidade e a redistribuição da gordura corporal - face de lua cheia e aumento do tecido adiposo dorsocervical Os glicocorticoides em excesso inibem os fibroblastos, levando à perda de colágeno e tecido conjuntivo. Em consequência, ocorrem a delgaçamento da pele, estrias abdominais, formação fácil de equimoses, cicatrização deficiente de feridas e infecções cutâneas frequentes . A atrofia confere à pele um aspecto translúcido. Dermatite peri-oral Ocorrem estrias púrpura-avermelhadas proeminentes em 50 a 70% dos pacientes, mais comumente na parede abdominal, nas mamas, nas ancas, nas nádegas, nas coxas e nas axilas. Na mulher provoca hirsutismo (pilosidade excessiva) Pode ainda haver osteoporose e hipertensão
35
ADH
Produção nos núcleos paraventricular e supraóptico (hipotálamo) Armazenada na Hipófise posterior Atua no RIM e ARTERÍOLAS Excreção renal e hepática
36
Receptores ADH nos órgãos alvo
V1a: músculo liso arteríolas V1b (V3): corticotrofos (células produtoras de ACTH na adenohipófise) - levam ao aumento da produção da ACTH V2: membrana basolateral dos túbulos coletores distais
37
Receptores da libertação da ADH
Barorreceptores - sensíveis a alterações da pressão sanguínea Osmorreceptores - sensíveis a alterações da osmolaridade Nota: ADH pode também ser produzida aquando de vómitos, stress e hipoglicémia
38
Diabetes insípida
``` Poliúria - urinar muito (>3L/dia no adulto) Causa: Central ou neurogénica Nefrogénica Like syndrome ```
39
DI central ou neurogénica
Défice da secreção da ADH Surge quando há perda de 75% dos neurónios do n.paraventricular e supraóptico; Osmolaridade da urina diminuida e do plasma aumentada Os valores de Na+ estarão normais ou ligeiramente aumentados, sendo que é um aumento relativo por perda de água no sangue → Hipernatrémia relativa 1. Polidipsia compensatória: bebe muita água compensando a que perde na urina 2. Desidratação Hipernatrémica: quando a perda é demasiado extensa
40
DI nefrogénica
Neste caso, existe ADH suficiente com produção e armazenamento normalizados, MAS não há uma resposta à hormona → Resistência à ADH; Há um defeito nos receptores V2 (aquaporinas) Osmolaridade da urina diminuida e do plasma aumentada Única diferença é que há um aumento de ADH no sangue porque ela não vai conseguir actuar nos receptores por causa de existir um defeito nestes.
41
Etiologia da DI nefrogénica
1. Insuficiência renal crónica (falta de função do rim) 2. Cálculo Renal (porque altera a fisiologia do rim) 3. Hipocaliémia crónica (p.e. por perdas intestinais) 4. Familiar (causa + comum) → mutações nos recetores que são herdadas de forma autossómica dominante
42
DI like syndrome
↑ Clearance de ADH | • Ocorre sobretudo na gravidez por aumento da vasopressinase (degrada a ADH)
43
Diagnóstico diferencial entre DI
Prova de Desidratação: provocar uma situação de desidratação por impedimento de ingestão de água durante um período de tempo Se produziu uma urina concentrada não tem DI, senão tem. Prova de Vasopressina: administrar ADH via nasal e perceber se há resposta Se diminuir a sede e o débito é DI central, pois ao se administrar a hormona voltou o mecanismo funcionou, senão é DI nefrogénica
44
Síndrome de Secreção Inapropriada de ADH (SIADH)
Alteração dos barorrecetores e osmorrecetores centrais, na medida em que deixam de fazer a sua função Contínua absorção de água Hipervolémia Hiperosmolaridade da urina Urina muito concentrada, uma vez que eles continuam a excretar Na+ pela urina apesar da diminuição volémica muito grande → paradoxo hidroeletrolítico
45
Características da SIADH
Oligúria - diminuição do débito urinário (<300ml) Tensão arterial normal, apesar de haver hipervolémia porque os líquidos fluem para os tecidos intersticiais → não há edema Hiponatrémia Hipoosmolalidade plasmática Hiperosmolalidade urinária Excreção de Na+ na urina normal Sem sinais de desidratação