Cap. 342 - Nefrolitíase Flashcards
Os cálculos de sais de cálcio podem ser de fosfato (75%) ou de oxalato (15%).
F. Oxalato (75%) e fosfato (15%).
8% do total dos cálculos são de ácido úrico.
V
Cerca de 19% das mulheres e 9% dos homens vão desenvolver pelo menos um cálculo ao longo da vida.
F. 19% homens e 9% mulheres
A recorrência da maioria, senão mesmo de todos os cálculos, pode ser prevenida com a avaliação cuidadosa e recomendações direcionadas.
V
Uma vez diagnosticado um cálculo renal, é essencial a prevenção da recorrência.
V
A diminuição da ingestão diminui a formação de cálculos mas contribui para diminuir a densidade óssea.
F. Aumenta a formação de cálculos.
Existe relação entre o oxalato urinário e o risco de formação de cálculos e essa relação parece ser contínua.
V
O cut-off definido para a excreção normal de oxalato é 3.5 mg/dL).
F. Não existe cut-off.
O citrato urinário é um inibidor da formação de cálculos de sais de cálcio mas não há relação entre a diminuição da concentração urinária de citrato e o risco de nefrolitíase por cálculos de sais de cálcio.
F. Quanto menor o citrato urinário, maior o risco.
Ainda não foram determinados determinantes genéticos de formas comuns de nefrolitíase, no entanto há distúrbios monogénicos raros e bem caracterizados que causam doença litiásica.
V
O aumento da excreção urinária de cistina pode contribuir para a formação de cálculos de cistina.
V
A compressão ureteral extrínseca normalmente apresenta-se por cólica renal.
F. Não se apresenta
Apenas 20% das pessoas que formam um cálculo terão recorrência nos 10 anos seguintes.
F. Mais de 50%
Evitar altas doses de vitamina C é a única estratégia conhecida para reduzir a síntese endógena de oxalato.
V
A restrição extrema de oxalato diminui brutalmente a recorrência dos cálculos com este sal.
F. Não reduz a recorrência e é deletéria para a saúde.
O oxalitunol é uma terapêutica disponível para os doentes com nefrolitíase, que altera a flora intestinal de modo a alterar a absorção e consequente excreção urinária de oxalato.
F. Não existem terapêuticas que alterem a flora.
O alopurinol reduziu a recorrência de cálculos em pacientes com cálculos de oxalato de cálcio e níveis de ácido úrico.
V
A DASH é a dieta recomendada para a prevenção da nefrolitíase.
V
O volume urinário é o principal determinante da solubilidade do ácido úrico.
F. pH
A prevenção da nefrolitíase por cálculos de ácido úrico passa por reduzir a ingestão de alimentos ricos em purinas.
V
O alopurinol e o febuxostat reduzem a excreção de ácido úrico em apenas 10%.
F. 40-50%
Na nefrolitíase por cálculos de estruvite, o pH urinário pode atingir valores > 8.
V
Os cálculos de estruvite podem desenvolver cálculos coraliformes, que preenchem a pelve renal.
V
O tipo de cálculo influencia o tratamento preventivo mas não o prognóstico.
F. Influencia os dois
A incidência da nefrolitíase varia com a idade, sexo e raça.
V
Os afro-americanos têm uma prevalência 50% mais alta de desenvolver nefrolitíase do que os caucasianos.
F. 50% mais baixa
A má absorção GI predispõe à nefrolitíase.
V
O hipertiroidismo primário predispõe à nefrolitíase.
F. Hiperparatiroidismo primário
A colelitíase é mais provável num doente com nefrolitíase.
V
O diagnóstico de rim esponja medular é essencial para o tratamento da nefrolitíase decorrente desta condição.
F
O citrato sérico é o inibidor de cálculos de cálcio clinicamente mais importante.
F. Urinário
A maioria dos cálculos de oxalato de cálcio formam-se no fosfato de cálcio na extremidade da papila.
V.
Os cálculos de fosfato de cálcio formam-se na placa de Randall.
F. Oxalato de cálcio.
O processo de formação de cálculos pode iniciar-se anos antes de cálculo clinicamente detectável.
V
O aumento da ingestão de cálcio dietético, proveniente da dieta ou de suplementos, está relacionado com menor risco de nefrolitíase.
F. Os suplementos aumentam o risco de nefrolitíase.
O oxalato dietético é um factor de risco forte para nefrolitíase.
F. Factor de risco fraco
O oxalato urinário é um factor de risco forte para nefrolitíase.
V
A absorção de oxalato pode estar aumentada nos indivíduos que formam cálculos.
V
Deve evitar-se a ingestão elevada de oxalato.
V
Deve evitar-se os suplementos de vitamina C em doentes formadores de cálculos de fosfato de cálcio.
F. Oxalato de cálcio
Os fitatos e o magnésio diminuem o risco de litíase de forma consistente.
F. Forma inconsistente.
Os suplementos de vitamina B6 em altas doses beneficiam os doentes na prevenção de nefrolitíase.
F. Os doentes com hiperoxalúria primária tipo 1. Benefício incerto nos outros doentes.
O risco de litíase aumenta à medida que o volume urinário diminui.
V
O aporte de líquidos é o principal determinante do volume urinário, devendo-se fomentar a ingestão de qualquer tipo de líquido aos doentes.
F. Refrigerantes aumenta o risco.
Idade, raça, IMC, geografia e ambiente são factores de risco para nefrolitíase.
V
A relação entre o cálcio urinário e o risco de nefrolitíase parece ser contínua.
V
A perda renal primária de cálcio é uma causa comum de hipercalciúria.
F. Causa rara.
A relação entre o oxalato urinário e o risco de nefrolitíase, ao contrário do cálcio, não parece ser contínua.
F. É contínua.
O oxalato dietético é o principal factor de risco e o que pode ser modificável.
V
Os motivos pelos quais doentes apresentam níveis urinários de citrato baixos são conhecidos.
F
A acidose aumenta a secreção do citrato filtrado e consequentemente diminui o risco litiásico.
F. Aumenta a absorção de citrato logo aumenta o risco.
Niveis elevados de ácido úrico não parecem estar associados ao risco de formar cálculos de oxalato de cálcio.
V
Os cálculos de oxalato de cálcio formam-se preferencialmente em pH ácido.
F. São indiferentes ao pH
O início dos sinais/ sintomas de nefrolitíase dão informação sobre o momento da formação do cálculo.
F
A hematúria macroscópica é uma forma de apresentação comum do episódio litiásico agudo.
V
Diverticulite aguda entra no DDx de cólica renal.
V. Dor no bordo superior esquerdo da bacia.
A ausência de hematúria exclui litiase.
F
A análise de urina geralmente evidencia eritrócitos e leucócitos.
V
A análise de urina pode evidenciar cristais de cistina, que são bipiramidais.
F. São hexagonais
O tratamento dos sintomas deve preceder a confirmação radiológica.
V
A TC helicoidal sem contraste é o exame de eleição mas uma desvantagem é o facto de não evidenciar sinais de passagem recente.
F. Evidencia!
A Rx abdominal não detecta a maioria dos cálculos ureterais.
V
Devemos hidratar agressivamente todos os doentes.
F. Manter a euvolémia
Os opióides são mais eficazes que os AINEs parentéricos no tratamento da dor.
F.
Os antagonistas a-adrenérgicos podem aumentar a taxa de passagem espontânea do cálculo.
V
Se a dor estiver controlada e a via oral estiver mantida, a hospitalização pode ser controlada.
V
Na presença de um cálculo com > 5 cm, deve ser feita intervenção urológica imediata.
F. > 6cm
Caso o doente apresente dor refractária, ITU, anormalidade anatómica ou cálculo maior ou igual a 6cm, deve ser realizada intervenção urológica.
V
A colocação de um stent ureteral está associada ao aumento do risco de ITU e pode causar hematúria macroscópica.
V
A nefrostolitotomia percutânea tem maior probabilidade de resolver cálculos grandes do TU superior.
V
Se cálcio sérico normal ou aumentado em doente com nefrolitíase, deve pedir-se a PTH sérica.
V
Em indivíduos assintomáticos com cálculos renais residuais, é frequente a presença de leucócitos e eritrócitos na análise de urina.
V
A cristalúria é um fraco preditor de risco de formação de novos cálculos.
F. Forte preditor
Os resultados da colheita de urina 24h são a base para as recomendações terapêuticas, bem como para a análise da composição do cálculo.
F. Não se analisa cálculo da urina de 24h.
Testes especializados, como a carga ou restrição de cálcio estão recomendados e influenciam as recomendações clínicas
F
No caso de não ter sido realizada uma TC helicoidal durante um evento agudo, esta perda a utilidade diagnóstica.
F. Útil para estabelecer a carga litiásica basal
Um estudo imagiológico, mesmo que subóptimo, pode detectar um cálculo residual.
F. Os subóptimos podem não detectar.
A evidência imagiológica de um 2º cálculo deve ser considerada uma recorrência.
V
A TC helicoidal é o exame de escolha para follow-up em todos os doentes.
F. Devido à radiação, só se usa se os resultados alterarem a estratégia Tx.
A Eco renal ou a Rx abdominal são os exames de escolha para follow-up devido à ausência de radiação.
V
O DU deve ser superior a 3L/dia para diminuir a probabilidade de formação de cristais.
F. 2L/dia
Os fluídos devem ser ingeridos livremente, independentemente com o volume de urina de 24h.
F. De acordo com o volume - se o volume for 1.5L, devemos aumentar o aporte em mais 0.5L
A restrição de cálcio dietético é benéfica na prevenção da nefrolitíase.
F.
Deve ser evitada a ingestão excessiva de cálcio (>1200mg/dia)
V
As tiazidas, em doses inferiores às da HTA, podem diminuir substancialmente a excreção urinária de cálcio.
F. Doses superiores
As tiazidas podem diminuir a recorrência de cálculos de oxalato de cálcio em 50%.
V
Os bisfosfonatos estão recomendados para a prevenção de litíase.
F.
Está recomendado o consumo de alimentos alcalinos por aumentarem o citrato urinário.
V
Os sais de sódio, embora aumentem o citrato urinário, não estão recomendados.
V
Na prevenção dos cálculos de fosfato de cálcio, devem ser dados suplementos alcalinos, sem necessidade de monitorização do pH urinário.
F. Os de oxalato de cálcio não têm associação com o pH e então deve monitorizar-se o pH urinário.
Os cálculos de fosfato de cálcio são mais comuns em doentes com ATR distal e hiperPTH primário.
V
A acidificação da urina é mais fácil do que a sua alcalinização.
F.
Na prevenção dos cálculos de cistina, o foco é aumentar a solubilidade de cistina, que acontece em pH baixo.
F. pH elevado.
Os cálculos de estruvite formam-se apenas quando o TU superior está infectado com bactérias produtoras de urease.
V
Na prevenção dos cálculos de estruvite, deve ser realizada prevenção de ITU, podendo ser considerado como Tx o ácido acetohidroxâmico.
V
Aciclovir, indanavir e anfotericina B podem dar cálculos.
F. Triantereno