Fases do Parto e Distócias Flashcards
Distócia de parto: fase ativa prolongada, definição e causa:
Dilatação cervical <1cm/h (ultrapassa linha de alerta)
Causada por distócia uterina
Distócia de parto: parada secundária da dilatação, definição e causa:
Dilatação mantida por 2 toques consecutivos (intervalo de 2h) ultrapassando linha de alerta
Causa: DCP ou apresentação anômala (transversa, posterior, deflexão)
Distócia de parto: periodo pélvico prolongado, definição e causa:
Descida da apresentação progressiva mas lenta no período expuslivo
Causas: DCP ou apresentação anômala
Distócia de parto: parada secundária da descida, definição e causa:
Dilatação completa + descida parada por 2 toques consecutivos (intervalo de 1 hora)
Causas: DCP, distócia funcional (contração não efetiva)
Periodos do TP:
- Dilatação
- Expulsivo
- Secundamento
- Greenberg (hora de ouro dos riscos do pós parto)
Pródromo de TP:
Contrações dolorosas e incoordenadas
Não levam à dilatação progressiva do colo
Antecede dias/semanas o TP
Descida do fundo (barriga baixa)
Perda do tampão mucoso (“corrimento”)
Anteriorização e amolecimento do colo
Não internar! Aguardar entrar em TP
Periodo de dilatação, definição e conduta (5):
Bolsa das águas (bolsa exteriorizando)
Dilatação progressiva (reavaliar em 2 horas)
- Deambular
- Toque a cada 2h
- Monoitorização: BCF (30/30 min baixo risco; 15/15 min alto risco)
- Analgesia: não fármaco (banho); peridural
- SV maternos, ortostase, dieta leve, acompanhante
*Não se faz amniotomia de rotina
*Baixo risco não faz CTG (aumenta numero de cesárea)
TP =
TP = contrações frequentes, ritmicas, progressivas que dilatam o colo
dilatação >6 cm
Fase ativa
>6 cm! (1cm/h) com contrações efetivas e regulares
Depende mais da velocidade do que do número absoluto
Quando realizar amniotomia?
Corrigir distócias funcionais (estimular contratilidade uterina)
Parto instrumental e saber variedade de posição
Quando fazer analgesia peridural e qual seu risco?
Apenas na fase ativa (velocidade 1cm/h progressiva)
Quando a paciente pedir
Pode corrigir distócias funcionais (ajuda no período de dilatação)
*Pode prolongar o periodo expulsivo
Período expulsivo, definição:
Dilatação total:
Período expulsivo, definição e tempo médio:
Dilatação total
Tempo médio: 50min primiparas, 20 min multíparas
Periodo expulsivo prolongado, definição e conduta:
Primiparas >2h
Multiparas >1h
*Se analgesia adicionar 1h (3h primi e 3h multi)
Monitorização mais frequente que dilatação:
15/15 min em baixo risco; 5/5 min em alto risco (BCF intermitente)
Período expulsivo, analgesia:
Se não foi feita peridural na dilatação, fazer:
1. Bloqueio pudendo bilateral (palpar espinhas isquiáticas), pode usar para fazer episiotomia também
Período expulsivo, proteção do períneo:
Evita lacerações graves
- Manobra de Ritgen (segurar o períneo - deflexão controlada)
- Rtirar circular de cordão
- Episiotomia (cada vez menos usada) - considerar se
parto instrumental (fórceps)
SFA
Distócia de ombros
*Não pode fazer pressão no fundo (risco de lesão de órgãos abdominais e laceração)
Período expulsivo, proteção do períneo:
Evita lacerações graves
- Manobra de Ritgen (segurar o períneo - deflexão controlada)
- Rtirar circular de cordão
- Episiotomia (cada vez menos usada)
*Não pode fazer pressão no fundo (risco de lesão de órgãos abdominais e laceração)
Episiotomia quando, qual tipo e quais músculos?
Episiotomia (cada vez menos usada) - considerar se
- Parto instrumental (fórceps)
- SFA
- Distócia de ombros
- Abreviar período expulsivo
**Médio-lateral DIREITA (risco maior de sangramento, menos risco de lesão anal)
Episio mediana tem risco de laceração grave
Músculos: mm. Bulbo cavernoso - mm. Transverso do períneo (incisão pequena)
Episiorrafia ordem:
- Fechar primeiro mucosa vaginal com pontos ancorados
- Reaproximar músculos Bulbo cavernoso e Transverso superficial ponto simples
- Aproximar pele
Mucosa → Musculatura → Pele
*Se esfíncter envolvido, ele é prioridade. Começar pelo esfíncter.
*Se mucosa retal é envolvida, ela é prioridade. Começar pela mucosa retal → esfíncter.
Riscos episiotomia:
- Expansão da lesão (laceração 3 e 4 graus) - maior se episio mediana
- Perda sanguinea
- Infecção
- Deiscência
Distócia de ombro, manobras:
Periodo expulsivo, saiu a cabeça mas o ombro travou
Manobras externas:
- Mc Roberts + pressão supra púbica: abdução e hiperflexão das coxas
- Rubin I: reduzir ombro (fletir) com pressão suprapúbica
*Episiotomia (considerar - para ter espaço para entrar com a mão e fazer manobras internas)
Manobras internas:
- Jaquemier (puxar braço posterior pelas articulações)
Rodar bebe:
- Woods (pressiona ombro posterior pela face ventral para liberar o ombro anterior) - deixar bebe transverso - faz a ABDUÇÃO do ombro anterior
- Rubin II (pressiona ombro anterior pela face dorsal para liberar ombro anterior) - faz a ADUÇÃO do ombro anterior
Reposicionar a mãe:
4. Gaskin (colocar mãe de 4 apoios)
- Zavanelli (reintroduzir cabeça do bebe e fazer parto cesáreo)
*Tempo de 30-60 seg para cada manobra
Período expulsivo, clampeamento do cordão:
Imediato: HIV, SFA, Rh - materno
Precoce (1min): ?
Tardio (3min ou ao cessar fluxo): rotina
Secundamento, definição e conduta (manobras):
Nascimento até expulsão placentária
Útero contrído abaixo da cicatriz umbilical
Conduta:
Tração controlada + Ocitocina 10UI IM indicação para todas.
*Fazer ocitocina após saída do ombro posterior
- > Tração controlada para baixo
- > Sinal de Fabre (tração perde resistência)
- > Sinal de Kustner: elevar útero (o cordão não se move)
- > Manobra de Harvey (pressão em hipogástrio)
- > Manobra Jacob Dublin (rodar placenta para evitar restos placentários)
Mecanismos de dequitação placentária:
A. Baudelocque Schultze -> descolamento central (mais comum - 85%) - sangramento após saída da placenta
B. Baudelocque Duncan -> descolamento lateral - prévio à saída da placenta
Duração normal do secundamento
- prolongado?
- quando intervir?
5-10 min
Prolongado se >30 min
Intervenção se >60 min (risco de hemorragia)
*Evitar tração intempestiva (risco de rotura de cordão e inversão uterina)
Retenção placentária, definição e conduta:
Secundamento >60 min
Extração manual sob anestesia (curagem)
*As vezes precisa de curetagem após
4o periodo (Greenberg), definição, 4 tempos de hemostasia e riscos:
1a hora pós parto
- Miotamponamento (contração de vasos - ligaduras de Pinard)
- Trombotamponamento
- Indiferença miouterina
- Contração uterina fixa
Risco de hemorragia pós parto
Sangramento no 1o tempo do 4o período:
Problema na contração uterina:
- Taquitócito (utero cansado)
- Uso excessivo de ocitocina (receptores saturados)
Sangramento no 2o e 3o tempos do 4o período:
Trombofilias
Sangramento no 4o tempo do 4o período:
Qualquer coisa pode causar (contração uterina fixa)
Jejum, punção venosa e puxos - obrigatórios no parto?
Não!
.1 Dieta leve
- Única medicação obrigatória no parto é ocitocina IM após saída do ombro posterior
- Puxos geralmente quando realizada peridural (coordenar paciente), não é sempre
CTG é indicada em risco habitual?
Não!
Contraindicado porque aumenta o número de cesareanas
Quando indicar CTG:
Distúrbio da evolução (desaceleração na ausculta, mecônio, dilatação demorada)
*Pode fazer no periodo expulsivo no alto risco, mas a recomendação é ausculta intermitente do BCF
Abrir partograma apenas na:
Fase ativa do Trabalho de Parto
*não abrir na fase latente
Primerio período (dilatação), tipos de distócias:
Fase ativa prolongada
Parada secundária da dilatação
Parto taquitócito (4h de TP)
Segundo período (expulsão), tipos de distócias:
*dilatação total sempre
Periodo Pelvico Prolongado
Parada secundária da descida
Fase ativa prolongada, definição, causa e conduta:
Velocidade <1 cm/h
Geralmente distócia funcional (hipoatividade uterina)
Conduta:
- Deambulação
- Amniotomia
- Ocitocina
Parada secundária da dilatação, definição, causa, conduta:
Dilatação parada por 2 horas com parada da dilatação
- *Causas:**
1. Contração ineficaz
2. DCP (deflexões, transverso, posterior) - *Conduta:**
1. Verticalizar paciente
2. Analgesia
3. Peridural
4. Cesárea se DCP verdadeira (não resolve) ou SFA
Parto taquitócito, definição, riscos, causas:
Entre fase ativa e expulsão fetal < 4 horas
Riscos:
- SFA (hipofluxo placentário)
- Laceração de trajeto
- Hemorragia pós parto por fadiga e atonia uterina
Causas:
- Iatrogenia
Período Pélvico Prolongado, definição:
*Dilatação total
Descida arrastada, velocidade baixa do periodo expulsivo:
- Primiparas: >2 horas
- Multiparas: >1 hora
- Analgesia: adicionar +1 hora
Causas:
- Contrações ineficazes (hipocontratilidade uterina)