Cirurgia Pediátrica Flashcards
Hérnias
Menino: conteudo intestino delgado
Menina: ovários e anexos
Inguinal:
Inguinal mais comum. Mais do lado direito, indireta. Mais em sexo masculino. Maior etiologia: persistência do conduto peritônio vaginal -> hérnia tipo I de Nyhus (hérnia inguinal indireta sem anel dilatado (<2 cm). Encarceramento é frequente (10%)! Se identificar tem que fazer obrigatoriamente cirurgia!!! Pode sentir o espessamento do cordão espermático (sinal da seda)
Mais comum antes de 1 ano, mais com 1 mês
Diagnóstico clínico!!!
USG se dúvida ou necessidade de confirmação
Hérnia encarcerada é a principal causa de ABDOME OBSTRUTIVO no PRIMEIRO SEMESTRE
Invaginação intestinal é a principal causa de ABDOME OBSTRUTIVO no SEGUNDO SEMESTRE
Hérnia diagnosticada = cirurgia (pode ser eletiva, a não ser que seja encarcerada). Ligadura alta do saco herniário (no anel inguinal profundo, não precisa fazer reforço de parede que nem no adulto)
Umbilical:
Menos chance de encarcerar, ela surge de um defeito na aponeurose do anel umbilical
Cicatriz umbilical -> Região de fraqueza
>1,5 cm: operar logo
<1,5: esperar até 3 anos ou 6 anos (pq pode involuir)
Se associado a hérnia inguinal ou tiver encarcerada/estrangulada ou for fazer derivação ventriculo-peritoneal: cirurgia logo!
Hérnias congênitas diafragmáticas (bolha gástrica no pulmão)
Hérnia de Bochdalek (mais comum, mais a esquerda): posterolateral-> pode ta associado a cardiopatia e hipertensão pulmonar e hipoplasia pulmonar
Hérnia de Morgani: anteromedial, mais comum a direita, associado onfalocele, trissomia do 21.
Tratamento das 2: toracotomia
Hidrocele
Também por persistência conduto peritônio vaginal que nem a hérnia inguinal
É um conduto pérvio e estreito que por ser estreito não forma hérnia, mas passa líquido peritoneal pra cavidade
Aumento do volume durante o dia
Pode ser comunicante (tem ligação), não comunicante (oblitera acima) e cisto de cordão (oblitera em cima e embaixo)
Diagnóstico clínico: transiluminação
Usg pra dúvida ou confirmação
Cirurgia: se não fechar com 1-2 anos. Mesma cirurgia da hérnia
Distopias testiculares
Mais comum em prematuros
O ideal é descer nas primeiras semanas
Testiculo não descer: criptoquirdia
Testiculo ficar em lugar anômalo: ectopia
Não palpável (laraparoscopia): pode ser que não tenha (anorquidia) ou esteja intra-abdominal
Cirúrgico a partir de 6 meses:
orquidopexia
Prestar atenção! Isso tem mais chance de gerar tumor
Escroto agudo:
-Dor escrotal, sinais flogísticos locais (inflamação não tanto quanto a orquiepidimite)
-Risco de torção testicular
-Sinal de Prehn NEGATIVO: elevar o testísculo e continuar sentindo dor -> SIGNIFICA TORÇÃO TESTICULAR
-Cremastérico: tocar face interna da coxa e o testículo retrair -> também negativo na torção
-Sinais positivos na torção: SINAL DE BRUNZEL: o testículo acometido encontra-se mais elevado que o contra lateral e SINAL DE ANGELL, caracterizado pela mobilidade excessiva do testículo na bolsa es- crotal.
Qual exame avalia a torção?
USG com doppler colorido pra ver a vascularização
Qual o tratamento para torção?
Cirurgia (orquidopexia bilateral- distorção e fixação), de ambos os lados, porque mesmo que atinja de um lado, o outro lado sofre também. Até 6 horas.
nEonatal: a torção é Extravaginal (envolta do cordão)
perIodo puberal: Intravaginal
*Torção dos apêndices testiculares: “blue dot”
Orquiepidemite:
Processo inflamatório
Mais insidioso
Processo infeccioso (clamidia r gonococo)
Uropatias de refluxo, trauma…
Sinal de Prehn e creamasterico positivo
Repouso e ciprofloxacino
Onfalocele x Gastrosquise
Onfalocele: grandes, alta incidencia de malformações (associado a alterações estruturais e cromossômicas- muita associada a trissomia do 18 e 13), recoberto por peritônio e amnio, cordão umbilical no ápice, sai pelo umbigo, menos associado prematuridade e baixo peso
Dá pra identificar no usg
Tratamento cirúrgico: pode ser eletivo. Se romper -> de urgência. Para aquelas grandes: fazer técnica de silo pra ver se reduz um pouco, porque se tentar empurrar tudo de vez na cirurgia pode ser que faça síndrome compartimental,
Gastrosquise: pequenas (< 4cm), baixa incidência de malformações, sai pelo lado do umbigo, alças evisceradas sem proteção das membranas (intensa serosite), mais associado prematuridade e baixo peso
Mesma forma de diagnóstico e tratamento, a diferença é que aqui a cirurgia tem que ser imediata, pode ser feita técnica de silo também
Atresia do esôfago
Atresia com fístula distal (ar no estômago) é mais comum -> tipo C
Associação com outras malformações: geralmente CARDÍACAS
NÃO DA PRA VER USG MORFOLÓGICA
Pré-natal: polidramnio
E depois que nasce: esôfago pequeno ou ausente
Salivação excessiva e sintomas respiratórios-> broncoaspiração
Jejum, decúbito elevado, suporte nutricional parenteral
Raio X: iodado (não pode bário): coto esofágico proximal dilatado
DRGE
Maior no primeiro ano de vida
Nem sempre associada a hérnia hiatal
Deficit ponderal, azia, sintomas respiratórios
Clínico!
Teste de escolha: pHmetria 24h
Tratamento: olhar no whitebook
Alguns autores estimam que 40% dos casos de DRGE são causados por alergia à proteína do leite de vaca.
Estenose hipertrófica do piloro
Piloro: válvula entre o estômago e duodeno
Hipertrofia do músculo: > 3 mm
É adquirido!!!! (Diferente da atresia duodenal que é congênita)
2 a 12 meses de vida
Vômitos não biliosos (pq piloro fechado, vômitos pós-prandiais), alcalose metabólica (perde muito H+)
Devido a alcalose metabólica hipoclorêmica: desidratação, hipopotassemia (o rim joga potássio na urina pra preservar o sódio) e aciduria paradoxal -> decorar isso
PRIMEIRO ION A REPOR: SÓDIO, porque desidrata muito e o sódio puxa água
85% massa palpável
Peristaltismo aumentado
Diagnóstico: USG -> dilatação do piloro
Tratamento: pilotomiotomia (faz secção seromuscular e deixa a mucosa exposta)
Atresia duodenal
É congênita, já nasce assim
Diferenças para EHP: é congênito, Duodeno obstruído , vômitos biliosos (porque é distal a papila -> papila está aberta) e sem alcalose metabólica
MUITO A VER COM TRISSOMIA DO 21!!!!!!
RAIO X: sinal da dupla bolha (ar no estômago e no duodeno, diferente da estenose pilorica que pega piloro e não passa pro duodeno, ou seja, não atinge duodeno)
Tratamento cirurgico: duodenoduedoneanastomose
Pode gerar DRGE
Atresia das vias biliares
Doença colestática neonatal -> a causa secundária mais comum
Tipo III: mais comum: pega via extra e intra-hepática
Pode ser embrionária ou perinatal ( a maioria)
Pode evoluir para cirrose
BD e caniculares AUMENTAM
Biópsia percutânea: antes do décimo dia
Tratamento: cirúrgico até 10 semanas: procedimento de Kasai -> biliodigestiva em Y de Roux
Eles são candidatos a transplante
Enterocolite necrosante
Maior causa de abdome agudo vascular em RN. Necrose parcial ou total da parede intestinal
RN e prematuros (são os mais acometidos): multifatorial
Pele em plastrão: vermelha e brilhante
Raro antes do 5 dia
Rx: distensão gástrica-> pneumatose intestinal (ar dentro do sistema portal) -> patognomônico!
Tto clínico: ATB, sonda orogástrica, jejum e suporte clínico
Pneumoperitônio, complicações mais severas: tto cirúrgico
Doença de Hirschprung (megacólon congênito)
• Congênita = tem desde o nascimento
• Defeito da migração de células ganglionares
• Plexos mioentéricos (Auerbach)
• Plexos submucosos (Meissner e Henle)
• 1:5.000 nascidos vivos
• Sexo masculino (4:1)
Dificuldade de eliminar o mecônio
Reto estreito e colon dilatado
Faz o toque e ampola ta vazia e depois sai fezes explosivas
Diagnóstico : enema opaco, mas PADRÃO-OURO: BIÓPSIA RETAL! -> células aglanglionares
Colostomia: isso envolve fazer uma abertura no cólon através de cirurgia, que atinge a superfície abdominal. O excremento contido é expelido através desta abertura em um saco. Descida cirúrgica: a área do cólon afetado é removida; então, o cólon saudável é abaixado até o reto e preso à parede retal.
Diferente de encropese: que é uma constipação, com fezes duras em ampola retal e tem escape fecal também -> tto: desimpectação, eliminação de mecônio normal e acontece >2 anos de idade. E esta diferente da constipação funcional porque esta tem um caracter da criança provocar q retenção, se segurar
Intussepcao intestinal
Quadro obstrutivo -> cólica
Mais ileocecal: o íleo entra no ceco
Mais comum do 2 semestre de idade. *No 1 semestre são as hérnias estranguladas
Geralmente, é idiopática
Fezes: geleia de morango
Sinal de Dance: a FID escavada
USG: Sinal do alvo (cuidado! Porque apendicite aguda pode ter isso tbm) e pseudo-rim
TratMento é clínico (que nem enterocolite necrosante): infusão salina aquecida via retal. Mas se complicar ou tiver associado com tumor, polipos, divertículo de Meckel…-> cirurgia
Divertículo de Meckel
Maior incidência: ileocecal
Sintomas: sangramento, obstrução e até inflamação (diverticulite)
Na borda antimesentérica ileal
Tratamento: enterectomia
O divertículo de Meckel é uma persistência parcial do conduto onfalomesentérico, na borda anti-mesentérica
do íleo. Tem incidência de 2% na população geral, mas o diagnóstico é realizado apenas nas complicações. Nas crianças, a complicação mais comum é a enterorragia. Isso se deve à presença de mucosa gástrica no divertículo, secretando ácido, levando a ulceração e sangramento no íleo adjacente ao divertículo.
Outros tipos de complicações menos frequentes na criança são inflamação, obstrução e perfuração.
Linfadenopatia cervical
LINFADENOPATIA
CERVICAL
Indicação de biópsia (quando suspeitar de malignidade):
• linfonodos > 2 cm
• fixos a pele ou fáscia, duros ou coalescentes
• após 6 semanas de evolução
Malformação adematoide cística
Formação de de vez ser tecido pulmonar, no lugar vai ser cistos e massas sólidas , não tem comunicação com a via aérea
Imagem de bolhas
É congênito
É identificado no usg pré-natal
Empurra o mediastino pro lado contralateral (parece um sitis inversus)
Tratamento: cirurgia até no máximo6h depois do nascimento