CM: dermato Flashcards
Agente da hanseniase
Mycobacterium leprae
bacilo de Hansen
Diferença da tb para Hanseniase
BH vs BK
Ambos BAAR (acido alcool resistententes)
Não coram pelo gram: pedir baciloscopia ao inves de bacterioscopia
BH forma globias, BK se aglomera em cordas.
Hanseniase SEMPRE acomete neuronio?
Sim. Até mesmo na forma paucibacilar.
Infectividade e patogenicidade da Hanseníase
Alta infectividade -> virulência
Baixa patogenicidade.
Tempo para multiplicação do Bacilo de Hansen
Muito lenta.
Incubação longa: 3-7 anos
Pode ficar incubada até 20 anos.
Após diagnosticar a hanseniase -> SUS:
Notificação obrigatória.
Investigação -> Folha SINAN
Forma de transmissão da hanseniase:
Inalação -> invasão da mucosa nasal -> disseminação hematogênica -> pele e nervos periféricos -> ativação do sistema imune -> cura espontânea (90%) OU infecção
Células de predileção do BH
Sistema reticuloendotelial.
Pele (derme profunda)
Nervos periféricos - c. de Schwan
Pacientes com hanseniase precisam fazer limitação de aerossois (mascara) em ambiente hospitalar?
Não.
Precisa de exposição de aerossois prolongada.
Em 1 dia de ttm já elimina 99% dos aerossóis.
Tipos de resposta celular ao Bacilo de Hansen
TH1(resposta celular): paucibacilar ou cura
- ativação de macrófagos
- produção de IFN gama e IL-2
TH2 (resposta humoral - pct com imunidade baixa): multibacilar
- produção IL-4, IL-5
- inativação macrófago
Lesões neurológicas da hanseníase
Nervos periféricos
- troncos neurais
- filetes nervosos cutâneos
Simétricos/assimétricos
Lesões cutâneas da hanseníase
- Pigmentação
- Destruição de anexos
- Rarefação de pelos
- Glândulas sebáceas e sudoríparas: xerodermia
- Perda da sensibilidade térmica > tátil > dolorosa
- Lesões delimitadas ou infiltração difusa
Características da neurite:
Nervos espessados e fibrosados Intumescidos Dor espontânea ou ao toque, em graus variáveis Mãos em garra Comprometimento sensitivo-motor Paralisia súbita
Classificação OMS hanseníase: paucibacilar
Pouca deformidade; difícil diagnóstico; boa resposta imunológica celular.
- até 5 lesões de pele;
- até 1 tronco nervoso acometido.
Classificação OMS hanseníase: multibacilar
Muita deformidade; baixa resposta imunológica celular.
- mais de 5 lesões de pele;
- mais de 1 tronco nervoso acometido.
Reação de Mitsuda
Inoculação do M. leprae -> hipersensibilidade tardia.
Quanto menos bacilo, mais reação de Mitsuda.
Paciente tuberculoide.
Paucibacilares
Mitsuda muito +
Baciloscopia -
Paciente Virchowiano
Mitsuda -
Baciloscopia muito +
Destruição importante de anexos, rarefação de pelos, infiltração difusa, xerodermia, madarose, perca da sensibilidade termica, tatil, dolorosa, infiltração difusa, espessamento pavilhão auricular
Paciente Indeterminado
Mitsuda negativa ou positiva
Baciloscopia -
Paciente Borderline/Dimorfo
Mitsuda - ou fraco +
Baciloscopia + ou raros bacilos
Classificação de Ridley e Jopling
HTT - Tuberculoide Tuberculoide HTD - Tuberculoide Dimorfa HDD - Dimorfa dimorfa HDV - Dimorfa virchowiana HVV - Virchowiana Virchowiana
Diagnóstico de Hanseníase
1 dos 3 achados:
- Lesões de pele com alteração de sensibilidade
- Acometimento de nervos com espessamento neural
- Baciloscopia +
Necessidade de Biópsia na Hanseníase
Não é obrigatória.
Pcts com baciloscopia - e poucas lesões.
Diagnóstico difícil.
Reação Hansênica tipo 1
- Paucibacilares
- Início ttm
- Neurites / exacerbação de lesões
- Hipersensibilidade
- Ttm: Corticoides, descompressão nervos
Reação Hansênica tipo 2
Eritema nodoso hansenico
- Multibacilares
- Lesões de pele + neurites
- Formação de imunocomplexos
- Antes, durante ou após ttm (pode ser até mesmo a 1ª manifestação da doença)
- Ttm: talidomida 100-400mg/d (NÃO pode ser usado em mulheres em idade fértil); prednisona se lesão neurológica.
Tratamento Hanseníase
Dose supervisionada: 1x/mês
Tempo de ttm
Paucibacilar: 6m (supervisionada dapsona 100mg, rifampicina 600mg; em casa dapsona 100mg) até 9m
Multibacilar: 12m (supervisionada dapsona, rifampicina e clofazimina; em casa dapsona e clofazimina) até 18m
Rifampicina SÓ supervisionada.
Prevenção de contactuantes na hanseníase
Avaliação dos comunicantes nos últimos 5 anos.
Avaliar cicatriz BCG:
Sem cicatriz/1 cicatriz -> administrar 1 dose
2 cicatrizes -> não administrar nada.
Ao iniciar talidomida/ctc para reação hansênica, suspender ttm?
NÃO!!
Sequencia de alteração de sensibilidades na hanseníase
Térmica -> dolorosa -> tátil