Cirurgia Vascular Flashcards
Síndromes compressivas
Síndrome de Cocket (PRINCIPAL, MAIS INCIDENTE)
-Principal causa de TVP ileofemoral a esquerda
-Quando a artéria iliaca direita passa por cima da veia ilíaca esquerda e comprime
Síndromes do desfiladeiro cervical
-A dos escalenos
-Costela cervical (acessória): uma costela a mais que passa por cima da clavícula -> tto: tirar a clavícula
-Costoclavicular: comprime arteria, veia e nervo que passa ali
-Sintomas de compressão arterial/venoso no membro superior
Síndrome de quebra-nozes (nutcracker)
-Quando a artéria mesentérica superior comprime a veia renal
Síndrome do ligamento arqueado
-Compressão mesentérica superior e ramos linfáticos
-Sofrimento vascular: a maioria vai ser assintomático
DOENÇA CEREBROVASCULAR
EXTRACRANIANA
CAUSA AIT OU AVC -> geralmente: NA BIFURCAÇÃO DA CAROTIDA
Mecanismo: microembolização
QUADRO CLÍNICO - TIPOS DE APRESENTAÇÃO
ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO
Súbito
< 24 horas
Não deixa sequelas
Exemplo: amaurose fugaz
AIT “em crescendo”
AlTs consecutivos - placa instável
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO
Súbito
Gravidade variável
Sequelas variáveis
AVC “em progressão”
AVCs consecutivos - placa instável
Emergência cirúrgica
Doppler arterial: é um exame bom, diz % estenose, ponto de obstrução
Arteriografia: padrão-ouro, mas invasivo, contraste iodo
TRATAMENTO:
No geral:
< 50%: tto clínico
> 70%: tto cirúrgico
Se entre 50 a 70%: sintomático, lesão ulcerada, já teve isquemia, AVC/ AIT prévio -> forte candidato a CIRURGIA
PADRÃO-OURO: Endarterectomia arterial: abre o vaso e tira o êmbolo
Outra opção: se paciente com risco cirúrgico alto: angioplastia
Aneurisma
CENTRAIS:
A maior parte: degenerativa -> tem a ver com aterosclerose (DM NÃO É FATOR DE RISCO). A maioria: aorta abdominal infra-renal
2 lugar: aortoiliaca
<10%: toracoabdominal. Tem que saber o sinal Debakey +: sentir pulsação no epigástrio (é o aneurisma) e não saber delimitar porque ele vai migrando subindo pro tórax. Olhar aquela classificação de Crawford.
A maioria assintomático
Pode romper (maior complicação)
-> 50 a 70% de morrer -> retroperitonio -> choca
AngioTC = padrão-ouro
TTO ENDOVASCULAR:
Sintomáticos: todos
Saculares: todos
Assintomáticos:
-Aorta abdominal: diametro máximo de 5,5 cm e que apresentem crescimento superior a 5 mm em 6 meses, ou 1 cm em 1 ano. Abaixo disso é conservador: acompanhar com angioTC a cada 6 meses.
OUTROS:
O mais comum periferico: poplítea -> complicação: embolização distal
Aneurismas viscerais: MAIS em artérias esplênicas
Classificações: standford, crawford e debakey
As mais fáceis de lembrar standford/debakey
:
STANDFORD
A: l e II
B: III
DEBAKEY
I: aorta as + des
II: aorta as
III: aorta des
IIIA: aorta des torácica
IIIB: aorta des abdominal
Hipertensão Renovascular
CAUSA MAIS COMUM: ATEROSCLEROSE
Outras: displasia fibromuscular, arterite de Takayasu
MUITO A VER COM HAS
Arteriografia: PADRÃO-OURO
TTO ENDOVASCULAR: angioplastia com stent ou balão
CONTROLE DE PA
Displasia fibromuscular
Achado no vaso “colar de contas” -> o mesmo da sarcoidose
Tromboangiite obliterante
• Doença arterial inflamatória
• 90% sexo masculino,20-40 anos
• TABAGISMOOOOO
Trombroflebite migratória
Arterite de Takayasu
LEMBRAR: 3 lugar causa de HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
< 40 anos
Tem a ver com aneurisma/ dissecação de aorta
Arteriografia: padrão-ouro
Clínico
• Corticosteroides
• Ciclofosfamida
• Metotrexato
• Tratamento da HAS e TB
• Uso de produtos
anti-TNF
(ainda em estudo)
Cirúrgico
• Apenas como última alternativa
• Técnicas variadas e adaptadas
caso a caso
• Avaliar corretamente a fase do processo inflamatório
• Intervir apenas quando doença
fora de atividade
Linfedema, hemangioma, fistula arteriovenoso
Linfedema: não é liquido como o edema, é tecido conectivo -> fibrose. Não serve diurético, porque não é acúmulo de água e sódio. Causas: congênito ou adquirido (neoplasia -> mais comum, parasitose ->segundo mais comum, trauma). Cintilografia é o melhor exame. Tto: massagem manual (drenagem linfática), as vezes a pessoa vai ver com isso pro resto da vida. Fases: I: parece líquido somente -> sinal de Godet +; II: Endurece: Godet -; III
Hemagioma x Malformações vasculares
Hemangiomas são tumores:
Hemagioma da infância: tuberosa ou frigiforme -> involuem depois dos 2 anos
Hemangioma congênito
Granuloma piogênico: um tipo de hemagioma
Malformações vasculares:
Capilar: vinho porto
Venoso: é o antigo que se dizia “hemangioma carvenoso”
Não adianta fazer ligadura porque não resolve, isso pode fazer isquemiar e ser pior, no geral tto é ou esperar involuir ou
laser, ressecção
Fistula arteriovenoso: geralmente traumática, mas pode ser congenita. Sinal de Nicolas-Branham: a fístula faz um aumento da FC, mas quando aperta ela isso diminui (sinal positivo)
Fístula hemodiálise: complicação-> trombose
TVP
Território mais comum: veias aortoiliacas -> Mais em MMII
Em MMSS a maior causa é ACESSO CENTRAL (quando feito em jugular ou subclávia)
Tríade de Virchow
lesão endotelial
hipercoagulabilidade
estase venosa
Causas:
• Cirurgias: Ortopédicas (maior causadora - região de pelve bem irrigada, passa muito veia profunda em ossos longos), Urológicas, Ginecológicas
• Traumas
• Infecções
Gestante tem 2 fatores: hipercoagubilidade devido a alteração hormonal e estase venosa (principal: 3 trimestre) devido a diminuição do retorno venoso
Sinais: Homan e Brancoft
o Sinal da Bancroft = Dor a palpação da panturrilha contra estrutura óssea. o Sinal da Bandeira = Empastamento da panturrilha devido ao edema da massa. o Manobra de Homans = Dor na panturrilha à dorsiflexão do pé.
Sintomas: dor, edema, empastamento, cianose venosa
TVP-> risco de EP
USG doppler venoso MMII -> PADRÃO-OURO
Angio-TC e Angio-RM -> SUSPEITA DE EP
D-DÍMERO: valor de degradação da fibrina
Anticoagulantes:
INJETÁVEIS:
Heparina não francionada
HPBM
ORAIS:
Indireto: varfarina -> antagonista vit K (II, VII, IX, X) -> precisa de INR 2 a 3 , por isso precisa usar HNF 5 dias antes
Direto (NOACS):
- Inibidor da trombina: dabigatrana -> precisa de INR 2 a 3 , por isso precisa usar HNF 5 dias antes
Inibidor do fator X ativado (Xa):
- Rivaroxabana (Xarelto): monoterapia
-Apixabana: monoterapia
-Edoxabana -> precisa de INR 2 a 3 , por isso precisa usar HNF 5 dias antes
Filtro de veia cava: último caso
Indicações absolutas
Contraindicação à anticoagulação
TEP na vigência de anticoagulação
• Suspensão forçada da anticoagulação
• Após embolectomia pulmonar
Indicações relativas
• Embolia séptica
• Baixa reserva pulmonar
Trombolectomia: em último caso
Insuficiência arterial -> CIANOSE OU ATÉ PALIDEZ
ABRUPTO
Claudicação intermitente (problema arterial)
• Dor (pain)
. Pulsos diminuídos (topografia)
. Palidez (ou Cianose)
. Parestesia
. Paresia
• Poiquilotermia (frialdade)
EMBOLIA OU TROMBOSE ARTERIAL
EMBOLIA:
Local + comum: bifurcação, doença a distância, MAIS ARTÉRIA FEMORAL
CARDÍACA: FA
TROMBOSE
Doença aterosclerótica
ITB: quanto mais próximo de 0, mais isquemia
Arteriografia: PADRÃO-OURO -> é invasivo, pra dúvida diagnóstica e pré-operatório, diferencia se é por embolia ou trombose (EMBOLIA: “taça invertida”; TROMBOSE: “ponta de lápis”)
TTO: anticoagulação (Ruth I), embolectomia- revascularização imediata (Ruth IIB), amputação (Ruth III)
A partir do II: pra aqueles com isquemia crítica: ausência de pulso alta, necrose,
Ruth = classificação de Rutherford
Obstrução arterial crônica -> FALTA DE PULSO
PROGRESSIVO
Também tem claudicação intermitente
ATEROSCLEROSE
QUADRO CLÍNICO
PULSO DIMINUIDO
Claudicação intermitente
Dor isquêmica de repouso
• Repouso com pé pendente
• Estágio mais avançado de isquemia lesões tróficas
• Espontâneas
• Pós-traumáticas
PODE TER: diminuição de pulso, edema, pele fria mas com hiperemia (a hiperemia é reativa a isquemia, devido a vasodilatação como mecanismo de compensação)
LESÃO TRÓFICA: úlcera com fundo pálido -> diferente de úlcera varicosa
Doppler arterial -> ITB: diferença entre braquial e tibial anterior ou posterior -> <0,5: isquemia crítica ( mais perto de 0, mais risco de amputar)
Arteriografia: PADRÃO-OURO
TRATAMENTO CLÍNICO
• Controle dos fatores de risco
• Proteção ao frio
• Terapia medicamentosa
•Antiagregantes
plaquetários
• Estatinas
P/ claudicação
Marcha programada
• Drogas vasodilatadoras
• Cilostazol
PARA TODOS OS
CLAUDICADORES
Cirurgia ou até amputação
Classificação Rutherford/Fontaine
IVP
Fisiopatologia: dilatação + problema nas válvulas
Pode ser de uma sindrom pós-trombótico, aquela região fica fragilizada com dificuldade de impulsionar o sangue e forma varizes
Teleangiectasias
Classificação CEAP
1: teleangiectasias e veias reticulares
2: varizes varicosas, elevadas, tortuosas (só passa a chamar varizes quando ela fica assim)
3: com edema
4: com alteração de pele
5: com úlcera cicatrizada
6: com úlcera ativa
Etiologia
Congênita, primária, secundária
Anatomia
Superficial, profunda, perfurantes
Patofisiologia
Refluxo, obstrução, ambos
Úlcera aqui (diferente da DAOP) ela tem fundo vermelho!!!
Complicações
-Mais comum: tronboflebite superficial (comum de acesso periferico em MMSS) e varicorragia
Diagnóstico clínico!!! Mas USG DOPPLER VENOSO pode ajudar
TRATAMENTO CLINICO:
• Medidas de ortostatismo
• Medicações flebotômicas
• Terapia compressiva
. 15-20 mmHg
.20-30 mmHg
• 30-40 mmHg (a partir do C4)
As meias tem ÓTIMO RESULTADO
Escleroterapia: teleangiectasias
Cirurgia:
P/ varizes:
Feblectomia
Safenectomia
Escleroterapia com espuma
Laser
Etc
Resumo geral (etiologias, exames e tto)
Etiologias:
-AVC extracraniano: bifurcação das carótidas
-AVC intracraniano: arteria cerebral média
-Aneurisma: aorta abdominal infrarenal
-TVP: aortoiliacas
-Obstrução arterial: na bifurcação- artéria femoral
-IVP:
Exames:
Todos o padrão-ouro vai ser arteriografia, exceto: aneurisma: angioTC, TVP: usg doppler venoso e IVP o único que diag clínico!!! Mas USG DOPPLER VENOSO pode ajudar.
Tratamento:
Endovascular, exceção dissecção de aorta -> tipo A (dissecação de aorta ascendente) cirurgia logo e tipo B (dissecação de aorta descendente) -> tto clínico medicamentoso ou endoprótese p/complicações