Extinção da Punibilidade Flashcards

1
Q

O que é a extinção da punibilidade?

A

A extinção da punibilidade é o desaparecimento da pretensão punitiva ou executória do Estado, em razão de específicos obstáculos previstos em lei.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O rol de causas extintivas da punibilidade previstas no Código Penal é taxativo ou exemplificativo? Explique.

A

O rol do art. 107, do Código Penal, é meramente exemplificativo, uma vez que existem outras causas previstas na parte especial e, também, em leis extravagantes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais causas extintivas da punibilidade se comunicam?

A

Perdão para quem o aceitar, abolitio criminis, decadência, perempção, renúncia ao direito de queixa, retratação no crime de falso testemunho.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais causas extintivas da punibilidade não se comunicam?

A

Morte do agente, perdão judicial, graça, indulto, anistia, retratação do querelado na calúnia ou difamação, prescrição.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um afeta o outro? Explique.

A

Pode ocorrer a extinção da punibilidade de um determinado crime, sem afetar um outro interligado a ele.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Relacione, a extinção da punibilidade antes e depois do transito em julgado com a extinção pretensão punitiva ou executória do Estado.

A

Quando a causa de extinção da punibilidade ocorre antes de trânsito em julgado, atinge-se o direito de punir do Estado. Se ocorrer depois do trânsito em julgado, extingue-se a pretensão executória do Estado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

No caso de extinguir a punibilidade antes do trânsito em julgado, subsistem os efeitos da sentença condenatória? E se for depois do trânsito em julgado?

A

Quando a causa de extinção da punibilidade ocorre antes de trânsito em julgado, não persiste qualquer efeito do processo ou da sentença condenatória eventualmente proferida. Se ocorrer depois do trânsito em julgado, remanesce os efeitos secundários da sentença condenatória.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Em relação a extinção da punibilidade pela morte do agente, como esta se dá no caso de morte presumida por ausência?

A

Em relação à morte presumida por ausência, existe divergência doutrinária. Alguns sustentam que, declarada a morte no campo civil, pode-se aproveitar tal decreto no contexto criminal, extinguindo-se a punibilidade. Outros, no entanto, aceitam somente a certidão de óbito para a extinção.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Em relação a extinção da punibilidade pela morte do agente, no caso de certidão de óbito falsa, é possível haver a reinauguração da demanda penal? Explique.

A

A maioria da doutrina posiciona-se no sentido de que não é possível reinaugurar a demanda penal, uma vez que inexiste no direito brasileiro a revisão pro societate. Então, neste caso, cabe ao réu, no máximo, ser punido pela falsidade.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

O que é a anistia? Como é concedida?

A

É a declaração, pelo Poder Público, de que determinados fatos se tornam impuníveis por motivo de utilidade social. É concedida através de lei editada pelo Congresso Nacional e é relacionado ao fato, e não a pessoa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Com a extinção da punibilidade pela anistia subsistem os efeitos secundários da condenação?

A

Com a anistia extingue-se a ação e a condenação, sem deixar efeitos secundários, mas não atinge os efeitos civis (efeito ex tunc).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

O que é a graça (indulto individual)? Como é concedida?

A

É a clemência destinada a uma pessoa determinada. É concedida pelo Presidente da República, dentro da sua avaliação discricionária, não sujeita a qualquer recurso. Precisa de uma sentença condenatória transitada em julgado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

O que é a comutação?

A

A comutação é a graça ou indulto parciais, ou seja, que atingem apenas alguns aspectos da condenação. Este não extingue a punibilidade.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Como o condenado faz para conseguir graça?

A

Pode ser provocada por petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público, do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Com a extinção da punibilidade pela graça subsistem os efeitos secundários da condenação?

A

Sim. A graça apaga somente os efeitos executórios da condenação, mas não os secundários.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

O que é o indulto coletivo?

A

É a clemência destinada a um grupo de sentenciados, tendo em vista a duração das penas aplicadas, podendo exigir requisitos subjetivos e objetivos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Com a extinção da punibilidade pelo indulto coletivo subsistem os efeitos secundários da condenação?

A

Nos termos da súmula 631 do STJ, uma vez concedido, serve para extinguir os efeitos principais da sentença condenatória, mas não os secundários, salvo se o Decreto assim o autorizar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

O condenado em gozo de sursis pode ser beneficiado com o indulto coletivo?

A

Sim.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O beneficiário pode recusar o indulto coletivo?

A

Somente pode haver recusa por parte do beneficiário caso o indulto seja condicionado.

20
Q

O decreto de indulto coletivo do Presidente já extingue a punibilidade por si só? Explique.

A

O decreto de indulto do Presidente não produz efeito por si mesmo, deve ser analisado pelo juiz da execução penal, que tem competência para decretar extinta a punibilidade do condenado, se for o caso. Deve haver avaliação judicial do preenchimento das condições objetivas e subjetivas, ouvindo-se o Ministério Público.

21
Q

A pena de multa pode ser indultada?

A

A pena de multa pode ser indultada, desde que não supere o valor mínimo para inscrição de débitos na Dívida Ativa da União.

22
Q

O que é a decadência?

A

É a perda do direito de ingressar com a ação privada ou de representação por não ter sido exercido no prazo legal de 6 meses.

23
Q

O que é a perempção?

A

É uma sanção processual pela inércia do particular na condução da ação penal privada, impedindo-o de prosseguir na demanda. É instituto aplicável apenas à ação penal privada exclusiva e não na subsidiária da pública.

24
Q

Quais são as hipóteses que geram perempção?

A

Deixar de promover o andamento do processo por 30 dias seguidos; falecendo o querelante, os sucessores não prosseguirem com o processo no prazo de 60 dias; o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a ato processual que deva estar presente; o querelante for pessoa jurídica que se extingue e não deixa sucessor.

25
Q

O que é a renúncia?

A

É a desistência da propositura da ação penal, ou seja, ocorre antes do ajuizamento da ação.

26
Q

A renúncia em relação a um querelado atinge os demais? Explique.

A

A renúncia em relação a um, atinge todos os querelados, exceto quanto não conhecida a identidade de um deles (princípio da indivisibilidade da ação penal)

27
Q

A renúncia depende de aceitação da outra parte?

A

É ato unilateral, não depende de aceitação da outra parte.

28
Q

O que é o perdão, enquanto causa extintiva da punibilidade?

A

É a desistência do prosseguimento da ação penal privada propriamente dita, ou seja, se dá depois do ajuizamento e antes do trânsito em julgado.

29
Q

O perdão concedido a um dos querelados atinge os demais? Explique.

A

Concedido perdão a um dos querelados, para que beneficie os demais, torna-se indispensável a aceitação deles.

30
Q

O perdão precisa ser aceito pelo querelado para produzir efeitos?

A

É ato bilateral, necessitando ser aceito pelo querelado para produzir efeitos.

31
Q

No caso de dois ou mais titulares do direito de representação, a renúncia ou perdão feita por um deles afeta os demais?

A

Não.

32
Q

O que é a retratação? Em quais crimes ela pode ser feita?

A

É o ato pelo qual o agente reconhece o erro que cometeu e o denuncia à autoridade, retirando o que anteriormente havia dito. Pode ocorrer nos crimes de calúnia e difamação e nos de falso testemunho e falsa perícia.

33
Q

Até qual momento pode ser feita a retratação nos crimes em que ela é permitida?

A

Somente pode dar-se até a sentença de 1º grau. Quanto ao falso testemunho e falsa perícia, somente até o advento da sentença onde o falso foi cometido.

34
Q

O que é o perdão judicial? Ele pode ser recusado pelo réu?

A

É a clemência do Estado para determinadas situações expressamente previstas em lei, quando não se aplica a pena prevista para determinados crimes, ao serem preenchidos certos requisitos objetivos e subjetivos que envolvem a infração penal. Não pode ser recusada pelo réu.

35
Q

Existe divergência doutrinária quanto a natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial. Qual o posicionamento do STJ nesse sentido?

A

Segundo a súmula nº 18, STJ, a sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade.

36
Q

Quando se calcula o prazo prescricional pela pena em abstrato do delito? Leva em consideração as causas de aumento e diminuição?
É relativo a pretensão punitiva ou executória?

A

Quando ainda não teve condenação. Utiliza a pena máxima em abstrato prevista para o delito. Se tiver causa de aumento, aplica-se o máximo do aumento. Se tiver causa de diminuição, diminui-se no mínimo.
É relativo a pretensão punitiva.

37
Q

Quando se calcula o prazo prescricional pela pena em concreto?
É relativo a pretensão punitiva ou executória?

A

Quando já tenha havido condenação com trânsito em julgado, ao menos para a acusação
É relativo a pretensão executória.

38
Q

Qual o prazo prescricional das penas restritivas de direito?

A

As penas restritivas de direito, que são substitutivas das privativas de liberdade, prescrevem no mesmo prazo da PPL.

39
Q

Qual o prazo prescricional das penas de multa?

A

A pena de multa prescreve em dois anos, quando for a única cominada. Se for aplicada alternativa ou cumulativamente, prescreve no mesmo prazo da PPL.

40
Q

Quais são os marcos iniciais da prescrição da pretensão punitiva?

A

Da data em que o crime se consumou;
No caso de tentativa, da data em que cessou a atividade executória;
Nos delitos permanente, da data que cessou a permanência;
Nos crimes de bigamia e de falsificação do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido;
Nos crimes contra a dignidade sexual ou que envolvam violência contra a criança, da data em que a vítima completar 18 anos, salvo se já houver sido proposta a ação penal.

41
Q

Quais são os marcos iniciais da prescrição da pretensão executória?

A

Do dia em que transita em julgado a sentença condenatória para a acusação;
Do dia em que transita em julgado a decisão que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional;
Do dia em que se interrompe a execução, exceto quando o tempo de interrupção deva computar-se como cumprimento de pena.

42
Q

No caso de suspensão do prazo prescricional, por quanto tempo o prazo fica suspenso?

A

Segundo a súmula nº 415, do STJ, o período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada.

43
Q

Como se determina o prazo prescricional dos crimes em concurso material?

A

Deve-se avaliar a data e a pena de cada um dos crimes, analisando-os isoladamente.

44
Q

Como se determina o prazo prescricional dos crimes em concurso formal?

A

Quando o juiz aplicar a pena, despreza-se o aumento lançado em virtude do concurso formal para saber o prazo prescricional de cada crime isoladamente.

45
Q

Como se determina o prazo prescricional do crime continuado?

A

Despreza-se o aumento lançado em virtude do crime continuado para saber o prazo prescricional de cada crime isoladamente.
Súmula nº 497, STF.