Cap. 335 - Doença Renal Crónica Flashcards
Os estadios da DRC são definidos pela TFG e pelo grau de albuminúria.
V
O risco de agravamento da função renal não tem relação com a quantidade de albuminúria.
F. Está intimamente relacionado.
A excreção de albumina durante 24 horas pode ser aproximada usando o ratio albumina/creatinina numa amostra urinária.
V. Idealmente a primeira urina da manhã
DRET é o estadio em que a acumulação de toxinas, fluidos e electrólitos resulta em síndrome urémico.
V
O síndrome urémico leva inexoravelmente à morte.
F. Excepto se toxinas removidas por TSFR
O síndrome urémico corresponde ao estadio 5 da DRC.
V
Os mecanismos de progressão da DRC são dependentes da etiologia subjacente causadora de lesão.
F. Os mecanismos desencadeadores é que são, os de progressão são independentes.
Os mecanismos de progressão da DRC consistem na hipertrofia e hiperfiltração dos nefrónios remanescentes.
V
Quando a hiperfiltração glomerular é mal adaptativa, há distorção da arquitectura glomerular, com função anormal dos podócitos e disrupção da barreira de filtração.
V
O aumento da actividade intra-renal do SRAA é responsável pelos mecanismos de progressão da lesão renal.
V
O declínio progressivo da função renal observa-se após vários anos.
V
Factores de risco da DRC (13)
Baixo peso ao nascimento Obesidade infantil Hipertensão DM Doença auto-imune Idade avançada Ascendência africana Hx familiar de doença renal Episódio prévio de LRA Proteinúria Sedimento urinário anormal Anormalias estruturais do trato urinário Variantes do gene APOL1
A hiperuricémia não é factor de risco para DRC.
F. Talvez por via de lesão endotelial
As equações utilizadas para calcular a TFG são igualmente válidas nos doentes com DRC.
F. São válidas apenas nos doentes em estado de equilíbrio, isto é, com creatinina sérica sem estar a aumentar ou a diminuir ao longo de dias.
As equações utilizadas para calcular a TFG são úteis para diagnosticar uma LRA.
F. Utiliza-se a creatinina sérica ou o DU.
O declínio médio anual normal da TFG com a idade é 1mL/min/1.73 ao ano.
V
O valor médio da TFG num doente com 70 é 70mL/min/1.73, sem uma verdadeira perda da função renal.
F. Uma TFG baixa significa uma verdadeira perda de função renal.
A TFG média é maior nas mulheres do que nos homens.
F
Apenas uma elevação marcada na creatinina sérica indica uma redução significativa na TFG.
F. Uma elevação discreta indica uma redução significativa na TFG na maioria dos indivíduos.
O ratio albumina/creatinina correlaciona-se de forma perfeita com a amostra de urina 24h.
F. Correlaciona-se bem mas não de forma perfeita.
A microalbuminúria é um bom teste de rastreio para deteção precoce de doença renal.
V
A microalbuminúria é um marcador de doença microvascular.
V
Mesmo na presença de albuminúria, há indicação para avaliar a microalbuminúria.
F.
A albuminúria é FR major para doença CV.
V
Os estadios 1 e 2 da DRC não têm sintomas associados à diminuição da TFG.
V
Praticamente todos os sintomas da DRC surgem no estadio 4, estando inexoravelmente presentes no estadio 5.
F. Surgem no 3, estão presentes no 4 excepto a neuropatia periférica, que só se torna clinicamente evidente no 4.
Nos estadios 3 e 4, virtualmente todos os sistemas orgânicos estão afectados.
V
Uma das complicações mais evidentes dos estadios 3 e 4 da DRC é o cansaço fácil.
V
Muitos doentes têm TFG estimadas compatíveis com DRC 2 ou 3, sendo que apenas uma minoria não apresenta deterioração adicional da função renal.
F. A maioria não apresenta
A incidência de doentes com DRC estadios 1 ou 2 é de 15%.
F. 6%
A incidência de doentes com DRC estadios 3 ou 4 é de 4.5%
V
Uma das principais etiologias de DRC são as glomerulonefrites.
V
Apenas 40% dos doentes com DRC têm HTA.
F. Mais de 80%
Na ausência de evidência de doença glomerular ou tubulointersticial primária, a DRC é frequentemente atribuída à HTA.
V
A nefroesclerose e hipertensão progressivas como manifestação renal de uma doença vascular sistémica frequentemente poupam os vasos cardíacos e cerebrais.
F.
A DRC tem uma incidência estável em idosos.
F. Incidência crescente
A maioria dos doentes nos estadios iniciais de DRC morre das consequências cardio e cerebrovasculares da doença.
V
São FR major de doença cardiovascular a albuminúria e a redução mínima da TFG.
V
As concentrações séricas de ureia e creatinina contribuem para o síndrome urémico.
F. Não contribuem
O metabolismo anormal dos HC, das gorduras e das proteínas está envolvido na fisiopatologia do síndrome urémico.
V
No síndrome urémico, há aumento dos marcadores negativos de fase aguda
F. Há diminuição dos marcadores negativos, com aumento da PCR e de outros marcadores de fase aguda.
As manifestações da urémia praticamente desapareceram devido à diálise.
V
Todos os distúrbios relacionados com o síndrome urémico desapareceram com o advento da diálise.
F. Os distúrbios neuromusculares, o prurido, a hiperpigmentação e a disfunção hormonam mantêm-se
Na maioria dos doentes com DRC estável, há um aumento modesto do sódio corporal total, bem como um aumento modesto da água corporal total que são frequentemente perceptíveis ao exame clínico.
F. Não são perceptíveis
Se a excreção de água superar a ingestão, a expensão do VLEC é isotónica e a concentração de sódio é normal.
V
O aumento inadequado da ingestão de sódio leva a uma expansão do VLEC sem agravemento da lesão dos nefrónios.
F. Expansão do VLEC - HTA - acelera lesão dos nefrónios
A hiponatrémia é comum nos doentes com DRC.
F. Não é comum
Se houver sinais de aumento do VLEC, está recomendada a restrição da ingestão de sal.
V
Nos estadios 3 a 5 da DRC, as tiazidas são o fármaco de eleição para tratar a expansão da volémia.
F. Tiazidas têm pouca utilidade – dar diuréticos de ansa.
Na DRC, se houver resistência aos diuréticos de ansa, devemos acrescentar metolazona.
V
A resistência permanente aos diuréticos associada a edema e HTA intratáveis é uma indicação relativa ao início de diálise.
F. Indicação absoluta.
A diminuição da capacidade de conservação renal de água e sódio acomete alguns doentes com DRC.
V
A redução da TFG acompanha-se necessariamente com redução da excreção de potássio.
F. Não se acompanha
O aumento da excreção de potássio no TGI é um dos mecanismos de defesa contra a retenção de potássio.
V
Perante vómitos, um doente com DRC tem maior susceptibilidade à depleção do VLEC.
V
Numa agudização de DRC por depleção do VLEC, é frequentemente necessário o uso de diálise.
F. Reposição cuidadosa do volume com soro isotónico.
Causas de hipercaliémia (7)
Aumento da ingestão de K Catabolismo proteico Hemólise Hemorragia Transfusão de GV Acidose metabólica Fármacos que inibem a excreção renal de K
A hipocaliémia é comum na DRC.
F
A acidose metabólica é comum na DRC.
V
A maioria dos doentes com DRC não consegue acidificar a urina.
F. Consegue acidificar mas produzem menos amónia.
A hipercaliémia e a acidose metabólica hiperclorémica são frequentes mesmo nos estadios iniciais de DRC.
V
Com a deterioração da função renal, a excreção urinária total de ácido é limitada a 40mmol/dia.
V
Com a progressão da DRC, a acidose metabólica com aumento do anion gap progride para uma acidose metabólica sem aumento do anion gap.
F. A progressão tem aumento do anion gap.
A acidose metábolica é grave na maioria dos doentes.
F. É ligeira
Geralmente a correção da acidose metabólica é feita com bicarbonato de sódio oral.
V
Apenas os graus marcados de acidose metabólica estão associados a catabolismo proteico.
F. Graus modestos
A suplementação alcalina pode atenuar o estado catabólico.
V
A suplementação alcalina não tem efeitos na progressão da DRC.
F. Pode atrasar a progressão
Está recomendada suplementação alcalina quando o bicarbonato sérico é inferior a 15.
F. Inferior a 20-23
A nefropatia com perda salina é comum nos doentes com DRC.
F. Rara
A lesão clássica do hiperparatiroidismo secundário é a osteomalácia.
F. Osteíte fibrosa quística
A diminuição da TFG está associada a uma diminuição da excreção de fosfato, o que diminui a síntese de FGF-23
F. Aumenta
O aumento do FGF-23 associa-se a um aumento da síntese de PTH.
V