Cirurgia pediátrica 28/07 Flashcards

1
Q

RN assintomático com massa torácica. Qual o diagnóstico?

A

Cisto broncogênico.

Observar o sinal da silhueta –> é possível ver todo o contorno cardíaco, logo a massa está em plano diferente do coração. Portanto, não está no mediastino anterior.

Diagnóstico diferencial:
- malformação adenomatoide cística (lesão cística preenchida de ar)
- teratoma (mediastino anterior).

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2
Q

Tratamento da atresia de vias biliares.

A

Cirurgia de Kasai até os 2 meses de vida. Após está indicado o transplante hepático.

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3
Q

Período de conduta expectante de:
- Fimose
- Hidrocele
- Criptorquidia

A
  • Fimose: resolução até 12 meses de vida.
  • Hidrocele: resolução espontânea até 24 meses de vida.
  • Criptorquidia: resolução espontânea até 12 meses de vida.

Fimose e critorquidia: ideal operar entre 12-18 meses

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4
Q

Vínculo mental.
Dor abdominal +”choro inconsolável” + fezes em “geleia de framboesa”.

A

Intussuscepção intestinal.

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5
Q

Tratamento intussuscepção intestinal.

A
  • Redução não cirúrgica: contraste iodado, pneumática, hidrossolúvel.
  • Redução cirúrgica se refratariedade, peritonite, instabilidade hemodinâmica, sepse, sinais de isquemia intestinal.
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6
Q

Causa congênita mais comum de estridor.

A

Laringomalácia.

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7
Q

Cite 3 características da laringomalácia.

A
  • inicia nas primeiras 2 semanas de vida
  • resolução total em 18-24 meses.
  • piora com choro e supinação
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8
Q

Torcicolo congênito (4)

A
  • Contratura unilateral do músculo esternocleidomastoideo.
  • Neonatal ou lactente
  • Posição viciosa da cabeça - cabeça virada para o lado da contratura
  • Pode ter um nódulo fibroelástico associado ipsilateral.
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9
Q

O que é síndrome de Sandifer?

A

Contraturas musculares generalizadas (por vezes, opistótono) em até 30 minutos após ingestão alimentar no lactente/criança que tem DRGE ou hérnia de hiato.

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10
Q

Cisto branquial (4)

A
  • região lateral do pescoço
  • pós infecção
  • USG com imagem anecoica
  • sem posições viciosas
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11
Q

Em qual anomalia cervical está presente o sinal de Sistrunk?

A

Ducto tireoglosso.

Lesão cística cervical na região mediana, móvel à deglutição e à protrusão da língua (sinal de Sistrunk).

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12
Q

Cite 3 características da onfalocele.

A

1) saco/membrana recobrindo alças
2) comum a associação com outras anomalias congênitas
3) local do defeito: anel umbilical.
4) Pode herniar intestino e fígado.

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13
Q

Verdadeiro ou falso:
A onfalocele é um defeito central na parede abdominal.

A

Verdadeiro.

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14
Q

Cite 3 características da gastrosquise.

A
  • sem membrana recobrindo vísceras
  • defeito à direita do anel umbilical
  • não costuma estar associado a anomalias genéticas.
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15
Q

Por que a cirurgia na gastrosquise é de urgência?

A

Na gastrosquise, diferentemente da onfalocele, não há membrana recobrindo o intestino que apresenta edema e eritema acentuados. Geralmente está encoberto por material fibrótico.
Esse quadro indica processo inflamatório longo –> exposição ao líquido amniótico (peritonite química).

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16
Q

Via de parto na onfalocele e gastrosquise.

A

Onfalocele: indicação obstétrica.
Gastrosquise: cesariana.

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17
Q

Refere-se a qual doença?
“Defeito geralmente à direita do cordão umbilical, relacionado com a posição da veia umbilical obliterada a direita.”

A

Gastrosquise.

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18
Q

Conduta na enterocolite necrotisante.

A

1) CTI
2) Jejum, sonda nasogástrica e correção de distúrbios.
3) ATB EV

E a cirurgia? Exceção: perfuração livre e necrose de parede abdominal.

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19
Q

Qual a principal emergência abdominal da primeira infância?

A

Intussuscepção intestinal.
Especialmente, até os dois anos de idade.

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20
Q

Quais emergências abdominais na infância podem ter descritas “massa abdominal palpável”? (2)

A
  • Estenose hipertrófica do piloro: em região epigástrica
  • Intussuscepção intestinal: “massa em salsicha” em fossa/flanco direito.
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21
Q

Achados ultrassonográficos de intussuscepção intestinal. (2)

A
  • Sinal do alvo
  • Sinal do pseudo-rim
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22
Q

Achados ultrassonográficos de estenose hipertrófica do piloro.

A
  • sinal do alvo
  • sinal do duplo trilho
  • sinal do cordão
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23
Q

Por que não é possível fazer o diagnóstico de estenose hipertrófica do piloro apenas com radiografia simples?

A

Porque esse exame não permite diagnóstico diferencial de exclusão com piloroespasmo (diagnóstico não cirúrgico).

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24
Q

Verdadeiro ou falso:
A estenose hipertrófica do piloro é uma emergência cirúrgica.

A

Falso.
O tratamento cirúrgico não é uma emergência.

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25
Q

Hipótese diagnóstica para sangramento digestivo indolor na pediatria.

A

Divertículo de Meckel.

Estrutura tubular na borda do íleo, antes da válvula íleocecal; anomalia congênita mais comuns do TGI e costuma ser descoberta por acidente. Porém, alguns divertículos de Meckel podem conter mucosa gástrica ectópica produtora de ácido gástrico. A ulceração causa sangramento crônico que pode se exteriorizar como hemorragia digestiva baixa ou sangramento oculto

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26
Q

Trombose de veia porta pode ter sangramento digestivo?

A

Sim!
Vamos pensar nesse diagnóstico quando o enunciado falar de varizes gástricas.

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27
Q

Exame mais sensível para o diagnóstico de divertículo de Meckel.

A

Cintolografia com tecnécio 99

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28
Q

Cite 2 diagnósticos diferenciais de estenose hipertrófica do piloro.

A
  • Piloroespasmo (diagnóstico não cirúrgico).
  • Atresia pilórica
29
Q

Diferença ultrassonográfica entre EHP e atresia pilórica.

A
  • EHP: espessamento persistente do músculo pilórico
  • Atresia pilórica: piloro anormal obliterado e de paredes finas.
30
Q

Emergência gastrointestinal cirúrgica mais comum do período neonatal.

A

Enterocolite necrotisante.

Ainda que metade dos casos apresentem boa resolução com o tratamento clínico, ainda é a principal emergência cirúrgica do TGI o período neonatal.

31
Q

Causa neonatal mais comum de síndrome do intestino curto.

A

Enterocolite necrotisante.

A síndrome do intestino curto é resultante de grandes ressecções do intestino delgado.

32
Q

Cite os achados nas imagens.

A

A - pneumatose intestinal
B - pneumoperitônio

33
Q

Qual o diagnóstico?

A

Encefalocele - protrusão do tecido nervoso e das meninges através de um defeito craniano.

É comum na deficiência de folato na gestação.
Seu prognóstico depende da associação de outras malformações.

34
Q

Por que não pensar em meningocele?

A

Imagem com aspecto “meio misto”: distalmente é mais preenchida por líquido enquanto proximal parece ter componente mais sólido.

Na meningocele tem apenas conteúdo líquido - LCR.

35
Q

Local mais comum de divertículo de Meckel.

A

borda antimesentérica do delgado, predominantemente no íleo.

36
Q

Verdadeiro ou falso:
A onfalocele é um defeito da parede abdominal causado por uma falha na junção da musculatura da linha pararretal durante o desenvolvimento embrionário.

A

Falso.
Essa é a descrição de gastrosquise.

O intestino médio se hernia no cordão umbilical para se desenvolver e retornar à cavidade abdominal após 4 semanas. A onfalocele ocorre quando há erro nesse retorno.

37
Q

Vínculo mental:
- Hidrocele comunicante
- Cisto de cordão espermático
- Hérnia inguinal

A
  • Hidrocele comunicante: piora ao longo do dia
  • Cisto de cordão espermático: dificilmente são redutíveis, pois se encontram ao redor do cordão espermático (é um tipo de hidrocele não comunicante).
  • Hérnia inguinal: normalmente é possível reduzir seu conteúdo.
38
Q

Diagnóstico diferencial entre cisto tireoglosso e cisto dermoide.

A

Ambos estão localizados em linha média do pescoço.
Porém, o ducto tireoglosso é uma imagem cística e que se move a protrusão da língua.

Já o cisto dermoide pode ter componente hipoecoico e estruturas calcificadas. Movem-se com o deslocamento da pele, indolores e podem ter aumento do volume (mesmo sem infecção associada).

39
Q

Definição de criptorquidia.

A

Ausência de testículo na bolsa escrotal.

Logo, mesmo se durante o exame, o médico achar o testículo e conseguir descer ele, ainda assim é criptorquidia.
Enare 2021.

40
Q

Principal fator de risco para criptorquidia.

A

Prematuridade.

41
Q

Cite 4 dicas para o diagnóstico de atresia duodenal na anamnse.

A

1) polidramnia
2) vômitos biliosos
3) ausência de distensão abdominal
4) peristaltimo de luta

42
Q

Diagnóstico de atresia de esôfago:
- pré-natal
- sala de parto
- pós parto:

A
  • pré-natal: USG com polidrâmnio
  • sala de parto: não progressão de sonda orogástrica na rotina de pesquisa
  • pós parto: radiografia simples de abdome:
    • ar no estômago: presença de fístula distal
    • abdome velado: sem fístula
43
Q

Padrão ouro para o diagnóstico de doença de Hirschsprung.

A

biópsia retal de sucção.

44
Q

Vínculo mental para doença de Hirschsprung.

A

Ausência de eliminação de mecônio nas primeiras 24 horas de vida + distensão abdominal.

45
Q

Masculino 2 anos com testículos não palpáveis bilateralmente e com história de irmão que morreu com 2 semanas de vida por causa de vômitos. Conduta?

A

USG pélvico pela suspeita de distúrbio de diferenciação sexual (DDS) - hiperplasia adrenal congênita.

46
Q

Lactente de 9 meses com constipação desde o nascimento. Apresenta há 4 dias distensão abdominal, febre e parada de eliminação de fezes.
Qual o diagnóstico e a conduta?

A

Enterocolite.
Quadro de base: provável doença de Hirschsprung.

Conduta: lavagem intestinal.

Distensão de cólon e ausência de fezes e gases no reto.
A complicação aguda de Hirshcsprung responde muito bem a lavagem intestinal.
Estaria indicada a cirurgia se houvessem sinais de complicação.

47
Q

Cite 3 fatores de risco para enterocolite necrotisante.

A

prematuridade, peso de nascimento < 1kg, alimentação artificial, colonização intestinal por certos tipos de bactéria e histórico de SFA.

48
Q

Por que pode haver trombocitopenia na enterocolite necrotisante?

A

Porque é uma inflamação intestinal de causa indeterminada associada à coagulopatia consumidora de plaquetas.

49
Q

Qual é o achado ultrassonográfico?

A

Lesão em alvo - intussuscepção intestinal.

50
Q

Cite 2 possíveis etiologias de intussuscepção intestinal.

A

1) Hipertrofia das placas de Peyer (pós infecção viral; pós VORH)
2) Divertículo de Meckel
3) Pólipo intestinal
4) Linfoma não Hodgkin.

51
Q

Abordagem na intussuscepção sem indicação de cirurgia.

A

Redução hidrostática ou pneumática com utilização de enemas.

52
Q

Indicações de cirurgia na intussuscepção (3).

A

1) Peritonite
2) Instabilidade hemodinâmica
3) Refratariedade (2 ou mais tentativas de redução hidrostática).

53
Q

Verdadeiro ou falso:

Indica-se ATB na intussuscepção.

A

Falso.

54
Q

Vísceras herniadas na onfalocele e na gastrosquise.

A

Onfalocele: intestino e fígado.
Gastrosquise: pode ser tudo.

55
Q

Qual a causa?
- onfalocele
- gastrosquise

A
  • onfalocele: defeito da linha média da parede abdminal
  • gastrosquise: defeito de fechamento da parede abdominal
56
Q

Cite 3 complicações na evolução do RN com onfalocele/gastrosquise.

A

1) Síndrome compartimental abdominal
2) Síndrome do intestino curto
3) Enterocolite.

57
Q

Qual o objeto impactado?

A

Bateria - sinal do duplo halo.

58
Q

Conduta na hérnia inguinal encarcerada na criança.

A

Reduzir e cirurgia precoce.
- SBP: entre 48h até 5 dias após o encarceramento.
- a criança não precisa ficar internada, mas deve sair do hospital com a cirurgia marcada.

59
Q

Quadro clínico da enterocolite necrotisante (4)

A

distensão abdominal
vômito bilioso
diarreia
enterorragia

60
Q

Exame físico da torção testicular (4)

A

Sinal de Angel: horizontalização
Sinal de Brunzel: testículo elevado
Teste de Rabinowitz: ausência de reflexo cremastérico
Sinal de Prehn ausente

61
Q

O que é sinal de Prenh?

A

Melhora da dor com elevação do testículo.
Se negativo fala a favor de torção testicular.

62
Q

Manejo na doença de Hirshprung

A

Manejo inicial: lavagem intestinal (na enterocolite sem sinais de complicação) + suporte (jejum, SNG, correções).

Definitivo: cirurgia

63
Q

Menina de 45 dias, previamente saudável, com história de vômitos logo após as mamadas, com início há uma semana de conteúdo de leite talhado.
Não está ganhando peso. Evacua diariamente em pequena quantidade.
Diagnóstico?

A

Estenose hipertrófica do piloro.

64
Q

Causas de hemorragia digestiva baixa em crianças. (2)

A

Intussuscepção intestinal
Divertículo de Meckel (sem dor geralmente).

65
Q

Como diferenciar estenose hipertrófica do piloro de DRGE?

A

Além da dor abdominal e dos vômitos biliosos, na EHP tem perda de peso e a criança mama muito.

Na DRGE é descrito um lactente que recusa o alimento.

66
Q

Massas cervicais laterais no RN. (2)

A

Higroma cístico
Cisto branquial

67
Q

Tratamento atresia esofágica.

A

1) Aspiração contínua de coto esofágico, ATB, suporte nutricional
2) Cirurgia.

68
Q

Caracterize o vômito da enterocolite necrotisante.

A

Vômito bilioso.