Abdome agudo inflamatório 01/11 Flashcards
Paciente idoso, com múltiplas morbidades, incluindo colelitíase.
Dor abdominal há 03 dias em cólica em QSD.
Murphy negativo e descompressão brusca positiva.
Laboratório: leucocitose. Enzimas canaliculares normais, assim como bilirrubina/amilase/lipase.
Qual o diagnóstico?
a. colecistite
b. tumor de cólon perfurado
c. diverticulite de delgado
d. isquemia mesentérica.
Diverticulite de delgado.
Não há alteração de vesícula na tomografia + laboratório normal.
Pela topografia, estamos vendo o abdome superior.
Quadro da isquemia é mais agudo e grave + peritonite é tardia + acidose e lactato.
Diagnóstico de colecistite aguda.
Critérios de Tokyo 2018.
A+B+C - confirmado.
A+B ou A+C - suspeito.
Achados característico de colecistite aguda no ultrassom. (5)
1) Espessamento da parede da vesícula > 4mm
2) Coleção pericolecística
3) Distensão vesicular
4) Cálculo impactado no infundíbulo
5) Murphy ultrassonográfico
Como deve ser a dieta enteral na pancreatite aguda se indicada?
Rica em proteínas
Pobre em lipídeos
Aporte energético diário entre 20 a 30 kcal/kg/dia.
Colecistite aguda - Tokyo II.
Leuco > 18.000
> 72 horas de duração
Massa palpável em QSD
Complicações locais (abscesso, peritonite, empiema, colecistite enfisematosa, colecistite gangrenosa)
Tratamento colecistite.
Ceftriaxone EV + Metronidazol EV
+ cirurgia
Cobertura de gram negativos: cefalosporinas (ceftriaxone, cefazolina, cefuroxima, cefotaxima), clindamicina, levofloxacino.
Cobertura de anaeróbios: metronidazol.
Diagnóstico de pancreatite aguda.
2 de 3 critérios:
Dor abdominal
Aumento > 3x o valor de referência de amilase ou lipase
Imagem compatível
Classificação de Atlanta - gravidade.
Pancreatite leve.
Pancreatite aguda moderadamente grave: falência orgânica transitória (< 48 horas) ou complicações (locais ou sistêmicas) sem associação com falência orgânica.
Pancreatite aguda grave: falência orgânica persistente ou de múltiplos órgãos.
Estes quadros são aqueles com maior risco de necrose pancreática infectada.
Conduta na necrose pancreática infectada.
Antibiótico (imipenem) +
Abordagem cirúrgica, mas esta deve ser postergada o quanto possível - pelo menos 14 dias após o início dos sintomas.
A abordagem minimamente invasiva pode ser realizada por meio de drenagem percutânea guiada por USG ou TC, drenagem endoscópica (drena-se a coleção para a pele)
Idealmente qualquer abordagem cirúrgica deve ser postergada para depois da quarta semana de evolução (melhor delimitação da necrose e redução da inflamação sistêmica).
Diverticulite aguda - classificação de Hinchey.
0 sem alterações tomográficas
Ia abscesso pericólico/mesentérico < 4cm
Ib abscesso pericólico/mesentérico > 4cm
II abscesso pélvico
III peritonite purulenta
IV peritonite fecal
Quais as falências orgânicas da classificação de Atlanta de pancretite? (4)
pO2 < 60mmHg
Cr > 2,0 após HV
PAS < 90mmHg
Sangramento TGI > 500mL/24 horas
Quais as complicações locais da classificação de Atlanta de pancretite? (4)
Necrose
Pseudocisto
Abscesso
Coleções fluidas
Indicação de CPRE na pancreatite aguda biliar. (2)
Colangite
Obstrução persistente do ducto biliar.
Qual o maior problema associado ao tratamento clínico de apendicite aguda no paciente jovem?
Taxa de recorrência, mesmo a curto prazo.
Principal causa de apendicite nas crianças/jovens e nos adultos.
Até 20 anos: hiperplasia linfoide
Adultos: fecalitos.