INFECTO Flashcards
RESUMO LEPTOSPIROSE
- Causada por espiroquetas patogenicas do grupo Leptospira
- Clinica: inicio abrupto de febre, calafrios, mialgias e cefaleia. Sufusao conjuntival pode estar presente.
- pode apresentar LRA, uveite, hemorragias, hemorragia alveolar, miocardite e rabdomiolise
- DDX: Quadro clinico + testes sorologicos (ELISA,MAT), moleculares (PCR)
- TTO: casos leves: Doxiciclina ou Azitromicina
Casos graves: doxiciclina, ceftriaxone ou Cefotaxima
Obs: Causa de sindrome pulmao-rim
Tríade leptospirose
- Febre
- Sufusao conjuntival
- Dor em panturrilhas
Principal causa de derrame pleural unilateral em jovens
TB pleural
Principal acometimento da TB ossea
Espondilodiscite Tuberculosa
- acomete lombar e toracica
- sinais neurologicos localizatorios, progressivos (paraparesia/pegia)
- nao respeita discos vertebrais e poupa pediculos (diferente de neoplasia)
- forma ABCESSO PARAVERTEBRAL (50% dos casos)
- DDX: cirurgia c biopsia
- TTO: estender fase de manutencao para 1 ano
TB MILIAR resumo
- disseminacao hematogenica
- pode fazer quadro septico
- atinge virtualmente qualquer orgao
- DDX: LBA, biopsia
- TTO nao difere
TB Ganglionar resumo
- presenca de unico ou multiplos nodulos na mesma cadeia
- PPD-> forte reator
- aspirado no ganglio
>TRM-TB
> pBAAR 20-25%
> Cultura 50-90% - histopatologia: Granuloma ou pBAAR
Meningo-TB
- principal causa de meningite subaguda podendo ter sintomas de encefalite e acometimento de pares cranianos
- vasculite: pode causar infartos cerebrais e hidrocefalia
- TTO prolongado na fase de manutencao > 2RIPE/10RI
- sempre iniciar internado
- Corticoterapia para impedir piora inicial - 4 semanas
Quando suspeitar de MeningoTB
Meningite subaguda com hiperproteinorraquia/celularidade com mais de 30% linfocitos, ainda mais se acompanhada de febre e par craniano
como diferenciar os tipos de Staphilo de estrepto
- São Cocos gram-positivos;
- teste da coagulase: diferencia o Aureus dos outros;
- Teste da catalase: diferencia Staphylo de estrepto e enterococos
em cachos: especies de estafilo
em cadeia: estrepto e enterococo
Mecanismo LRA no uso de Anfotericina B
(IAMSPE 2021)
- Poliuria, Hipocalemia e hipomagnesemia, ATR tipo I
- As fórmulas não-lipídicas são mais nefrotóxicas;
-
Nefrotoxicidade pela anfotericina:
- Mecanismo da IRA: vasoconstrição renal (pré-renal) e necrose tubular aguda (NTA);
-
Distúrbios eletrolíticos associados: ocorre devido ao aumento da permeabilidade da membrana causado pela anfotericina B, o potássio vaza do citoplasma em um gradiente de concentração favorável para o lúmen (perda urinária de potássio e outros íons).
Podemos observar: hipocalemia, ATR tipo I, hipomagnesemia;
- A anfotericina B é causa de IRA com hipocalemia;
- Como prevenir? Uso de formulações lipídicas, expansão de volume com uso de soluções salinas e evitar uso de outras drogas nefrotóxicas concomitantes.
Sorologias para hepatite B, interpretacao
- Triagem para HBV: para a maioria das pessoas assintomáticas, fazemos a triagem para HBsAg e anti-HBs. Também realizamos testes para anti-HBc (total ou anti-IgG) nos seguintes grupos: portadores de HIV, portadores de infecção por HCV que receberão antivirais de ação direta, pacientes que necessitam de terapia imunossupressora e doadores de sangue e órgãos;
- Infecção aguda: positividade para HBsAg e anti-HBc IgM;
- Infecção prévia: positividade pelo anti-HBs IgG e anti-HBc IgG;
- Vacinação: positividade de Anti-HBs isolada.
Quadro clinico febre maculosa
(USP-RP 2022)
Após um período de incubação de 2 a 14 dias, por ser uma doença sistêmica, a febre maculosa pode apresentar um curso clínico variável, desde quadros clássicos a formas atípicas sem exantema. O início costuma ser abrupto e os sintomas são inespecíficos (febre, em geral alta; cefaleia; mialgia intensa; mal-estar generalizado; náuseas; vômitos). Em geral, entre o segundo e o sexto dia da doença, surge o exantema máculo-papular, de evolução centrípeta e predomínio nos membros inferiores, podendo acometer região palmar e plantar em 50% a 80% dos pacientes com essa manifestação.
exame padrao ouro para diagnostico de febre maculosa
Reacao de imunoflorescencia direta -RIFI
TTO febre maculosa
- O tratamento recomendado para a Febre Maculosa é realizado preferencialmente com Doxiciclina (não pode ser utilizada em gestantes e crianças abaixo de 8 anos de idade), tendo como segunda opção o Cloranfenicol.
Doxiciclina oral 12/12h devendo ser mantida ate 3 dias apos a febre.
3 neoplasias mais comuns em pacientes com AIDS/portadores de HIV
(SMS-SP 2023)
- As três neoplasias mais comuns e definidoras de AIDS são sarcoma de Kaposi, carcinoma cervical invasivo e certos linfomas não Hodgkin (NHL; linfoma não Hodgkin de células B de alto grau sistêmico, linfoma de sistema nervoso central primário);
- Mesmo com CV Indetectável e CD4 > 350 células, há chances de desenvolver Linfoma Não-Hodgkin em pessoas vivendo com HIV.
Resumo paracoccidioidomicose juvenil
- A paracoccidioidomicose juvenil ocorre comumente em crianças, adolescentes e adultos com menos de 30 anos de idade, não havendo predileção entre os sexos.
- A disseminação da infecção fúngica para o sistema reticuloendotelial pode gerar linfadenopatia, hepatoesplenomegalia e/ou disfunção da medula óssea.
- A compressão pelas massas linfáticas em região abdominal podem simular abdome agudo, além de acometer trato biliar (icterícia) e os intestinos, culminando com síndromes disabsortivas, obstrução intestinal e ascite.
- O acometimento pulmonar e adrenal nessa forma da doença é incomum e pouco descrito.
Calendario vacinal SBIm adulto nao gestante
(20-59a)
-
As vacinas da SBIm para adultos não-gestantes são:
- Dupla adulto (difteria e tétano) ou tríplice bacteriana acelular (difteria, tétano e coqueluche)
- Influenza
- Pneumocócica
- Herpes zoster (VZA e VZR) – recomendada a partir dos 50 anos
- Tríplice viral – para adultos com esquema completo, não há necessidade de dose adicional (exceto em surtos)
- HPV
- Varicela
- Meningocócicas conjugadas (ACWY) ou C
- Meningocócicas B
- Febre amarela
- Dengue – até os 60 anos independente do contato prévio com o vírus (QdengaR)
Resumo ulceras genitais
-
O diagnóstico das úlceras genitais causadas por infecções sexualmente transmissíveis (IST) baseia-se na história clínica e na apresentação da lesão, além dos exames complementares. Na maior parte das vezes, a evolução das úlceras já auxilia na elaboração das hipóteses:
- Sífilis: Úlcera única, indolor, bordas elevadas, endurecidas e fundo limpo.
- HSV 1 e 2: Pápulas e vesículas que evoluem para lesões ulceradas pequenas dolorosas e múltiplas.
- Cancroide: Úlceras múltiplas, com fundo sujo, necrótico, bordas mal definidas e dolorosas.
- LGV: Úlcera única indolor e pequena que evolui para conglomerado linfonodal fistulizante.
- Donovanose: Ulceração de evolução crônica, hipertrófica, com fundo granulomatoso e sangrante.
Papel TRM-TB
(UNICAMP 2021)
- O Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) é indicado para diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e extrapulmonar e na triagem de resistência à rifampicina nos casos de retratamento, de falência ao tratamento da TB ou de suspeita de resistência.
- Detecta o DNA do complexo M. tuberculosis (MTB) e de cepas resistentes à rifampicina. O teste apresenta o resultado em duas horas, necessitando somente de uma amostra de escarro.
- No entanto, o teste não pode ser usado para acompanhamento dos casos, sendo necessária a realização de baciloscopias de controle, exceto quando for utilizado para triagem da resistência à rifampicina em pessoas com suspeita de falência ao esquema básico.
- O TRM-TB pode ser utilizado para diagnóstico de TB extrapulmonar, nas seguintes amostras: líquor, gânglios linfáticos e outros tecidos. Nesses casos, como a sensibilidade é mais baixa que nas amostras pulmonares, o resultado negativo não exclui tuberculose, sendo necessário manter a investigação.
Resumo Febre Tifoide
(USP-RP 2024)
- A febre tifoide é uma doença endêmica de países da África, Ásia e América Latina, causada pelas espécies de Salmonella typhi e Salmonella paratyphi;
- Sua forma clínica cursa principalmente com febre, dor abdominal e diarreia, podendo apresentar também hepatoesplenomegalia e lesões cutâneas características;
- Se não tratada, pode cronificar ou apresentar complicações graves, como CIVD, sangramento gastrointestinal e perfuração intestinal;
- O diagnóstico é feito com cultura, especialmente a hemocultura e a mielocultura;
- Seu tratamento preferencial é feito com quinolonas, com as cefalosporinas de terceira geração e azitromicina como segunda linha.
Resumo Malaria
(UFSC 2022)
Resumo sobre Malária:
A Malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos por vetores. No Brasil, as espécies mais prevalentes são P. vivax (90% dos casos) e P. falciparum. O período de incubação varia conforme a espécie: P. falciparum (mínimo 7 dias), P. vivax (10-30 dias), P. malariae (18-30 dias).
A crise aguda caracteriza-se por febre, calafrios, sudorese, cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos, podendo ser intermitente. O diagnóstico deve ser feito em áreas endêmicas ou em pessoas expostas à doença, baseado em exames laboratoriais.
Fatores de risco: gestantes, crianças e primoinfectados apresentam maior gravidade. P. falciparum está associado à maior letalidade.
Nos exames complementares, destaca-se anemia normocrômica e icterícia discreta em casos benignos, além de aumento de ALT, AST e, nas formas graves, insuficiência renal.
Prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para reduzir a morbimortalidade.
Alteracoes laboratoriais em Malária
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Anemia normocítica e normocrômica:
- Comum, especialmente em formas graves ou pacientes crônicos.
- Associada à hemólise intensa.
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Icterícia discreta:
- Predominância de bilirrubina indireta.
- Causada pela hemólise (predomínio do Plasmodium vivax ou falciparum).
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Enzimas hepáticas:
- Aumento moderado de ALT e AST.
- ALT raramente ultrapassa 200 UI.
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Insuficiência renal:
- Em formas graves, pode ocorrer necrose tubular.
- Elevação de ureia, creatinina e potássio.
- Necessidade de métodos dialíticos até recuperação da função renal.
Diferenca na IRA da Leptospirose e malaria
Na leptospirose, a injúria renal aguda (IRA) é geralmente hipocalêmica, devido à perda renal de potássio, que ocorre como resultado de uma disfunção tubular renal característica da doença. Essa hipocalemia é uma particularidade da leptospirose e ajuda a diferenciá-la de outras causas de IRA, que costumam cursar com hipercalemia.
Na Malária é Hipercalemica
Resumo Endometrite Pos-parto
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Endometrite pós-parto:
- Causa comum de febre pós-parto e sensibilidade uterina.
- Mais comum após cesariana do que parto vaginal.
- Tipicamente uma infecção polimicrobiana envolvendo uma mistura de dois a três aeróbios e anaeróbios do trato genital.
-
Tratamento:
- Ampicilina-sulbactam isoladamente.
- Ou ampicilina + gentamicina + clindamicina.
- Ou penicilina + gentamicina + metronidazol.
- Ou clindamicina + gentamicina.
Qual objetivo laboratorial principal no TTO do HBV?
“O objetivo principal do tratamento é reduzir o risco de progressão da doença hepática e de seus desfechos primários, especificamente cirrose, CHC e óbito. Desfechos substitutivos ou intermediários – como níveis de HBV-DNA, títulos de aminotransferases e marcadores sorológicos – estão validados e têm sido utilizados como parâmetros para inferir a probabilidade de benefícios da terapêutica em longo prazo. O conjunto desses exames pode refletir supressão da replicação viral sustentada e atividade necroinflamatória no fígado, reduzindo o risco de complicações, de progressão para cirrose e de CHC.** A perda sustentada do HBsAg, com ou sem soroconversão para anti-HBs, é o resultado ideal da terapia.”**
Interpretacao de AgHBe
-
AgHBe (Antígeno HBe):
- Positivo: Alta replicação viral e maior infectividade.
- Negativo: Redução da replicação viral ou mutantes pré-core (avaliar HBV-DNA).
-
Anti-HBe (Anticorpo contra HBe):
- Positivo: Controle parcial da replicação (HBV-DNA baixo). Pode indicar mutantes pré-core (avaliar HBV-DNA).
- Negativo: Infecção ativa ou ausência de soroconversão.
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Cenários Comuns:
- AgHBe+ / Anti-HBe-: Replicação ativa.
- AgHBe- / Anti-HBe+: Controle parcial ou mutantes pré-core.
- AgHBe- / Anti-HBe-: Infecção inativa ou fase precoce.
- AgHBe+ / Anti-HBe+: Fase de transição (raro).
highlights manejo COVID
(UNICAMP 2023)
Fatores de risco para evolução desfavorável no Covid-19:
- Condições: Patologias pulmonares, idade ≥ 65 anos, hepatopatia, DRC, estado de imunossupressão, doenças cardiovasculares, obesidade e tabagismo.
- Sintomas para hospitalização: Dispneia importante, dessaturação, alteração do sensório e choque hemodinâmico.
- Tratamento em não vacinados (≥ 50 anos ou ≥ 65 anos com comorbidades): Paxlovid (nirmatrelvir-ritonavir) para evitar hospitalização/mortalidade.
- Internados: Corticoterapia (dexametasona 6 mg/dia ou equivalente).
- Anticoagulação: Tema polêmico. Sociedades recomendam profilática em UTI; plena somente quando indicado.
- Conduta comum: Manter anticoagulação profilática.
Paciente com antecedente de uso de corticoide, associado à infecção por HTLV, com quadro de evolução abrupta pulmonar e aparecimento de larvas, nos leva ao diagnóstico de:
(UEL 2023)
Estrongiloidíase disseminada com acometimento pulmonar.
TTO estrogiloidiase
O tratamento é realizado com Ivermectina, na dose de 200 µg/kg/dia, por 2 dias, para infecções assintomáticas. Em caso de doença disseminada/hiperinfecção, o tratamento é com a mesma medicação e mesma dose, sendo realizado até 2 semanas após o espécime de diagnóstico (fezes, escarro) manter-se negativo.
ICS por S.AUREUS com Endocardite manejo
(HSL 2024)
- Infecção de corrente sanguínea por S. aureus: muito comum a ocorrência de focos metastáticos. Endocardites infecciosas são tratadas por pelo menos 4-6 semanas, com antibiótico endovenoso.
- A remoção do cateter de longa permanência é sempre recomendada em ICS; entretanto, em casos de instabilidade hemodinâmica, choque séptico persistente, infecção metastática ou infecção de orifício de saída do cateter, a retirada deve ser imediata!
Resumo Mordeduras
(USP-RP 2022)
Mordeduras
-
Atendimento inicial:
- ATLS, controle de sangramento, limpeza da ferida e irrigação com salina.
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Profilaxias e tratamentos:
- Antibioticoterapia, profilaxia para tétano, profilaxia da raiva e profilaxia para hepatite B e HIV (em caso de mordedura humana).
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Antibioticoterapia:
- Sem sinais de infecção: Profilaxia antibiótica se fechamento primário, localização em mãos, face, genitália, articulações, imunocomprometidos ou feridas profundas (mordedura de gato).
- Com sinais de infecção: Beta-lactâmicos/inibidor de beta-lactamase (ampicilina-sulbactam ou piperacilina-tazobactam), com possibilidade de intervenção cirúrgica.
obs: bacteria frequente é Pasteurella ssp.
Pode-se afirmar que, nos pacientes em uso crônico de IECA, o antimicrobiano que deve ser evitado, pelo risco de cardiotoxicidade é:
(UFRJ 2024)
- Sulfametoxazol/trimetropim
- Bactrim e IECA associados aumentam o risco de hipercalemia e, portanto, de cardiotoxicidade;
- Vancomicina e Amicacina podem gerar nefrotoxicidade e ototoxicidade;
- Ceftriaxona como todos os beta-lactâmicos são drogas seguras e com poucos efeitos colaterais.
Resumo TB Peritoneal
(UEPA 2024)
- A TB peritoneal geralmente ocorre após reativação de focos de TB latente no peritônio;
- Os principais achados clínicos são inespecíficos, com destaque para dor abdominal e febre de evolução insidiosa, como os sintomas mais comuns. Outros achados frequentes são ascite, fadiga, anorexia;
- O líquido ascítico tipicamente configura-se como exsudato linfocitário, com gradiente de albumina soro-ascite **(GASA) < 1,1, e níveis de proteína maiores que 2,5-3 g/dl; **
- A presença da adenosina deaminase no líquido ascítico possui sensibilidade e especificidade próximas de 100% e 97%, respectivamente.
TTO Colite pseudomembranosa
-
Não severa/leve - Leucocitose < 15 mil células/mL e Cr < 1,5 mg/dL:
- Vancomicina oral 125 mg, 4x/d por 10 dias;
- Alternativa se indisponível - Metronidazol oral 500 mg 3x/d, 10 dias.
-
Severa – Leucocitose > 15 mil e/ou Cr > 1,5 mg/dL:
- Vancomicina oral 125 mg 4x/d por 10 dias.
-
Fulminante – Choque, sepse, íleo paralítico, megacólon tóxico e/ou hipotensão:
- Vancomicina 500 mg oral 4x/d + Metronidazol IV 500 mg 8/8h;
- Na presença de íleo paralítico - Enema de Vancomicina via retal.
Resumo Clostridium difficile
- Clostridium difficile é a principal causa de diarreia infecciosa nosocomial. Uso consciente de antibióticos e lavagem de mãos com água e sabão são os principais fatores para controle de taxas desta infecção;
- A confirmação diagnóstica se dá por testes nas fezes, desde pesquisas de Toxinas A e B, Antígeno e PCR. Habitualmente se coleta mais de uma amostra;
- O tratamento envolve precaução de contato em pacientes suspeitos e uso de antibioticoterapia, guiada pela severidade da doença. Se não fulminante, habitualmente damos vancomicina oral. Se fulminante, dobramos a dose e associamos metronidazol IV.
Resumo infeccoes necrotizantes de pele
(SCMBH 2024)
Infecções Necrotizantes de Pele
- Definição: Emergência médica grave com destruição rápida de tecidos subcutâneos e fáscia.
- Etiologia: Streptococcus do grupo A, Staphylococcus aureus, bactérias gram-negativas e anaeróbicas.
-
Clínica:
- Dor intensa desproporcional aos achados físicos.
- Febre, taquicardia, edema, eritema, crepitação.
-
Diagnóstico:
- Suspeita clínica e progressão rápida.
- TC/RM para avaliar tecidos; confirmação cirúrgica essencial.
-
Tratamento:
- Desbridamento cirúrgico agressivo.
- Suporte intensivo.
- Antibioticoterapia de amplo espectro.
Infeccao por bacteria ESBL usar preferencialmente:
(UNIFESP 2021)
> Meropenem
- A betalactamase de espectro estendido (ESBL) confere resistência a beta-lactâmicos, cefalosporinas de todas as gerações e aztreonam.
- Em infecções por germes ESBL (sao sempre gram-), carbapenêmicos costumam ser o tratamento mais eficaz.
Resumo FOI (febre de origem indeterminada)
(HCPA-RS 2024)
A febre de origem indeterminada (FOI), também chamada de febre de origem obscura, é uma síndrome clínica caracterizada por febre persistente sem etiologia definida após investigação.
Critérios diagnósticos:
- Temperatura axilar superior a 37,8°C em diversas ocasiões;
- Duração mínima de 3 semanas;
- Ausência de diagnóstico etiológico após investigação (1 semana ambulatorial ou 3 dias hospitalar).
Principais etiologias:
- Infecciosas: Tuberculose, micobactérias atípicas, fungos disseminados, citomegalovírus.
- Inflamatórias: Doenças do tecido conjuntivo (LES, artrite reumatoide, arterite de células gigantes, vasculites).
- Neoplásicas: Linfomas, leucemias.
Avaliação inicial:
- Anamnese detalhada (história de febre, sintomas associados, histórico médico e familiar).
- Exame físico completo.
- Exames complementares dirigidos para elucidação diagnóstica.
Diferenca clinica entre Erisipela e Celulite
Erisipela e celulite são diferenciadas com base na profundidade da infecção.
- Erisipela: Afeta camadas mais superficiais da pele, com borda elevada claramente demarcada.
- Celulite: Envolve camadas mais profundas da pele, com bordas indistintas que não são elevadas.
Ambas se manifestam como áreas de eritema, edema e calor na pele. Na dúvida diagnóstica, a celulite é tratada por precaução.
TTO Endocardite Infecciosa
- Tratamento empírico inicial:
Utilizado antes da identificação do agente, cobrindo os principais patógenos (Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Enterococcus spp.):
>Válvula nativa:
-Oxacilina 2g EV a cada 4h + Gentamicina 3 mg/kg/dia
Se alergia a beta-lactâmicos: Vancomicina + Gentamicina
>Válvula protética (< 1 ano de colocação):
-Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina 300 mg 12/12h
Cobertura contra Staphylococcus coagulase-negativo e Staphylococcus aureus.
Resumo TB intestinal
(SES-DF 2022)
TB Intestinal:
- Localização: Ileocecal (75% dos casos).
- Clínica: Dor abdominal, diarreia, ascite, febre, perda de peso.
- Diagnóstico: Colonoscopia com biópsia (granuloma caseoso, BAAR, PCR).
- Tratamento: RHEZ (2 meses intensivo) + RH (4 meses manutenção).
Formas mais comuns de TB extrapulmonar em HIV negativos e positivos
(UFES 2024)
TB Extrapulmonar:
- Mais comum:
- Não HIV: Tuberculose pleural.
- HIV positivo: Tuberculose ganglionar.
- Tratamento: 6 meses (exceto meningoencefálica e osteoarticular).
Resumo TB pleural
TB Pleural:
- Mais comum: Em jovens, forma extrapulmonar de TB em não HIV.
- Clínica: Dor pleurítica, febre, tosse seca, astenia, emagrecimento, anorexia, dispneia em casos prolongados.
- Líquido pleural:
- Exsudato, predomínio linfocitário.
- BAAR < 5%, cultura < 15%.
- ADA elevada é critério diagnóstico.
- Diagnóstico adicional: Cultura de escarro induzido positiva em 50%.
Resumo Empiema pleural tuberculoso
Empiema Pleural Tuberculoso:
- Causa: Ruptura de cavidade tuberculosa para o espaço pleural.
- Associado: Pneumotórax por fístula broncopleural.
- Clínica: Semelhante ao empiema por bactéria comum.
- Diagnóstico: Baciloscopia e cultura no líquido pleural com alto rendimento.
Tuberculose Ganglionar periferica resumo
TB Ganglionar Periférica:
- Frequente em: PVHIV, crianças, < 40 anos.
- Clínica: Linfadenopatia subaguda, indolor, assimétrica (bilateral em PVHIV), pode fistulizar.
- Localização: Cadeias cervicais anterior/posterior e supraclavicular.
- Diagnóstico: Aspirado ou ressecção ganglionar (exames bacteriológicos/histopatológicos).
TB Meningoencefalica resumo
TB meningoencefálica:
- Epidemiologia: Responsável por 3% dos casos de TB em não HIV e até 10% em PVHIV.
- Clínica:
- Forma subaguda: Cefaleia, irritabilidade, alterações de comportamento, sonolência, febre, anorexia, rigidez de nuca (>2 semanas). Pode haver pares cranianos (II, III, IV, VI, VII) e sinais de hipertensão intracraniana.
- Forma crônica: Cefaleia prolongada, acometimento de pares cranianos, tuberculomas (processo expansivo intracraniano).
- Concomitância: Doença pulmonar em até 59% dos casos.
- TTO: 9-12 meses
TB Ossea resumo
TB Óssea:
- Epidemiologia: Mais comum em crianças (10-20% das lesões extrapulmonares na infância) e entre a 4ª e 5ª década de vida.
- Localização: Predomina na coluna vertebral, articulações coxofemoral e joelho (pode ocorrer em outros locais).
- TB de coluna (Mal de Pott): 1% de todos os casos de TB; 50% dos casos de TB óssea.
- Afeta coluna torácica baixa e lombar.
- Clínica: Dor lombar, dor à palpação local, sudorese noturna.
- TTO: 6-9 meses.
Indicacoes de cada terapeutica em COVID
Terapias para COVID-19
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Remdesivir:
- Indicação: Pacientes com suporte de O2 não invasivo.
- Benefício: Reduz o tempo de recuperação e risco de ventilação mecânica.
- Dose: 200 mg no primeiro dia, seguido de 100 mg/dia por 5-10 dias.
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Dexametasona:
- Indicação: Pacientes em oxigenoterapia (baixo fluxo, não invasivo ou ventilação mecânica).
- Benefício: Reduz mortalidade em pacientes hospitalizados.
- Dose: 6 mg/dia por 10 dias ou até alta hospitalar.
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Tocilizumabe:
- Indicação: Pacientes com hipoxemia e inflamação sistêmica (PCR > 7,5 mg/dL) em uso de dexametasona.
- Benefício: Reduz mortalidade e necessidade de ventilação mecânica invasiva.
- Dose: 8 mg/kg (máximo 800 mg/dose), infusão intravenosa única.
Essas terapias devem ser administradas de acordo com as características e estágio da doença em cada paciente.
Paciente morador de área rural do sul/sudeste com tosse produtiva e febre há 8 meses. Na ectoscopia, lesão ulcerada e opacidades reticulonodulares confluentes foram observadas em TC, pensar em
Paracoccidioidomicose
caracteristica RX torax em Paracoccidioidomicose
Infiltrado peri-hilar em padrao asa de borboleta
Resumo Paracoccidioidomicose
- Etiologia: Fungo Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzii.
- Epidemiologia: Endêmica na América Latina, especialmente em áreas rurais e florestais. Afeta principalmente trabalhadores rurais.
- Fatores de Risco: Contato com solo contaminado, exposição a atividades agrícolas.
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Formas Clínicas:
- Aguda/subaguda (juvenil): Mais comum em crianças e jovens; linfonodomegalia generalizada, hepatoesplenomegalia, manifestações cutâneas.
- Crônica (adulto): Mais comum; acomete pulmões, mucosas (lesões ulceradas), pele, e ocasionalmente outros órgãos.
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Manifestações Clínicas:
- Tosse crônica, febre, emagrecimento, dispneia.
- Lesões ulceradas em mucosa oral e nasal.
- Radiografia de tórax: Opacidades reticulonodulares ou padrão de “asa de borboleta”.
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Diagnóstico:
- Exame direto: Visualização de leveduras em “roda de leme”.
- Sorologia: Testes imunológicos específicos.
- Cultura: Isolamento do fungo.
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Tratamento:
- Casos leves a moderados: Itraconazol 200 mg/dia por 6 a 12 meses.
- Casos graves: Anfotericina B intravenosa (fase inicial) seguida por itraconazol.
- Manutenção: Sulfametoxazol-trimetoprima em alguns casos.
- Prognóstico: Bom com diagnóstico e tratamento precoce. Casos graves podem deixar sequelas respiratórias.
Nota: É importante monitorar o paciente durante o tratamento para evitar recidivas.
Resumo Mucormicose
(SCMSP 2024)
- Etiologia: Infecção fúngica causada por fungos da ordem Mucorales (gêneros Rhizopus, Mucor, Lichtheimia).
- Epidemiologia: Infecção rara, oportunista, acometendo principalmente pacientes imunossuprimidos.
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Fatores de Risco:
- Diabetes mellitus descompensado (cetoacidose diabética).
- Uso de corticoides.
- Neutropenia.
- Transplante de órgãos sólidos ou medula óssea.
- Imunossupressão, trauma, queimaduras.
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Formas Clínicas:
- Rinocerebral: Mais comum; acomete seios paranasais e pode invadir órbitas e cérebro.
- Pulmonar: Em imunossuprimidos; sintomas inespecíficos como febre, tosse e hemoptise.
- Cutânea: Em feridas traumáticas; necrose e ulcerações extensas.
- Gastrointestinal: Em neonatos ou pacientes gravemente desnutridos; dor abdominal, necrose intestinal.
- Disseminada: Comprometimento multiorgânico.
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Manifestações Clínicas:
- Necrose tecidual devido à invasão vascular (trombose e isquemia).
- Lesões necróticas em mucosa nasal ou palato.
- Febre, dor facial, edema, proptose ocular.
- Infiltrados pulmonares, hemoptise em casos pulmonares.
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Diagnóstico:
- Biópsia: Hifas largas, não septadas, em ângulo reto (90°).
- Cultura e exames de imagem (TC ou RM).
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Tratamento:
- Controle de fatores predisponentes: Correção da hiperglicemia e redução de imunossupressores.
- Antifúngicos: Anfotericina B lipossomal intravenosa (primeira escolha).
- Cirurgia: Desbridamento agressivo de tecido necrótico.
- Alternativas: Isavuconazol ou posaconazol em casos de manutenção ou intolerância à anfotericina.
- Prognóstico: Grave, com alta mortalidade. Prognóstico melhora com diagnóstico precoce e tratamento agressivo.
Nota: A mucormicose é uma emergência médica. Intervenção rápida é essencial para evitar complicações fatais.
Grupos Dengue
Grupos de tratamento:
- Grupo A: Tratamento ambulatorial com hidratação oral (80 mL/kg/dia);
- Grupo B: Prova do laço positiva. Tratamento em leito de observação (80 mL/kg/dia VO) até resultado de hemograma completo. Se hematócrito alterado, hidratação oral supervisionada ou parenteral;
- Grupo C: Sinais de alarme. Tratamento em leito de internação com hidratação venosa (20 mL/kg/h) com reavaliação a cada 2 horas;
- Grupo D: Sinais de choque. Tratamento em terapia intensiva com hidratação venosa (20 mL/kg a cada 20 minutos por até 3 vezes). Reavaliação a cada 15-30 minutos e hematócrito após 2 horas.
Resumo TTO Sifilis
(UNICAMP 2020)
- Screening inicial com teste não treponêmico (VDRL, PRP), confirmação do diagnóstico com teste treponêmico (FTA-Abs, TPHA, MHA-TP);
- Levar em conta o histórico de sífilis prévia. Caso o paciente já tenha tratado sífilis previamente, o diagnóstico pode ficar mais incerto, devendo ser avaliado a titulação do teste não treponêmico (geralmente VDRL > 1:4);
- Determinar o momento da infecção (possível exposição e manifestações clínicas) e categorizá-lo de acordo em sífilis recente ou tardia;
- Tratamento de sífilis recente (primária, secundária, latente recente) é com dose única de penicilina benzatina 2.400.000 UI, intramuscular.
- Tratamento de sífilis tardia (latente tardia ou indeterminada) é com três doses semanais de 2.400.000 UI de penicilina benzatina, intramuscular.
- Tratamento de neurossífilis é com penicilina cristalina, endovenoso, por 10-14 dias.
Amebas sem indicacao de TTO
(ENARE banca nova 2024)
- Em relação às amebas, a E. coli, E. dispar e E. nana são consideradas espécies NÃO patogênicas e, portanto, não requerem tratamento específico ao serem identificadas em amostras de fezes.
- E. histolytica (Entamoeba histolytica) é tratada com:
-
Metronidazol ou Tinidazol: Usados para tratar a forma invasiva da doença, como amebíase intestinal sintomática ou abscesso hepático amebiano.
- Metronidazol: 500-750 mg, 3 vezes ao dia, por 7-10 dias.
- Tinidazol: Dose única diária de 2 g, por 3-5 dias.
-
Paramomicina ou Iodoquinol: Utilizados como agentes luminais para eliminar os cistos na forma não invasiva, prevenindo recaídas e transmissão.
- Paramomicina: 25-35 mg/kg/dia, divididos em 3 doses, por 7 dias.
- Iodoquinol: 650 mg, 3 vezes ao dia, por 20 dias.
O tratamento geralmente inclui um agente para a forma invasiva seguido por um agente luminal para eliminar os cistos e prevenir reinfecções.
TTO Meningite bacteriana
(UFRJ 2023)
Para o Streptococcus pneumoniae, de acordo com a literatura estrangeira, é recomendado Ceftriaxona 2g a cada 12 horas + Vancomicina 15-20 mg/kg de 8 ou 12 em 12 horas + Dexametasona. Já de acordo com a nossa bibliografia nacional, Ceftriaxona sozinha já é suficiente (juntamente com a Dexametasona).
Achados liquor meningites
-
Bacteriana
- Aspecto: Turvo, opalescente
- Celularidade: > 500 (neutrófilos)
- Proteínas: Elevada (> 200)
- Glicose: Muito baixa (↓↓ < 40)
-
Viral
- Aspecto: Opalescente
- Celularidade: 100-500 (linfócitos)
- Proteínas: Normal ou levemente aumentada
- Glicose: Normal
-
Fúngica
- Aspecto: Límpido ou opalescente
- Celularidade: Normal ou < 500 (linfócitos)
- Proteínas: Normal ou levemente aumentada
- Glicose: Normal ou levemente baixa
-
BK/TB
- Aspecto: Opalescente
- Celularidade: 100-1000 (neutrófilos e linfócitos)
- Proteínas: Elevada (> 300)
- Glicose: Muito baixa (↓↓ < 40)
-
Neoplasia
- Aspecto: Límpido
- Celularidade: Pouco aumentada (linfócitos)
- Proteínas: Normal ou levemente aumentada
- Glicose: Normal ou levemente baixa
Meninigite apos infeccoes de via aerea superior (otites e etc), pensar em qual agente etiologico?
(UNICAMP 2020)
Pneumococo
Profilaxia meningite
(UNICAMP 2023)
Quimioprofilaxia para meningite:
- Preferencialmente: Rifampicina.
- Alternativas: Ciprofloxacino ou Ceftriaxona.
- Indicação: Até 14 dias após exposição, idealmente até 48 horas.
TTO Amebise, Ancilostomiase e Esquistossomose
(UEPA 2021)
Tratamentos:
- Amebíase: Metronidazol ou Tinidazol.
- Ancilostomíase: Albendazol.
- Esquistossomose: Praziquantel.
Aconselhamento a PVHIV e parceiros quanto a relacoes sexuais
(HCPA-RS 2020)
Aconselhamento a PVHIV e parceiros(as):
- Transmissão HIV: Não há comprovação de transmissão por pessoas com supressão viral.
- Risco insignificante: Casos com CV-HIV indetectável por ≥6 meses têm risco mínimo.
-
Condições para redução de transmissão:
- Excelente adesão à TARV e monitoramento regular.
- Ausência de outras IST.
-
Educação e orientação:
- Informar que TARV não protege contra outras IST ou gravidez; métodos contraceptivos são essenciais.
- Estimular comunicação aberta com o(a) parceiro(a).
- Enfatizar importância do preservativo e métodos de prevenção combinada caso supressão viral não seja alcançada.
Resumo Esquistossomose mansonica
(IAMSPE 2020)
Esquistossomose Mansônica - Resumo:
- Agente etiológico: Schistosoma mansoni (trematódeo).
- Hospedeiros: Caramujos (gênero Biomphalaria) e seres humanos.
-
Forma aguda: Reações de hipersensibilidade, comum em viajantes não expostos previamente.
- Manifestações: Dermatite cercariana (prurido), síndrome de Katayama (febre, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, eosinofilia).
- Forma crônica: Após 6 meses; granulomas → forma hepatosplênica.
- Diagnóstico: Clínico-epidemiológico + eosinofilia + Kato-Katz.
- Tratamento: Primeira linha: Praziquantel.
Resumo Leptospirose
(UNIFESP 2022)
- Agente etiológico: Leptospira interrogans (espiroqueta).
- Reservatório principal: Roedores.
- Fatores de risco: Exposição a água de enchentes, esgoto, trabalho agrícola.
-
Apresentação clínica:
- Forma leve/subclínica: Sintomas inespecíficos (semelhantes a arboviroses); sinais característicos: dor em panturrilhas e sufusão conjuntival.
- Forma grave: Bacteremia, vasculite, lesão renal (hipocalemia), icterícia com hemorragia, esplenomegalia, hepatomegalia.
- Laboratório: Aumento de bilirrubina direta e transaminases (raramente acima de 200).
- Diagnóstico: Elisa, macroaglutinação ou microaglutinação (a partir da segunda semana).
- Tratamento: Penicilina cristalina ou cefalosporinas de terceira geração por 7 dias.
Achado USG compativel com PAC
(USP-SP 2023)
- Pulmao hepatizado com broncogramas aereos - padrao C compativel com PAC
Resumo Diagnostico Leishmaniose Visceral
(SUS-BA 2024)
- Diagnóstico: Inclui métodos sorológicos, pesquisa de antígenos, métodos diretos e moleculares.
-
Testes Imunológicos:
- Mais utilizado no Brasil: Imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA.
- Antígeno de cinesina recombinante (rK39): Alta sensibilidade e especificidade em ensaios de ELISA.
-
Métodos Diretos:
- Punção esplênica: Maior sensibilidade (90-95%), porém com restrições.
- Outros: Aspirado de medula óssea, biópsia hepática e linfonodos.
-
Moleculares:
- PCR (amplificação de DNA): Alta sensibilidade (94%), nova perspectiva diagnóstica.
Resumo Sindrome de reconstituicao imune
(UNIFESP 2020)
Síndrome da Reconstituição Imune (SRI):
- O que é: Resposta inflamatória exacerbada após início ou reintrodução da TARV em pacientes imunossuprimidos.
-
Manifestações clínicas:
- Podem ser leves, como aumento de linfonodos, ou graves, como hipertensão intracraniana.
- Relacionadas a infecções oportunistas como neurotuberculose, neurocriptococose e citomegalovírus.
- Fisiopatologia: Ativação do sistema imune com resposta inflamatória exagerada contra infecções ativas ou latentes.
- Diagnóstico diferencial: Diferenciar SRI de falha terapêutica ou progressão da infecção de base.
-
Manejo:
- Casos leves/moderados: Continuar TARV e tratar sintomas.
- Casos graves: Uso de corticosteroides (prednisona 1-2 mg/kg/dia por 1-2 semanas).
- Em casos extremos, ajuste da TARV pode ser considerado, mas interrupção é raramente indicada.
- Prognóstico: Geralmente autolimitada com manejo adequado.
DDX Dengue
(SES-DF 2022)
-
Caso suspeito de dengue:
- Doença febril aguda (até 7 dias) + dois sinais ou sintomas (cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia, prostração ou exantema, com ou sem sangramentos) + história epidemiológica positiva (área com Aedes aegypti nos últimos 15 dias).
- Todo caso suspeito deve ser notificado!
-
Diagnóstico:
- Primeiros 5 dias: RT-PCR (positivo nos primeiros 5 dias) ou antígeno NS1 (até o 7º dia).
- Após 6 dias: IgM (soroconversão entre fase aguda e convalescente) ou aumento de 4x no título de anticorpos.
-
Conduta inicial:
- Classificação de risco: Identificar sinais de alarme e choque.
Resumo Pneumocistose
(SBCM 2024)
- Epidemiologia: Mais comum em PVHIV com CD4 < 200 células/mm³ ou ausência de profilaxia.
- Quadro clínico: Tosse seca, dispneia progressiva, febre baixa, hipóxia grave desproporcional ao exame físico.
-
Diagnóstico:
- Imagem: RX de tórax com infiltrado intersticial bilateral ou TC com vidro fosco.
- Laboratório: Pesquisa direta no escarro ou lavado broncoalveolar (Giemsa, prata metenamina); PCR para P. jirovecii.
-
Tratamento:
- Primeira linha: Sulfametoxazol-trimetoprima (SMX-TMP) por 21 dias.
- Hipersensibilidade: Pentamidina ou clindamicina + primaquina.
- Adjuvante: Corticoide (se PaO2 < 70 mmHg ou AaO2 > 35 mmHg).
- Profilaxia primária: SMX-TMP 1x/dia (CD4 < 200 células/mm³).
DDX e TTO ILTB
(UEL 2023)
Rastreamento e Tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB):
- Objetivo do rastreio: Identificar indivíduos com risco aumentado para desenvolvimento de tuberculose ativa e, assim, oferecer tratamento preventivo.
-
Diagnóstico:
- Realizado por PPD ou IGRA.
- Considera-se PPD positivo se ≥ 5 mm em pacientes imunossuprimidos (ex.: HIV, QT, anti-TNF, transplantados).
-
Tratamento:
- Alternativas de 1ª linha:
- Rifampicina diariamente por 4 meses.
- Isoniazida + rifampicina diariamente por 3 meses.
- Isoniazida + rifapentina semanalmente por 3 meses.
- Alternativas de 1ª linha:
Efeitos adversos dos principais ATBs
(ENARE 2021)
Efeitos adversos por classes de antimicrobianos:
- Penicilinas e Cefalosporinas: reação de hipersensibilidade.
- Macrolídeos: alargamento de QT, hepatotoxicidade, náuseas, vômitos e diarreia.
- Aminoglicosídeos: nefrotoxicidade, ototoxicidade.
- Fluoroquinolonas: tendinopatia, artropatia, alargamento de QT.
Mecanismos de resistencia bacteriana
(SMS-SP 2024)
Mecanismos de resistência bacteriana:
-
Resistência intrínseca ou adquirida, causada por:
- Diminuição da expressão de porinas: impede a entrada do antibiótico na célula.
- Produção de beta-lactamases: enzimas que inativam os antibióticos.
- Bombas de efluxo: eliminam o antibiótico para fora da célula.
- Alteração do sítio de ligação: reduz a eficácia do antibiótico ao alvo.
Resumo Neurotoxoplasmose em PVHIV
- Doenca definidora
- Agente etiológico: Toxoplasma gondii (reativação em pacientes imunossuprimidos).
- Epidemiologia: Principal infecção oportunista do SNC em PVHIV com CD4 < 100 células/mm³.
-
Clínica:
- Déficits neurológicos focais (hemiparesia, ataxia).
- Cefaleia, febre, convulsões, alterações cognitivas.
-
Diagnóstico:
- Imagem: TC ou RM com lesões hipodensas com captação em anel e edema perilesional.
- Sorologia IgG positiva (não descarta).
- Resposta clínica à terapia empírica pode confirmar.
-
Tratamento:
- Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico por 6 semanas.
- Alternativa: Clindamicina + Pirimetamina + Ácido folínico.
- Profilaxia primária (CD4 < 100): Sulfametoxazol-trimetoprima.
Sorologias para HBV resumo
(TECM 2023)
- HBsAg (+): Confirma a presença do vírus B.
-
Anti-HBc (+):
- IgM (+): Indica contato recente com o vírus.
- IgG (+): Indica contato remoto com o vírus.
- Anti-HBs (+): Indica imunidade ao vírus, seja ela por cura ou vacinação.
- HBeAg (+): Indica replicação viral.
- Anti-HBe (+): Geralmente indica que o vírus não está se replicando.
Agente etiologico Hanseniase
Mycobacterium Leprae
- parasita intracelular acido-alcool resistente
-alta infectividade; baixa patogenicidade
- predilecao por pele e nervos perifericos, especificamente celulas de Schwann
- transmissao por goticulas
- incubacao 2 a 7 anos
Hanseniase Indeterminada resumo
Hanseníase indeterminada
- Forma inicial: pode evoluir para cura ou formas polarizadas em ~25% dos casos em 3-5 anos.
- Características:
- Geralmente, apenas 1 lesão, mais clara que a pele normal.
- Distúrbio de sensibilidade.
- Possível alopecia e/ou anidrose.
Hanseniase Tuberculoide
Hanseníase tuberculoide
- Forma clínica: ocorre em pessoas com maior resistência imune, com lesões limitadas e formação de granulomas bem definidos.
- Características das lesões:
- Poucas (ou única), limites bem definidos e pouco elevadas.
- Ausência de sensibilidade (dormência) e distribuição assimétrica.
- Proximidade das lesões em placa com filetes nervosos espessados.
- Perda total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa.
- Ausência de sudorese e/ou alopecia.
- Comprometimento nervoso:
- Atinge tronco nervoso, causando dor, fraqueza e atrofia muscular.
- Forma nodular infantil:
- Acomete crianças de 1 a 4 anos em ambiente com foco multibacilar no domicílio.
- Caracterizada por lesões papulosas ou nodulares únicas ou em pequeno número, principalmente na face.