Adaptações cardio-respiratórias à atividade física Flashcards
Benefícios
Função endotelial: Aumenta a libertação de NO e o sheer stress
Resposta inflamatória: diminui os marcadores inflamatórios
Perfil lipídico: Diminui os trigliceridos e o LDL e aumenta o colesterol HDL
Metabolismo glucídico: melhoria na resistência à insulina
Stress oxidativo: diminuição da acumulação de RLO
Heat shock proteins aumentado: maior proteção anti-isquémica
Regeneração/apoptose: proteção contra a apoptose
Funcional: retarda a disfunção diastólica
Necessidades de O2: redução para o mesmo nível de trabalho
Melhoria da perfusão miocárdica: menor risco de enfarte
Efeitos antitrombóticos
Riscos
Adaptações Patológicas – os corações remodelam-se, podendo crescer demasiado tornando-se patológico.
Complicações a longo prazo – pode causar envelhecimento
Libertação de troponina
Stress oxidativo
Alguma isquémia
Morte súbita: não é a causa da morte, mas o trigger, aquilo que dispara um evento grave (normalmente uma taquicardia ventricular) numa pessoa que já tem o risco aumentado, que já tem uma doença e não sabia.
Causas da morte súbita
− jovens são geralmente doenças hereditárias, nomeadamente miocardiopatias sobretudo hipertrófica
− mais velhos é por doença coronária
Tipos de exercício
- Estático/ Força
- Dinâmico/ Endurance
Diferenças entre exercício estático e dinâmico
Débito Cardíaco (Q) é mais aumentado no exercício dinâmico do que no estático, uma vez que o atleta requer sangue e oxigénio em circulação durante mais tempo.
Frequência Cardíaca também é mais significativa no exercício dinâmico do que estático.
Volume Sistólico é muito mais aumentado no exercício dinâmico do que no estático
Pressão Arterial (ABP) que no estático aumenta mais do que no exercício dinâmico - Isto porque uma pessoa quando levanta 200kg tem que ter muita força, portanto, requer um coração com mais músculo e força e não de todo um coração que tenha resistência como é necessário no exercício de endurance. Desse modo, como é um exercício muito anaeróbio, de curta duração e de muita potência, a manifestação mais evidente é o aumento da pressão arterial.
Resistência Vascular Periférica (tem em conta a diferença arterio-venosa) que diminui no exercício dinâmico e praticamente não se altera no exercício estático.
Adaptações do coração de um atleta em termos estruturais
Corações maiores, hipertrofias ventriculares, sobretudo do ventrículo esquerdo.
Aumento em 15% de ambas as cavidades ventriculares
Dilatação bi-atrial
Adaptações do coração de um atleta em termos funcionais
A função sistólica não altera muito, mas aumenta
A alteração mais marcada é uma melhoria da função diastólica, portanto os atletas têm uma função diastólica “supranormal”.
- O relaxamento é muito mais rápido, que faz com que o retorno venoso do sangue periférico seja mais rápido e, portanto, que o debito cardíaco também aumente.
Adaptações do coração de um atleta em termos periféricos
Aumento das fibras musculares esqueléticas Aumento da condutância capilar Aumento da capacidade oxidativa Aumento das enzimas mitocondriais Aumento do pico de consumo de O2
Adaptações do coração de um atleta em termos elétricos
Frequência baixa em repouso → bradicardia sinusal
Arritmia sinusal
Repolarização precoce
Bloqueio auriculoventricular 1o Grau ou Mobitz I
Bloqueio incompleto do ramo direito
Causa das alterações elétricas
Há um aumento da estimulação parassimpática em repouso, mas durante o esforço físico um aumento da estimulação simpática. Isso faz com que hajam alterações elétricas como a tal bradicardia sinusal, arritmia sinusal, repolarização precoce, coisas normais em atletas
O coração sofre remodelagem estrutural. Fica mais dilatado, mais hipertrofiado e isso reflete-se depois no ECG.
Dados do ECG
Se não se soubesse que era atleta seria considerado patológico
No atleta estas adaptações são geralmente homogéneas, a remodelagem é homogénea e balanceada, ou seja, não acontece só numa das 4 cavidades, não é só o ventrículo esquerdo que está dilatado, as 4 cavidades ficam remodeladas.
Hipertrofia fisiológica
No exercício de endurance/isotônico/dinâmico há sobrecarga de volume, o coração armazena mais sangue, desse modo, o coração dilata mais e a hipertrofia é excêntrica
Os exercícios de força/estático teoricamente é como se tivessem uma sobrecarga de pressão e tem como consequência hipertrofia concêntrica em que as paredes do ventrículo esquerdo ficam hipertrofiadas, mas a cavidade continua normal.
Valores do ECG em termos de adaptações funcionais
Função diastólica está habitualmente “supranormal”
Função sistólica (fração de ejeção) normal, até pode estar um bocadinho diminuída em repouso (aumenta com o esforço)
▪ Porque o atleta está de tal modo treinado que em repouso basta contrair um bocadinho o coração que é suficiente para suprir todo o organismo
Over training
Se houver muitos picos de treino e se o repouso não for ideal, no treino seguinte o coração não estará no estado basal. Estas repercussões acumulam-se e podem estar na base de alterações patológicas que, habitualmente, ocorrem no ventrículo direito por génese de fibrose, que por sua vez aumenta o risco de arritmias, e morte celular
Adaptações respiratórias
São muito menos marcadas do que as cardíacas