Cap. 336 - Diálise no Tratamento da Insuficiência Renal Flashcards
A diálise peritoneal é raramente usada nos países desenvolvidos.
V
A incidência de DRT é de cerca de 350 casos por milhão por ano.
V
As variantes do gene APOL1 aumentam a frequência de DRC não diabética em toda a população
F. Africanos e hispânicos
A diálise peritoneal é mais frequentemente usada nos países mais pobres.
V
Causas mais prevalentes de DRT (5)
Diabetes (45%) HTA (30%) Glomerulonefrites Doença renal poliquística Uropatia obstrutiva
Principais etiologias de DRC
Nefropatia diabética Glomerulonefrites Nefropatia hipertensiva Doença renal poliquística Outras nefropatias
A TM dos pacientes em diálise diminuiu ligeiramente, continuando muito elevada.
V
A SV a 5 anos dos pacientes em diálise é de apenas 20%.
F. 35-40%
As principais causas de morte dos doentes em diálise são as infecções (40%), seguidas de complicações CV (10%).
F. São estas duas mas com as percentagens trocadas.
Preditores de mortalidade dos doentes em diálise (6)
Sexo masculino Idade avançada Raça não-negra Diabetes Desnutrição Patologia cardíaca subjacente
Critérios para início de diálise de manutenção (6)
Urémia sintomática Hipercaliémia refractária Expansão volémica refractária Acidose refractária Diátese hemorrágica TFG < 10mL/min
Há benefício em iniciar diálise quando a TFG está entre 10-14 para evitar progressão para urémia sintomática.
F. Não há benefício entre iniciar a diálise com aquela TFG ou apenas quando surgem os sintomas urémicos.
Apesar da diálise peritoneal ser muito menos eficiente do que a hemodiálise, os outcomes são similares entre as duas técnicas.
V
A hemodiálise é a escolha preferida em 90% dos casos.
V
A hemodiálise baseia-se no princípio de difusão de um soluto através de uma membrana permeável.
F. Semipermeável
A troca de solutos na hemodiálise baseia-se apenas na taxa de transporte por difusão.
F. Também há troca de solutos por convecção - solvent drag: arrastamento dos solutos com a água devido à ultrafiltração.
Quanto maior o gradiente de concentração de uma molécula, maior a sua taxa de transferência.
V
A porosidade da membrana, o tamanho da molécula e as condições de fluxo influenciam a eficácia da hemodiálise.
V
O dialisador mais comum é o de fibras sintéticas.
F. Fibras ocas
O dialisado passa na zona interna do feixe de fibras do dialisador.
F. Zona externa.
A maioria dos dialisadores são compostos por membranas sintéticas biocompatíveis, uma vez que as membranas bioincompatíveis causavam activação linfocitária.
F. Activação do complemento.
Concentrações no dialisado (3)
Potássio: 0-4
Cálcio: 1.25
Sódio: 136-140
No caso de os doentes se queixarem de episódios de hipotensão frequente, devemos fazer regulação do sódio, com concentrações mais baixas no início do tratamento, aumentando sucessivamente ao longo da sessão.
F. Começar com sódio alto, ir baixando até à concentração pretendida (136-140)
A regulação do sódio na hemodiálise pode predispor a um balanço positivo de sódio e a um aumento da sede, sendo isto indesejável em HTA e em doentes com aumento de peso interdialítico.
V
Na criação de uma FAV, há anastomose de uma artéria a uma veia, com consequente arterialização da veia.
V
Os vasos comummente usados para a criação de uma FAV são a artéria radial com a veia cefálica.
V
Uma das desvantagens da FAV é a sua menor taxa de patência a longo prazo.
F. A FAV tem a maior taxa de patência a longo prazo
Desvantagens da FAV são a possibilidade de não maturarem o suficiente para servirem de acesso e o facto de poderem sofrer trombose.
V
Os enxertos ou o catéter são preferencialmente usados em doentes com veias de pequeno calibre, veias danificadas ou após hospitalização prolongada.
V
O enxerto, relativamente ao catéter, apresenta maior taxa de falência do acesso mas muito menor taxa de infecção.
F. Tanto o enxerto como o catéter apresentam maior taxa de falência do acesso e maior taxa de infecção.
A principal complicação do enxerto é a sua trombose, com consequente falência, devido à hiperplasia da média na anastomose enxerto-veia.
F. Hiperplasia da íntima.
A angioplastia guiada por catéter é útil para fazer a dilatação da estenose em casos de falência de enxertos ou FAV.
V
Não há forma de fazer o reconhecimento precoce da falência eminente de um acesso vascular.
F. A monitorização das pressões venosas de diálise e fluxo venoso tem essa utilidade, mas não são realizadas por rotina.
O facto de se utilizarem catéteres tunelizados fez aumentar o risco de infecções.
F. A tunelização diminui o risco de infeção.
Os catéteres podem ser a última linha para diálise, quando a FAV e o enxerto falharam.
V
A maioria dos catéteres são colocados na VJI, podendo também ser colocados na VJE, na subclávia e na femoral.
V
O procedimento dialítico consiste em bombear sangue através do dialisador a uma velocidade de 500-800mL/min num mecanismo de contracorrente ao dialisado, que circula a uma velocidade de 300-500 mL/min.
F. As velocidades estão trocadas:
- Sangue: 300-500
- Dialisado: 500-800
A eficácia da diálise depende apenas das características do dialisador.
F. Depende das características do dialisador e de ambos os fluxos.
A dose de diálise deve ser individualizada conforme o tamanho e idade do doente, a função renal residual, a ingestão proteica, o grau de anabolismo/catabolismo e as comorbilidades.
F. A idade não entra aqui!
A dose de diálise é definida como a fração da clearance de creatinina durante um único tratamento.
F. Clearance de ureia
A dose de diálise é o método padrão para avaliar a adequação da diálise.
V
Estudos mostraram diferenças na mortalidade associadas a grandes clearances de ureia.
F. Não mostraram – outros factores devem ser considerados
As metas actuais para a diálise são uma redução da ureia em mais de 65-70% e um KT/V > 1.2
V
Na maioria dos pacientes são necessárias 3 sessões semanais, perfazendo um total de 9 a 12h.
V
Estudos mostram que 6 sessões de diálise semanais, comparativamente ao normal (3 sessões), não influenciam positivamente o controlo da HTA e da massa VE.
F. Frequent Hemodyalisis Network Trial aumentou o controlo da HTA, da hiperfosfatémia e da condição física, com diminuição da massa do VE.
A hemodiálise nocturna frequente teve impacto na diminuição da massa VE e na condição física.
F. Não teve.
Diálise só ao fim de semana aumentou a mortalidade e hospitalizações por IC.
V
Principais complicações da hemodiálise (4)
Hipotensão
Reacção anafilática
IC alto débito
Cãibras musculares
A hipotensão, a complicação aguda mais comum da hemodiálise, é mais comum em pacientes diabéticos.
V
A substituição do bicarbonato pelo acetato no dialisado veio diminuir a frequência das hipotensões.
F. Foi a substituição do acetato pelo bicarbonato.
Factores que aumentam o risco de hipotensão
Ultrafiltração exagerada Reserva cardíaca reduzida Abuso de anti-HTA Desvio osmolar Resposta vasoactiva/autonómica deficiente
A midodrina, sendo um agente vasopressor, está indicada na prevenção da hipotensão.
F. Não tem evidência suficiente
O tratamento da hipotensão associada à diálise é a descontinuação da ultrafiltração com fluidoterapia.
V
Estados de alto débito (5)
Tireotoxicose Beriberi Gravidez Anemia crónica FAV
As cãibras são uma complicação comum e resultam de alterações na perfusão muscular por remoção excessiva ou rápida de volume ou remoção abaixo do peso seco.
V
A redução do volume removido pode prevenir o aparecimento de cãibras.
V
As reações anafiláticas do tipo A são por hipersensibilidade mediada por IgE, podendo evoluir para anafilaxia.
V
As reações anafiláticas do tipo A surgem minutos após o início do tratamento.
F. Logo após o início.
As reações anafiláticas do tipo B dependem da activação do complemento e da libertação de citocinas.
V
As reações anafiláticas do tipo B são caracterizadas pelo aparecimento de sintomas não específicos de dor nas costas e no tórax.
V