INFECTO Flashcards

1
Q

RESUMO LEPTOSPIROSE

A
  • Causada por espiroquetas patogenicas do grupo Leptospira
  • Clinica: inicio abrupto de febre, calafrios, mialgias e cefaleia. Sufusao conjuntival pode estar presente.
  • pode apresentar LRA, uveite, hemorragias, hemorragia alveolar, miocardite e rabdomiolise
  • DDX: Quadro clinico + testes sorologicos (ELISA,MAT), moleculares (PCR)
  • TTO: casos leves: Doxiciclina ou Azitromicina
    Casos graves: doxiciclina, ceftriaxone ou Cefotaxima

Obs: Causa de sindrome pulmao-rim

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2
Q

Tríade leptospirose

A
  • Febre
  • Sufusao conjuntival
  • Dor em panturrilhas
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3
Q

Principal causa de derrame pleural unilateral em jovens

A

TB pleural

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4
Q

Principal acometimento da TB ossea

A

Espondilodiscite Tuberculosa
- acomete lombar e toracica
- sinais neurologicos localizatorios, progressivos (paraparesia/pegia)
- nao respeita discos vertebrais e poupa pediculos (diferente de neoplasia)
- forma ABCESSO PARAVERTEBRAL (50% dos casos)
- DDX: cirurgia c biopsia
- TTO: estender fase de manutencao para 1 ano

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5
Q

TB MILIAR resumo

A
  • disseminacao hematogenica
  • pode fazer quadro septico
  • atinge virtualmente qualquer orgao
  • DDX: LBA, biopsia
  • TTO nao difere
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6
Q

TB Ganglionar resumo

A
  • presenca de unico ou multiplos nodulos na mesma cadeia
  • PPD-> forte reator
  • aspirado no ganglio
    >TRM-TB
    > pBAAR 20-25%
    > Cultura 50-90%
  • histopatologia: Granuloma ou pBAAR
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7
Q

Meningo-TB

A
  • principal causa de meningite subaguda podendo ter sintomas de encefalite e acometimento de pares cranianos
  • vasculite: pode causar infartos cerebrais e hidrocefalia
  • TTO prolongado na fase de manutencao > 2RIPE/10RI
  • sempre iniciar internado
  • Corticoterapia para impedir piora inicial - 4 semanas
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8
Q

Quando suspeitar de MeningoTB

A

Meningite subaguda com hiperproteinorraquia/celularidade com mais de 30% linfocitos, ainda mais se acompanhada de febre e par craniano

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9
Q

como diferenciar os tipos de Staphilo de estrepto

A
  • São Cocos gram-positivos;
  • teste da coagulase: diferencia o Aureus dos outros;
  • Teste da catalase: diferencia Staphylo de estrepto e enterococos

em cachos: especies de estafilo
em cadeia: estrepto e enterococo

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10
Q

Mecanismo LRA no uso de Anfotericina B
(IAMSPE 2021)

A
  • Poliuria, Hipocalemia e hipomagnesemia, ATR tipo I
  • As fórmulas não-lipídicas são mais nefrotóxicas;
  • Nefrotoxicidade pela anfotericina:
    • Mecanismo da IRA: vasoconstrição renal (pré-renal) e necrose tubular aguda (NTA);
    • Distúrbios eletrolíticos associados: ocorre devido ao aumento da permeabilidade da membrana causado pela anfotericina B, o potássio vaza do citoplasma em um gradiente de concentração favorável para o lúmen (perda urinária de potássio e outros íons).
      Podemos observar: hipocalemia, ATR tipo I, hipomagnesemia;
  • A anfotericina B é causa de IRA com hipocalemia;
  • Como prevenir? Uso de formulações lipídicas, expansão de volume com uso de soluções salinas e evitar uso de outras drogas nefrotóxicas concomitantes.
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11
Q

Sorologias para hepatite B, interpretacao

A
  • Triagem para HBV: para a maioria das pessoas assintomáticas, fazemos a triagem para HBsAg e anti-HBs. Também realizamos testes para anti-HBc (total ou anti-IgG) nos seguintes grupos: portadores de HIV, portadores de infecção por HCV que receberão antivirais de ação direta, pacientes que necessitam de terapia imunossupressora e doadores de sangue e órgãos;
  • Infecção aguda: positividade para HBsAg e anti-HBc IgM;
  • Infecção prévia: positividade pelo anti-HBs IgG e anti-HBc IgG;
  • Vacinação: positividade de Anti-HBs isolada.
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12
Q

Quadro clinico febre maculosa
(USP-RP 2022)

A

Após um período de incubação de 2 a 14 dias, por ser uma doença sistêmica, a febre maculosa pode apresentar um curso clínico variável, desde quadros clássicos a formas atípicas sem exantema. O início costuma ser abrupto e os sintomas são inespecíficos (febre, em geral alta; cefaleia; mialgia intensa; mal-estar generalizado; náuseas; vômitos). Em geral, entre o segundo e o sexto dia da doença, surge o exantema máculo-papular, de evolução centrípeta e predomínio nos membros inferiores, podendo acometer região palmar e plantar em 50% a 80% dos pacientes com essa manifestação.

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13
Q

exame padrao ouro para diagnostico de febre maculosa

A

Reacao de imunoflorescencia direta -RIFI

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14
Q

TTO febre maculosa

A
  • O tratamento recomendado para a Febre Maculosa é realizado preferencialmente com Doxiciclina (não pode ser utilizada em gestantes e crianças abaixo de 8 anos de idade), tendo como segunda opção o Cloranfenicol.

Doxiciclina oral 12/12h devendo ser mantida ate 3 dias apos a febre.

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15
Q

3 neoplasias mais comuns em pacientes com AIDS/portadores de HIV
(SMS-SP 2023)

A
  • As três neoplasias mais comuns e definidoras de AIDS são sarcoma de Kaposi, carcinoma cervical invasivo e certos linfomas não Hodgkin (NHL; linfoma não Hodgkin de células B de alto grau sistêmico, linfoma de sistema nervoso central primário);
  • Mesmo com CV Indetectável e CD4 > 350 células, há chances de desenvolver Linfoma Não-Hodgkin em pessoas vivendo com HIV.
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16
Q

Resumo paracoccidioidomicose juvenil

A
  • A paracoccidioidomicose juvenil ocorre comumente em crianças, adolescentes e adultos com menos de 30 anos de idade, não havendo predileção entre os sexos.
  • A disseminação da infecção fúngica para o sistema reticuloendotelial pode gerar linfadenopatia, hepatoesplenomegalia e/ou disfunção da medula óssea.
  • A compressão pelas massas linfáticas em região abdominal podem simular abdome agudo, além de acometer trato biliar (icterícia) e os intestinos, culminando com síndromes disabsortivas, obstrução intestinal e ascite.
  • O acometimento pulmonar e adrenal nessa forma da doença é incomum e pouco descrito.
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17
Q

Calendario vacinal SBIm adulto nao gestante
(20-59a)

A
  • As vacinas da SBIm para adultos não-gestantes são:
    • Dupla adulto (difteria e tétano) ou tríplice bacteriana acelular (difteria, tétano e coqueluche)
    • Influenza
    • Pneumocócica
    • Herpes zoster (VZA e VZR) – recomendada a partir dos 50 anos
    • Tríplice viral – para adultos com esquema completo, não há necessidade de dose adicional (exceto em surtos)
    • HPV
    • Varicela
    • Meningocócicas conjugadas (ACWY) ou C
    • Meningocócicas B
    • Febre amarela
    • Dengue – até os 60 anos independente do contato prévio com o vírus (QdengaR)
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18
Q

Resumo ulceras genitais

A
  • O diagnóstico das úlceras genitais causadas por infecções sexualmente transmissíveis (IST) baseia-se na história clínica e na apresentação da lesão, além dos exames complementares. Na maior parte das vezes, a evolução das úlceras já auxilia na elaboração das hipóteses:
    • Sífilis: Úlcera única, indolor, bordas elevadas, endurecidas e fundo limpo.
    • HSV 1 e 2: Pápulas e vesículas que evoluem para lesões ulceradas pequenas dolorosas e múltiplas.
    • Cancroide: Úlceras múltiplas, com fundo sujo, necrótico, bordas mal definidas e dolorosas.
    • LGV: Úlcera única indolor e pequena que evolui para conglomerado linfonodal fistulizante.
    • Donovanose: Ulceração de evolução crônica, hipertrófica, com fundo granulomatoso e sangrante.
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19
Q

Papel TRM-TB
(UNICAMP 2021)

A
  • O Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) é indicado para diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e extrapulmonar e na triagem de resistência à rifampicina nos casos de retratamento, de falência ao tratamento da TB ou de suspeita de resistência.
  • Detecta o DNA do complexo M. tuberculosis (MTB) e de cepas resistentes à rifampicina. O teste apresenta o resultado em duas horas, necessitando somente de uma amostra de escarro.
  • No entanto, o teste não pode ser usado para acompanhamento dos casos, sendo necessária a realização de baciloscopias de controle, exceto quando for utilizado para triagem da resistência à rifampicina em pessoas com suspeita de falência ao esquema básico.
  • O TRM-TB pode ser utilizado para diagnóstico de TB extrapulmonar, nas seguintes amostras: líquor, gânglios linfáticos e outros tecidos. Nesses casos, como a sensibilidade é mais baixa que nas amostras pulmonares, o resultado negativo não exclui tuberculose, sendo necessário manter a investigação.
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20
Q

Resumo Febre Tifoide
(USP-RP 2024)

A
  • A febre tifoide é uma doença endêmica de países da África, Ásia e América Latina, causada pelas espécies de Salmonella typhi e Salmonella paratyphi;
  • Sua forma clínica cursa principalmente com febre, dor abdominal e diarreia, podendo apresentar também hepatoesplenomegalia e lesões cutâneas características;
  • Se não tratada, pode cronificar ou apresentar complicações graves, como CIVD, sangramento gastrointestinal e perfuração intestinal;
  • O diagnóstico é feito com cultura, especialmente a hemocultura e a mielocultura;
  • Seu tratamento preferencial é feito com quinolonas, com as cefalosporinas de terceira geração e azitromicina como segunda linha.
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21
Q

Resumo Malaria
(UFSC 2022)

A

Resumo sobre Malária:

A Malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos por vetores. No Brasil, as espécies mais prevalentes são P. vivax (90% dos casos) e P. falciparum. O período de incubação varia conforme a espécie: P. falciparum (mínimo 7 dias), P. vivax (10-30 dias), P. malariae (18-30 dias).

A crise aguda caracteriza-se por febre, calafrios, sudorese, cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos, podendo ser intermitente. O diagnóstico deve ser feito em áreas endêmicas ou em pessoas expostas à doença, baseado em exames laboratoriais.

Fatores de risco: gestantes, crianças e primoinfectados apresentam maior gravidade. P. falciparum está associado à maior letalidade.

Nos exames complementares, destaca-se anemia normocrômica e icterícia discreta em casos benignos, além de aumento de ALT, AST e, nas formas graves, insuficiência renal.

Prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para reduzir a morbimortalidade.

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22
Q

Alteracoes laboratoriais em Malária

A
  • Anemia normocítica e normocrômica:
    • Comum, especialmente em formas graves ou pacientes crônicos.
    • Associada à hemólise intensa.
  • Icterícia discreta:
    • Predominância de bilirrubina indireta.
    • Causada pela hemólise (predomínio do Plasmodium vivax ou falciparum).
  • Enzimas hepáticas:
    • Aumento moderado de ALT e AST.
    • ALT raramente ultrapassa 200 UI.
  • Insuficiência renal:
    • Em formas graves, pode ocorrer necrose tubular.
    • Elevação de ureia, creatinina e potássio.
    • Necessidade de métodos dialíticos até recuperação da função renal.
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23
Q

Diferenca na IRA da Leptospirose e malaria

A

Na leptospirose, a injúria renal aguda (IRA) é geralmente hipocalêmica, devido à perda renal de potássio, que ocorre como resultado de uma disfunção tubular renal característica da doença. Essa hipocalemia é uma particularidade da leptospirose e ajuda a diferenciá-la de outras causas de IRA, que costumam cursar com hipercalemia.

Na Malária é Hipercalemica

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24
Q

Resumo Endometrite Pos-parto

A
  • Endometrite pós-parto:
    • Causa comum de febre pós-parto e sensibilidade uterina.
    • Mais comum após cesariana do que parto vaginal.
    • Tipicamente uma infecção polimicrobiana envolvendo uma mistura de dois a três aeróbios e anaeróbios do trato genital.
  • Tratamento:
    • Ampicilina-sulbactam isoladamente.
    • Ou ampicilina + gentamicina + clindamicina.
    • Ou penicilina + gentamicina + metronidazol.
    • Ou clindamicina + gentamicina.
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25
Q

Qual objetivo laboratorial principal no TTO do HBV?

A

“O objetivo principal do tratamento é reduzir o risco de progressão da doença hepática e de seus desfechos primários, especificamente cirrose, CHC e óbito. Desfechos substitutivos ou intermediários – como níveis de HBV-DNA, títulos de aminotransferases e marcadores sorológicos – estão validados e têm sido utilizados como parâmetros para inferir a probabilidade de benefícios da terapêutica em longo prazo. O conjunto desses exames pode refletir supressão da replicação viral sustentada e atividade necroinflamatória no fígado, reduzindo o risco de complicações, de progressão para cirrose e de CHC.** A perda sustentada do HBsAg, com ou sem soroconversão para anti-HBs, é o resultado ideal da terapia.”**

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26
Q

Interpretacao de AgHBe

A
  • AgHBe (Antígeno HBe):
    • Positivo: Alta replicação viral e maior infectividade.
    • Negativo: Redução da replicação viral ou mutantes pré-core (avaliar HBV-DNA).
  • Anti-HBe (Anticorpo contra HBe):
    • Positivo: Controle parcial da replicação (HBV-DNA baixo). Pode indicar mutantes pré-core (avaliar HBV-DNA).
    • Negativo: Infecção ativa ou ausência de soroconversão.
  • Cenários Comuns:
    1. AgHBe+ / Anti-HBe-: Replicação ativa.
    2. AgHBe- / Anti-HBe+: Controle parcial ou mutantes pré-core.
    3. AgHBe- / Anti-HBe-: Infecção inativa ou fase precoce.
    4. AgHBe+ / Anti-HBe+: Fase de transição (raro).
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27
Q

highlights manejo COVID
(UNICAMP 2023)

A

Fatores de risco para evolução desfavorável no Covid-19:
- Condições: Patologias pulmonares, idade ≥ 65 anos, hepatopatia, DRC, estado de imunossupressão, doenças cardiovasculares, obesidade e tabagismo.
- Sintomas para hospitalização: Dispneia importante, dessaturação, alteração do sensório e choque hemodinâmico.
- Tratamento em não vacinados (≥ 50 anos ou ≥ 65 anos com comorbidades): Paxlovid (nirmatrelvir-ritonavir) para evitar hospitalização/mortalidade.
- Internados: Corticoterapia (dexametasona 6 mg/dia ou equivalente).
- Anticoagulação: Tema polêmico. Sociedades recomendam profilática em UTI; plena somente quando indicado.
- Conduta comum: Manter anticoagulação profilática.

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28
Q

Paciente com antecedente de uso de corticoide, associado à infecção por HTLV, com quadro de evolução abrupta pulmonar e aparecimento de larvas, nos leva ao diagnóstico de:
(UEL 2023)

A

Estrongiloidíase disseminada com acometimento pulmonar.

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29
Q

TTO estrogiloidiase

A

O tratamento é realizado com Ivermectina, na dose de 200 µg/kg/dia, por 2 dias, para infecções assintomáticas. Em caso de doença disseminada/hiperinfecção, o tratamento é com a mesma medicação e mesma dose, sendo realizado até 2 semanas após o espécime de diagnóstico (fezes, escarro) manter-se negativo.

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30
Q

ICS por S.AUREUS com Endocardite manejo
(HSL 2024)

A
  • Infecção de corrente sanguínea por S. aureus: muito comum a ocorrência de focos metastáticos. Endocardites infecciosas são tratadas por pelo menos 4-6 semanas, com antibiótico endovenoso.
  • A remoção do cateter de longa permanência é sempre recomendada em ICS; entretanto, em casos de instabilidade hemodinâmica, choque séptico persistente, infecção metastática ou infecção de orifício de saída do cateter, a retirada deve ser imediata!
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31
Q

Resumo Mordeduras
(USP-RP 2022)

A

Mordeduras

  • Atendimento inicial:
    • ATLS, controle de sangramento, limpeza da ferida e irrigação com salina.
  • Profilaxias e tratamentos:
    • Antibioticoterapia, profilaxia para tétano, profilaxia da raiva e profilaxia para hepatite B e HIV (em caso de mordedura humana).
  • Antibioticoterapia:
    • Sem sinais de infecção: Profilaxia antibiótica se fechamento primário, localização em mãos, face, genitália, articulações, imunocomprometidos ou feridas profundas (mordedura de gato).
    • Com sinais de infecção: Beta-lactâmicos/inibidor de beta-lactamase (ampicilina-sulbactam ou piperacilina-tazobactam), com possibilidade de intervenção cirúrgica.

obs: bacteria frequente é Pasteurella ssp.

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32
Q

Pode-se afirmar que, nos pacientes em uso crônico de IECA, o antimicrobiano que deve ser evitado, pelo risco de cardiotoxicidade é:
(UFRJ 2024)

A
  • Sulfametoxazol/trimetropim
  • Bactrim e IECA associados aumentam o risco de hipercalemia e, portanto, de cardiotoxicidade;
  • Vancomicina e Amicacina podem gerar nefrotoxicidade e ototoxicidade;
  • Ceftriaxona como todos os beta-lactâmicos são drogas seguras e com poucos efeitos colaterais.
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33
Q

Resumo TB Peritoneal
(UEPA 2024)

A
  • A TB peritoneal geralmente ocorre após reativação de focos de TB latente no peritônio;
  • Os principais achados clínicos são inespecíficos, com destaque para dor abdominal e febre de evolução insidiosa, como os sintomas mais comuns. Outros achados frequentes são ascite, fadiga, anorexia;
  • O líquido ascítico tipicamente configura-se como exsudato linfocitário, com gradiente de albumina soro-ascite **(GASA) < 1,1, e níveis de proteína maiores que 2,5-3 g/dl; **
  • A presença da adenosina deaminase no líquido ascítico possui sensibilidade e especificidade próximas de 100% e 97%, respectivamente.
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34
Q

TTO Colite pseudomembranosa

A
  • Não severa/leve - Leucocitose < 15 mil células/mL e Cr < 1,5 mg/dL:
    • Vancomicina oral 125 mg, 4x/d por 10 dias;
    • Alternativa se indisponível - Metronidazol oral 500 mg 3x/d, 10 dias.
  • Severa – Leucocitose > 15 mil e/ou Cr > 1,5 mg/dL:
    • Vancomicina oral 125 mg 4x/d por 10 dias.
  • Fulminante – Choque, sepse, íleo paralítico, megacólon tóxico e/ou hipotensão:
    • Vancomicina 500 mg oral 4x/d + Metronidazol IV 500 mg 8/8h;
    • Na presença de íleo paralítico - Enema de Vancomicina via retal.
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35
Q

Resumo Clostridium difficile

A
  • Clostridium difficile é a principal causa de diarreia infecciosa nosocomial. Uso consciente de antibióticos e lavagem de mãos com água e sabão são os principais fatores para controle de taxas desta infecção;
  • A confirmação diagnóstica se dá por testes nas fezes, desde pesquisas de Toxinas A e B, Antígeno e PCR. Habitualmente se coleta mais de uma amostra;
  • O tratamento envolve precaução de contato em pacientes suspeitos e uso de antibioticoterapia, guiada pela severidade da doença. Se não fulminante, habitualmente damos vancomicina oral. Se fulminante, dobramos a dose e associamos metronidazol IV.
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36
Q

Resumo infeccoes necrotizantes de pele
(SCMBH 2024)

A

Infecções Necrotizantes de Pele

  • Definição: Emergência médica grave com destruição rápida de tecidos subcutâneos e fáscia.
  • Etiologia: Streptococcus do grupo A, Staphylococcus aureus, bactérias gram-negativas e anaeróbicas.
  • Clínica:
    • Dor intensa desproporcional aos achados físicos.
    • Febre, taquicardia, edema, eritema, crepitação.
  • Diagnóstico:
    • Suspeita clínica e progressão rápida.
    • TC/RM para avaliar tecidos; confirmação cirúrgica essencial.
  • Tratamento:
    • Desbridamento cirúrgico agressivo.
    • Suporte intensivo.
    • Antibioticoterapia de amplo espectro.
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37
Q

Infeccao por bacteria ESBL usar preferencialmente:
(UNIFESP 2021)

A

> Meropenem
- A betalactamase de espectro estendido (ESBL) confere resistência a beta-lactâmicos, cefalosporinas de todas as gerações e aztreonam.
- Em infecções por germes ESBL (sao sempre gram-), carbapenêmicos costumam ser o tratamento mais eficaz.

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38
Q

Resumo FOI (febre de origem indeterminada)
(HCPA-RS 2024)

A

A febre de origem indeterminada (FOI), também chamada de febre de origem obscura, é uma síndrome clínica caracterizada por febre persistente sem etiologia definida após investigação.

Critérios diagnósticos:
- Temperatura axilar superior a 37,8°C em diversas ocasiões;
- Duração mínima de 3 semanas;
- Ausência de diagnóstico etiológico após investigação (1 semana ambulatorial ou 3 dias hospitalar).

Principais etiologias:
- Infecciosas: Tuberculose, micobactérias atípicas, fungos disseminados, citomegalovírus.
- Inflamatórias: Doenças do tecido conjuntivo (LES, artrite reumatoide, arterite de células gigantes, vasculites).
- Neoplásicas: Linfomas, leucemias.

Avaliação inicial:
- Anamnese detalhada (história de febre, sintomas associados, histórico médico e familiar).
- Exame físico completo.
- Exames complementares dirigidos para elucidação diagnóstica.

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39
Q

Diferenca clinica entre Erisipela e Celulite

A

Erisipela e celulite são diferenciadas com base na profundidade da infecção.

  • Erisipela: Afeta camadas mais superficiais da pele, com borda elevada claramente demarcada.
  • Celulite: Envolve camadas mais profundas da pele, com bordas indistintas que não são elevadas.

Ambas se manifestam como áreas de eritema, edema e calor na pele. Na dúvida diagnóstica, a celulite é tratada por precaução.

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40
Q

TTO Endocardite Infecciosa

A
  1. Tratamento empírico inicial:
    Utilizado antes da identificação do agente, cobrindo os principais patógenos (Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Enterococcus spp.):

>Válvula nativa:

-Oxacilina 2g EV a cada 4h + Gentamicina 3 mg/kg/dia
Se alergia a beta-lactâmicos: Vancomicina + Gentamicina

>Válvula protética (< 1 ano de colocação):

-Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina 300 mg 12/12h
Cobertura contra Staphylococcus coagulase-negativo e Staphylococcus aureus.

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41
Q

Resumo TB intestinal
(SES-DF 2022)

A

TB Intestinal:
- Localização: Ileocecal (75% dos casos).
- Clínica: Dor abdominal, diarreia, ascite, febre, perda de peso.
- Diagnóstico: Colonoscopia com biópsia (granuloma caseoso, BAAR, PCR).
- Tratamento: RHEZ (2 meses intensivo) + RH (4 meses manutenção).

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42
Q

Formas mais comuns de TB extrapulmonar em HIV negativos e positivos
(UFES 2024)

A

TB Extrapulmonar:
- Mais comum:
- Não HIV: Tuberculose pleural.
- HIV positivo: Tuberculose ganglionar.
- Tratamento: 6 meses (exceto meningoencefálica e osteoarticular).

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43
Q

Resumo TB pleural

A

TB Pleural:
- Mais comum: Em jovens, forma extrapulmonar de TB em não HIV.
- Clínica: Dor pleurítica, febre, tosse seca, astenia, emagrecimento, anorexia, dispneia em casos prolongados.
- Líquido pleural:
- Exsudato, predomínio linfocitário.
- BAAR < 5%, cultura < 15%.
- ADA elevada é critério diagnóstico.
- Diagnóstico adicional: Cultura de escarro induzido positiva em 50%.

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44
Q

Resumo Empiema pleural tuberculoso

A

Empiema Pleural Tuberculoso:
- Causa: Ruptura de cavidade tuberculosa para o espaço pleural.
- Associado: Pneumotórax por fístula broncopleural.
- Clínica: Semelhante ao empiema por bactéria comum.
- Diagnóstico: Baciloscopia e cultura no líquido pleural com alto rendimento.

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45
Q

Tuberculose Ganglionar periferica resumo

A

TB Ganglionar Periférica:
- Frequente em: PVHIV, crianças, < 40 anos.
- Clínica: Linfadenopatia subaguda, indolor, assimétrica (bilateral em PVHIV), pode fistulizar.
- Localização: Cadeias cervicais anterior/posterior e supraclavicular.
- Diagnóstico: Aspirado ou ressecção ganglionar (exames bacteriológicos/histopatológicos).

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46
Q

TB Meningoencefalica resumo

A

TB meningoencefálica:
- Epidemiologia: Responsável por 3% dos casos de TB em não HIV e até 10% em PVHIV.
- Clínica:
- Forma subaguda: Cefaleia, irritabilidade, alterações de comportamento, sonolência, febre, anorexia, rigidez de nuca (>2 semanas). Pode haver pares cranianos (II, III, IV, VI, VII) e sinais de hipertensão intracraniana.
- Forma crônica: Cefaleia prolongada, acometimento de pares cranianos, tuberculomas (processo expansivo intracraniano).

  • Concomitância: Doença pulmonar em até 59% dos casos.
  • TTO: 9-12 meses
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47
Q

TB Ossea resumo

A

TB Óssea:
- Epidemiologia: Mais comum em crianças (10-20% das lesões extrapulmonares na infância) e entre a 4ª e 5ª década de vida.
- Localização: Predomina na coluna vertebral, articulações coxofemoral e joelho (pode ocorrer em outros locais).
- TB de coluna (Mal de Pott): 1% de todos os casos de TB; 50% dos casos de TB óssea.
- Afeta coluna torácica baixa e lombar.
- Clínica: Dor lombar, dor à palpação local, sudorese noturna.
- TTO: 6-9 meses.

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48
Q

Indicacoes de cada terapeutica em COVID

A

Terapias para COVID-19

  1. Remdesivir:
    • Indicação: Pacientes com suporte de O2 não invasivo.
    • Benefício: Reduz o tempo de recuperação e risco de ventilação mecânica.
    • Dose: 200 mg no primeiro dia, seguido de 100 mg/dia por 5-10 dias.
  2. Dexametasona:
    • Indicação: Pacientes em oxigenoterapia (baixo fluxo, não invasivo ou ventilação mecânica).
    • Benefício: Reduz mortalidade em pacientes hospitalizados.
    • Dose: 6 mg/dia por 10 dias ou até alta hospitalar.
  3. Tocilizumabe:
    • Indicação: Pacientes com hipoxemia e inflamação sistêmica (PCR > 7,5 mg/dL) em uso de dexametasona.
    • Benefício: Reduz mortalidade e necessidade de ventilação mecânica invasiva.
    • Dose: 8 mg/kg (máximo 800 mg/dose), infusão intravenosa única.

Essas terapias devem ser administradas de acordo com as características e estágio da doença em cada paciente.

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49
Q

Paciente morador de área rural do sul/sudeste com tosse produtiva e febre há 8 meses. Na ectoscopia, lesão ulcerada e opacidades reticulonodulares confluentes foram observadas em TC, pensar em

A

Paracoccidioidomicose

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50
Q

caracteristica RX torax em Paracoccidioidomicose

A

Infiltrado peri-hilar em padrao asa de borboleta

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51
Q

Resumo Paracoccidioidomicose

A
  • Etiologia: Fungo Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzii.
  • Epidemiologia: Endêmica na América Latina, especialmente em áreas rurais e florestais. Afeta principalmente trabalhadores rurais.
  • Fatores de Risco: Contato com solo contaminado, exposição a atividades agrícolas.
  • Formas Clínicas:
    • Aguda/subaguda (juvenil): Mais comum em crianças e jovens; linfonodomegalia generalizada, hepatoesplenomegalia, manifestações cutâneas.
    • Crônica (adulto): Mais comum; acomete pulmões, mucosas (lesões ulceradas), pele, e ocasionalmente outros órgãos.
  • Manifestações Clínicas:
    • Tosse crônica, febre, emagrecimento, dispneia.
    • Lesões ulceradas em mucosa oral e nasal.
    • Radiografia de tórax: Opacidades reticulonodulares ou padrão de “asa de borboleta”.
  • Diagnóstico:
    • Exame direto: Visualização de leveduras em “roda de leme”.
    • Sorologia: Testes imunológicos específicos.
    • Cultura: Isolamento do fungo.
  • Tratamento:
    • Casos leves a moderados: Itraconazol 200 mg/dia por 6 a 12 meses.
    • Casos graves: Anfotericina B intravenosa (fase inicial) seguida por itraconazol.
    • Manutenção: Sulfametoxazol-trimetoprima em alguns casos.
  • Prognóstico: Bom com diagnóstico e tratamento precoce. Casos graves podem deixar sequelas respiratórias.

Nota: É importante monitorar o paciente durante o tratamento para evitar recidivas.

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52
Q

Resumo Mucormicose
(SCMSP 2024)

A
  • Etiologia: Infecção fúngica causada por fungos da ordem Mucorales (gêneros Rhizopus, Mucor, Lichtheimia).
  • Epidemiologia: Infecção rara, oportunista, acometendo principalmente pacientes imunossuprimidos.
  • Fatores de Risco:
    • Diabetes mellitus descompensado (cetoacidose diabética).
    • Uso de corticoides.
    • Neutropenia.
    • Transplante de órgãos sólidos ou medula óssea.
    • Imunossupressão, trauma, queimaduras.
  • Formas Clínicas:
    • Rinocerebral: Mais comum; acomete seios paranasais e pode invadir órbitas e cérebro.
    • Pulmonar: Em imunossuprimidos; sintomas inespecíficos como febre, tosse e hemoptise.
    • Cutânea: Em feridas traumáticas; necrose e ulcerações extensas.
    • Gastrointestinal: Em neonatos ou pacientes gravemente desnutridos; dor abdominal, necrose intestinal.
    • Disseminada: Comprometimento multiorgânico.
  • Manifestações Clínicas:
    • Necrose tecidual devido à invasão vascular (trombose e isquemia).
    • Lesões necróticas em mucosa nasal ou palato.
    • Febre, dor facial, edema, proptose ocular.
    • Infiltrados pulmonares, hemoptise em casos pulmonares.
  • Diagnóstico:
    • Biópsia: Hifas largas, não septadas, em ângulo reto (90°).
    • Cultura e exames de imagem (TC ou RM).
  • Tratamento:
    • Controle de fatores predisponentes: Correção da hiperglicemia e redução de imunossupressores.
    • Antifúngicos: Anfotericina B lipossomal intravenosa (primeira escolha).
    • Cirurgia: Desbridamento agressivo de tecido necrótico.
    • Alternativas: Isavuconazol ou posaconazol em casos de manutenção ou intolerância à anfotericina.
  • Prognóstico: Grave, com alta mortalidade. Prognóstico melhora com diagnóstico precoce e tratamento agressivo.

Nota: A mucormicose é uma emergência médica. Intervenção rápida é essencial para evitar complicações fatais.

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53
Q

Grupos Dengue

A

Grupos de tratamento:
- Grupo A: Tratamento ambulatorial com hidratação oral (80 mL/kg/dia);
- Grupo B: Prova do laço positiva. Tratamento em leito de observação (80 mL/kg/dia VO) até resultado de hemograma completo. Se hematócrito alterado, hidratação oral supervisionada ou parenteral;
- Grupo C: Sinais de alarme. Tratamento em leito de internação com hidratação venosa (20 mL/kg/h) com reavaliação a cada 2 horas;
- Grupo D: Sinais de choque. Tratamento em terapia intensiva com hidratação venosa (20 mL/kg a cada 20 minutos por até 3 vezes). Reavaliação a cada 15-30 minutos e hematócrito após 2 horas.

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54
Q

Resumo TTO Sifilis
(UNICAMP 2020)

A
  • Screening inicial com teste não treponêmico (VDRL, PRP), confirmação do diagnóstico com teste treponêmico (FTA-Abs, TPHA, MHA-TP);
  • Levar em conta o histórico de sífilis prévia. Caso o paciente já tenha tratado sífilis previamente, o diagnóstico pode ficar mais incerto, devendo ser avaliado a titulação do teste não treponêmico (geralmente VDRL > 1:4);
  • Determinar o momento da infecção (possível exposição e manifestações clínicas) e categorizá-lo de acordo em sífilis recente ou tardia;
  • Tratamento de sífilis recente (primária, secundária, latente recente) é com dose única de penicilina benzatina 2.400.000 UI, intramuscular.
  • Tratamento de sífilis tardia (latente tardia ou indeterminada) é com três doses semanais de 2.400.000 UI de penicilina benzatina, intramuscular.
  • Tratamento de neurossífilis é com penicilina cristalina, endovenoso, por 10-14 dias.
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55
Q

Amebas sem indicacao de TTO
(ENARE banca nova 2024)

A
  • Em relação às amebas, a E. coli, E. dispar e E. nana são consideradas espécies NÃO patogênicas e, portanto, não requerem tratamento específico ao serem identificadas em amostras de fezes.
  • E. histolytica (Entamoeba histolytica) é tratada com:
  1. Metronidazol ou Tinidazol: Usados para tratar a forma invasiva da doença, como amebíase intestinal sintomática ou abscesso hepático amebiano.
    • Metronidazol: 500-750 mg, 3 vezes ao dia, por 7-10 dias.
    • Tinidazol: Dose única diária de 2 g, por 3-5 dias.
  2. Paramomicina ou Iodoquinol: Utilizados como agentes luminais para eliminar os cistos na forma não invasiva, prevenindo recaídas e transmissão.
    • Paramomicina: 25-35 mg/kg/dia, divididos em 3 doses, por 7 dias.
    • Iodoquinol: 650 mg, 3 vezes ao dia, por 20 dias.

O tratamento geralmente inclui um agente para a forma invasiva seguido por um agente luminal para eliminar os cistos e prevenir reinfecções.

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56
Q

TTO Meningite bacteriana
(UFRJ 2023)

A

Para o Streptococcus pneumoniae, de acordo com a literatura estrangeira, é recomendado Ceftriaxona 2g a cada 12 horas + Vancomicina 15-20 mg/kg de 8 ou 12 em 12 horas + Dexametasona. Já de acordo com a nossa bibliografia nacional, Ceftriaxona sozinha já é suficiente (juntamente com a Dexametasona).

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57
Q

Achados liquor meningites

A
  1. Bacteriana
    • Aspecto: Turvo, opalescente
    • Celularidade: > 500 (neutrófilos)
    • Proteínas: Elevada (> 200)
    • Glicose: Muito baixa (↓↓ < 40)
  2. Viral
    • Aspecto: Opalescente
    • Celularidade: 100-500 (linfócitos)
    • Proteínas: Normal ou levemente aumentada
    • Glicose: Normal
  3. Fúngica
    • Aspecto: Límpido ou opalescente
    • Celularidade: Normal ou < 500 (linfócitos)
    • Proteínas: Normal ou levemente aumentada
    • Glicose: Normal ou levemente baixa
  4. BK/TB
    • Aspecto: Opalescente
    • Celularidade: 100-1000 (neutrófilos e linfócitos)
    • Proteínas: Elevada (> 300)
    • Glicose: Muito baixa (↓↓ < 40)
  5. Neoplasia
    • Aspecto: Límpido
    • Celularidade: Pouco aumentada (linfócitos)
    • Proteínas: Normal ou levemente aumentada
    • Glicose: Normal ou levemente baixa
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58
Q

Meninigite apos infeccoes de via aerea superior (otites e etc), pensar em qual agente etiologico?
(UNICAMP 2020)

A

Pneumococo

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59
Q

Profilaxia meningite
(UNICAMP 2023)

A

Quimioprofilaxia para meningite:
- Preferencialmente: Rifampicina.
- Alternativas: Ciprofloxacino ou Ceftriaxona.
- Indicação: Até 14 dias após exposição, idealmente até 48 horas.

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60
Q

TTO Amebise, Ancilostomiase e Esquistossomose
(UEPA 2021)

A

Tratamentos:
- Amebíase: Metronidazol ou Tinidazol.
- Ancilostomíase: Albendazol.
- Esquistossomose: Praziquantel.

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61
Q

Aconselhamento a PVHIV e parceiros quanto a relacoes sexuais
(HCPA-RS 2020)

A

Aconselhamento a PVHIV e parceiros(as):

  1. Transmissão HIV: Não há comprovação de transmissão por pessoas com supressão viral.
  2. Risco insignificante: Casos com CV-HIV indetectável por ≥6 meses têm risco mínimo.
  3. Condições para redução de transmissão:
    • Excelente adesão à TARV e monitoramento regular.
    • Ausência de outras IST.
  4. Educação e orientação:
    • Informar que TARV não protege contra outras IST ou gravidez; métodos contraceptivos são essenciais.
    • Estimular comunicação aberta com o(a) parceiro(a).
    • Enfatizar importância do preservativo e métodos de prevenção combinada caso supressão viral não seja alcançada.
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62
Q

Resumo Esquistossomose mansonica
(IAMSPE 2020)

A

Esquistossomose Mansônica - Resumo:

  • Agente etiológico: Schistosoma mansoni (trematódeo).
  • Hospedeiros: Caramujos (gênero Biomphalaria) e seres humanos.
  • Forma aguda: Reações de hipersensibilidade, comum em viajantes não expostos previamente.
    • Manifestações: Dermatite cercariana (prurido), síndrome de Katayama (febre, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, eosinofilia).
  • Forma crônica: Após 6 meses; granulomas → forma hepatosplênica.
  • Diagnóstico: Clínico-epidemiológico + eosinofilia + Kato-Katz.
  • Tratamento: Primeira linha: Praziquantel.
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63
Q

Resumo Leptospirose
(UNIFESP 2022)

A
  • Agente etiológico: Leptospira interrogans (espiroqueta).
  • Reservatório principal: Roedores.
  • Fatores de risco: Exposição a água de enchentes, esgoto, trabalho agrícola.
  • Apresentação clínica:
    • Forma leve/subclínica: Sintomas inespecíficos (semelhantes a arboviroses); sinais característicos: dor em panturrilhas e sufusão conjuntival.
    • Forma grave: Bacteremia, vasculite, lesão renal (hipocalemia), icterícia com hemorragia, esplenomegalia, hepatomegalia.
  • Laboratório: Aumento de bilirrubina direta e transaminases (raramente acima de 200).
  • Diagnóstico: Elisa, macroaglutinação ou microaglutinação (a partir da segunda semana).
  • Tratamento: Penicilina cristalina ou cefalosporinas de terceira geração por 7 dias.
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64
Q

Achado USG compativel com PAC
(USP-SP 2023)

A
  • Pulmao hepatizado com broncogramas aereos - padrao C compativel com PAC
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65
Q

Resumo Diagnostico Leishmaniose Visceral
(SUS-BA 2024)

A
  • Diagnóstico: Inclui métodos sorológicos, pesquisa de antígenos, métodos diretos e moleculares.
  • Testes Imunológicos:
    • Mais utilizado no Brasil: Imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA.
    • Antígeno de cinesina recombinante (rK39): Alta sensibilidade e especificidade em ensaios de ELISA.
  • Métodos Diretos:
    • Punção esplênica: Maior sensibilidade (90-95%), porém com restrições.
    • Outros: Aspirado de medula óssea, biópsia hepática e linfonodos.
  • Moleculares:
    • PCR (amplificação de DNA): Alta sensibilidade (94%), nova perspectiva diagnóstica.
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66
Q

Resumo Sindrome de reconstituicao imune
(UNIFESP 2020)

A

Síndrome da Reconstituição Imune (SRI):

  • O que é: Resposta inflamatória exacerbada após início ou reintrodução da TARV em pacientes imunossuprimidos.
  • Manifestações clínicas:
    • Podem ser leves, como aumento de linfonodos, ou graves, como hipertensão intracraniana.
    • Relacionadas a infecções oportunistas como neurotuberculose, neurocriptococose e citomegalovírus.
  • Fisiopatologia: Ativação do sistema imune com resposta inflamatória exagerada contra infecções ativas ou latentes.
  • Diagnóstico diferencial: Diferenciar SRI de falha terapêutica ou progressão da infecção de base.
  • Manejo:
    • Casos leves/moderados: Continuar TARV e tratar sintomas.
    • Casos graves: Uso de corticosteroides (prednisona 1-2 mg/kg/dia por 1-2 semanas).
    • Em casos extremos, ajuste da TARV pode ser considerado, mas interrupção é raramente indicada.
  • Prognóstico: Geralmente autolimitada com manejo adequado.
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67
Q

DDX Dengue
(SES-DF 2022)

A
  • Caso suspeito de dengue:
    • Doença febril aguda (até 7 dias) + dois sinais ou sintomas (cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia, prostração ou exantema, com ou sem sangramentos) + história epidemiológica positiva (área com Aedes aegypti nos últimos 15 dias).
    • Todo caso suspeito deve ser notificado!
  • Diagnóstico:
    • Primeiros 5 dias: RT-PCR (positivo nos primeiros 5 dias) ou antígeno NS1 (até o 7º dia).
    • Após 6 dias: IgM (soroconversão entre fase aguda e convalescente) ou aumento de 4x no título de anticorpos.
  • Conduta inicial:
    • Classificação de risco: Identificar sinais de alarme e choque.
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68
Q

Resumo Pneumocistose
(SBCM 2024)

A
  • Epidemiologia: Mais comum em PVHIV com CD4 < 200 células/mm³ ou ausência de profilaxia.
  • Quadro clínico: Tosse seca, dispneia progressiva, febre baixa, hipóxia grave desproporcional ao exame físico.
  • Diagnóstico:
    • Imagem: RX de tórax com infiltrado intersticial bilateral ou TC com vidro fosco.
    • Laboratório: Pesquisa direta no escarro ou lavado broncoalveolar (Giemsa, prata metenamina); PCR para P. jirovecii.
  • Tratamento:
    • Primeira linha: Sulfametoxazol-trimetoprima (SMX-TMP) por 21 dias.
    • Hipersensibilidade: Pentamidina ou clindamicina + primaquina.
  • Adjuvante: Corticoide (se PaO2 < 70 mmHg ou AaO2 > 35 mmHg).
  • Profilaxia primária: SMX-TMP 1x/dia (CD4 < 200 células/mm³).
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69
Q

DDX e TTO ILTB
(UEL 2023)

A

Rastreamento e Tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB):

  • Objetivo do rastreio: Identificar indivíduos com risco aumentado para desenvolvimento de tuberculose ativa e, assim, oferecer tratamento preventivo.
  • Diagnóstico:
    • Realizado por PPD ou IGRA.
    • Considera-se PPD positivo se ≥ 5 mm em pacientes imunossuprimidos (ex.: HIV, QT, anti-TNF, transplantados).
  • Tratamento:
    • Alternativas de 1ª linha:
      1. Rifampicina diariamente por 4 meses.
      2. Isoniazida + rifampicina diariamente por 3 meses.
      3. Isoniazida + rifapentina semanalmente por 3 meses.
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70
Q

Efeitos adversos dos principais ATBs
(ENARE 2021)

A

Efeitos adversos por classes de antimicrobianos:

  • Penicilinas e Cefalosporinas: reação de hipersensibilidade.
  • Macrolídeos: alargamento de QT, hepatotoxicidade, náuseas, vômitos e diarreia.
  • Aminoglicosídeos: nefrotoxicidade, ototoxicidade.
  • Fluoroquinolonas: tendinopatia, artropatia, alargamento de QT.
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71
Q

Mecanismos de resistencia bacteriana
(SMS-SP 2024)

A

Mecanismos de resistência bacteriana:

  • Resistência intrínseca ou adquirida, causada por:
    • Diminuição da expressão de porinas: impede a entrada do antibiótico na célula.
    • Produção de beta-lactamases: enzimas que inativam os antibióticos.
    • Bombas de efluxo: eliminam o antibiótico para fora da célula.
    • Alteração do sítio de ligação: reduz a eficácia do antibiótico ao alvo.
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72
Q

Resumo Neurotoxoplasmose em PVHIV

A
  • Doenca definidora
  • Agente etiológico: Toxoplasma gondii (reativação em pacientes imunossuprimidos).
  • Epidemiologia: Principal infecção oportunista do SNC em PVHIV com CD4 < 100 células/mm³.
  • Clínica:
    • Déficits neurológicos focais (hemiparesia, ataxia).
    • Cefaleia, febre, convulsões, alterações cognitivas.
  • Diagnóstico:
    • Imagem: TC ou RM com lesões hipodensas com captação em anel e edema perilesional.
    • Sorologia IgG positiva (não descarta).
    • Resposta clínica à terapia empírica pode confirmar.
  • Tratamento:
    • Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico por 6 semanas.
    • Alternativa: Clindamicina + Pirimetamina + Ácido folínico.
    • Profilaxia primária (CD4 < 100): Sulfametoxazol-trimetoprima.
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73
Q

Sorologias para HBV resumo
(TECM 2023)

A
  • HBsAg (+): Confirma a presença do vírus B.
  • Anti-HBc (+):
    • IgM (+): Indica contato recente com o vírus.
    • IgG (+): Indica contato remoto com o vírus.
  • Anti-HBs (+): Indica imunidade ao vírus, seja ela por cura ou vacinação.
  • HBeAg (+): Indica replicação viral.
  • Anti-HBe (+): Geralmente indica que o vírus não está se replicando.
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74
Q

Agente etiologico Hanseniase

A

Mycobacterium Leprae
- parasita intracelular acido-alcool resistente
-alta infectividade; baixa patogenicidade
- predilecao por pele e nervos perifericos, especificamente celulas de Schwann
- transmissao por goticulas
- incubacao 2 a 7 anos

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75
Q

Hanseniase Indeterminada resumo

A

Hanseníase indeterminada
- Forma inicial: pode evoluir para cura ou formas polarizadas em ~25% dos casos em 3-5 anos.
- Características:
- Geralmente, apenas 1 lesão, mais clara que a pele normal.
- Distúrbio de sensibilidade.
- Possível alopecia e/ou anidrose.

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76
Q

Hanseniase Tuberculoide

A

Hanseníase tuberculoide
- Forma clínica: ocorre em pessoas com maior resistência imune, com lesões limitadas e formação de granulomas bem definidos.
- Características das lesões:
- Poucas (ou única), limites bem definidos e pouco elevadas.
- Ausência de sensibilidade (dormência) e distribuição assimétrica.
- Proximidade das lesões em placa com filetes nervosos espessados.
- Perda total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa.
- Ausência de sudorese e/ou alopecia.
- Comprometimento nervoso:
- Atinge tronco nervoso, causando dor, fraqueza e atrofia muscular.
- Forma nodular infantil:
- Acomete crianças de 1 a 4 anos em ambiente com foco multibacilar no domicílio.
- Caracterizada por lesões papulosas ou nodulares únicas ou em pequeno número, principalmente na face.

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77
Q

Hanseniase Dimorfa

A

Hanseníase dimorfa (ou borderline)
- Forma clínica: Caracterizada por imunidade intermediária e instável, com características que se aproximam dos polos tuberculoide ou virchowiano.
- Lesões cutâneas:
- Variadas (placas, nódulos eritemato-acastanhados).
- Grande número, com tendência à simetria.
- Lesões pré-foveolares ou foveolares:
- Sobrelevadas ou não.
- Áreas centrais deprimidas com aspecto de pele normal.
- Limites internos nítidos e externos difusos.
- Comprometimento nervoso:
- Extenso, podendo levar a neurites graves.
- Grave prognóstico.

78
Q

Hanseniase Virchowiana

A

Hanseníase Virchowiana
- Imunidade: Celular nula, com resposta humoral exacerbada.
- Evolução:
- Multiplicação excessiva de bacilos.
- Alta gravidade da doença, com anestesia nos pés e mãos.
- Complicações:
- Lesões traumáticas que podem causar deformidades, atrofia muscular e inchaço das pernas.
- Lesões cutâneas:
- Placas infiltradas e nódulos (hansenomas).
- Cor eritemato-acastanhada ou ferruginosa.
- Infiltração facial: madarose superciliar e ciliar.
- Hanseníase histoide: hansenomas em órgãos internos (fígado, baço, suprarrenais, testículos).
- Aspecto de quelóides ou fibromas.
- Características adicionais:
- Espessamento e acentuação dos sulcos cutâneos.
- Envolvimento laríngeo (rouquidão).
- Grande número de bacilos e comprometimento de troncos nervosos.

79
Q

Reacao tipo 1 Hanseniase

A

Reação Tipo 1 (Reação Reversa)
O que é: É uma resposta imunológica exacerbada que ocorre principalmente em pacientes com formas tuberculoide e dimorfa da hanseníase. Está associada a uma intensificação da resposta imunológica celular (Th1).
Características:
-Surgimento ou piora de lesões cutâneas já existentes (manchas, placas, com ou sem infiltração).
-Edema e alteração de cor nas lesões.
-Neurite (inflamação de nervos): pode causar dor e comprometimento sensitivo e motor.
Importância clínica: Pode levar a danos irreversíveis nos nervos, como paralisias e incapacidades, se não tratada de forma adequada.
Tratamento: Uso de corticosteroides (prednisona) para reduzir a inflamação e prevenir lesões permanentes nos nervos.

80
Q

Reacao Hansenica tipo 2

A

Reação Tipo 2 (Eritema Nodoso Hansênico)
O que é: É uma resposta imunológica humoral que ocorre em formas mais avançadas da hanseníase, como a dimorfa e virchowiana. Está relacionada a complexos imunes que geram uma resposta inflamatória sistêmica (Th2).
Características:
Eritema nodoso: nódulos subcutâneos dolorosos, principalmente nos membros.
-Febre, dores articulares, mal-estar generalizado.
-Neurite pode ocorrer, mas é menos frequente do que na reação tipo 1.
Importância clínica: É uma manifestação sistêmica que pode comprometer a qualidade de vida e, se severa, pode exigir internação.
Tratamento: Corticosteroides (prednisona) ou talidomida (em casos leves ou moderados, exceto em mulheres grávidas devido ao risco teratogênico).

81
Q

Reacao Hansenica cronica

A

Reação Crônica ou Subintrante
O que é: Reação inflamatória crônica e intermitente que ocorre durante ou após o tratamento da hanseníase, muitas vezes associada à reação tipo 2.
Características:
-Surtos repetidos de inflamação que podem incluir nódulos dolorosos, febre e mal-estar.
-Podem ocorrer surtos mesmo após o término do tratamento da hanseníase.
-Não necessariamente indicam atividade da doença, mas sim um estado imunológico reativo.
Importância clínica: Pode prolongar a necessidade de tratamento com corticosteroides, aumentando o risco de efeitos colaterais.
Tratamento: Continuar o uso de medicamentos anti-inflamatórios (corticosteroides) ou ajustar as doses. Controle rigoroso para evitar recaídas e complicações.

82
Q

TTO Hanseniase

A

- PQT-U
Tratamento para Hanseníase - Esquema Multibacilar

  1. Rifampicina (RFM):
    • Dose mensal: 600 mg (2 cápsulas de 300 mg).
    • Administração supervisionada.
  2. Clofazimina (CFZ):
    • Dose mensal: 300 mg (3 cápsulas de 100 mg) supervisionada.
    • Dose diária: 50 mg autoadministrada.
  3. Dapsona (DDS):
    • Dose mensal: 100 mg (1 comprimido de 100 mg) supervisionada.
    • Dose diária: 100 mg autoadministrada.

Hanseníase Paucibacilar
- Duração: 6 doses.
- Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada.
- Critério de alta: o tratamento estará concluído com 6 doses supervisionadas em até 9 meses. Na última dose do tratamento, devem-se realizar o exame físico, a avaliação neurológica simplificada e a avaliação do grau de incapacidade física, e dar alta por cura.

Hanseníase Multibacilar
- Duração: 12 doses.
- Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada.
- Critério de alta: o tratamento estará concluído com 12 doses supervisionadas em até 18 meses. Na última dose do tratamento, devem-se realizar o exame físico, a avaliação neurológica simplificada e a avaliação do grau de incapacidade física, e dar alta por cura.

83
Q

Achado biopsia Hanseniase em reacao hanseica tipo 1 reversa

A

Granuloma epitelioide com linfócitos perigranuloma e edema na derme.

84
Q

Quando indicar terapia dupla em PVHIV

A

Terapia Dupla (Lamivudina + Medicamento de Alta Barreira Genética - Dolutegravir ou Darunavir com Ritonavir):

Condições para Recomendação:
1. Ausência de falha virológica prévia.
2. Adesão regular à TARV.
3. Carga viral indetectável nos últimos 12 meses (última carga realizada há pelo menos 6 meses).
4. Exclusão de coinfecção com hepatite B ou tuberculose.
5. Idade ≥ 18 anos.
6. Não estar gestante.
7. Taxa de filtração glomerular ≥ 30 mL/min (sem necessidade de ajuste da dose de lamivudina).

85
Q

Fenomeno de Lucio - hanseniase
(UFRJ 2020)

A

Fenômeno de Lucio:
Reação rara e grave associada à hanseníase, mais frequentemente observada na forma virchowiana da doença, especialmente em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados.

Características principais:
1. Causa: Está relacionado a uma vasculite necrosante secundária à presença de bacilos de Mycobacterium leprae nas paredes dos vasos sanguíneos.
2. Manifestações clínicas:
- Lesões cutâneas ulcerativas dolorosas, irregulares e extensas;
- Áreas de necrose que podem evoluir para ulcerações profundas;
- Localização predominante em extremidades (membros inferiores) e face.
3. Complicações:
- Infecções secundárias nas úlceras;
- Sepse e falência orgânica, em casos graves.
4. Fatores predisponentes:
- Pacientes imunossuprimidos ou desnutridos;
- Falta de tratamento adequado para hanseníase virchowiana.

Diagnóstico:
- Clínico, com base nas manifestações cutâneas características;
- Biópsia das lesões pode evidenciar bacilos e vasculite necrosante.

Tratamento:
1. Controle da hanseníase:
- Início imediato da poliquimioterapia (PQT) padrão para hanseníase multibacilar.
2. Controle da vasculite:
- Corticoides sistêmicos para reduzir a inflamação.
3. Cuidados adicionais:
- Tratamento de infecções secundárias;
- Cuidados locais das lesões ulceradas;
- Suporte clínico geral, incluindo hidratação e manejo de complicações.

O manejo deve ser realizado em ambiente hospitalar devido à gravidade potencial do quadro.

86
Q

Hanseniase pauci ou multibacilar, como diferenciar

A

- Hanseníase Paucibacilar: Presença de 1 a 5 lesões cutâneas, sem presença demonstrada de BAAR na baciloscopia ou exame histopatológico.

- Hanseníase Multibacilar: Presença de mais de cinco lesões de pele; ou com envolvimento dos nervos; ou com a presença demonstrada de bacilos em esfregaço ou biópsia de pele, independentemente do número de lesões cutâneas.

87
Q

Dapsona pode causar:
(UNICAMP 2023)

A
  • Anemia hemolitica (principalmente naqueles com deficiencia de G6PD) e Metahemoglobinemia
88
Q

TAKE HOME MESSAGES HANSENIASE

A

Classificação Clínica da Hanseníase:
- Dimorfa, tuberculoide, virchowiana e indeterminada.

Classificação Operacional:
- Paucibacilar: Até 5 lesões e sem BAAR evidente em exame complementar.
- Multibacilar: Mais de 5 lesões ou evidência de BAAR em exame complementar.

Tratamento:
- Paucibacilar: Rifampicina, dapsona e clofazimina por 6 meses.
- Multibacilar: Rifampicina, dapsona e clofazimina por 12 meses.

Observações:
- Dapsona associada à anemia hemolítica (especial em deficiência de G6PD) e metemoglobinemia.
- Reação Tipo I: Neurite e piora das lesões, comuns na forma dimorfa. Tratamento: Corticoides.
- Reação Tipo II: Mais comum no polo virchowiano, com eritema nodoso, iridociclite, orquite, nefrite e hepatite. Tratamento: Talidomida.
- Fenômeno de Lúcio: Reação cutânea necrótica grave em pacientes virchowianos sem tratamento. Lesões dolorosas evoluindo com necrose e úlceras.

89
Q

TTO Neurotoxoplasmose

A

Esquemas de escolha para tratamento:

  1. Sulfadiazina + Pirimetamina:
    • Sulfadiazina: 1.000 mg (peso < 60 kg) a 1.500 mg (peso ≥ 60 kg) VO, a cada 6 horas.
    • Pirimetamina: 200 mg VO no primeiro dia, seguida de 50 mg/dia (peso < 60 kg) a 75 mg/dia (peso ≥ 60 kg) VO.
    • Ácido fólico: 10 mg/dia VO.
    • Duração: 6 semanas.
  2. SMX-TMP:
    • Dose: 25 mg/kg de SMX, duas vezes por dia, VO ou EV.
    • Duração: 6 semanas.
90
Q

Estagios da infeccao pelo HIV

A

Estágios da Infecção por HIV:

  1. Transmissão viral:
    • Momento inicial de entrada do vírus no organismo.
  2. Infecção aguda por HIV:
    • Também chamada de infecção primária ou síndrome de soroconversão aguda.
  3. Infecção crônica pelo HIV:
    • Subdividida em:
      • Infecção crônica, sem AIDS:
        • Pacientes com contagem de CD4 acima de 200 células/μL e sem condições definidoras de AIDS.
      • AIDS:
        • Caracterizada por contagem de CD4 < 200 células/μL ou pela presença de condições definidoras de AIDS.
      • Infecção avançada por HIV:
        • Termo usado para pacientes com contagem de CD4 < 50 células/μL.
91
Q

Principal DDX de Neurotoxoplasmose em PVHIV

A

Linfoma primario de SNC

92
Q

Dica para decorar reacoes Hansenicas

A

Reações Hansênicas:

  • Reação tipo 1: Neurite.
  • Reação tipo 2: Eritema nodoso (“noDOISo”).
93
Q

DDX e Ordem de perda de sensibilidade Hanseniase

A

Investigação de Hanseníase:

  • Pesquisa de sensibilidade nas lesões da pele ou áreas suspeitas com estesiômetro:
    • Perda de sensibilidade vibratória/térmica → seguida de dolorosa → por fim, tátil.
  • Palpação de nervos.
  • Provas celulares (ex.: Teste de Mitsuda).
  • Pesquisa do bacilo em esfregaço de raspado intradérmico (ex.: orelha, cotovelo, joelhos).
94
Q

TRM-TB com resistencia a rifampicina, que esquema usar?
(FAMERP 2023)

A

Iniciar tratamento com Levofloxacina, Bedaquilina, Linezolida e Terizidona e reavaliar o esquema terapêutico indicado após divulgação do resultado da cultura para micobactérias e teste de sensibilidade.

95
Q

5 principais informacoes de quadro de Paracocidioidomicose

A
  • Exposição rural
  • Quadro pulmonar arrastado
  • Lesões úlcero-vegetantes
  • Leveduras em roda de leme
  • Infiltrado peri-hilar simétrico (asa de morcego)
96
Q

PVHIV e cada doenca de acordo com contagem de CD4

A

Contagem de Linfócitos T CD4+ e Doenças Infecciosas:

CD4+: 200-500/mm³
- Pneumonia bacteriana
- Tuberculose pulmonar
- Herpes simples recorrente
- Herpes-zóster
- Candidíase orofaríngea
- Criptosporidiose (autolimitada)
- Leucoplasia pilosa oral

CD4+: < 200/mm³
- Pneumocistose
- Coccidioidomicose
- Histoplasmose disseminada
- LEMP (Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva)
- Tuberculose extrapulmonar/disseminada

CD4+: < 100/mm³
- Herpes simples crônico ou disseminado
- Neurotoxoplasmose
- Criptococose
- Criptosporidiose crônica
- Microsporidiose
- Candidíase esofágica

CD4+: < 50/mm³
- Citomegalovirose disseminada
- Micobactéria atípica disseminada

97
Q

Definicao de caso de Hanseniase pelo MS

A

O Ministério da Saúde do Brasil define um caso de hanseníase pela presença de pelo menos um ou mais dos seguintes critérios, conhecidos como sinais cardinais da hanseníase:

  1. Lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil;
  2. Espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitiva e/ou motoras e/ou autonômicas;
  3. Presença do M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biópsia de pele.

Após a conclusão diagnóstica a partir do exame clínico e/ou baciloscópico, os casos de hanseníase devem ser classificados para fins de tratamento, de acordo com os critérios definidos pela OMS.

98
Q

Principal causa infecciosa de obitos em PVHIV

A

Tuberculose

99
Q

TARV de escolha e colaterais da Zidovudina (AZT)

A
  • A TARV de escolha é Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir, sem impedimento do uso de DTG para mulheres em idade fértil agora devido à reavaliação do estudo que colocava a medicação como facilitadora de problemas de fechamento de tubo neural em fetos quando usada em idade gestacional inferior a 12 semanas.
  • A Zidovudina (AZT) não faz mais parte do esquema preferencial, nem tampouco de 1ª opção em esquemas alternativos, vistos seus altos efeitos colaterais gastrointestinais e possibilidade de acidoses lática e mielotoxicidade.
100
Q

Paciente PVHIV em uso de TARV que apresenta aumento da CV e reducao de CD4 pensar em (. ) como DDX

A
  • A infecção por sífilis está relacionada, independentemente da TARV, com aumento transitório da CV-HIV e redução da contagem de LT-CD4+, sem alterar a evolução da infecção pelo HIV.
  • Portanto, em uma PVHIV previamente estável que apresente elevações súbitas da CV-HIV, deve-se considerar a infecção por sífilis no diagnóstico diferencial.
101
Q

Resumo Sarcoma de Kaposi
(UERJ 2024)

A

Sarcoma de Kaposi (SK)

  • Definição: Tumor vascular associado ao herpesvírus humano tipo 8 (HHV-8). Mais comum em pessoas vivendo com HIV/AIDS com imunossupressão grave (CD4 < 200 células/mm³).
  • Fisiopatologia:
    • Infecção pelo HHV-8 causa transformação de células endoteliais e inflamação crônica.
    • A proliferação de células infectadas é estimulada por citocinas pró-inflamatórias (ex.: IL-6, VEGF), promovendo angiogênese, proliferação celular e infiltração inflamatória.
  • Manifestações clínicas:
    • Lesões cutâneas: Pápulas, máculas ou nódulos violáceos, indolores, geralmente em membros inferiores, face e mucosas.
    • Acometimento visceral: Pode envolver trato gastrointestinal, pulmões e linfonodos.
  • Diagnóstico:
    • Clínico com confirmação histopatológica (proliferação de células fusiformes e vasos anômalos).
    • Biópsia de lesão suspeita.
  • Tratamento:
    • Controle da imunossupressão com início ou otimização da TARV.
    • Quimioterapia sistêmica (ex.: doxorrubicina lipossomal) para casos graves ou disseminados.
    • Radioterapia para lesões localizadas sintomáticas.

Nota: O controle do HIV com TARV eficaz frequentemente reduz a progressão e induz regressão das lesões.

102
Q
  • Paciente: 4 meses de síndrome consumptiva, alteração comportamental e crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas.
  • Exames:
    • LCR: Proteína elevada (180 mg/dL), celularidade linfomonocitária (240 células; 62% linfócitos, 10% monócitos, 28% neutrófilos), ADA = 48 U/L.
    • Imagem: RM com hidrocefalia, atrofia cortical e quebra de barreira.

PENSAR EM :
(USP-SP 2021)

A

Neurotuberculose em PVHIV

  • Paciente: 4 meses de síndrome consumptiva, alteração comportamental e crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas.
  • Exames:
    • LCR: Proteína elevada (180 mg/dL), celularidade linfomonocitária (240 células; 62% linfócitos, 10% monócitos, 28% neutrófilos), ADA = 48 U/L.
    • Imagem: RM com hidrocefalia, atrofia cortical e quebra de barreira.
  • Diagnóstico: Neurotuberculose (sugestiva por ADA > 30 U/L e padrão do LCR).
  • Epidemiologia: Neurotuberculose ocorre em até 10% dos PVHIV.
  • Tratamento:
    • Fase intensiva (2 meses): Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol (doses ajustadas por peso).
    • Fase de manutenção (10 meses): Rifampicina + Isoniazida.
    • Corticoterapia:
      • Prednisona: 1-2 mg/kg/dia (4 semanas) ou
      • Dexametasona (0,3-0,4 mg/kg/dia), com redução gradual em 4-8 semanas.

Nota: Associar TARV conforme estabilidade do paciente apenas apos 08 semanas de tratamento devido ao risco de Sindrome de Reconstituicao Imune

103
Q

Quando realizar Genotipagem pre-tratamento em PVHIV?

A

Genotipagem Pré-Tratamento em HIV

  • Objetivo: Avaliar mutações de resistência do HIV a inibidores de protease e transcriptase reversa.
  • Prevalência no Brasil: 9,5%.
  • Indicações:
    • Pessoas infectadas com parceiro (passado ou atual) em uso de TARV.
    • Gestantes.
    • Crianças e adolescentes.
    • Pessoas com histórico de uso de PrEP durante ou após provável infecção.
    • Pessoas com co-infecção TB-HIV.
104
Q

Classes de medicamentos para TARV

A

Esquema Inicial para Tratamento da Infecção pelo HIV

  • Composição:
    1. Dois inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN).
    2. Um terceiro agente de uma das seguintes classes:
      • Inibidor da integrase (INI).
      • Inibidor de protease potencializado com ritonavir.
      • Inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeos.
  • Administração: Feito com dose única diária.
  • Esquema padrão inicial:
    • Adultos sem contraindicações ou resistência viral: Tenofovir e lamivudina (ITRN) com dolutegravir (INI).
105
Q

Conduta em acidente com perfuro em ambiente hospitalar
(ABC 2021)

A

Orientações após acidente com exposição:

  1. Higienização da área exposta:
    • Lavagem com água e sabão em casos de exposição percutânea ou cutânea.
    • Em exposições de mucosas, lavar com água ou solução salina fisiológica.
    • Não há evidências de que o uso de antissépticos reduza o risco de transmissão, mas não é contraindicado.
  2. Cuidados a evitar:
    • Não realizar procedimentos que aumentem a área exposta (cortes ou injeções locais).
    • Evitar soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio).
  3. Seguimento do acidentado:
    • HIV: Pacientes HIV negativos devem realizar coleta de Anti-HIV 1 e 2 (ELISA) no dia da exposição, após 30, 90 dias e, se necessário, ao 6º mês.
    • HBV: Pacientes sem marcadores positivos para HBV realizam sorologia para AgHBs e Anti-HBs no momento do acidente, após 30, 90 e 180 dias.
    • HCV: Coleta de Anti-HCV no momento do acidente, após 30, 90 e 180 dias.

(a) Se a pessoa exposta apresentar HBsAg não reagente, avaliar suscetibilidade e indicação de (re)vacinação.

(b) Avaliar resposta à vacina (caso a imunização tenha sido recomendada).

Fonte: PCDT PEP, Ministério da Saúde, 2021

Profilaxia contra o HIV
Duração: 28 dias, realizada com:
- Tenofovir 300 mg (TDF) + Lamivudina 300 mg (3TC) + Dolutegravir 50 mg (DTG)
(distribuída em dois comprimidos diários: um contendo TDF e 3TC e outro composto de DTG).

Indicações para prescrição em acidentes com material pérfuro-cortante:
- Paciente-fonte com sorologia para HIV reagente e paciente acidentado com sorologia para HIV não reagente.
- Casos com fonte desconhecida (ex.: agulha em lixo comum, lavanderia, coletor de material pérfuro-cortante) ou fonte conhecida com sorologia desconhecida (ex.: pessoa-fonte que faleceu ou não se apresenta ao serviço para testagem).

Decisão sobre PEP deve ser individualizada.

106
Q

Monitoramento de PVHIV

A

Em pacientes com uso regular de TARV, assintomáticos, com carga viral indetectável e CD4 >350 células/mm³ em dois exames consecutivos, com pelo menos 6 meses de intervalo, não há necessidade de solicitar novo CD4. Se o CD4 fosse <350 células/mm³, aí sim, a indicação seria de coletar a cada seis meses.

107
Q

Monitoramento de TB em PVHIV

A
  • Pessoas vivendo com HIV devem passar por uma anamnese detalhada e exame físico abrangente nas primeiras consultas. Durante seu seguimento, devem ser questionados sobre sintomas de Tuberculose em TODAS as consultas, com indicação de realização de **PPD anual caso seu primeiro exame seja <5mm.
108
Q

Resumo Criptococose
(UNICAMP 2022)

A

**Criptococose

  • Definição: Infecção fúngica oportunista, mais comum em PVHIV, causada por Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii.
  • Manifestações clínicas: Cefaleia, febre, mal-estar, náuseas, vômitos, rebaixamento de consciência; pode haver HIC (vômitos, diplopia, confusão mental, papiledema) e envolvimento pulmonar (infiltrados) ou cutâneo (pápulas umbilicadas).
  • Diagnóstico:
    • Líquor: Antígeno Cryptococcus positivo (aglutinação com Látex ou LFA), Tinta da China, contagem de leucócitos <20 céls/mm³.
    • Fatores de pior prognóstico: HIC persistente, leucócitos <20 céls/mm³ no LCR, carga fúngica elevada (>1:1024).
  • Tratamento (em fases):
    1. Indução (2 semanas): Anfotericina B (0,7–1 mg/kg/dia) + Flucitosina (100 mg/kg/dia) ou Fluconazol (800–1200 mg/dia).
    2. Consolidação (8 semanas): Fluconazol (400–800 mg/dia).
    3. Manutenção (12 meses): Fluconazol (200 mg/dia) até CD4+ >200 céls/mm³ por 6 meses.
  • TARV: Iniciar 4–6 semanas após início do antifúngico para evitar SIR.
  • Prevenção: Triagem com teste de antigenemia (Aglutinacao com Latex) em PVHIV com CD4+ <100 céls/mm³; iniciar tratamento preemptivo com Fluconazol se antigenemia positiva.
109
Q

Vacinacao em PVHIV
(ENARE banca nova 2024)

A

Indicações Gerais:
- Adiar vacinas em casos de imunodeficiência grave (CD4 < 200) até reconstituição imune com TARV.
- Vacinas com vírus vivos atenuados (ex.: febre amarela, varicela) só são indicadas com CD4 > 200 e estabilidade clínica.

Vacinas Compostas por Vírus Vivo Atenuado:
- Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola);
- Varicela Zoster;
- Febre Amarela;
- Dengue (prevista para 2024).

Vacinas Indicadas em Adultos com HIV:
- dT/dTpa (Difteria, Tétano e Coqueluche);
- Haemophilus influenzae tipo B;
- Influenza;
- Hepatite A e Hepatite B (esquema de 4 doses com dose dupla);
- Pneumocócica (13 e 23 valente);
- HPV (Quadrivalente);
- Meningo C e Meningo ACWY.

Nota:
- Para Hepatite B, realizar sorologia (anti-HBs) após o esquema completo. Resposta satisfatória: anti-HBs > 10 mUI/mL.

110
Q

Colaterais de antirretrovirais para HIV
(ENARE 2021)

A

1. Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos (ITRN):
- Exemplos: Tenofovir, Lamivudina, Zidovudina.
- Efeitos colaterais:
- Tenofovir: Nefrotoxicidade, redução da densidade óssea.
- Zidovudina: Anemia, neutropenia, mialgia, acidose lática (rara).
- Contraindicações: Insuficiência renal grave (cautela com Tenofovir).

2. Inibidores da Transcriptase Reversa Não Análogos de Nucleosídeos (ITRNN):
- Exemplos: Efavirenz, Nevirapina.
- Efeitos colaterais:
- Efavirenz: Sonhos vívidos, tontura, depressão, risco de teratogenicidade.
- Nevirapina: Hepatotoxicidade grave, rash cutâneo (Síndrome de Stevens-Johnson).
- Contraindicações: Gestação (Efavirenz no 1º trimestre), hepatopatia ativa (Nevirapina).

3. Inibidores da Protease (IP):
- Exemplos: Atazanavir, Lopinavir/ritonavir, Darunavir.
- Efeitos colaterais:
- Atazanavir: Hiperbilirrubinemia indireta, nefrolitíase.
- Lopinavir/ritonavir: Diarreia, hipertrigliceridemia, resistência à insulina.
- Contraindicações: Interação com medicamentos que prolongam o intervalo QT.

4. Inibidores da Integrase (INI):
- Exemplos: Dolutegravir, Raltegravir, Bictegravir.
- Efeitos colaterais:
- Dolutegravir: Ganho de peso, insônia, cefaleia.
- Raltegravir: Miopatia, aumento de CPK.
- Contraindicações: Uso cauteloso na gestação precoce (risco teórico de defeitos do tubo neural) - ja caiu por terra

5. Inibidores de Fusão:
- Exemplo: Enfuvirtida.
- Efeitos colaterais: Reações locais no local da injeção, hipersensibilidade.
- Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco.

6. Inibidores de CCR5:
- Exemplo: Maraviroque.
- Efeitos colaterais: Infecções respiratórias, hepatotoxicidade.
- Contraindicações: Uso em pacientes com tropismo para CXCR4 (confirmar tropismo antes do uso).

Nota Geral:
- Acidose lática: Pode ocorrer com ITRN, principalmente em combinação com Zidovudina.
- Interações medicamentosas: Muitos ARVs, especialmente IP, têm interações importantes (ex.: rifampicina, amiodarona, anticoagulantes, anticonvulsivantes).

111
Q

Resumo PEP

A
  • A profilaxia de pós-exposição ao HIV deve ser avaliada para casos de violência sexual (relação sexual desprotegida - sem o uso de camisinha ou com seu rompimento) e acidentes ocupacionais (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico);
  • A profilaxia, se indicada, deve ser iniciada em até 72h após a exposição, com um esquema de três antirretrovirais com duração de 28 dias.
112
Q

Highlights Cardiopatia D.Chagas
(UNESP 2023)

A
  • Meios de adquirir doença de Chagas: através das fezes do vetor, ingestão de alimentos contaminados pelo parasita, via materno-fetal, transfusão sanguínea ou transplante, sexual e por acidentes laboratoriais;
  • Diagnóstico da forma crônica: duas sorologias IgG positivas, feitas por métodos diferentes;
  • Quando indicar CDI em Chagas: após morte súbita ou FEVE menor ou igual a 35%, um escore de Rassi maior ou igual a 10 e expectativa de vida de pelo menos 1 ano;
  • Não utilizar amiodarona de rotina, apenas em casos determinados (pouco importância em desfechos duros);
  • Escore de Rassi prediz mortalidade em pacientes com cardiopatia chagásica.
113
Q

Teste de maior sensibilidade para TB Peritoneal
(SUS-BA 2023)

A
  • Método Diagnóstico: Visualização direta do Mycobacterium tuberculosis no líquido peritoneal, cultura micobacteriana, teste de amplificação de ácido nucleico ou biópsia do peritônio.
  • Laparoscopia: Melhor método para biópsia e visualização do peritônio; sensibilidade de 93% e especificidade de 98%.
  • Achados Laparoscópicos:
    • Lesões branco-amareladas (granulomas caseosos).
    • Peritônio espessado, com ou sem aderências.
    • Padrão fibroadesivo.
    • Linfonodos aumentados e fios fibrinosos (“corda de violino”).
    • Espessamento omental.
  • Granulomas: Podem indicar outras condições (e.g., histoplasmose, criptococose, sarcoidose).
114
Q

Classes de Ambler e tratamento

A

Definição:
Enzimas que hidrolisam β-lactâmicos, divididas em 4 grupos:
- A, C, D: Serina no sítio ativo (SBLs).
- B: Zinco no sítio ativo (MBLs), inibidas por EDTA.

Grupos de Carbapenemases:
1. A: KPCs – Hidrolisa todos os β-lactâmicos.
2. B: MBLs – (NDM, VIM, IMP) - Hidrolisa todos exceto aztreonam.
3. C: AmpC – Hidrolisa todos os β-lactâmicos, espectro estendido.
4. D: Oxacilinases – Pseudomonas e Acinetobacter.

Tratamento:
1. Grupo A (KPC):
- Inibidores de β-lactamases (ceftazidima/avibactam, meropenem/vaborbactam).
- Combinação com tigeciclina, colistina ou fosfomicina.

  1. Grupo B (MBLs):
    • Aztreonam combinado com ceftazidima/avibactam (por ser resistente às MBLs).
    • Terapias combinadas com polimixinas ou fosfomicina.
  2. Grupo C (AmpC):
    • Cefepime (alta dose) ou carbapenêmicos (em infecções graves).
    • Inibidores de AmpC (avibactam).
  3. Grupo D (Oxacilinases):
    • Combinações de colistina, tigeciclina e carbapenêmicos de alta dose.
    • Meropenem com vaborbactam pode ser eficaz em casos específicos.

Nota: Terapias combinadas são frequentemente necessárias em infecções graves ou resistência multirresistente.

115
Q

Colaterais Tenofovir

A
  • O tenofovir é um antirretroviral que pode desencadear distúrbios renais, como lesão renal aguda (elevação de creatinina) e Síndrome de Fanconi (acidose tubular renal, hipofosfatemia, hipouricemia, glicosúria com glicemia normal e proteinúria tubular), além de distúrbios ósseos, como osteopenia e osteoporose.
  • Pacientes evoluindo com esses eventos adversos têm indicações de switch de terapia, podendo ser utilizado: Abacavir (necessário teste negativo para HLA-B 5701), Zidovudina ou terapia dupla (deverá preencher TODOS os critérios).
116
Q

Medicamentos que reduzem risco de obito em COVID grave em uso de O2
(UNESP 2024)

A
  • Para pacientes hospitalizados (que necessitem de O2), são terapias aprovadas:
    • Dexametasona: mostrou as reduções mais importantes de mortalidade;
    • Remdesivir: apesar de evidências modestas, vários serviços ainda recomendam;
    • Tocilizumabe / Baracitinibe: casos refratários.
  • Para pacientes ambulatoriais:
    • Pacientes com <65 anos sem comorbidades e vacinados devem ser tratados apenas com suporte;
    • Pacientes acima dos 65 anos ou com comorbidades, podemos utilizar o Nirmatrelvir - ritonavir (Paxlovid).
117
Q

Resumo BKvirus
(SES-GO 2022)

A
  • O poliomavírus BK (BKPyV) é um pequeno vírus encontrado praticamente em toda população na fase latente no túbulo renal e células epiteliais;
  • Nos pacientes com imunossupressão acentuada (principal fator de risco) pode causar algumas manifestações, sendo mais comuns nos:
    • Tx renal: nefropatia e estenose ureteral;
    • TMO: cistite hemorrágica;
  • Fases de manifestação: virúria (células decoy), viremia e nefropatia relacionada ao BK vírus.
  • TTO: Diminuir imunosupressao
118
Q

Resumo Aspergilose Broncopulmonar alergica
(UFRJ 2023)

A
  • Aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA): reação de hipersensibilidade contra a colonização de Aspergillus fumigatus no trato respiratório inferior.
  • Sintomas ABPA: quadro típico de asma, porém com exacerbações frequentes.
  • Critérios diagnósticos: predisponentes (asma ou fibrose cística), obrigatórios (IgE específica para A. fumigatus e total elevadas) e outros (IgG específica para A. fumigatus elevada, opacidades radiográficas compatíveis e eosinofilia sérica).
  • Tratamento: corticoterapia para todos os sintomáticos (iniciar dose de prednisona 0,5 mg/kg/dia por 14 dias e realizar desmame em 3 meses) e, para aqueles que não responderem aos corticoides, terapia antifúngica com itraconazol ou voriconazol. Atentar que algumas entidades que estudam o assunto orientam antifúngicos para todos os casos; avaliem as referências utilizadas pela banca antes de fazer a prova.
119
Q

Pacientes pos tranasplante renal, quais cuidados e profilaxias
(FAMEMA 2022)

A
  • No transplante renal e nos transplantes de órgão sólidos no geral, as infecções oportunistas ocorrem principalmente nos primeiros meses pós-transplante devido ao grau de imunossupressão;
  • Um quadro que ocorre em alguns pacientes transplantados renais é a PTLD (Post Transplant Lymphoproliferative Disease), que está intimamente relacionada com o vírus Epstein-Barr. Os pacientes apresentam as características clássicas de febre, faringite, linfadenopatia cervical, hepatosplenomegalia e linfocitose atípica.
  • O citomegalovírus é o principal causador de infecções virais nesses pacientes, com inclusive indicação de profilaxia.
  • Lembrar da importância das ITUs nos pacientes transplantados renais, que estão associadas ao aumento de hospitalização e mortalidade, portanto necessita de profilaxia.
120
Q

Sindrome de Weil e doenca que se apresenta

A
  • Ictericia + IRA + Hemorragia
  • Se apresenta em Leptospirose na fase tardia
121
Q

Onde ocorre a IRA na Leptospirose?

A
  • Tubulo contorcido proximal, por isso causa IRA Hipocalemica
122
Q

Acinetobacter Baumanni TTO

A

Atualmente, cerca de 80% das infecções são por Acinetobacter baumannii resistentes à carbapenêmicos. Assim, na prática clínica recomenda-se como droga de escolha a Ampicilina-Sulbactam (se sensível no antibiograma). Em cepas resistentes a essa medicação, a droga recomendada é Polimixinas, seguida de Tigeciclina.

123
Q

Resumo Mononucleose
(SURCE 2018)

A

Mononucleose é um quadro de jovens, subagudo marcado por muita astenia/indisposição, mal estar inespecífico, febre baixa (por vezes até diária) com faringite e linfonodomegalia generalizada. Desconforto abdominal por esplenomegalia. É um vírus sabidamente oncogênico e que desencadeia doenças reumatológicas/autoimunes (esclerose múltipla, artrite reumatóide). Pode complicar agudamente com miocardite/pericardite, orquite e ruptura esplênica. Diagnóstico principalmente por sorologia, podendo ser por anticorpos heterófilos. Tratamento de suporte.

124
Q

Resumo Leishmaniose Visceral

A

Leishmaniose Visceral (Calazar)

  • Agente etiológico: Leishmania donovani e L. infantum (chagasi).
  • Transmissão: Picada do mosquito Lutzomyia longipalpis (mosquito-palha).
  • Epidemiologia: Áreas tropicais e subtropicais; associada a condições de pobreza.
  • Quadro clínico:
    • Febre prolongada.
    • Hepatoesplenomegalia (marcante).
    • Pancitopenia (anemia, leucopenia e trombocitopenia).
    • Perda de peso, fraqueza e edema.
    • Hipergamaglobulinemia (aumento de imunoglobulinas).
  • Diagnóstico:
    • Sorologia (RIFI, ELISA).
    • Pesquisa do parasito em medula óssea, baço ou linfonodos.
    • Teste rápido rK39.
  • Tratamento:
    • Primeira escolha: Antimonial pentavalente (Glucantime®) – monitorar toxicidade.
    • Alternativa: Anfotericina B lipossomal (casos graves, gestantes ou intolerância ao Glucantime).
  • Complicações:
    • Infecções oportunistas.
    • Insuficiência hepática ou renal.
    • Evolução para óbito se não tratado.

Nota: Doença oportunista em pacientes imunossuprimidos, como HIV/AIDS.

125
Q

Complicacao tardia de Febre Amarela
(ENARE FGV 24)

A
  • A Hepatite Tardia é uma complicação tardia que pode ocorrer em cerca de 16% dos pacientes com Febre Amarela.
  • Normalmente, os pacientes cursam com astenia ou são assintomáticos.
  • Tem início cerca de 40-70 dias após o início dos sintomas da infecção inicial e cursa com níveis elevados de aminotransferases, notadamente ALT > AST.
  • Seu curso é benigno, sem necessidade de tratamento específico.
126
Q

DDX e manejo CMV em pos transplante
(UNICAMP 2024)

A
  • Risco Após Transplante Renal:
    • Infecção por CMV pós-transplante renal aumenta o risco de falência do enxerto e morte.
  • Manifestações da Doença por CMV:
    • Doença por CMV pode apresentar-se como síndrome (viremia sintomática);
    • Doença invasiva em órgãos como trato gastrointestinal, fígado, pulmões, sistema nervoso, olhos e rins.
  • Diagnóstico e Gravidade:
    • PCR quantitativo é o teste principal para diagnóstico;
    • Monitoramento rotineiro de carga viral é recomendado;
    • Sorologia não é adequada para diagnóstico ativo;
    • Gravidade considera cargas virais elevadas (>10.000 cópias/mL) ou aumento rápido, associadas ou não a doença invasiva.
127
Q

Aspergilose Pulmonar Invasiva resumo
(UEPA 2023)

A

Aspergilose Pulmonar Invasiva (API):

  • Definição: Infecção grave causada pelo fungo Aspergillus, que acomete principalmente pacientes imunocomprometidos, como neutropênicos, transplantados e portadores de doenças hematológicas.
  • Sinais e Sintomas:
    • Febre persistente.
    • Dor torácica pleurítica.
    • Dispneia, tosse e hemoptise.
    • Neutropênicos podem apresentar apenas febre sem sintomas respiratórios.
  • Diagnóstico:
    • Imagem (Tomografia de Tórax):
      • Nódulos pulmonares com halo de atenuação ao redor (sinal do halo).
      • Lesões em vidro fosco perifocal.
      • Cavitação tardia (sinal do crescente aéreo).
      • Infiltrados pulmonares difusos em casos avançados.
    • Exames Laboratoriais:
      • Galactomanana sérica ou em lavado broncoalveolar (LBA).
      • Beta-D glucana.
      • Cultura e histopatologia do tecido afetado.
      • PCR para Aspergillus.
  • Tratamento:
    • Primeira linha: Voriconazol.
    • Casos refratários ou intolerância: Anfotericina B lipossomal.
    • Outras opções: Isavuconazol ou combinação de antifúngicos.
    • Adjuvantes: Imunomodulação (redução de imunossupressores, quando possível).
    • Cirurgia: Indicação em casos de necrose tecidual, hemoptise maciça ou lesões acessíveis ao debridamento.
  • Prognóstico: O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são essenciais para melhores desfechos. A mortalidade permanece alta em casos graves e com atraso no manejo adequado.
128
Q

DDX TB Pulmonar highligts

A
  • Para diagnóstico confirmatório de TB, podemos utilizar diversos métodos, entre eles: baciloscopia (pBAAR), Teste Rápido Molecular para tuberculose (TRM-TB) e cultura para micobactérias;
  • A baciloscopia do escarro permite detectar de 60% a 80% dos casos de TB pulmonar em adultos;
  • A sensibilidade do TRM-TB é inclusive maior que a da baciloscopia, chegando a 90% no escarro;
  • A cultura é um método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico da TB. Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença. A cultura é também o que possibilita o teste de sensibilidade (TS), que será muito importante em casos que é preciso avaliar resistência.
129
Q

DDX Lesao em SNC em PVHIV
(USP-RP 2023)

A
  • Linfoma primário de SNC: Em geral lesão única e heterogênea;
  • LEMP: Envolvimento periventricular e subcortical multifocal e assimétrico. Há pouco ou nenhum efeito de massa ou realce. Pacientes tendem a cursar com rebaixamento de nível de consciência, sonolência, confusão mental e menos déficits focais;
  • Neurotoxoplasmose: Múltiplas lesões hipodensas, com realce nodular ou anelar, predominantemente nos gânglios da base e na junção corticomedular. Em geral, pacientes soropositivos para Toxoplasma gondii;
  • Criptococose: O grande marco na avaliação dessa doença é a pesquisa da tinta da China positiva no líquor, exame altamente específico que colore a cápsula redonda e espessa da levedura.
130
Q

Resumo Linfoma primario de SNC em PVHIV
(USP-RP 2023)

A

Definição:
Linfoma primário de SNC é um subtipo de linfoma não Hodgkin que afeta exclusivamente o sistema nervoso central, frequentemente associado ao vírus Epstein-Barr (EBV). É mais comum em pacientes com imunossupressão severa, como PVHIV com CD4 < 50 células/mm³.

Fatores de Risco:
- Imunossupressão grave (HIV avançado, transplantados, etc.).
- Associação frequente ao EBV.

Manifestações Clínicas:
- Déficits neurológicos focais.
- Alteração do nível de consciência, sonolência e confusão mental.
- Cefaleia e convulsões em casos avançados.

Diagnóstico:
- Imagem: RM de crânio é o exame de escolha, mostrando lesão única (60-70%) ou múltiplas (30-40%), predominantemente em regiões periventriculares ou substância cinzenta profunda, frequentemente com captação homogênea de contraste.
- Biópsia: Necessária para confirmação, especialmente antes do uso de corticoides.
- Testes laboratoriais: Pesquisa de HIV, EBV e avaliação de imunossupressão.

Tratamento:
- Metotrexato em altas doses (primeira linha).
- Combinação com rituximab, temozolamida ou outras drogas em casos avançados.
- Resposta transitória ao uso de corticoides.

Prognóstico:
Prognóstico reservado em imunossuprimidos, com resposta dependente do controle da imunossupressão e terapia direcionada.

131
Q

Sifilis Maligna resumo
(UERJ 2024)

A

Definição:
Forma rara e grave de sífilis secundária, caracterizada por lesões cutâneas ulcerativas, necrosantes e dolorosas, frequentemente associada a imunossupressão (especialmente PVHIV).

Fatores de Risco:
- Coinfecção pelo HIV.
- Imunossupressão.

Manifestações Clínicas:
- Febre, mal-estar e linfadenopatia generalizada.
- Lesões cutâneas ulceradas e necróticas, geralmente em regiões extensas.
- Pode envolver outros órgãos (hepatoesplenomegalia, acometimento ósseo, entre outros).

Diagnóstico:
- Sorologia para sífilis (VDRL/FTA-ABS).
- Histopatologia das lesões mostrando endarterite obliterante e infiltrado inflamatório.
- Exclusão de diagnósticos diferenciais como infecções oportunistas.

Tratamento:
- Penicilina benzatina ou cristalina, dependendo do acometimento sistêmico.
- Monitorar resposta clínica e repetir VDRL após 3-6 meses.

Prognóstico:
- Geralmente bom com tratamento adequado, mas resposta mais lenta em imunossuprimidos.
- Importante rastrear e tratar coinfecções como HIV.

132
Q

Resumo Histoplasmose
(2021)

A

Flashcard: Histoplasmose

Definição:
Infecção fúngica causada pelo Histoplasma capsulatum, adquirida pela inalação de esporos presentes em solo contaminado com fezes de aves ou morcegos.

Formas Clínicas:
1. Pulmonar Primária:
- Assintomática ou sintomas leves (febre, tosse, fadiga).
2. Pulmonar Crônica:
- Comum em indivíduos com DPOC; apresenta cavitações e sintomas respiratórios prolongados.
3. Disseminada:
- Mais comum em imunossuprimidos (PVHIV com CD4 <150); febre, perda de peso, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, pancitopenia.

Diagnóstico:
- Exame direto e cultura de materiais biológicos (escarro, sangue, medula óssea).
- Antígeno do Histoplasma em sangue ou urina (alta sensibilidade na forma disseminada).
- Sorologia (menos útil em imunossuprimidos).
- Histopatologia: leveduras intracelulares pequenas.

Tratamento:
- Leve a Moderada:
- Itraconazol por 6-12 semanas.
- Grave ou Disseminada:
- Anfotericina B lipossomal seguida de Itraconazol por pelo menos 12 meses.
- Manutenção em PVHIV:
- Itraconazol até CD4 >150 por 6 meses com TARV eficaz.

Prognóstico:
- Excelente com tratamento adequado.
- Sem tratamento, alta mortalidade nas formas graves.

133
Q

Paciente com HIV e diagnostico de TB conduta

A

Para o tratamento de pacientes com coinfecção de HIV e TB temos três cenários:
- Se o diagnóstico de ambas ocorrer ao mesmo tempo, sem tratamento prévio para ambas: iniciar primeiro RIPE e introduzir a TARV após a 4ª até a 6ª semana do início do tratamento;
- Diagnóstico de HIV ocorrer após o diagnóstico da TB: mesma conduta do primeiro cenário;
- Diagnóstico de TB ocorrer após o diagnóstico de HIV e paciente já em uso de TARV: iniciar imediatamente tratamento para TB.

134
Q

Resumo Linfoma cutaneo de celulas T

A

Linfoma Cutâneo de Células T (LCCT)
### Definição
- Neoplasia maligna de linfócitos T maduros que se manifesta primariamente na pele.
- Principais subtipos: Micose Fungoide (MF) e Síndrome de Sézary (SS).

Subtipos
1. Micose Fungoide (MF):
- Fase inicial: Manchas eritematosas, descamativas e mal definidas.
- Evolução: Placas infiltradas → Tumores ulcerados.
- Progressão lenta, com disseminação linfática ou visceral em estágios avançados.

  1. Síndrome de Sézary (SS):
    • Eritrodermia generalizada (pele avermelhada e descamativa).
    • Linfadenopatia generalizada.
    • Presença de células de Sézary no sangue periférico (linfócitos atípicos com núcleo cerebriforme).
    • Apresentação mais agressiva e frequentemente sistêmica.

Manifestações Clínicas
- MF:
- Lesões cutâneas progressivas.
- Prurido frequente, especialmente em fases avançadas.
- SS:
- Eritrodermia intensa (>80% da superfície corporal).
- Alopecia, onicodistrofia e descamação palmoplantar.
- Prurido severo, linfadenopatia e sintomas constitucionais.

Diagnóstico
1. Histopatologia:
- Epidermotropismo: Linfócitos atípicos agrupados na epiderme (microabscessos de Pautrier na MF).
- Linfócitos T CD4+ atípicos.

  1. Imunofenotipagem:
    • Perfil imunofenotípico: CD4+, perda de marcadores típicos como CD7.
  2. Exames Complementares:
    • Hemograma: Pesquisa de células de Sézary no sangue periférico.
    • PET-CT: Avaliação de linfadenopatia e envolvimento sistêmico.
    • Biópsia de linfonodos (em casos de linfadenopatia).

Tratamento
1. Fases Iniciais da MF:
- Corticoides tópicos.
- Fototerapia (PUVA ou UVB).
- Retinoides tópicos ou sistêmicos.

  1. Fases Avançadas da MF e SS:
    • Radioterapia total da pele.
    • Fotoférese extracorpórea (em pacientes com Síndrome de Sézary).
    • Terapia sistêmica: Interferon alfa, bexaroteno, ou quimioterapia paliativa (gemcitabina, CHOP).
  2. Tratamentos mais recentes:
    • Mogamulizumabe (anticorpo monoclonal anti-CCR4) para casos refratários.
    • Brentuximabe vedotina em linfomas CD30+.
      ### Prognóstico
      - Micose Fungoide:
    • Sobrevida longa em fases iniciais, com controle local.
    • Casos avançados podem evoluir para acometimento sistêmico.
      - Síndrome de Sézary:
    • Forma agressiva com sobrevida média de 2-4 anos, dependendo da resposta ao tratamento.
135
Q

O que introduzir em DDX de influenza?
(UNIFESP 2022)

A

Em relação ao tratamento da Influenza, deve-se introduzir o antiviral oseltamivir até 48 horas do início dos sintomas, com duração de 5 dias, nos seguintes casos: pacientes com síndrome gripal aguda grave, ainda que não haja confirmação laboratorial ou que o teste rápido resulte negativo ou naqueles com síndrome gripal, com fatores de risco, independente da situação vacinal.

136
Q

BGN nao fermentador e oxidase positivo é:
(SCMBH 22)

A

Pseudomonas aureoginosa

  • Bactéria gram-negativa que possui diversos mecanismos de resistência, intrínsecos e adquiridos.
    Para o tratamento dessa bactéria, pode ser utilizado (lembrando de verificar sua sensibilidade no antibiograma):
    -Piperacilina-tazobactam (Tazocin),
    -Aztreonam,
    -Carbapenêmicos (com exceção do Ertapenem),
    -Cefalosporinas (apenas Ceftazidima, Cefepime e Ceftolozane têm ação),
    -Aminoglicosídeos,
    -Fluoroquinolonas e Polimixinas.
137
Q

Resumo Leishmaniose Tegumentar americana
(UEL 22)

A

Leishmaniose Tegumentar Americana

Definição: Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania.
Vetor: Mosquito-palha (Lutzomyia).
Manifestações Clínicas:
Cutânea: Lesão ulcerada (precedida por mácula/pápula), bordas bem delimitadas, fundo avermelhado e granulações grosseiras, frequentemente indolor e localizada em áreas expostas.
Mucosa: Lesões destrutivas em mucosas, geralmente secundária à forma cutânea.
Diagnóstico:
Demonstração do protozoário por histologia, cultura ou PCR.
Teste de Montenegro: Positivo na maioria dos casos, porém pode ser falso-positivo em indivíduos previamente tratados ou com contato prévio.
Tratamento: Antimoniais pentavalentes (primeira linha) ou alternativas como anfotericina B em casos graves ou refratários.

138
Q

Resumo doenca da arranhadura do gato
(SES-DF 2023)

A

Doença da Arranhadura do Gato (Bartonelose)

Agente etiológico: Bartonella henselae (bactéria Gram-negativa)
Transmissão: Arranhadura, mordida ou lambedura de gatos infectados; vetor: pulga do gato (Ctenocephalides felis)
População de risco: Pessoas imunocompetentes e imunossuprimidas

Manifestações clínicas:
- Forma clássica (imunocompetentes): lesão no local da arranhadura/mordida (pápula ou vesícula), linfadenopatia regional (geralmente autolimitada), febre baixa
- Complicações (raras): encefalite, endocardite, síndrome de Parinaud (conjuntivite granulomatosa com linfadenopatia pré-auricular)
- Em imunossuprimidos: angiomatose bacilar, peliose hepática

Diagnóstico: Clínico (história de contato com gatos, linfadenopatia), sorologia ou PCR para Bartonella henselae, biópsia (casos complexos)
Tratamento:
- Forma clássica: autolimitada, tratamento sintomático
- Casos graves/imunossuprimidos: doxiciclina + rifampicina ou azitromicina
Prevenção: Controle de pulgas nos gatos, higiene após contato com gatos (lavar feridas), evitar brincadeiras bruscas com gatos, especialmente em imunossuprimidos

139
Q

Fisiopatologia da reacao do PPD em ILTB

A

A inoculação desencadeia uma reação do tipo antígeno-anticorpo, seguida de uma resposta dependente da reatividade de linfócitos T sensibilizados. Algumas células chave estão envolvidas além dos linfócitos, como monócitos, polimorfonucleares e granulócitos. É uma reação de hipersensibilidade tardia.

140
Q

Quando nao realizar anti- RK39 em suspeita de Leishmaniose visceral?
(SURCE 22)

A
  • PVHIV; Nestes pacientes pode-se realizar Aspirado de medula ossea que é muito sensivel quando carga parasitaria elevada.
141
Q

Resumo Hepatite B

A

Agente etiológico:
- Vírus da Hepatite B (HBV), DNA, família Hepadnaviridae

Transmissão:
- Sexual (principal via em países desenvolvidos)
- Parenteral (transfusões, drogas injetáveis, tatuagens, piercings, etc.)
- Vertical (mãe para filho, durante o parto)

Fisiopatologia:
- Infecção hepática com resposta imune variável
- Lesão hepática ocorre pela resposta imunomediada às células infectadas

Manifestações clínicas:
- Fase aguda:
- Assintomática em até 70% dos casos
- Sintomática: febre, mal-estar, icterícia, dor abdominal, colúria, acolia
- Fulminante (raro): insuficiência hepática aguda
- Fase crônica:
- Pode evoluir para cirrose, carcinoma hepatocelular ou ser assintomática

Diagnóstico laboratorial:
- Marcadores sorológicos:
- HBsAg: infecção ativa (aguda ou crônica)
- Anti-HBs: imunidade (vacina ou infecção resolvida)
- Anti-HBc IgM: infecção aguda recente
- Anti-HBc IgG: contato prévio (infecção passada ou crônica)
- HBeAg: alta replicação viral e infectividade
- Anti-HBe: redução da replicação viral

  • Carga viral (HBV-DNA): Avalia replicação viral e orienta tratamento

Tratamento:
- Fase aguda: Suporte, na maioria dos casos
- Fase crônica:
- Antivirais: Tenofovir, Entecavir (primeira linha)
- Interferon-alfa (em casos selecionados)

Complicações:
- Cirrose hepática
- Carcinoma hepatocelular
- Insuficiência hepática

Prevenção:
- Vacinação: 3 doses (0, 1, 6 meses)
- Imunoglobulina anti-HBV (em exposição pós-contato)
- Controle de doações de sangue e materiais contaminados
- Educação sexual e uso de preservativos

Acompanhamento:
- Monitoramento semestral ou anual com ALT, AST, e marcadores virais (HBsAg, HBeAg e HBV-DNA)
- Avaliação ultrassonográfica periódica para rastreamento de carcinoma hepatocelular (especialmente em pacientes com cirrose ou fatores de risco)
- Fibroscan ou biópsia hepática para avaliar progressão da fibrose
- Avaliar resposta ao tratamento e ajuste terapêutico conforme a carga viral e quadro clínico
- Orientação sobre cessação de álcool e hepatotoxinas

Prognóstico:
- A maioria das infecções agudas resolve espontaneamente
- Infecção crônica: risco maior em neonatos e imunossuprimidos

142
Q

Resumo das indicações de tratamentos listados para COVID-19:

A

Resumo das indicações de tratamentos listados para COVID-19:

  • Sotrovimabe:
    • Indicação: Tratamento de COVID-19 em adultos e adolescentes com mais de 12 anos e peso ≥ 40 kg, com risco de progressão para doença grave.
    • Uso: Pacientes não hospitalizados, sem necessidade de oxigênio suplementar. Dose única de 500 mg, infusão intravenosa.
  • Baricitinibe:
    • Indicação: Pacientes hospitalizados com necessidade de oxigênio suplementar ou de ventilação mecânica não invasiva.
    • Uso: Reduz inflamação por inibir a ação de citocinas inflamatórias.
  • Paxlovid (Nirmatrelvir + Ritonavir):
    • Indicação: Adultos com risco aumentado de progressão da COVID-19 grave que não necessitam oxigênio suplementar.
    • Uso: Administrar o mais cedo possível após início dos sintomas. Combinação de antiviral direto (nirmatrelvir) e inibidor de protease (ritonavir).
  • Molnupiravir:
    • Indicação: Pacientes adultos com risco de progressão para COVID-19 grave, sem acesso a opções alternativas aprovadas.
    • Uso: Evitar em grávidas ou lactantes devido a riscos potenciais ao feto.
  • Tocilizumabe:
    • Indicação: Pacientes hospitalizados com níveis elevados de IL-6, sinais de síndrome de liberação de citocinas ou necessidade de ventilação mecânica.
    • Uso: Inibidor de IL-6 para reduzir inflamação em casos graves.
  • Plasma de convalescente:
    • Indicação: Pacientes graves. Estudos mostram resultados variados, com benefícios principalmente no início da doença.
    • Uso: Infusão de plasma obtido de pacientes recuperados para potencialmente reduzir carga viral.
  • Corticosteroides (Dexametasona):
    • Indicação: Pacientes hospitalizados com COVID-19 grave, em ventilação mecânica ou suplementação de oxigênio.
    • Uso: Reduz inflamação e mortalidade; dose recomendada é de 6 mg por dia.
  • Anticoagulantes:
    • Indicação: Prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes hospitalizados com COVID-19.
    • Uso: Necessário avaliar risco-benefício, especialmente em pacientes graves.
143
Q

Resumo Estrogiloidiase
(ENARE 24)

A

Agente etiológico:
- Strongyloides stercoralis (nematódeo intestinal)

Ciclo de vida:
- Penetração ativa das larvas filarioides na pele (solo contaminado) → circulação → pulmões → trato digestivo (larvas rabditoides no intestino grosso).
- Autoinfecção possível, permitindo persistência prolongada.

Transmissão:
- Contato direto com solo contaminado (larvas filarioides).
- Condições sanitárias precárias e clima tropical favorecem.

Fatores de risco:
- Imunossupressão (uso de corticosteroides, transplantes, neoplasias).
- Viagem ou residência em áreas endêmicas.

Manifestações clínicas:
1. Infecção aguda:
- Dermatite na área de entrada (“larva currens”).
- Síndrome de Loeffler (tosse, febre, infiltrados pulmonares).
2. Infecção crônica:
- Assintomática ou sintomas inespecíficos (dor abdominal, diarreia, perda de peso).
- Urticária recorrente.
3. Forma disseminada (hiperinfecção):
- Comum em imunossuprimidos; envolvimento pulmonar, sepse bacteriana secundária e falência de múltiplos órgãos.

Diagnóstico:
- Pesquisa de larvas em fezes (método de Baermann ou Kato-Katz).
- Sorologia (detecção de anticorpos em casos suspeitos com exame parasitológico negativo).
- Detecção de larvas no escarro em casos de hiperinfecção.

Tratamento:
- Infecção não complicada: Ivermectina (primeira linha) ou Albendazol (alternativa).
- Hiperinfecção/disseminada: Ivermectina por período prolongado até erradicação; tratar infecções bacterianas secundárias.

Prevenção:
- Uso de calçados em áreas endêmicas.
- Melhoria das condições sanitárias.
- Rastreamento em pacientes imunossuprimidos antes de iniciar tratamento com imunossupressores.

Complicações:
- Hiperinfecção com mortalidade elevada em imunossuprimidos.
- Sepse bacteriana secundária a translocação intestinal.

144
Q

ICS por Staphyloccocus manejo
(UFES 24)

A

Diagnóstico:
- Hemoculturas positivas para Staphylococcus aureus.
- Sinais de infecção local no sítio do cateter (eritema, calor, secreção purulenta) ou ausência de outro foco infeccioso.

Manejo inicial:
1. Retirada do cateter:
- Sempre indicada em bacteremia por S. aureus devido ao risco elevado de complicações (endocardite, abscessos).
- Coletar ponta do cateter para cultura.

  1. Hemoculturas de controle:
    • Coletar novas hemoculturas 48-72h após início do tratamento antibiótico para confirmar clearance da bactéria.
  2. Antibioticoterapia empírica:
    • Iniciar com Vancomicina ou Daptomicina (cobre MRSA).
    • Ajustar conforme perfil de sensibilidade.

Avaliação de complicações:
- Risco elevado de complicações metastáticas, como:
- Endocardite infecciosa: Realizar ecocardiograma transesofágico (ETE).
- Abscessos metastáticos: Investigar sinais/sintomas (ex.: dor lombar → realizar TC/RM para excluir abscesso epidural).
- Artrite séptica/osteomielite: Suspeitar se dor localizada ou sinais inflamatórios.

Tratamento definitivo:
1. Duração do antibiótico:
- Bacteremia simples (sem complicações): 14 dias após a negativação das hemoculturas.
- Bacteremia complicada (endocardite, abscessos, osteomielite): 4-6 semanas, dependendo do local acometido.

  1. Opções antibióticas:
    • MSSA: Oxacilina ou Cefazolina (preferida).
    • MRSA: Vancomicina ou Daptomicina.

Monitoramento:
- Hemoculturas repetidas até negativação.
- Acompanhamento clínico para sinais de complicações metastáticas.
- Avaliar função renal e ajuste de dose do antibiótico se necessário.

Prevenção:
- Uso de técnicas assépticas na inserção e manipulação do cateter.
- Retirada precoce de cateteres desnecessários.

145
Q

Resumo PrEP

A

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. A eficácia e a segurança da PrEP já foram demonstradas em diversos estudos clínicos e subpopulações, e sua efetividade foi evidenciada em estudos de demonstração. No estudo iPrEx, que avaliou a PrEP oral diária em homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans, houve redução de 44% no risco de aquisição de HIV com o uso diário de comprimido único de Emtricitabina (FTC) combinada ao fumarato de Tenofovir desoproxila (TDF). A eficácia da profilaxia foi fortemente associada à adesão: em participantes com níveis sanguíneos detectáveis da medicação, a redução da incidência do HIV foi de 95%.

146
Q

DDX Reativacao HBV

A

O diagnóstico da reativação é feito na presença do aumento do DNA do HBV detectado por PCR.
- Um nível de HBV DNA detectável quando eles anteriormente tinham DNA HBV indetectável;
- Um aumento >1 a 2 logarítmico (10 a 100 vezes) no DNA do HBV;
- Sororreversão (quando um paciente previamente HBsAg negativo/anti-HBc positivo torna-se HBsAg positivo).

147
Q

Prevencao reativacao HBV
(HC-GO 21)

A

Prevenção da reativação:
- Risco baixo ou risco muito baixo: Monitoramento frequente para que a reativação do HBV possa ser detectada precocemente em seu curso;
- Risco moderado a muito alto: A terapia antiviral deve ser administrada concomitantemente ou antes de iniciar a terapia imunossupressora para pacientes com risco moderado a muito alto de reativação do HBV. Pode ser feita com tenofovir ou entecavir.

148
Q

Complicacao otologica da reativacao do Herpes-Zoster

A
  • A Síndrome de Ramsay Hunt configura-se como a principal complicação otológica da reativação do vírus herpes zóster;
  • A clínica consiste na tríade de paralisia facial ipsilateral, otalgia e vesículas no canal auditivo;
  • O tratamento consiste na administração de valaciclovir 1g 3x/dia por 7 a 10 dias e prednisona 1mg/kg por cinco dias, ambos via oral;
  • Em casos mais graves que cursam com vertigem, zumbido ou perda auditiva, a terapia intravenosa pode ser necessária;
  • Os pacientes imunocomprometidos, especialmente os mais graves como os receptores de transplante de órgãos, devem ser internados para a realização de terapia antiviral com aciclovir endovenoso.
149
Q

Tratamento Herpes-Zoster agudo
(SUS-BA 22)

A

Tratamento Herpes Zoster Agudo:
- Objetivo: cicatrização mais rápida, diminuir a gravidade e a duração da dor, reduzir a incidência ou gravidade da neuralgia pós-herpética;
- Pacientes com < 72 horas de sintomas: terapia antiviral para todos, sendo de maior benefício em pacientes com mais de 50 anos de idade;
- Pacientes com > 72 horas de sintomas: a terapia antiviral pode ser indicada se novas lesões estiverem aparecendo. Provavelmente a terapia antiviral tem algum benefício, mesmo que mínimo, em pacientes com apenas lesões crostosas;
- Tratamento: aciclovir, valaciclovir e famciclovir via oral por sete dias;
- Zoster complicado (manifestacoes oculares, oticas ou neurologicas): terapia antiviral intravenosa e/ou prolongada;
- Corticoide: não está indicado de rotina;
- Imunossuprimidos: terapia antiviral mesmo se > 72 horas de sintomas para todos os pacientes.

150
Q

Resumo Herpes-Zoster

A

Herpes Zoster

Causa:
- Reativação do vírus varicela-zoster (VVZ ou HHV-3) latente nos gânglios sensoriais após infecção prévia por varicela.

Fatores de risco:
- Idade avançada (>50 anos).
- Imunossupressão (HIV, uso de imunossupressores, quimioterapia).
- Estresse ou trauma.

Manifestações clínicas:
1. Clássico:
- Dor, queimação ou prurido em dermátomo específico.
- Lesões vesiculares agrupadas em base eritematosa no mesmo dermátomo (não cruzam a linha média).

  1. Complicações:
    • Neuralgia pós-herpética: Dor persistente > 3 meses após resolução do quadro agudo.
    • Síndrome de Ramsay Hunt: Paralisia facial, otalgia e vesículas no canal auditivo.
    • Disseminação (imunossuprimidos).
    • Encefalite ou mielite (raro).

Diagnóstico:
- Clínico na maioria dos casos.
- Testes complementares (PCR, cultura viral) em casos atípicos ou imunossuprimidos.

Tratamento:
- Terapia antiviral: Início até 72 horas dos sintomas.
- Aciclovir, Valaciclovir ou Famciclovir por 7 dias.
- Casos graves (imunossuprimidos ou zoster complicado): Antiviral intravenoso (Aciclovir).
- Controle da dor: Analgésicos, anticonvulsivantes (gabapentina, pregabalina) ou antidepressivos tricíclicos.
- Corticosteroides: Não indicado de rotina, mas pode ser usado para edema grave.

Prevenção:
- Vacinação com vacina recombinante contra Herpes Zoster (Shingrix) para adultos > 50 anos.
Complicações:
- Neuralgia pós-herpética.
- Disseminação em imunossuprimidos.
- Síndrome de Ramsay Hunt (paralisia facial ipsilateral, otalgia e vesiculas em canal auditivo)

151
Q

Necrose retiniana aguda

A

A necrose retiniana aguda (NRA) é uma doença caracterizada por retinite necrotizante, vasculopatia oclusiva e inflamação da câmara anterior e vítreo que requer um diagnóstico e tratamento precoces. O diagnóstico é essencialmente clínico, no entanto, a confirmação do agente por técnica de reação em cadeia da polimerase (em inglês Polymerase Chain Reaction - PCR) pode ter utilidade prognóstica. O descolamento de retina é a sua complicação mais temida, podendo causar perda visual irreversível.

152
Q

Complicacoes Herpes-Zoster

A
  • Complicações Diversas: O herpes zoster pode resultar em complicações variadas, desde dor prolongada até condições graves que afetam os olhos, sistema nervoso central e outras áreas;
  • Compreensão Crucial: Entender essas complicações é essencial para um manejo eficaz do herpes zoster, visando alívio imediato e prevenção de sequelas a longo prazo;
  • Destaques das Complicações:
    • Neuralgia Pós-Herpética: Dor persistente, reduzível com vacinação;
    • Herpes Zoster Oftálmico: Risco grave de perda da visão, afetando a divisão oftálmica (V1);
    • Necrose Retiniana Aguda: Inflamação ocular grave com iridociclite, vitrite e retinite necrosante;
    • Outras complicações: Paralisia facial, risco de infecções bacterianas, meningite, encefalite, neuropatia e síndrome de Guillain-Barré.
153
Q

Vacina e vigilancia epidemiologica Herpes-Zoster
(SUS-BA 22)

A
  • Vacina: vírus vivo atenuado, contraindicada para imunossuprimidos, indicada de rotina para idosos, dose única, aguardar 1 ano entre o episódio agudo e a vacinação;
  • Vírus varicela-zoster: causa duas doenças diferentes: varicela (catapora - infecção primária com lesões disseminadas) e o herpes-zóster (“cobreiro” - reativação, lesões respeitam dermátomos, mas podem ser generalizadas no imunossuprimido);
  • Pessoas suscetíveis ao se infectarem: quadro primário e não reativação;
  • Pessoas com infecção prévia com vírus latente: não desenvolvem quadro de zóster diante de uma nova exposição;
  • Isolamento quando indicado (varicela ou zóster disseminado, imunossuprimidos): é tanto para aerossóis quanto para contato;
  • Notificação: somente casos graves, surtos ou óbitos.
154
Q

Hepatite C resumo
(SES-DF 24)

A

Agente Etiológico:
- Vírus da Hepatite C (HCV), RNA, família Flaviviridae.
Transmissão:
- Contato com sangue contaminado (transfusões, drogas injetáveis, hemodiálise, tatuagens/piercings).
- Transmissão sexual (menos comum).
- Vertical (da mãe para o feto - rara).
Manifestações Clínicas:
- Fase aguda: Geralmente assintomática. Quando sintomática: febre, fadiga, dor abdominal, icterícia.
- Fase crônica: Evolui em até 85% dos casos. Pode ser assintomática por anos.
- Complicações: cirrose hepática, carcinoma hepatocelular, insuficiência hepática.
Diagnóstico:
1. Sorologia: Anti-HCV (indica exposição prévia).
2. Teste confirmatório: RNA do HCV por PCR (detecta infecção ativa).
3. Avaliação de gravidade: Elastografia hepática (Fibroscan), biópsia hepática.
Tratamento:
- Antivirais de ação direta (DAAs): Alta eficácia (>95% de cura).
- Exemplos: Sofosbuvir, Velpatasvir, Glecaprevir/Pibrentasvir.
- Duração: Geralmente 8-12 semanas.
- Objetivo: Erradicação do vírus (RNA-HCV indetectável 12 semanas após o término).
Prevenção:
- Triagem de sangue para transfusões.
- Uso de materiais estéreis.
- Educação sobre práticas sexuais seguras.
- Não há vacina disponível.

Complicações:
- Cirrose hepática.
- Carcinoma hepatocelular (rastreio semestral com USG e alfa-fetoproteína em pacientes com cirrose).
- Insuficiência hepática.

155
Q

highlights doenca de chagas

A

-A DC é causada por um protozoário flagelado chamado Trypanosoma cruzi.
-É mais difícil que o diagnóstico da DC seja dado na fase aguda, que é frequentemente assintomática.
-É mais comum que o diagnóstico seja feito na fase crônica, pois é nessa fase que surgem as síndromes clínicas, comumente relacionadas a órgãos-alvo como o coração. Nessa fase, recomenda-se que seja dado o diagnóstico quando houver positividade para dois testes de diferentes princípios.
-A forma indeterminada é definida pela evidência de infecção pelo Trypanosoma cruzi na ausência de sintomas e sinais físicos da doença e de anormalidades no ECG em repouso e ao estudo radiológico do tórax, esôfago e cólon.

156
Q

Indicacoes e cortes ILTB para TTO ILTB
(ENARE FGV 24)

A

**PT ≥ 5mm ou IGRA positivo: **
- PVHIV
- Contatos adultos e adolescentes (≥ 10 anos)
- Alterações radiológicas fibróticas sugestivas de sequela de TB
- Uso de inibidores do TNF-α (preferencialmente antes da sua utilização)
- Uso de corticosteroides (equivalente a > 15 mg/dia de prednisona por mais de 1 mês)
- Pré-transplante que fará uso de terapia imunossupressora

**PT ≥ 10mm ou IGRA positivo: **
- Silicose
- Neoplasia de cabeça e pescoço, linfomas e outras neoplasias hematológicas
- Insuficiência renal em diálise
- Neoplasias com quimioterapia imunossupressora
- Diabetes mellitus
- Baixo peso (< 85% do peso ideal)
- Tabagistas (> 20 cigarros/dia)
- Calcificação isolada (sem fibrose) na radiografia

157
Q

Quadro clinico e TTO sifilis primaria
(ENARE FGV 24)

A

Sífilis Primária
Agente etiológico: Treponema pallidum

Manifestações clínicas:
- Úlcera única, indolor, bordas regulares, base endurecida e fundo limpo (“cancro duro”).
- Local: Pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outras áreas de entrada do patógeno.
- Linfadenopatia regional não dolorosa, geralmente unilateral.
- A lesão aparece após 2-3 semanas da exposição e desaparece espontaneamente entre 3-8 semanas, mesmo sem tratamento.

Diagnóstico:
- Clínico (baseado na úlcera característica).
- Exames diretos: Microscopia de campo escuro (em locais apropriados).
- Sorologias: VDRL/FTA-ABS (podem estar negativos na fase inicial).

Tratamento:
- Penicilina benzatina 2,4 milhões UI, dose única intramuscular.
- Alternativa (alérgicos): Doxiciclina ou Azitromicina (em situações específicas).

Prevenção:
- Uso de preservativos.
- Rastreamento em populações de risco e gestantes.

158
Q

Sifilis secundaria

A

Sífilis Secundária
Agente etiológico: Treponema pallidum
Manifestações clínicas:
- Lesões cutâneas disseminadas, simétricas e não pruriginosas:
- Roséola: Máculas eritematosas no tronco e membros.
- Pápulas ou placas: Lesões acastanhadas com descamação em colarinho, acometendo palmas e plantas.
- Condiloma plano em áreas úmidas (lesões altamente infectantes).
- Lesões mucosas: Placas mucosas esbranquiçadas ou erosões.
- Linfadenopatia generalizada, febre baixa, mal-estar, dor muscular e cefaleia.

Cronologia:
- Ocorre entre 6 semanas a 6 meses após a cicatrização do cancro duro.
- Lesões desaparecem espontaneamente em semanas a meses, mas a infecção persiste.

Diagnóstico:
- Sorologia: VDRL/RPR e FTA-ABS positivos.
- Diagnóstico diferencial com outras erupções cutâneas (ex.: pitiríase rósea, psoríase).

Tratamento:
- Penicilina benzatina 2,4 milhões UI intramuscular, dose única.
- Alternativa (alérgicos): Doxiciclina 100 mg 12/12h por 14 dias.

Prevenção:
- Uso de preservativos.
- Rastreamento e tratamento de contatos.

159
Q

Resumo infeccao de partes moles por MRSA

A

Tratamento de Infecções de Pele e Partes Moles (MRSA)

Indicações de tratamento parenteral:
- Instabilidade clínica, imunossupressão, intolerância à terapia oral.
- Eritema extenso ou de rápida progressão, fasciite necrotizante, gangrena gasosa, acometimento articular, prótese vascular ou síndrome compartimental.

Terapias para pacientes sem risco de MRSA:
- Via oral: Amoxicilina, cefalexina, clindamicina.
- Via parenteral: Oxacilina.

Cobertura para MRSA:
- Indicações: Imunossuprimidos, exsudação purulenta, fatores de risco (HIV, drogas injetáveis, hemodiálise, instituição de longa permanência).
- Terapias:
- Instáveis: Vancomicina + cefepima.
- Estáveis internados: Vancomicina ou daptomicina.
- Ambulatorial: Sulfametoxazol-trimetoprim.

160
Q

TTO Alternativo Neurotoxoplasmose
(Enare FGV 24)

A

Neurotoxoplasmose é uma das infecções de sistema nervoso central mais frequentes vistas em pacientes com imunossupressão (CD4 abaixo de 100 céls/mm³). Em pacientes com histórico de alergia à sulfa, recomenda-se o tratamento com clindamicina 600 mg VO ou EV, a cada seis horas + pirimetamina + ácido folínico por 06 semanas.

161
Q

Resumo Chikungunya
(SUS-BA 23)

A

Chikungunya
Agente etiológico:
- Vírus Chikungunya (CHIKV), família Togaviridae.
Transmissão:
- Vetores: Aedes aegypti e Aedes albopictus (mosquitos).
Manifestações clínicas:
- Fase aguda (até 10 dias):
- Febre alta de início súbito.
- Artralgia/artrite intensa, principalmente em mãos, punhos, tornozelos e joelhos. Pode pegar coluna
- Exantema maculopapular.
- Outros sintomas: cefaleia, mialgia, fadiga, conjuntivite.
- Fase subaguda (após 10 dias):
- Persistência de artralgia/artrite.
- Edema articular.
- Fase crônica (após 3 meses):
- Artralgia/artrite crônica semelhante a doenças reumatológicas.
Diagnóstico:
- Clínico (história epidemiológica e sintomas típicos).
- Laboratorial: Sorologia (IgM positivo após 5-7 dias) ou PCR (fase aguda).
Tratamento:
- Fase aguda/subaguda:
- Sintomático: Paracetamol, dipirona.
- AINEs (após exclusão de dengue).
- Fase crônica:
- Corticoides: Prednisona ou metilprednisolona em doses ajustadas à gravidade (ex.: 0,5 mg/kg/dia).
- Imunossupressores: Metotrexato, leflunomida ou sulfassalazina para casos refratários com sintomas semelhantes à artrite reumatoide.

Prevenção:
- Controle dos vetores (Aedes aegypti e Aedes albopictus).
- Uso de repelentes, telas e roupas que cubram o corpo.

Complicações:
- Artrite crônica.
- Encefalite e miocardite (raros).

162
Q

Resumo Hepatite A

A

Hepatite A
Agente etiológico:
- Vírus da Hepatite A (HAV), RNA, família Picornaviridae.
Transmissão:
- Fecal-oral (alimentos e água contaminados).
- Contato direto com infectados.
Fatores de risco:
- Saneamento básico precário.
- Consumo de frutos do mar crus ou mal cozidos.
- Viagens para áreas endêmicas.
Manifestações clínicas:
- Fase prodrômica: Febre, fadiga, náuseas, vômitos, dor abdominal, anorexia.
- Fase ictérica: Icterícia, colúria, acolia, hepatomegalia.
- Geralmente autolimitada e sem evolução para cronicidade.
Diagnóstico:
- Sorologia: Anti-HAV IgM (infecção aguda) e Anti-HAV IgG (imunidade).
- Elevação de ALT/AST e bilirrubinas.
Tratamento:
- Suporte (repouso, hidratação, controle dos sintomas).
- Evitar álcool e medicamentos hepatotóxicos.
Prevenção:
- Vacinação: 2 doses (0 e 6-12 meses).
- Melhorias no saneamento básico.
- Higiene pessoal e alimentar.
Complicações:
- Insuficiência hepática fulminante (rara, mais comum em idosos e imunossuprimidos).

163
Q

Acompanhamento Sifilis apos tratamento
(HCPA-RS 23)

A

Critérios de resposta imunológica e retratamento na sífilis

Resposta imunológica adequada:
- Teste não treponêmico com queda de 2 diluições (ex.: 1:64 para 1:16) em:
- Até 6 meses para sífilis recente (primária ou secundária).
- Até 12 meses para sífilis tardia.

Critérios de retratamento:
- Ausência de redução de 2 diluições nos testes não treponêmicos em 6 meses (sífilis recente) ou 12 meses (sífilis tardia).
- Aumento de 2 diluições ou mais (ex.: de 1:16 para 1:64).
- Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos.

Investigação de neurossífilis:
- Indicação: Casos de retratamento sem justificativa aparente (ex.: ausência de exposição recente).
- Em PVHIV: Realizar investigação com punção lombar em todos os casos de retratamento.

164
Q

Resumo abcesso hepatico
(UNICAMP 22)

A

Abscesso Hepático
Definição:
- Acúmulo localizado de pus no fígado, causado por infecção bacteriana (piogênico) ou parasitária (amebiano).

Etiologia:
- Piogênico: Bactérias como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus.
- Amebiano: Entamoeba histolytica.

Fatores de risco:
- Infecções intra-abdominais (ex.: apendicite, colangite, diverticulite).
- Diabetes mellitus, imunossupressão.
- Viagem ou residência em áreas endêmicas para amebíase.

Manifestações clínicas:
- Febre alta, dor no quadrante superior direito, hepatomegalia.
- Náuseas, vômitos, icterícia (raro).

Diagnóstico:
- Exames de imagem: Ultrassonografia ou tomografia computadorizada (lesões hipoecoicas ou hipodensas).
- Laboratório: Leucocitose, elevação de fosfatase alcalina (>70%) e transaminases.
- Bacteriano: Hemoculturas e culturas de material aspirado.
- Amebiano: Sorologia positiva para E. histolytica.

Tratamento:
- Piogênico:
- Antibioticoterapia empírica: Ceftriaxona + Metronidazol (ajustar conforme cultura).
- Drenagem percutânea em abscessos grandes ou refratários.
- Amebiano:
- Metronidazol 750 mg 3x/dia por 7-10 dias.
- Não há necessidade de drenagem na maioria dos casos.

Complicações:
- Ruptura do abscesso, sepse, peritonite.

Prevenção:
- Controle de infecções intra-abdominais.
- Higiene em áreas endêmicas para amebíase.

165
Q

TTO hepatite C resumo

A

Objetivo:
- Erradicação do vírus (RNA-HCV indetectável 12 semanas após o término do tratamento - SVR, resposta virológica sustentada).

Esquemas de tratamento:
- Baseados em Antivirais de Ação Direta (DAAs):
- Sofosbuvir + Velpatasvir: Pan-genotípico, indicado para todos os genótipos, duração de 12 semanas.
- Glecaprevir + Pibrentasvir: Pan-genotípico, duração de 8 semanas em pacientes sem cirrose.
- Elbasvir + Grazoprevir: Indicado para genótipos específicos, ajuste para genótipo 1 e resistência.

Duração:
- 8 semanas: Pacientes sem cirrose e carga viral baixa com Glecaprevir/Pibrentasvir.
- 12 semanas: Pacientes com cirrose compensada ou uso de Sofosbuvir/Velpatasvir.

Critérios de escolha:
- Avaliação do genótipo do HCV (se necessário).
- Presença de cirrose (compensada ou descompensada).
- Função renal (Atenção com Sofosbuvir em pacientes com ClCr < 30 mL/min).
- Coinfecções (ex.: HIV).

Monitoramento:
- Avaliar função hepática (ALT/AST), carga viral (HCV-RNA) e hemograma antes, durante e após o tratamento.
- Confirmar SVR (RNA-HCV indetectável) 12 semanas após o término.

Efeitos adversos:
- Cefaleia, fadiga, náuseas (geralmente leves).

Contraindicações:
- Uso concomitante de certos medicamentos (ex.: amiodarona com Sofosbuvir).

Prevenção de reinfecção:
- Educação sobre práticas seguras (ex.: evitar reutilização de agulhas).
- Rastreamento e tratamento de contatos.

166
Q

Resumo Mpox

A

Mpox (Monkeypox)

Agente etiológico:
- Vírus Monkeypox (MPXV), família Poxviridae, gênero Orthopoxvirus.

Transmissão:
- Contato direto com lesões cutâneas, fluidos corporais ou crostas de infectados.
- Gotículas respiratórias em contato próximo.
- Contato com materiais contaminados (roupas, lençóis).
- Animais infectados (zoonose).

Fatores de risco:
- Contato próximo com infectados.
- Relações sexuais sem proteção em surtos recentes.

Manifestações clínicas:
1. Período de incubação: 5-21 dias (média de 7-14 dias).
2. Fase prodrômica: Febre, linfadenopatia, fadiga, cefaleia, mialgia.
3. Fase exantemática:
- Lesões cutâneas em estágios evolutivos (mácula → pápula → vesícula → pústula → crosta).
- Distribuição: Face, extremidades, mucosas orais, genitais e perianais.
- Dolorosas inicialmente, podendo coçar durante a cicatrização.

Diagnóstico:
- Clínico (história epidemiológica e lesões típicas).
- Confirmatório: PCR para MPXV em amostras de lesões cutâneas.

Tratamento:
- Suporte (hidratação, controle da dor e febre).
- Antiviral Tecovirimat em casos graves ou imunossuprimidos.

Prevenção:
- Isolamento de infectados até completa cicatrização das lesões.
- Higiene das mãos e uso de EPIs em contatos diretos.
- Vacinação preventiva para grupos de risco (vacina JYNNEOS (pode ser usada em imunossupressos) ou ACAM2000).

Complicações:
- Infecção bacteriana secundária das lesões.
- Encefalite ou pneumonia (raros).

Prognóstico:
- Maioria dos casos autolimitados em 2-4 semanas.
- Mortalidade maior em crianças, imunossuprimidos e populações vulneráveis.

167
Q

aplicabilidade do LAM em TB

A

Antígeno Lipoarabinomanana (LAM)

Definição:
- Componente da parede celular do Mycobacterium tuberculosis (MTB), detectado na urina.

Indicações:
- Diagnóstico de TB ativa em pacientes com HIV (CD4 < 200 células/mm³).

Método:
- Teste Alere LAM: Rápido (15-30 min), não invasivo, detecta LAM na urina.

Vantagens:
- Simplicidade, utilidade em imunossuprimidos e áreas de baixa infraestrutura.

Limitações:
- Baixa sensibilidade em imunocompetentes.
- Não substitui cultura ou GeneXpert.

Uso:
- Diagnóstico e início precoce do tratamento em pacientes vulneráveis.

168
Q

TTO TB em gestantes

A
  • O tratamento da tuberculose em gestantes e puérperas segue as mesmas diretrizes para a população em geral.
  • Não há indicação de suspensão da amamentação. A mãe deve usar uma máscara N95 durante as mamadas e quando estiver em contato próximo com o bebê, especialmente até que se torne não contagiosa (geralmente após algumas semanas de tratamento efetivo).
169
Q

Resumo Gangrena Gasosa
(SES-DF 23)

A

Gangrena Gasosa

Definição:
- Infecção grave de tecidos moles, caracterizada por necrose tecidual e produção de gás, causada por Clostridium perfringens ou outras espécies anaeróbias.

Etiologia:
- Contaminação de feridas traumáticas ou cirúrgicas.
- Infecções espontâneas associadas a isquemia tecidual.

Manifestações clínicas:
- Dor intensa e edema progressivo no local.
- Crepitação à palpação devido ao gás nos tecidos.
- Secreção fétida, coloração escura ou bolhas na pele.
- Sintomas sistêmicos: febre, hipotensão, taquicardia, choque séptico.

Diagnóstico:
- Clínico (sinais locais e sistêmicos).
- Imagem (radiografia ou TC): Presença de gás em tecidos moles.
- Culturas microbiológicas para confirmação.

Tratamento:
- Desbridamento cirúrgico imediato: Remoção do tecido necrosado.
- Antibioticoterapia empírica:
- Penicilina G + Clindamicina (cobertura para anaeróbios e toxinas).
- Oxigenoterapia hiperbárica: Adjuvante em casos selecionados.

Complicações:
- Choque séptico.
- Disseminação da infecção.
- Amputação.

Prognóstico:
- Mortalidade alta sem tratamento precoce.

170
Q

Indicacoes TTO ambulatorial COVID

A

Tratamento Ambulatorial de COVID-19

Indicações:
- Pacientes com COVID-19 leve a moderado (sem hipóxia) e risco de progressão grave (idade avançada, comorbidades, estado imunológico, histórico de vacinação).

Não indicado para:
- Assintomáticos ou sintomáticos sem fatores de risco.

Opções de tratamento:
- Nirmatrelvir-ritonavir: Terapia preferencial para redução de hospitalização e mortalidade.
- Remdesivir: Alternativa para quem não pode usar nirmatrelvir-ritonavir, como inibidor da RNA polimerase.
- Baricitinibe: Indicado em pacientes com oxigênio de baixo fluxo que progridem, em combinação com dexametasona.
- Corticosteroides sistêmicos: Não recomendados para pacientes sem hospitalização ou uso de oxigênio.

Considerações:
- Avaliar riscos e benefícios com base no quadro clínico e fatores individuais do paciente.

171
Q

TB + TARV em PVHIV, como manejar

A

Início da Terapia Antirretroviral (TARV):
- CD4 < 50 células/mm³: Iniciar TARV o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 2 semanas após o início do tratamento para TB.
- CD4 ≥ 50 células/mm³: Iniciar TARV nas primeiras 8 semanas após o início do tratamento para TB.
- TB meningoencefálica: Considerar iniciar TARV entre 8 a 12 semanas após o início do tratamento para TB, devido ao risco de Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (IRIS).

Esquema preferencial de TARV:
- Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Efavirenz (EFV). Este esquema é preferido devido à **menor interação com Rifampicina. **

Interações medicamentosas:
- A Rifampicina pode reduzir a eficácia de alguns antirretrovirais, especialmente inibidores de protease. O uso de Efavirenz é preferível devido à menor interação.

ou seja:
- HIV + TB: Aguardar 8 semanas para início da TARV (2 semanas se CD4 < 50).
- Sem critérios de gravidade: Tenofovir, Lamivudina + Efavirenz.
- Com critérios de gravidade, qualquer dos (CD4 < 100, presença de outra infecção oportunista, necessidade de internação ou TB disseminada): Tenofovir + Lamivudina + Raltegravir.

172
Q

Profilaxia antirrábica
(SMS-SP 22)

A
  • Para pacientes que tiveram exposição de risco à raiva (em geral mordedura por mamíferos silvestres), recomenda-se a profilaxia pós-exposição (Grau 1A de evidência).
  • O regime utilizado para a profilaxia pós-exposição depende do histórico de imunização anterior do paciente e do estado imunológico:
    • Não previamente vacinados: Imunoglobulina no dia 0 + vacina IM nos dias 0, 3, 7 e 14.
    • Previamente vacinados: A imunoglobulina não está indicada e a vacina deve ser administrada IM nos dias 0 e 3.
173
Q

Triagem e DDX Hepatite C

A

A triagem inicial para HCV inicia-se com a dosagem de anticorpos. Para a maioria dos pacientes, um teste negativo indica que o paciente não tem infecção crônica pelo HCV. Um teste de anticorpo reativo ou indeterminado deve ser seguido pela dosagem do RNA-HCV (PCR para HCV). Se o RNA do HCV for detectado, o diagnóstico é confirmado. Se não for detectado, então o anticorpo positivo provavelmente representa uma infecção anterior pelo HCV que foi posteriormente eliminada ou um teste de anticorpos falso-positivo.

174
Q

Colaterais Isoniazida

A
  • Eventos adversos neurológicos: A isoniazida pode causar neuropatia periférica, parestesias e ataxias, especialmente em pacientes com fatores de risco (HIV, insuficiência renal, diabetes, hepatopatias, álcool, desnutrição, crianças, idosos, gestantes). **Prevenção: uso de piridoxina (vitamina B6). **
  • Hepatotoxicidade: Relacionada a metabólitos da isoniazida, ocorre mais em pacientes com variações genéticas que afetam a metabolização. Geralmente, aparece nos primeiros dois meses de tratamento.
  • Outros efeitos: Artralgias, erupções cutâneas, distúrbios gastrointestinais e diarreia (associada à formulação líquida).
175
Q

Colaterais RIPE

A

Rifampicina (R):
- Hepatotoxicidade.
- Febre, exantema (reações alérgicas).
- Coloração avermelhada de urina, lágrimas e outras secreções.
- Interações medicamentosas (indução enzimática).

Isoniazida (I):
- Hepatotoxicidade.
- Neuropatia periférica (prevenção com piridoxina - vitamina B6).
- Reações cutâneas.

Pirazinamida (P):
- Hepatotoxicidade.
- Hiperuricemia (risco de gota).
- Artralgias.

Etambutol (E):
- Neurite óptica (alteração na visão de cores, especialmente vermelho e verde).
- Risco maior com doses elevadas ou uso prolongado.

176
Q

Manejo TB em paciente com doenca hepatica

A

Pacientes com doença hepática prévia:
- Sem cirrose:
- TGO/TGP > 5x LSN: Substituir por 9 meses de Rifampicina, Etambutol e Levofloxacino ou 5 meses de Capreomicina, Etambutol, Levofloxacino / 7 dias por semana de Levofloxacino.

  • TGO/TGP ≤ 5x LSN: Manter Esquema Básico.
  • Com cirrose:
    • Usar 5 meses de Capreomicina, Etambutol e Levofloxacino / 7 dias por semana de Levofloxacino.

Pacientes sem doença hepática prévia:
- TGO/TGP ≥ 5x LSN (assintomáticos):
- Interromper tratamento. Monitorar função hepática (cada 3-7 dias) até normalização.
- Reintroduzir esquema (Rifampicina e Etambutol → Rifampicina, Etambutol e Isoniazida → Rifampicina, Etambutol, Isoniazida e Pirazinamida) ou iniciar Esquema Especial.

  • TGO/TGP ≥ 3x LSN (sintomáticos, com icterícia):
    • Interromper tratamento e monitorar.
  • Casos graves de TB ou hepatotoxicidade persistente (> 4 semanas):
    • Iniciar 5 meses de Capreomicina, Etambutol e Levofloxacino / 7 dias por semana de Levofloxacino.
177
Q

TTO e inicio de TARV pneumocistose
(USP-RP 22)

A

Tratamento da Pneumocistose:
- Primeira escolha: Sulfametoxazol + Trimetoprima (SMX-TMP) por 21 dias.
- Alternativas:
- Pentamidina IV.
- Clindamicina + Primaquina.
- Atovaquona (para casos leves/moderados).

Corticosteroides (se PaO₂ < 70 mmHg):
- Prednisona:
- Dias 1-5: 40 mg 2x/dia.
- Dias 6-10: 40 mg 1x/dia.
- Dias 11-21: 20 mg 1x/dia.

Início da TARV:
- Iniciar após 2 a 4 semanas do tratamento da pneumocistose.
- Esquema preferido: Tenofovir + Lamivudina/Emtricitabina + Dolutegravir.

178
Q

Conduta diante de TRM-TB positivo com resistencia a rifampicina e baciloscopia negativa
(UNIFESP 22)

A

Repetir TRM-TB

179
Q

Doencas causadas por bacterias espiroquetas

A

Lyme, Leptospirose e sifilis

180
Q

Reação de Jarisch-Herxheimer
(USP 22)

A
  • Definição: Reação inflamatória aguda após o início de antibióticos, especialmente em infecções por espiroquetas (ex.: sífilis, leptospirose).
  • Causa: Liberação de endotoxinas e produtos bacterianos devido à morte rápida das bactérias.
  • Sintomas: Febre, calafrios, mialgia, cefaleia e exacerbação das lesões cutâneas (em sífilis secundária).
  • Início: Nas primeiras 24 horas após o início do tratamento.
  • Condições associadas: Sífilis (mais comum), leptospirose, borreliose de Lyme, febre recorrente.
  • Manejo:
    • Reação autolimitada (resolve em 24-48 horas).
    • Sintomáticos: Antitérmicos e hidratação.
    • Não suspender o antibiótico.
  • Importante: Monitorar pacientes graves, como gestantes ou com neurossífilis, devido ao risco de complicações.
181
Q

DDX Mpox
(SURCE 23)

A

A mpox é uma infecção viral transmitida por meio do contato íntimo com as lesões. O diagnóstico é realizado através de técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) para DNA de orthopoxvírus em raspados das lesões.

182
Q

Indicacoes de profilaxia reativacao HBV em pacientes imunossupressos
(USP-SP 20)

A
  • Risco Alto (HBsAg+ ou HBsAg-/anti-HBc+):
    • Indicações: Quimioterapia, imunossupressores (ex.: anti-CD20, anti-CD52), transplantes.
    • Conduta: Profilaxia antiviral obrigatória.
  • Risco Moderado:
    • Indicações: Uso isolado de anti-TNF, baixas doses de esteroides, transplantes, ou quimioterapia para tumores sólidos.
    • Conduta: Profilaxia ou terapia preemptiva.
  • Risco Baixo:
    • Indicações: Esteroides isolados por poucos dias.
    • Conduta: Não requer profilaxia.
  • Monitoramento (se não houver profilaxia):
    • Acompanhar carga viral do HBV e ALT a cada 1-3 meses.
    • Critérios de reativação: Aumento ≥2 log na viremia basal, surgimento de HBV-DNA positivo ou HBsAg positivo.
  • Tratamento:
    • Drogas de escolha: Entecavir ou tenofovir.
    • Duração: Pelo menos 6 meses após fim da terapia imunossupressora ou indefinido em casos como transplantes.
183
Q

Liquor Neurossifilis

A

Achados no líquor na neurossífilis
- Pleocitose linfocitária: ≥5 células/mm³ (≥20 células/mm³ em HIV).
- Proteínas elevadas: >40 mg/dL.
- VDRL positivo: Específico, mas sensibilidade baixa.
- FTA-ABS no líquor: Sensível, menos específico.
- Pressão de abertura: Normal ou levemente elevada.

184
Q

PrEP =

A

Tenofovir + Entricitabina

185
Q

Analise do liquido pleural em TB pleural

A

Análise do líquido pleural na tuberculose:

  • Características: Exsudato, predomínio linfocítico.
  • Glicose: Pouco consumida, geralmente 60-100 mg/dl.
  • LDH: Elevado na maioria dos casos, > 500 UI/L.
  • ADA: > 45 a 60 mg/dl é muito sugestivo de tuberculose.
  • Cultura para micobactérias: Geralmente negativa no líquido pleural; a biópsia pleural sensibiliza o diagnóstico.
186
Q

DDX Neurossifilis

A
  1. História clínica e sintomas neurológicos:
    • Cefaleia, rigidez de nuca, déficits neurológicos focais, alteração do nível de consciência ou convulsões.
    • Alterações neuropsiquiátricas, como confusão mental ou alteração de comportamento.
  2. Exames complementares:
    • Exame do líquor (LCR):
      • Pleocitose linfocítica (>5 células/mm³).
      • Aumento da proteína (>40 mg/dL).
      • VDRL no LCR positivo (altamente específico, mas pouco sensível).
    • Testes adicionais no LCR:
      • FTA-Abs ou TPHA no LCR (sensível, mas não específico).
      • PCR para Treponema pallidum (útil em casos específicos).
  3. Interpretação diagnóstica:
    • Diagnóstico baseado em:
      • Clínica sugestiva e
      • Alterações do LCR e
      • Teste treponêmico positivo no soro ou no LCR.
    • VDRL positivo no LCR confirma o diagnóstico, mas sua ausência não descarta.
  4. Populações especiais:
    • Indicação de punção lombar em:
      • Sífilis ocular ou otológica.
      • Falha terapêutica (queda insuficiente de títulos não treponêmicos).
      • Sífilis tardia ou latente com suspeita neurológica.

Nota:
- Sempre correlacionar os achados laboratoriais com a clínica.
- Em casos de dúvida, considerar reavaliação após tratamento.

187
Q

Doenca de Poncet é:

A

Polissinovite aguda e simétrica de pequenas e grandes articulações periféricas relacionada à TB.
Não necessariamente consigo isolar BK nas articulações. Melhora com o tratamento de TB. É uma condição rara, mas HIV é fator de risco.

188
Q

Causas de PPD falso negativo

A

Falsos negativos → quando o indivíduo não tem imunidade celular (CD4 < 350, tuberculose grave disseminada, idosos, desnutridos, neoplasias, uso de imunossupressores, etc.)

189
Q

Indicacoes de tratamento para Hepatite B cronica

A
  • Alto risco de carcinoma hepatocelular
  • Manifestação extra-hepática
  • AgHBE (+) com > 30 anos ou aumento de TGO/TGP
  • Mutante pré-core
  • Todo imunossuprimido com contato prévio
  • Quem vai usar rituximab e tem contato prévio
190
Q

como definir Hepatite B cronica e quando indicar tratamento

A
  • A infecção crônica pelo HBV é definida pela persistência do HBsAg reagente por período igual ou superior a 6 meses;
  • Pacientes com HBV-DNA ≥ 2.000 UI/mL, independentemente do status do HBeAg e níveis de ALT elevados (≥ 52 U/L para homens e ≥ 37 U/L para mulheres) em duas medidas consecutivas, com intervalo mínimo de 3 meses entre elas, devem ser tratados.
191
Q

Tratamento Hepatite C

A
  • Se anti-HCV positivo, dosar HCV-RNA. Se CV positiva, iniciar TTO:
    -O esquema terapêutico recomendado para pacientes sem tratamento prévio é Sofosbuvir + Velpatasvir por 12 semanas para pacientes sem cirrose ou cirrose CHILD A e para CHILD B ou C o mesmo esquema por 24 semanas ou por 12 semanas se associado à Ribavirina.