Diabetes Flashcards
Diabetes Mellitus
O nosso corpo tem dificuldade em mover a glicose do nosso sangue para as nossas células.
Isto causa uma elevada concentração de glicose no sangue.
Sem glicose nas células não há ATP (energia) nas células.
As duas hormonas que regulam a quantidade de glicose que entra nas células são a insulina e o glucagénio.
A insulina é usada para diminuir os níveis de glicose no sangue e o glucagénio é usado para aumentar os níveis de glicose no sangue.
Critérios de diagnóstico
Diabetes o Glicémia em jejum: ≥126mg/dL ou o Teste de tolerância oral à glicose: ≥200mg/dL ou o Hemoglobina glicada (HbA1c): ≥6,5
Intolerância à glicose (pré-diabetes):
o Glicémia em jejum: entre 100 e 126 mg/dL
e
o Teste de tolerância oral à glicose: entre os 140 e os 200 mg/dL
Alteração da glucose em jejum:
o Glicémia em jejum: entre os 110 e 126 mg/dL
e
o Teste de tolerância à glicose: <140mg/dL
Como se distinguem os dois tipos de diabetes?
Tipo I Insulino-dependente O corpo não produz insulina Doença autoimune O corpo ataca as células Beta do pâncreas
Tipo II
Insulino-resistente
O corpo não reconhece a insulina
Devido ao estilo de vida
Prevalência da diabetes em Portugal
40,7% tem Diabetes ou pré-diabetes
2015 - 1 MIlhão - pravalência de 13,3 % - 7,5% diagnosticado
Fatores de Risco e fatores de proteção da DMT2
Proteção: Adiponectina (+) Ativ. Física (+) Café (+) Perímetro anca (+)
Risco: Ganho peso precoce (-) Diabetes gestacional (-) Obesidade metabólica não saudável (-) IMC (obesidade) (-)
Sintomas DMT2
Sede Urina Cansaço excessivo Visão turva Alteração peso sem explicação Dificuldade em curar infeções Escurecimento da pele \+ fome e + frequentemente Cura de feridas/cortes + lenta
Como é feito o controlo da glucose?
Níveis altos de açúcar no sangue:
Promove a libertação de insulina pelo pâncreas
A insulina pega na glicose e leva para os tecidos
ou
Vai para o fígado onde estimula a formação de glicogénio
= Diminuição do açúcar no sangue
Níveis baixos de açúcar no sangue:
Promove a libertação de glucagénio pelo pâncreas
Estimula a quebra de glicogénio no fígado
= Aumenta o açúcar no sangue
Ação da insulina a curto e longo prazo
Efeitos de curto prazo:
- Aumento da captação de glicose, especialmente no músculo e tecido
adiposo;
- Aumento da síntese de proteínas,
ácidos gordos e glicogénio;
- Bloqueio da produção de glicose hepática (fígado), lipólise e proteólise
(tecido adiposo).
Efeitos a longo prazo:
- Efeitos tardios na expressão génica e na síntese proteica, assim como na proliferação e diferenciação celular
- Aumento da produção óxido nítrico no endotélio
- Prevenção da apoptose/morte celular e promove a sobrevivência celular
Estimulação da produção de insulina
Via dos nutrientes:
qd como 1 alimento, glicémia ↑, ao passar ao nível do pâncreas, ↑
insulina
Via neural:
de forma consciente sabemos que estamos a ingerir 1 refeição = estímulo neural = ↑ insulina
Incretinas (GIP e GLP-1):
secretadas pelo intestino após a ingestão de glucose e atuam
no pâncreas promovendo proliferação das células β e a secreção de insulina
Efeitos metabólicos das incretinas
GLP-1 secretado na veia porta ativa um sensor de glicose portal que sinais, via aferentes vagais, o centro sistema nervoso e, por sua vez, vagal eferentes aumentam a secreção de insulina. O GLP-1 e GIP também podem ativar diretamente a secreção de insulina via ligando-se aos seus recetores distintos na ilhota células b.
Aumento da produção de insulina
leva ao aumento da produção de
glucagina.
Aumento da sensibilidade à insulina periférica
Diminuição da produção de glucose hepática e aumento da sensibilidade após período pós-prandial
Menos fome/apetite
Com o EF, existe um aumento na produção de incretinas que leva a uma maior sobrevivência das células beta do pâncreas (mais proliferação menos
apoptose).
Retarda o esvaziamento gástrico
GRAFICOOO
Diabetes mellitus tipo 2
Doença crónica caracterizada por um estado de hiperglicemia devido a um estado de resistência à
insulina e um déficit de secreção de insulina (isto é, disfunção das células B).
Pacientes com diabetes tipo 2 são caracterizados por um estado de insulina resistência, que é definida por um limite aumentado para resposta a insulina, principalmente em tecidos como músculos, fígado e gordura.
Recetores de insulina
A sinalização intracelular da insulina começa com a ligação a um recetor de membrana específico (Substâncias Recetores de Insulina - IRS, entre outros).
Uma vez ativado, o recetor de insulina inicia um conjunto de fosforilações de diferentes substratos de proteína em tirosina, criando locais de reconhecimento
para um conjunto de moléculas, onde fosfatidilinositol 3-quinase (PI 3-quinase), AKT e AS160 estão em destaque.
A cascata de fosforilação se traduzirá em um transporte das vesículas GLUT-4 para a membrana celular.
O recetor de insulina, além de fosforilado em tirosina, também pode ser fosforilado em serina, que atenua a transmissão do sinal,
diminuindo o capacidade do
recetor de fosforilar em tirosina
após estimulação com insulina.
Essas fosforilações inibitórias
causam feedback negativo na
sinalização de insulina que pode
provocar resistência à insulina.
Órgãos resistentes à insulina
Músculo esquelético: Perda de conteúdo de superfície IRS Defeitos pós-recetor no metabolismo cascata Diminuição da síntese de glicogénio Diminuição da translocação de GLUT-4 Diminuição da atividade da hexoquinase
Órgão responsável pela captação de glucose em circulação; resistência à insulina = glicose não consegue entrar para dentro
do músculo.
Tecido adiposo branco: • Aumento da morte de adipócitos • Maior recrutamento de macrófagos, levando a aumento da produção de citocinas inflamatórias • Aumento da lipólise, NEFA e turnover de glicerol
No período pós-prandial, a glicose em circulação pode ser armazenada sob a forma de triglicéridos no TA;
Fígado: • Capacidade reduzida de suprimir gliconeogénese nas condições pós prandiais • Aumento da produção de glicose hepática • Síntese de glicogênio hepático defeituoso
Se o fígado estiver resistente à insulina = neoglucogénese não é inibida e continua a libertar glicose para a circulação.
Diabetes Mellitus - Complicações macro e microvasculares
Macrovasculares:
o AVC
o Doença das artérias coronárias
o Doença vascular periférica
Microvasculares: o Nefropatia o Neuropatia periférica o Neuropatia autonômica o Retinopatia e cegueira o Hipertensão
Adultos com diabetes têm > risco de DCV
Diabetes Mellitus - Complicações nos Rins
Mudanças na função renal ↑ risco de outras complicações da diabetes (DCV, pé diabético, visão, hipoglicemia…)
Valores acima de 144-162 mg podem comprometer a função renal na reabsorção da glucose, com consequências na hidratação de pessoas com DMT2
Alterações no funcionamento do glomérulo de Malpighi, com consequência no ↑excreção de microalbuminúria e ↓ capacidade de filtração
Cerca de 30% de pacientes com DMT1 e 10-40% com DMT2 irão sofrer de insuficiência renal
Diabetes Mellitus - Sistema Nervoso
Neuropatia – complicação da diabetes + frequente (cerca de 50% de pacientes com DMT1 e DMT2) – alterações na sensibilidade dos nervos
Sensações nos pés e mãos alteradas Arritmias cardíacas; Digestão lenta; Disfunção erétil; Pode levar a amputações: > 60% ocorrem em pessoas com diabetes
Diabetes danifica vasos sanguíneos que levam oxigénio e nutrientes às
extremidades