DOENÇA DE CHAGAS - MC Flashcards

1
Q
  1. Qual o agente etiológico, o vetor, os reservatórios e o modo de transmissão da Doença de Chagas?
A

O agente é o Trypanossoma cruzy, descrito pela primeira vez em MG. O vetor é o triatomíneo, Triatoma infestans, popularmente conhecido como barbeiro, chupão, chupança, fincão ou procotó além de outras duas espécies, o Rhodnius e Panstrongylus que são muito semelhantes ao barbeiro, tanto a fêmea quanto o macho são hematófagos e podem infectar o humano. Os reservatórios: Centenas de espécies de mamíferos (silvestres e domésticos) como quatis, gambás e tatus, que se aproximam de casas no meio rural (galinheiros, currais, depósitos), e na periferia das cidades, e algumas espécies de morcegos, por compartilharem ambientes comuns ao homem e animais domésticos. A competência do reservatório é garantida pela presença de parasitos no sangue periférico em quantidade suficiente para infectar o vetor. Animais sem esse potencial são chamados de sentinelas e servem para indicar a instalação de um ciclo num dado local. O modo de transmissão: Vetorial: através do contato da pele (local da picada ou lesões escoriativas) ou mucosa humana com as fezes contaminadas do Triatoma. Vertical: pela via transplacentária durante toda a gestação e especialmente no 3º trimestre, ou no momento do parto, estando a gestante em fase aguda ou crônica da doença, através da lactação em fase aguda e fissuras na mama em fase crônica. Gastrintestinal: por alimentos contaminados pelas fezes ou pelo triatomíneo, pela não adesão aos hábitos de higienização dos alimentos. Transfusional: principalmente em países em que a doença não é endêmica, já que o Brasil tem otimizado seus serviços de hemoterapia. Transplante de órgãos Acidentes laboratoriais

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2
Q
  1. Qual o ciclo da doença?
A

O ciclo se resume em:

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3
Q
  1. Sabe-se que a Doença de Chagas pode manifestar-se na fase aguda e na fase crônica, quais os sistemas orgânicos que podem ser afetados nessas fases?
A

Pele

Sistema reticuloendotelial

Cardiovascular

Gastrintestinal

Nervoso

Forma crônica: passada a fase aguda, se não for realizado tratamento clínico específico ocorre redução da parasitemia e passagem para a fase crônica.

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4
Q

Quais os sintomas constitucionais da fase aguda?

A

Constitucionais: febre prolongada ou recorrente de 38-39º, podendo ser vespertina e durar até 3 meses, cefaleia, mialgias, astenia, diarreia, vômito, inapetência, prostração.. Nessa fase há positividade de Ac IgM, que dentro de 4 semanas serão convertidos em IgG.

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5
Q

Quais as possiveis manifestações cutâneas da Doença de Chagas?

A

Cutâneos: ocorrem quando houve transmissão vetorial, sendo sinal de Romanã (edema bipalpebral unilateral) ou chagoma de inoculação (lesão a furúnculo que não supura), edema de face ou membros inferiores, rash cutâneo

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6
Q

Quais as possiveis manifestações clínicas da Fase Aguda da Doença de Chagas?

A

Constitucionais: febre prolongada ou recorrente de 38-39º, podendo ser vespertina e durar até 3 meses, cefaleia, mialgias, astenia, diarreia, vômito, inapetência, prostração.. Nessa fase há positividade de Ac IgM, que dentro de 4 semanas serão convertidos em IgG. Cutâneos: ocorrem quando houve transmissão vetorial, sendo sinal de Romanã (edema bipalpebral unilateral) ou chagoma de inoculação (lesão a furúnculo que não supura), edema de face ou membros inferiores, rash cutâneo Sistema reticulo endotelial: hipertrofia de linfonodos, hepatomegalia,esplenomegalia, icterícia, edema de face e de membros e ascite Cardiovasculares: explica-se pela alta deposição do parasito nas fibras cardíacas, as quais se tornam vitimas do sistema imune, há edema e dissociação da disposição dessas fibrasque miocardite difusa, com vários graus de severidade, as vezes só identificada por eletrocardiograma ou eco-cardiograma. Pode ocorrer pericardite, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco, cardiomegalia, insuficiência cardíaca congestiva, derrame pleural. Gastrintestinais: ocorrem mais comumente na infecção por via digestiva, sendo: diarreia, vômito, lesão de mucosa gástrica, epigastralgia intensa e manifestações digestivas hemorrágicas (hematêmese, hematoquezia ou melena) Sistema nervoso: meningoencefalite que tende a ser grave e letal, ocorrendo em lactentes e por reativação em imunossuprimidos. Formas graves: há casos mais graves com fenômenos de enterite, abdome agudo, sangramento fecal, hepatite focal e choque. *a morbimortalidade é mais elevada na transmissão oral.

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7
Q

A forma crônica da Doença de Chagas pode ser sintomática ou assintomática, explique as duas formas…

A

Forma Indeterminada: ausência de qualquer sintoma, sorologia positiva, porém sem qualquer achado aparente de Chagas em exames cardiológicos ou gastrintestinais, pode permanecer assim ou evoluir em 10 anos para a forma gastrintestinal ou cardíaca, por isso, tendo sorologia positiva o paciente deve ser sempre acompanhado para rastreamento de uma possível evolução desfavorável. Forma crônica sintomática_ pode ser de cardiopatia ou gastrroenteropatia, como descrito abaixo, e se explica pela lesão autoimune ou mediada pelo parasito que afeta os plexos do sistema nervoso autônomo cardíaco ou digestivo. Nessa fase não se acham ninhos do tripanossoma, mas sim pontos cicatriciais de fibrose_

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8
Q

Explique as formas Cardiaca, Gastrintestinal e Mista da Doença de Chagas:

A

Cardíaca: geralmente desenvolve cardiopatia dilatada e ICC. As principais manifestações são palpitações, dor precordial, edemas, dispneia, dispneia paroxistica noturna, desdobramento ou hipofonese de segunda bulha, sopro sistólico.

Gastrintestinal: 10% evoluem para mesaesôfago e/ ou megacólon.

Forma mista: acometimento gastrintestinal e cardíaco.

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9
Q
  1. Quais os métodos diagnósticos da Tripanossomíase americana/ Doença de Chagas?
A

Fase aguda Métodos parasitológicos diretos Pesquisa do tripanossomatídeo: em coleta de sangue periférico, sendo ideal realizar a coleta dentro de até 30 dias do inicio dos sintomas e preferencialmente com o paciente em estado febril. Métodos de concentração: Strout,micro-hematócrito e creme leucocitário que permitem identificar o parasito passados até 30 dias do inicio dos sintomas. Lâmina corada de gota espessa ou de esfregaço – possui menor sensibilidade que os métodos anteriores *Recomenda-se a realização simultânea de diferentes exames parasitológicos diretos. Quando os resultados forem negativos na primeira coleta, devem ser realizadas novas coletas até a confirmação do caso e/ou desaparecimento dos sintomas da fase aguda, ou confirmação de outra hipótese diagnóstica. Métodos sorológicos Não são os mais indicados para detecção na fase aguda, mas podem ser solicitados em casos em que os testes parasitológicos foram negativos e ainda houver suspeita. São eles: -Hemaglutinação indireta (HAI); -Imunofluorescência indireta (IFI) -Método imunoenzimático (ELISA). -Detecção de anticorpos anti-T. cruzi da classe IgG, sendo coletadas duas amostras com 21 dias de intervalo entre si. -Detecção de anticorpos anti-T. cruzi da classe IgM, pode dar falso positivo e deve ser solicitado em casos de epidemiologia e estado clinico compatível com Doença de Chagas Aguda, na fase aguda tardia com outros exames já negativos -Hemocultura e Xenodiagnóstico: usados quando há resultados sorológicos inconclusivos ou para verificação de efeito terapêutico de fármacos tripanocidas A Reação de Machado-Guerreiro não é mais utilizada pelos laboratórios do SUS.

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10
Q

Quais os exames complementares em fase aguda e crônica suspeitas?

A

Exames complementares em fase aguda e crônica suspeitas • Hemograma Completo Com Plaquetas; • Urinálise (Eas); • Provas De Função Hepática; • Radiografia De Tórax; • Eletrocardiografia Convencional; • Provas De Coagulação (Ttpa); • Endoscopia Digestiva Alta; • Ecodopplercardiografia; • Exame Do Líquor; Fase crônica O diagnóstico é exclusivamente sorológico Para diagnóstico é necessário que pelo menos dois testes sorológicos sejam positivos, sendo preferencialmente o ELISA um deles. -Hemaglutinação indireta (HAI); -Imunofluorescência indireta (IFI) -Método imunoenzimático (ELISA).

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11
Q
  1. Qual o seguimento de exames parasitológicos e sorológicos na suspeita de DCA?
A

Seria:

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12
Q
  1. Em casos de testes parasitológicos agudos negativos deve-se fazer o seguimento sorológico. Como fazê-lo?
A

Seria:

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13
Q

Qual o DD da Doença de Chagas?

A

Para a fase aguda, devem ser considerados agravos como leishmaniose visceral, malária, dengue, febre tifoide, toxoplasmose, mononucleose infecciosa, esquistossomose aguda, infecção por coxsakievírus, sepse e doenças autoimunes. Também doenças que podem cursar com eventos íctero-hemorrágicos, como leptospirose, dengue, febre amarela e outras arboviroses, meningococcemia, sepse, hepatites virais, febre purpúrica brasileira, hantaviroses e rickettsioses.

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14
Q

Quais os critérios de cura da DCA?

A

Não há critérios bem estabelecidos, mas conforme o critério sorológico, a cura é a negativação sorológica. Recomenda-se realizar exames sorológicos convencionais (IgG) anualmente, por 5 anos, devendo-se encerrar a pesquisa quando dois exames sucessivos forem não reagentes.

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15
Q
  1. Qual o tratamento da Doença de Chagas?
A

Esse tratamento é específico para a fase aguda e costuma cursar com muitos efeitos adversos, devido a toxicidade da medicação. São eles prurido, formigamento, rash cutâneo, aumento das transaminases e fraqueza muscular. Na forma crônica da doença o acompanhamento se dá com o acréscimo de medicamentos para as comorbidades cardíacas, (antiarrítmicos e marcapasso) e gastrintestinais (cirurgias para inserção de próteses esofágicas, remoção de segmentos e dilatação de cardia, esse ultimo para remediar os vômitos tardios).

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16
Q
A