CASO 6 - LEISHMANIOSE VISCERAL Flashcards
CALAZAR BRASILEIRO
AGENTE ETIOLÓGICO
Leishmania chagasi.
LEISHMANIOSE
PRINCIPAL CARACTERÍSTICA - GÊNERO LEISHMANIA
2
- Dimorfismo:
- Presença de suas formas evolutivas
LEISHMANIOSE
REGIÃO DE MAIOR RISCO EPIDEMIOLÓGICO
Nordeste (especialmente Ceará).
LEISHMANIOSE
VETOR
Flebótomos (principal: Lutzomyia longipalpis).
“mosquito-palha, birigui ou tatuquira”
“Leishmaniose: Lutzomyia”
LEISHMANIOSE
RESERVATÓRIO
Cães.
LEISHMANIOSE
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
De 10 dias até 2 anos.
V ou F
Todo paciente que se infecta pela Leishmania adoece.
Falso.
Isso só acontece numa minoria dos casos! Estudos feitos na Bahia e no Ceará mostraram que a cada 11 a 18 pessoas infectadas pela L. chagasi apenas uma desenvolve as manifestações da doença.
LEISHMANIOSE
DIAGNOSTICO - INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA
Teste intradérmico de Montenegro
LEISHMANIOSE
Resposta imune capaz de conter processo infeccioso
Dependente de Linfócitos Th1
LEISHMANIOSE
Citocina que não consegue estimular eliminação das formas amastigotas de Leishmania
IL-10
LEISHMANIOSE
SINTOMAS - FORMA OLIGOSSINTOMÁTICA
6
- FEBRÍCULA,
- TOSSE SECA,
- ADINAMIA,
- DIARREIA,
- SUDORESE E
- DISCRETA HEPATOMEGALIA.
V ou F
A maioria dos que apresentam a forma oligossintomática evoluem com resolução espontânea o quadro
Verdadeiro.
60-70% dos pacientes vão evoluir com resolução espontânea em 3 a 6 meses.
LEISHMANIOSE
SINTOMAS - FORMA AGUDA
4
- FEBRE ALTA,
- CALAFRIOS,
- DIARREIA E
- ESPLENOMEGALIA ATÉ 5 CM DO RCE.
LEISHMANIOSE
ACHADOS NO HEMOGRAMA - FASE AGUDA
3
- PANCITOPENIA (HG < 10 G/DL, LEUCOMETRIA ENTRE 2.000-4.000/MM³,
- PLAQUETOMETRIA < 200.000/MM³);
- NÃO HÁ EOSINOFILIA.
LEISHMANIOSE
EVOLUÇÃO - FORMA CRÔNICA
- Seu curso é prolongado e insidioso com um
-
Período de incubação médio de 3-8 meses,
mas podendo ser tão curto quanto 10 dias ou tão longo quanto 3 anos.
LEISHMANIOSE
SINTOMAS - FORMA CRÔNICA
5
- FEBRE
PODE SER PERSISTENTE, COM DOIS A TRÊS PICOS DIÁRIOS, EM TORNO DE 38-38,5ºC, OU INTERMITENTE E IRREGULAR, COM PERÍODOS DE APIREXIA DURANDO DIAS A SEMANAS. - TOSSE SECA,
- MAL-ESTAR,
- ASTENIA E
- SINTOMAS GASTROINTESTINAIS.
LEISHMANIOSE
ACHADOS NO EXAME FÍSICO - FORMA CRÔNICA
5
- PALIDEZ CUTÂNEO-MUCOSA,
- DESNUTRIÇÃO,
- CABELOS QUEBRADIÇOS,
- PELE DE COLORAÇÃO PARDACENTA OU DE CERA VERMELHA(AMÉRICAS)
- ABDOME VOLUMOSO(POR CONTA DE UMA HEPATOESPLENOMEGALIA DE GRANDE MONTA).
LEISHMANIOSE
EXAMES LABORATORIAIS - FORMA CRÔNICA
7
- PANCITOPENIA EM GRAU VARIADO
- HEMOGLOBINA < 9 G/DL (ANEMIA NORMOCÍTICA NORMOCRÔMICA),
- LEUCOMETRIA < 3.000/MM³
- PLAQUETOMETRIA < 100.000/MM³;
- VHS ELEVADO;
- HIPOALBUMINEMIA + HIPERGAMAGLOBULINEMIA POLICLONAL – INVERSÃO DA RELAÇÃO ALB/GLB;
- DISCRETA ELEVAÇÃO DAS AMINOTRANSFERASES E RARAMENTE DAS BILIRRUBINAS.
LEISHMANIOSE
EXAMES DIAGNÓSTICOS
2
- Parasitológico: aspirado de medula óssea (preferencial) ou punção esplênica.
- Sorológico: teste rápido, IFI, ELISA rK39.
LEISHMANIOSE
EXAMES PARASITOLÓGICOS
2
- Aspirado de medula óssea (método preferencial) / Sensibilidade = 70%;
- Punção esplênica (risco de sangrar) Sensibilidade = 95%.
LEISHMANIOSE
EXAMES SOROLÓGICOS
3
- Teste rápido;
- IFI (escolha);
- ELISA rK39.
V ou F
O teste de Montenegro é sempre positivo durante a fase ativa da doença
Falso.
Sempre negativo
LEISHMANIOSE
TTO
Antimonial pentavalente.
LEISHMANIOSE
POSOLOGIA - ANTIMONIAL PENTAVALENTE
- 20 MG/KG/DIA DE ANTIMÔNIO (SB5+)
- POR VIA INTRAVENOSA OU INTRAMUSCULAR,
- ADMINISTRADA POR UM PERÍODO DE 20-30 DIAS CONSECUTIVOS,
- MÁXIMO DE 40 DIAS.
V ou F
EFEITOS COLATERAIS RARAMENTE JUSTIFICAM A SUSPENSÃO DA DROGA
Verdadeiro.
Efeitos colaterais podem ser observados em até 30% dos pacientes, mas raramente justificam a suspensão da droga.
LEISHMANIOSE
EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS
10+
- ARTRALGIAS,
- MIALGIAS,
- DOR ABDOMINAL,
- NÁUSEAS E VÔMITOS,
- AUMENTO DA AMILASE E LIPASE,
- ANEMIA,
- LEUCOPENIA,
- TROMBOCITOPENIA,
- HEMATÚRIA E
- ELEVAÇÃO DAS AMINOTRANSFERASES.
LEISHMANIOSE
ALTERAÇÕES ECG (2ª AO TTO)
Achatamento ou inversão da onda T e aumento do intervalo QT
LEISHMANIOSE
INDICAÇÃO - ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL OU DESOXICOLATO
4
- Gestantes;
- Imunodeprimido ou comorbidades;
- Extremos de idade (< 1 ou > 50 anos);
- Intolerantes ao glucantime.
LEISHMANIOSE
POSOLOGIA - ANFOTERICINA B
-
Anfotericina B desoxicolato (FUNGIZONE®):
0,5-1 mg/kg (até 50 mg) 1x/dia, correr IV lento, manter o tratamento até acumular 10 a 20 doses; -
Anfotericina B lipossomal (AMBISOME®):
3 mg/kg 1x/dia, IV, durante 7 dias.
LEISHMANIOSE
CRITÉRIOS DE CURA
CLÍNICO
12 meses após o tratamento e na última avaliação, se permanecer estável, é considerado curado.
LEISHMANIOSE
REINICIAR - INTERRUPÇÃO TTO
- Caso o paciente retorne antes de sete dias de interrupção da droga, completar o tratamento.
- Caso retorne após 7 dias de interrupção só não retorna se já tiver feito mais de 10 doses e estiver clinicamente estável.(observação)
LEISHMANIOSE
PROFILAXIA
3
- Detecção ativa e passiva de casos suspeitos de calazar, treinando os profissionais de saúde que atendem nas áreas endêmicas, para que o diagnóstico e a terapêutica sejam realizados de forma precoce, com isso reduzindo as fontes humanas do parasito.
- Detecção e eliminação de reservatórios infectados.
- Controle dos vetores flebotomíneos.
