H1V 02 Flashcards
- Qual a indicação, o método e a periodicidade para screening de neoplasia da mama?
Indicada para mulheres entre 50- 69 anos, através da mamografia a cada 02 anos.
- Qual a indicação, o método e a periodicidade para screening de neoplasia de colo uterino?
-A investigação está indicada para a mulher sexualmente ativa. É feita através do Papanicolaou vaginal (“preventivo”), Sendo semestral no 1º ano e, se normal, manter seguimento anual. Se CD4 < 200 repetir a cada seis meses até normalização imunológica.
Exame alterado indica a realização de colposcopia.
- Qual a indicação, o método e a periodicidade para screening de neoplasia de canal anal?
- Indicada para pacientes que realizam sexo anal receptivo, ou com história de HPV, ou histologia de Vulva ou cervical anormal.
É feita através de toque retal + Papanicolaou anal, deve ser feita anualmente (realizar anuscopia se citologia alterada).
- Qual a indicação, o método e a periodicidade para screening de neoplasia do fígado?
Indicada na presença de cirrose hepática ou HBsAg+. A investigação é feita por Alfafetoproteína sérica + USG hepática e deve ser reaizada a cada 06 meses.
- Quais os cuidados indicados ao casal sorodiscordante que deseja a reprodução para torna-la possível sem transmissão do vírus?
- Indivíduos HIV+ em uso de TARV, assintomáticos, com carga viral indetectável e sem outras infecções sexualmente transmissíveis podem levar uma vida sexual e reprodutiva ativa, se assim o desejarem, mesmo em parcerias sorodiferentes, através da Prevenção combinada que conjulga ações preventivas e individualizadas para impedir a transmissão do vírus. As medidas da Prevenção Combinada são:
(1) uso correto da TARV por parte da pessoa infectada, mantendo a carga viral persistentemente indetectável;
(2) uso de preservativos (masculino e/ou feminino) nas relações sem intenção reprodutiva;
3) uso de profilaxia pré ou pós-exposição pela parceria sorodiferente;
(4) TARV adequada durante a gestação e parto nas gestantes soropositivas;
5) não amamentação por gestantes soropositivas;
6) uso de drogas ARV pelo recém-nascido verticalmente exposto;
O risco de transmissão do vírus no casal sorodiscordante, onde o individuo infectado usa adequadamente a TARV, tem carga viral indetectável e ausência de DSTs é insignificante, não há relatos desse acontecimento até o momento.
- Quais as considerações sobre os métodos contraceptivos e o HIV?
- Métodos hormonais (orais ou parenterais) não são contraindicados: avaliar a possibilidade de interações medicamentosas com a TARV em uso.
- DIU (Dispositivo Intrauterino), e ligadura de trompas: não é contraindicado, porém, o ideal é que a paciente esteja imunologicamente estável para poder utilizá-los (ex.: CD4 > 350 em uso de TARV).
O único método contraceptivo que deve ser evitado em relações sorodiferentes é o diafragma vaginal com gel espermicida, pois provoca fissuras na parede vaginal, abrindo “portas de entrada” que aumentam a chance de transmissão do HIV e outras DST.
- Quais as estratégias para “Concepção Segura” em Pessoas Vivendo com HIV?
Mulher HIV+ e Homem HIV- (menor risco de transmissão para o homem):
- Relação sexual com preservativo sem espermicida durante o período fértil do ciclo menstrual.
- Coletar o sêmen com seringa logo após a ejaculação.
- Introduzir a seringa no ponto mais alto do canal vaginal e inocular o sêmen.
- Repetir o procedimento diariamente durante o período fértil.
Mulher HIV – Homem HIV+ CONCEPÇÃO NATURAL PLANEJADA
- Relação sem preservativo somente durante o período fértil da mulher.
- O homem deve estar em uso de TARV com CV indetectável nos últimos seis meses.
- Ambos devem estar livres de DST.
- O homem não deve ter práticas sexuais de risco com outras parcerias.
- Cumpridos os requisitos acima, utiliza-se a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) na mulher.
Mulher HIV+ e Homem HIV+ CONCEPÇÃO NATURAL PLANEJADA
- Ambos devem estar em uso de TARV com CV indetectável e livres de outras DST.
- Explique a Sd da reconstituição imune:
Ocorre em alguns pacientes após o uso da TARV, onde há redução da carga viral, melhora na contagem de células TCD4, com resposta inflamatória em alguns órgãos e pode cursar inevitavelmente com manifestações como: linfadenite, hepatite, pneumonite e aumento da PIC. Dessa forma pode haver piora “paradoxal” de uma doença previamente diagnosticada, manifestação de uma infecção ou neoplasia até então mascarada ou mesmo manifestação clinica de doença autoimune latente. Quanto mais baixo for o nível prévio de CD4, maior será o risco de SRI após o início ou mudança da TARV.
- Como é feito o diagnostico da Sd. da reconstituição imune e quais podem ser os sinais dela?
-O diagnostico é clínico.
-A CD é o tto das doenças oportunistas sem interromper a TARV, essa medida está recomendada apenas em casos graves;
-Medicamentos sintomáticos para reduzir o processo inflamatório – como os AINE – podem ser utilizados, sendo que nos casos mais graves a corticoterapia em doses imunossupressoras (ex.: prednisona 1-2 mg/ kg/dia, por uma a duas semanas) pode vir a ser necessária.
São critérios de suspeição da síndrome:
1. Piora de uma doença diagnosticada ou surgimento de novas manifestações clínicas após início ou modificação da TARV.
2. CD4 < 100 antes do início ou modificação da TARV.
3. Surgimento dos sinais e sintomas entre 4 a 8 semanas após início ou modificação da TARV.
4. Ocorrência de resposta satisfatória à TARV (queda da carga viral, aumento do CD4).
5. Exclusão de falha terapêutica, efeito colateral da TARV ou superinfecção.
- Nos EUA a genotipagem viral pré tto é rotina, isso não ocorre no Brasil, pois o MS afirma carência de evidências. Quando indicar, no Brasil, a genotipagem pré – TARV?
-1. Pessoas que se infectaram com parceiro em uso atual ou prévio de TARV. 2. Gestantes HIV+. 3. Crianças e Adolescentes HIV+. 4. Coinfecção HIV-TB.
- Quais as vantagens do inicio precoce da TARV?
- Diminuição do risco cardiovascular que está aumentado em pacientes com HIV com replicação viral ativa, que ativa a resposta imune e inflamatória, independentemente da contagem de CD4;
- Torna a carga viral indetectável, diminuindo o risco de transmissão nas parcerias sorodiscordantes;
- Aquisição de expectativa de vida igual à da população geral;
- Quando deve ser iniciada a TARV?
Deve ser iniciada em todo paciente com confirmação de infecção pelo vírus, no entanto é preciso ter em mente que isso não é “obrigatório” ou seja, temos que considerar a peculiaridade e a motivação do paciente para iniciar a terapia, o que vai interferir na adesão de uma medicação que deve ser tomada para a vida toda.
Os pacientes com priorização para inicio precoce de TARV são:
-Presença de sintomas (doença definidora de
Aids, sinais de imunodepressão moderada)
-Nefropatia/cardiomiopatia/alterações neurocognitivas associadas ao HIV).
• CD4 < 350.
• Gestante.
• TB ativa: em qualquer forma, mesmo pulmonar, indica comprometimento da imunidade.
• Coinfecção HBV ou HCV;
• Risco cardiovascular elevado (> 20% pelo escore de Framingham).