Doenças Neurodegenerativas Flashcards

1
Q

Como se organiza o Sistema Nervoso?

A

SN central: cérebro e espinal medula

SN periférico: nervos que transmitem informação para o SNC

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2
Q

Como é constituído o cérebro?

A

4 lobos:

  • frontal – parte abstrata e movimento
  • parietal - dor
  • temporal – auditiva
  • occipital – visual

Vasos sanguíneos;

Neurónios: transmitem informação através de neurotransmissores;

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3
Q

Principais funções cognitivas:

A
Atenção 
Perceção 
Memória
Linguagem 
Funções executivas
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4
Q

Neuroplasticidade

A

Capacidade do cérebro se moldar em função das experiências;

Alterações estruturais, hormonais e fisiológicas.

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5
Q

Período crítico no desenvolvimento cognitivo:

A

Primeiros 1000 dias de vida (3/4 anos)

Mais estímulos na 1ªfase da infância: consequências benéficas numa fase + avançada da nossa vida adulta

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6
Q

Hipóteses associadas à função cognitiva e atividade física

A

Hipótese Neurobiológica:
Expressão dos genes e das proteínas das neurotofrinas
Volume e ativação da massa cinzenta
Libertação de opioides endógenos

Hipótese Psicossocial
Autoperceção física
Interatividade social
Humor e emoções

Hipótese Comportamental
Volume e qualidade do sono
Competências de lidar com situações adversas e autorregulação

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7
Q

Exercício e cognição nas crianças

A

3 meses de exercícios físicos vigorosos melhoraram o desempenho cognitivo, conforme avaliado por meio de notas de matemática e um aumento na atividade do córtex pré-frontal.

Esta região do cérebro está relacionada ao planeamento de comportamentos e pensamentos complexos, expressão da personalidade, tomada de decisões e modulação do comportamento social.

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8
Q

Exercício e cognição no idoso

A

Envelhecimento saudável: esperança média de vida tem aumentado;
o objetivo é um envelhecimento saudável s/doenças crónico-degenerativas e s/ incapacidades;

Processo de envelhecimento e alterações cognitivas:
o Deterioração da capacidade motora, memória, atenção, etc

  • Declínio da integridade estrutural do cérebro:
    o Lobo frontal (tomadas de decisão, planeamento de comportamentos)
    o Lobo parietal (sensações sensoriais, orientação espacial)
    o Lobo temporal (memória)
  • Diminuição da atividade do sistema neuroquímico:
    o Vias dopaminérgicas (aprendizagem, humor, emoções, cognição e memória)
    o Vias noradrenérgicas ( regulação do SNA)
    o Vias colinérgicas (regulação da acetilcolina)

A partir dos 50 anos ocorre um decréscimo no volume do cérebro 0,35%/ano, comparado com os 0,12% em adultos

Redução volume sistema ventricular 4,25% ao ano em pessoas com 70 anos (0,43% adultos)

Redução do hipocampo 1,18% ao ano em pessoas com + 50 anos, 1,85% + de 70 anos, 0,86% adultos

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9
Q

Demência

A
  • Alzheimer (60-80% dos casos)
  • Esclerose múltipla
  • Parkinson
  • Epilepsia
  • Doença de huntington
  • Afeta principalmente idosos
  • 22% dos casos podem ser evitados com pratica AF
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10
Q

Efeito do Exercício físico

A

Pelo menos 82% do cérebro é modificável pela AF

A AF influencia as alterações a nível do metabolismo energético, o grau de processamento de informação e o nível de fluxo sanguineo

(↑ EF = ↑sangue no musculo (relativo) e cérebro (absoluto))

A AF exerce um efeito gradual e não limiar no cérebro

Qualquer gasto energético (através de AF) traz benefícios para a saúde;

uma combinação de ≠ tipos AF é + benéfico que apenas só 1 tipo;

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11
Q

Neurogénese

A

Processo de produção de novos neurónios realizado no hipocampo

  1. Proliferação de células progenitoras neurais
  2. Diferenciação dessas células
  3. Migração
  4. Maturação
  5. Integração na rede neural
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12
Q

BDNF (brain-derived neurotrophic factor)

A

Pertence à familia de“neurotrofinas” (fator de crescimento)

Pode ser encontrada no cérebro e na periferia

Função: promove proliferação, manutenção, diferenciação ou crescimento celular

Encontra-se subexpresso em caso de: 
Obesidade 
T2DM 
DCV 
Depressão 
Demência 
Deficiência cognitiva
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13
Q

Fontes de BDNF:

A

Cérebro: neurónios produzem e libertam BDNF de uma forma dependente da atividade;

Músculo: produz BDNF em situações de stress energético;

Células endoteliais vasculares: o endotélio vascular (como uma unidade) é uma fonte candidata significativa de BDNF circulante de novo durante o EF;

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14
Q

Exercício - aumento da função cognitiva

A

EF = Libertação de BDNF central = Recrutamento, diferenciação, maturação e proliferação de células progenitoras

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15
Q

Músculo e Função cognitiva

A

Em resposta à contração muscular

Pico de BDNF: 4-5h após o EF

Proteína induzida pela contração do músculo esquelético que é capaz de potenciar a oxidação lipidica no músculo via ativação da vida da AMPK (AMPativated protein kinase)

Propriedades autócrinas: ↑ oxidação lipidica;
Propriedades parácrinas: ↑ oxidação lipidica no TA;
BDNF -> pAMPK -> pACC -> oxidação lipidíca

O BDNF muscular não consegue ultrapassar a barreira hemato-encefálica;

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16
Q

Células endoteliais

A

Células endoteliais expressam recetores TrKB;

Ativação dos TrKB pelos BDNF aumenta atividade da eNOS, estimulando a rápida produção de NO duma forma dependente da dose;

Ativação dos TrKB pela BDNF circulante ↑ produção BDNF endotelial, o que pode ter implicações nos níveis de BDNF no cérebro e em circulação, assim como na saúde cerebrovascular;

EF -> stress oxidativo (shear stress)
OU
BDNF (muscular ou do endotélio) -> TrKB (recetor específico na parede do endotélio)

eNOS -> NO -> BDNF endotelial -> consegue passar a barreira hemato-encefálica -> aumento da função cognitiva

17
Q

Catepsina B e regulação BDNF:

A

O EF induz níveis sistémicos ↑ da mioquina catepsina B, o que promove expressão hipocampal de BDNF e estimula neurogénese;

Consegue passar a barreira hemato-encefálica;

Não afeta proliferação celular no hipocampo, mas leva ao ↑ expressão de BDNF mRNA e ↑ níveis proteico BDNF;

18
Q

Via PGC-1α – FNDC5 – BDNF (irisina)

A

FNDC5 é uma proteína membranar que é clivada e secretada para a circulação sob a forma da mioquina irisina (mediador dos efeitos da AF na expressão dos BDNF no cérebro;

O EF induz ↑ PGC-1α no músculo esquelético e a PGC-1α tem um papel central em mediar mts dos efeitos metabólicos do EF localmente no músculo;

Superexpressão de FNDC5 nos neurónios corticais primários estimula ↑ expressão BDNF;

Consegue passar a barreira hemato-encefálica;

EF + intenso = + PGC-1α = + FNDC5 = + irisina = + BDNF

19
Q

Β-hydroxybutyrate e BDNF

A

Corpos cetónicos ↑ na circulação e no cérebro após jejum, dieta e EF intenso;

Em situação de glicémica ↓, os corpos cetónicos (Β-hydroxybutyrate e
acetoacetate) servem como fonte energética;

Consegue passar a barreira hemato-encefálica, acumula-se no hipocampo e ↑ expressão BDNF

> duração/intensidadde EF, > acumulação corpos cetónicos

20
Q

IGF-1 e desenvolvimento do cérebro

A

É sintetizado no fígado - a sua síntese é regulada pela secreção pituitária da hormona do crescimento;

Consegue passar a barreira hemato-encefálica;

Supraexpressão de IGF-1 causa ↑ peso cerebral, com aumento das células-tronco cerebrais, cerebelo, cortex cerebral e hipocampo;

Partilha recetores da insulina (IRS);

Implicações no controlo da glucose, na síntese proteica e promovem
proliferação, regeneração tecido;

Neurogénese;
↑ BDNF;
angiogénese;
+ nutrientes aos neurónios

21
Q

Comportamento sedentário e saúde mental

A
DMT2 ↑
DAC ↑ 
Demência ↑
=
BDNF ↓

Resistência à insulina ↑
Hiperinsulinémia ↑
=
Sinalização IGF-1 ↓

Interromper o tempo sentado e
principalmente evitar períodos sedentários mais longos (>
15 min) pode ser benéfico para a abundância plasmática do
BDNF que pode influenciar o funcionamento metabólico e
cognitivo de pacientes com DM2, especialmente para aqueles com níveis mais baixos de AFMV.

O excesso de insulina pode induzir a supressão dasinalização de IGF-1 e compromete o crescimento e reparação dos neurónios.
Bloqueando a captação de IGF-1 pelo cérebro também é bloqueada a neurogénese do hipocampo e a angiogénese.

22
Q

Plasticidade sináptica

A

Plasticidade sináptica = criação/fortalecimento de conexões sinápticas já existentes
durante o processo de aprendizagem, ↑ densidade da árvore dendrítica;

A leptina tem os seus recetores no hipotálamo para regular a sensação de apetite e o metabolismo;
- Podem também ser encontrados recetores no hipocampo envolvidos na regulação da plasticidade sináptica;

23
Q

O que é o eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal?

A

Um conjunto complexo de influencias diretas e feedbacks entre 3 glândulas endócrinas:

  1. Hipotálamo (CRH – corticotrofina)
  2. Hipófise anterior (ACTH-adrenocorticotrópica)
  3. Glândula suprarrenal (glucocorticoides ex: cortisol)

O cortisol é regulado através de um ciclo de feedback negativo

24
Q

Como é que a AF influencia a regulação neuendócrina?

A

A AF diminui a sensibilidade à qual o eixo responde a fatores de stress, através;

↑ nº recetores no hipocampo, reforçando o efeito inibitório do feedback negativo;

↓ do mRNA da hormona CRH no hipotálamo;

↑ [BDNF] no hipocampo;

AF = ↓ sensibilidade do eixo HHA = ↓ cortisol

25
Q

Qual a prevalência em sexo da depressão?

A

Afeta mais mulheres do que homens;

26
Q

Sintomas da Depressão

A

Sentimentos de tristeza, “vazio” e sem esperança/desespero

Apatia ou ↓ prazer em atividades que antes desfrutavam

Alterações significativas no apetite e peso corporal

Sentimentos de auto-aversão, inutilidade ou culpa

Alteração padrão de sono o ↑ raiva/irritação

Fadiga ou menos energia

27
Q

EF e depressão:

A

EF alivia os sintomas da depressão

- EF + psicoterapia = melhores resultados 

O EF não tem os efeitos secundários da medicação (sintomas de afastamento, ganho de peso, boca seca ou insónias)

A depressão é muitas vezes acompanhada por baixos níveis de AF;

28
Q

Metabolismo do triptofano na depressão

A

95% do triptofano biodisponível é
metabolizado em quinurenina, que quando acumulada no SN pode levar à
depressão e stress;

O SNC recebe cerca de 60% da
quinurenina periférica por transporte
através da barreira hemato-encefálica
e o restante é produzido localmente;

As quinureninas podem estar 
diretamente envolvidas na patogénese 
da depressão através da indução da 
morte de células neuronais e 
neuroinflamação;

O EF ativa a via da PGC-1α, que
estimulam a expressão da quinurenina aminotransferase no músculo esquelético;