Cap. 63 - Distúrbios Hidroelectrolíticos Flashcards
Existe um limiar osmótico de 285mOsm, acima do qual existe uma relação logarítmica entre a osmolalidade e o nível circulante de ADH.
F. Relação linear
A diminuição da volémia um estímulo directo e com perfil de resposta mais sensível do que o aumento da osmolalidade para a libertação de ADH.
F. O perfil de resposta é menos sensível
Estímulos não osmóticos para a secreção de ADH
Náuseas
Angiotensina II intracerebral
Serotonina
Fármacos
A relação entre a secreção de ADH e a osmolalidade é fracamente dependente do estado de volémia.
F. Fortemente dependente do estado de volémia.
A hipervolémia diminui o limiar osmótico de secreção da ADH e aumenta o declive da curva de resposta.
F. A hipervolémia aumenta o limiar osmótico e diminui o declive da curva.
A hipovolémia diminui o limiar osmótico de secreção da ADH e aumenta o declive da curva de resposta.
V
Os canais AQP-1 estão constitucionalmente activos.
V
Reabsorção do sódio ao longo do nefrónio
TCP - 66%
Ansa de Henle - 25-30%
TCD - 5-10%
A maioria do sódio ingerido diariamente é excretado na urina.
F. É reabsorvido (99.6%). Apenas 100mmol são excretados - fine tuning.
O cloro, juntamente com o sódio, é reabsorvido nas células principais do tubo colector, no ENaC.
F. É reabsorvido nas células intercaladas.
O transportador do canal de cloro na célula intercalada é a Bartina.
F. Pendrina
A activação do ENaC leva a um aumento da reabsorção de sódio com consequente excreção de potássio.
V
A angiotensina II diminui a reabsorção proximal de sódio.
F. Aumenta
A dopamina tem efeito natriurético.
V
O SNS aumenta a reabsorção proximal de sódio e cloro.
V
A aldosterona aumenta a reabsorção distal de sódio e cloro.
V
A diurese osmótica pode estar associada a hipovolémia, hiponatrémia hipovolémica e hipernatrémia.
V
A perda maciça de água leva frequentemente a casos graves de hipovolémia.
F. A perda livre de água leva menos frequentemente a hipovolémia porque o VLEC mantém a tonicidade pelo sódio, que é o principal ião extracelular, fazendo com que a água passe do meio intracelular para o meio extracelular.
Diariamente, aproximadamente 98% da água é reabsorvida no TGI, sendo que as perdas rondam os 500ml.
F. 100-200mL
As perdas insensíveis de água são a principal via de perda de água.
V. 500-650mL por dia
Aumento das perdas insensíveis (5)
Febre
Hiperventilação - principalm/ em doentes ventilados
Exposição prolongada ao calor
Ar seco, com baixa humidade
Exercício ou aumento da temperatura ambiental
A passagem de LEC para o 3º espaço pode ser devida a um aumento da permeabilidade capilar ou ao aumento da pressão oncótica.
F. Diminuição da pressão oncótica
Causas de perdas de LEC para o 3º espaço, interstício ou exterior (7)
Sépsis Queimadura Pancreatite Peritonite Hipoalbuminémia Oclusão intestinal Hemorragia - extracorporal ou cavidade expansível
Causas de hemorragia potencialmente fatal (3)
Orofaringe
Retroperitoneu
SNC
Uma anamnese cuidadosa permite habitualmente determinar a etiologia da hipovolémia.
V
À medida que a gravidade da hipovolémia evolui, pode surgir cianose e dor precordial.
V
Sinais pouco fidedignos de hipovolémia (2)
Diminuição do turgor cutâneo
Secura das mucosas
Sinais fidedignos de hipovolémia (3)
Diminuição do PVJ
Taquicardia ortostática
Hipotensão ortostática
A taquicardia ortostática corresponde ao aumento de 15 a 20bpm com o ortostatismo.
V
A hipotensão ortostática corresponde à diminuição de 30-40mmHg com o ortostatismo.
F. 10-20mmHg
Os vómitos levam a uma condição de hipovolémia com alcalose metabólica e aumento da excreção urinária de sódio.
V
Numa situação de hipovolémia e alcalose, o sódio continua a ser o indicador de maior acuidade do estado de volémia do doente.
F. Passa a ser o cloro - o sódio está a ser excretado - aumento do sódio urinário; como o sódio anda sempre com o cloro nos vasos (NaCl), o cloro vai ser o indicador que como está a concentração de sódio, ou seja, como está a volémia do doente.
Uma diminuição da TFG provoca uma hipocaliémia.
F. Hipercaliémia - uma diminuição da TFG leva a uma diminuição do aporte distal de Na+. Se chega lá pouco sódio, o rim assume que ele foi todo reabsorvido já atrás (porque é onde se reabsorve mais sódio) e então não reabsorve sódio. Assim, cria-se potencial negativo, secretam-se cargas positivas, que são o potássio e então cria-se hipercaliémia.
A concentração plasmática de sódio nada nos diz sobre o estado volémico de um paciente.
V - Com a mesma concentração de sódio, por exemplo uma hiponatrémia, podemos ter uma hiponatrémia hipovolémia, normovolémica e hipervolémica.
Na hipoNa hipoV, há uma diminuição muito mais marcada de água relativamente ao sódio.
F. Há diminuição mais marcada de sódio
Na hipoNa hiperV, há uma diminuição muito mais marcada de água relativamente ao sódio.
F. Há um aumento muito mais marcado de água relativamente ao aumento de sódio.
Causas de hipoNa hipoV - causas renais (5)
Deficiência de aldosterona Diurese osmótica Diuréticos Síndrome de Cerebral Salt Wasting Nefropatias expoliadoras de sal
Nefropatias expoliadoras de sal (5)
Nefropatia de refluxo Nefropatias intersticiais Uropatia pós-obstrutiva Doença quística medular NTA
Um UCl de < 25 é indicador de hiponatrémia.
V. Nas condições em que há hipovolémia com alcalose metabólica.
As soluções colóides para o tratamento da hipoNa hipoV são superiores às soluções cristalóides.
F. Não são superiores.
O grau de hiponatrémia é um marcador directo associado à activação neurohormonal e é um importante indicador do prognóstico na hiponatrémia hipervolémica.
F. Marcador indirecto
Causas de hiponatrémia aguda (8)
Pós operatório na mulher pré-menopausa Instituição recente de tiazidas Instilação de glicina Polidipsia Ecstasy/MDMA Fluídos hipotónicos que causem aumento de ADH Preparação para colonoscopia Exercício
Cerca de 70% dos pacientes com SIADH apresentam natrémia inferior a 130 à apresentação.
F. Apenas 10%
A hiponatrémia aguda sintomática é mais comum nos homens.
F. Mulheres
Define-se hiponatrémia crónica como uma hiponatrémia mantida por mais de 24h.
F. 48h
Na hiponatrémia crónica, verifica-se o efluxo de osmólitos orgânicos das células cerebrais, numa tentativa de equilibrar o gradiente osmótico, com consequente saída de água para o interstício.
V
O síndrome de desmielinização osmótica ocorre com uma errada correção demasiado lenta da hipoNa.
F. Correcção demasiado rápida
> 8-10mM em 24h ou > 18mM em 48h
A mielinólise pôntica central normalmente ocorre um dia após uma correcção excessivamente rápida da hipoNa.
V
Só a correcção rápida da hipoNa se associa a síndrome de desmielinização osmótica.
F. A correção lenta associa-se em doentes com factores de risco
Factores de risco para síndrome de desmielinização osmótica com correcção lenta de sódio
Alcoolismo
Desnutrição
HipoK
Transplante hepático
Estruturas afectadas no SDO (6)
Protuberância Cerebelo Corpo geniculado lateral Tálamo Putamen Córtex/Subcórtex
O tempo de semi-vida da ADH são cerca de 1-2h.
F. 10-20min
Reabsorção de Na no nefrónio
TCP - 66%
Ansa - 25-30%
TCD - 5-10%