Conferência 3 - Otites Flashcards
Otite externa aguda
Definição
Processo inflamatório da pele de meato acústico externo
Otite externa aguda
Causas
- retenção de água no meato,
- corpos estranhos,
- ferimento do epitélio,
- corrimento purulento crônicos das otites
Otite externa aguda
- Microbiologia
- Sintomatologia
- Otoscopia
- Pseudomonas aeruginosa, S. aureus.
- Dor a manipulação do tragus, à mastigação, prurido. Otorreia aquosa a exsudatos. Pode ter hipoacusia.
- Hiperemia difusa, edema e secreção amarelada ou esbranquiçada
Otite externa aguda
Diagnóstico
Clínico!
Otite externa aguda
diagnóstico diferencial
Otomicose
dermatite
OMC supurativa
Psoríase
Otite externa aguda
Como é feito o TTO?
- leve: acido acetico topico + hidrocortisona por 7 dias
- Moderado: Atb tópico + antiséptico + corticoide por 7 dias
- Se se extender para parte porterior do canal auditico: igual o moderado + ciprofloxacino por 7 dias
Otomicose
- Agente:
- Patogênese
- Sintomas
- Agente: candida albicans e aspergillus
- Patogênese: quebra da barreira pele-cerume
- Sintomas: prurido, dor, plenitude auricular
- EF: descamação, hiperemia, micélios de cores variadas
Otomicose
TTO
- Limpeza
- Evitar umidade
- Antifúngicos tópicos: creme de clotrimazol 1% ou ciclopirox olamina 10mg/ml - 2 a 3 gotas de 12/12h por 10d
Otite externa localizada
- Agente
- sintomas
- Exame físico
- TTO
- Agente: S. aureus
- sintomas: dor moderada a grave e plenitude
- Exame físico: edema localizado, sinais flogísticos e linfonodo aumentado
- TTO: se flutuação, drenagem. ATB (cefalexina 500mg de 6/6h por 7 dias)
Otite externa localizada
- Agente
- sintomas
- Exame físico
- TTO
- Agente: S. aureus
- sintomas: dor moderada a grave e plenitude
- Exame físico: edema localizado, sinais flogísticos e linfonodo aumentado
- TTO: se flutuação, drenagem. ATB (cefalexina 500mg de 6/6h por 7 dias)
Otite externa maligna
- O que é?
- Epidemiologia
- Etiologia
- Quadro clínico
- Diagnóstico
- TTO
- O que é? infecção invasiva do CAE e base de crânio
- Epidemiologia: idosos, imunocomprometidos, DM
- Etiologia: Pseudomonas aeruginosa
- Quadro clínico: Dor noturna, otalgia, otorreia e irradia para ATM
- Diagnóstico: TC de crânio
- TTO: interna; controle glicêmico; ciprofloxacina 400mg EV 8/8h por 6 semanas; acompanhamento com infectologista
OMA (Otite média aguda)
O que é a otite média aguda?
É uma inflamação da orelha média provocada por agentes
bacterianos, principalmente Streptococcus pneumoniae,
Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.
OMA
Como estabelecer o diagnóstico?
- Pela história e exame físico (otoscopia).
- O abaulamento da membrana timpânica é o dado mais importante
na otoscopia.
OMA
Tratamento
- O tratamento inclui analgésicos e antipiréticos. O antimicrobiano
de escolha é a amoxicilina. - Alguns casos podem ser apenas acompanhados, sem a prescrição
de antimicrobiano (principalmente em crianças maiores de dois
anos).
OMA
Quais são as possíveis complicações?
Perfuração timpânica, otite média secretora, otite média crônica,
mastoidite, infecção do SNC, dentre outras.
A otite média aguda (OMA) é um infecção com desenvolvimento
rápido de sinais e sintomas de inflamação aguda na cavidade da
orelha média. O ACHADO MAIS SIGNIFICATIVO para o
diagnóstico clínico da Otite Média Aguda é:
a) Secreção amarelada e fétida da membrana timpânica.
b) Hiperemia da membrana timpânica.
c) Abaulamento da membrana timpânica.
d) Opacidade da membrana timpânica.
R. Questão emblemática. Ainda que o termo “mais significativo”
usado pela banca no enunciado não tenha uma definição
consensual, quando for perguntado algo semelhante sobre a OMA,
não titubeie: busque pela opção que cita o abaulamento da
membrana timpânica. Resposta: letra C.
Quais são os patógenos MAIS relacionados à otite média aguda?
a) S. pneumoniae / H. influenzae / M. catarrhalis.
b) S. pneumoniae / H. influenzae não tipável / M. catarrhalis.
c) S. pneumoniae / H. influenzae não tipável / Streptococcus
hemolítico do grupo A.
d) S. pneumoniae / H. influenzae não tipável / anaeróbios.
R. Questão bem simples e que deve ter resposta medular! Resposta:
letra B.
Em qual das situações clínicas seguintes está CORRETO o
diagnóstico de otite média aguda (OMA) em crianças?
a) Criança de 1 ano e 4 meses com quadro de otorreia à esquerda
há 2 meses, sem febre e sem queixa de otalgia.
b) Lactente de 9 meses com quadro de febre sem sinais
localizatórios; ao exame físico, apresenta hiperemia de
membrana timpânica isolada à direita.
c) Criança de 4 anos com otalgia intensa há 1 dia, sem febre,
apresentando hiperemia e descamação de conduto auditivo à
direita.
d) Lactente de 10 meses, com febre de até 39°C há 1 dia,
hiperemia e abaulamento de membrana timpânica à direita ao
exame físico.
e) Lactente de 7 meses com quadro de irritabilidade, sem febre,
manipulando excessivamente a orelha esquerda, mesmo sendo
impossível a visualização das membranas timpânicas
bilateralmente por presença de cerume.
Para o correto diagnóstico de OMA, devemos poder visualizar as
membranas timpânicas e encontrar as alterações descritas
anteriormente. A simples otorreia não indica uma OMA (ademais,
um quadro com duração de dois meses não seria um quadro agudo
– opção A errada). A hiperemia isolada é um dado de baixa
especificidade e não pode ser usado isoladamente para o
diagnóstico (opção B errada). As alterações apenas no conduto
auditivo externo apontam para uma provável otite externa, não para
um quadro de OMA. E, finalmente, se não for possível
visualizarmos a membrana timpânica, não podemos ter certeza do
diagnóstico (opção E errada). Logo, apenas a situação descrita na
letra D é compatível com o diagnóstico correto. Resposta: letra D.
Paciente masculino, de 2 anos de idade, apresenta quadro de tosse, febre de no máximo 39,5 graus, inapetência, coriza esverdeada e irritabilidade há 4 dias. Há 72 horas compareceu ao pronto atendimento, sendo prescrito amoxicilina 50 mg/kg/dia (mãe não sabe explicar o porquê do antibiótico).
Quais os três principais agentes e como podemos definir o diagnóstico?
- A otoscopia revela abaulamento e hiperemia da membrana timpânica à direita, ou seja, estamos diante de uma otite média aguda.
- Streptococcus pneumoniae;
- Haemophilus influenzae;
- Moraxella catarrhalis;
O tratamento da otite média aguda é empírico e devem ser
utilizados antibióticos eficazes e com cobertura para as bactérias
mais comuns. Se há a suspeita de Streptococcus pneumoniae
resistente em razão de uso recente de antibiótico ou em criança
frequentadora de creche, recomenda-se utilizar:
a) Amoxicilina associada a clavulanato.
b) Cefalosporina de segunda geração.
c) Cefalosporina de terceira geração.
d) Amoxicilina em dose dobrada.
e) Azitromicina ou claritromicina.
R. A droga de escolha para o tratamento da OMA é a amoxicilina.
Tradicionalmente, nos textos brasileiros, encontrávamos a
recomendação de que a amoxicilina em dose dobrada deveria ser feita nas crianças menores de dois anos, naquelas que frequentam creche e também era possível empregar essa recomendação no uso recente de antimicrobianos (esta última situação é cada vez mais considerada uma indicação para a associação do inibidor de
betalactamase). A banca usou esses critérios apenas para indicar o uso da amoxicilina em dose mais alta. Resposta: letra D.
Menino de 12 meses, previamente hígido, com história de 2 dias de
febre (39°C) e irritabilidade. Ao exame físico, está febril,
apresentando hiperemia e abaulamento de membrana timpânica
direita, sem otorreia. Tem todas as vacinas atualizadas. A conduta
inicial deve ser prescrever:
a) Sintomáticos e reavaliar em 48 horas.
b) Azitromicina por 5 dias.
c) Amoxicilina por 10 dias.
d) Amoxicilina – clavulanato por 10 dias.
e) Ceftriaxona por 3 dias.
R. Um lactente de 12 meses apresenta-se com um quadro de OMA.
Lembre-se de que o abaulamento é o dado de maior especificidade
e a sua presença indica este diagnóstico. Nem todos os pacientes
com OMA devem receber obrigatoriamente antimicrobianos em
um momento inicial e é possível uma observação em alguns casos;
se não houver melhora após esta observação inicial, o antibiótico é
então recomendado. A antibioticoterapia, porém, deve ser prescrita
em algumas situações: menores de seis meses; crianças com idade
entre seis meses e dois anos e otite bilateral; e crianças com
otorreia ou quadro grave. O quadro grave pode ser caracterizado
por febre alta (maior ou igual a 39o C, como no caso); otalgia
moderada ou intensa; e doença por mais do que 48 horas. Logo,
em se tratando de um quadro grave, não podemos apenas indicar
os sintomáticos como sugerido na opção A. O antimicrobiano de
escolha é amoxicilina, habitualmente prescrita por dez dias nos
menores de dois anos. Resposta: letra C.
A respeito da Otite Média em crianças, é INCORRETO afirmar:
a) As bactérias causadoras mais frequentes são: Streptococcus
pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.
b) A otorreia purulenta com alívio da otalgia é sinal de perfuração
da membrana timpânica.
c) A associação de otite com conjuntivite é sugestiva de etiologia
por S. pneumoniae.
d) A conduta expectante pode ser considerada devido a alta taxa
de cura espontânea.
R. Vejamos cada uma das opções. A opção A está correta; como já
discutido, estas são as três principais bactérias envolvidas no
quadro. A opção B também está correta e aborda um aspecto
interessante: quando a perfuração ocorre, levando à otorreia, o
paciente apresenta melhora da dor. A opção C está incorreta; esta
associação é típica da infecção pelo H. influenzae. A opção D está
correta; boa parte das crianças com diagnóstico confirmado de
OMA pode evoluir com melhora espontânea e, justamente por isso, nem sempre haverá indicação de tratamento com antimicrobianos.
Resposta: letra C.
A respeito da Otite Média em crianças, é INCORRETO afirmar:
a) As bactérias causadoras mais frequentes são: Streptococcus
pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.
b) A otorreia purulenta com alívio da otalgia é sinal de perfuração
da membrana timpânica.
c) A associação de otite com conjuntivite é sugestiva de etiologia
por S. pneumoniae.
d) A conduta expectante pode ser considerada devido a alta taxa
de cura espontânea.
R. Vejamos cada uma das opções. A opção A está correta; como já
discutido, estas são as três principais bactérias envolvidas no
quadro. A opção B também está correta e aborda um aspecto
interessante: quando a perfuração ocorre, levando à otorreia, o
paciente apresenta melhora da dor. A opção C está incorreta; esta
associação é típica da infecção pelo H. influenzae. A opção D está
correta; boa parte das crianças com diagnóstico confirmado de
OMA pode evoluir com melhora espontânea e, justamente por isso, nem sempre haverá indicação de tratamento com antimicrobianos.
Resposta: letra C.
A otite média é uma infecção comum em crianças. Observe as
afirmativas abaixo e marque a sentença CORRETA a respeito de
otite média em crianças.
a) A otite média é mais comum no pré-escolar do que no lactente.
b) O aparecimento simultâneo de conjuntivite eritematosa
purulenta com a otite média é causado pelo vírus sincicial
respiratório e não necessita de antibioticoterapia.
c) A presença de eritema da membrana timpânica é suficiente para
o diagnóstico de otite média.
d) O diagnóstico de efusão do ouvido médio é realizado quando
ocorrem otalgia e eritema de membrana timpânica.
e) Na otite média, o Haemophilus influenzae não tipado é a
segunda causa bacteriana após o Streptococcus pneumoniae.
Vejamos cada uma das afirmativas e veja o quanto você já
aprendeu. A opção A está errada; o quadro é mais comum nos
lactentes, por todos os fatores que já vimos. A opção B também
está errada; a síndrome otite-conjuntivite usualmente é causada por
H. influenzae não tipável e indica-se o tratamento com amoxicilina
e clavulanato. A opção C sempre se repete nas provas e você não
vai se deixar levar… O erro é claro: a hiperemia, isoladamente, não
permite o diagnóstico de otite média aguda. A opção D está errada;
a efusão pode ser evidenciada, principalmente, pelo abaulamento
ou diminuição da mobilidade da membrana timpânica. Resta a
opção E, que foi considerada correta pela banca. Como
conversamos anteriormente, este é o conceito encontrado em
referências importantes, como Nelson – Tratado de Pediatria, e que
já apareceu tantas vezes em concursos. Porém, nos próximos anos
as bancas podem se basear no Tratado da Sociedade Brasileira de
Pediatria e afirmar o contrário… Resposta: letra E.
Todas as afirmações abaixo são corretas em relação ao tratamento
da Otite Média Aguda (OMA) na infância, EXCETO:
a) Crianças menores de dois anos, com OMA bilateral, e aquelas
com otorreia são as que mais se beneficiam da terapia
antimicrobiana.
b) Crianças maiores de dois anos, com OMA unilateral, sem
otorreia, com otalgia leve e febre menor que 39°C são
candidatas à observação. Na ausência de melhora em 48 a 72
horas ou em caso de piora, então antibioticoterapia deverá ser
prescrita.
c) Corticoides, anti-histamínicos e descongestionantes são muito
benéficos no tratamento da OMA e algum deles deve ser
associado ao antibiótico para melhor resolutividade do caso.
d) O uso de amoxicilina é o fármaco de escolha, pois é seguro,
bem tolerado e apresenta um bom espectro de ação contra as
principais bactérias causadoras de OMA.
R. Vamos aproveitar para fixar vários conceitos. As opções A e B
estão corretas; reveja mais uma vez a tabela com as indicações de
tratamento ou observação e fixe de vez as recomendações. A opção
C está errada; essas intervenções não são rotineiramente
recomendadas e não há estudos confiáveis do tipo randomizado
controlado que atestem sua eficácia. E, por fim, a opção D está
correta; a amoxicilina continua sendo o antimicrobiano de escolha.
Resposta: letra C.