Cap. 339 - DRPQ e outros Distúrbios Tubulares Hereditários Flashcards
O diagnóstico genético é fácil tendo em conta que os genes causadores da doença estão bem identificados.
F. O diagnóstico é difícil
Os quistos renais surgem de ciliopatias, sendo o fenótipo mais comum.
V
Transmissão AD
DRPQ-AD
Doença quística medular
Esclerose tuberosa
Von-Hippel Lindau
As DRPQ são um grupo de doenças geneticamente homogéneas e uma das principais causas de IR.
F. Geneticamente heterogéneas
Os quistos renais são muitas vezes encontrados numa ampla gama de doenças sindrómicas.
V
A DRPQ-AD é a doença poligénica potencialmente fatal mais comum.
F. Monogénica
Na DRPQ-AD, ocorre formação progressiva de quistos com revestimento epitelial do rim.
V
Na DRPQ-AD, mais de 50% dos túbulos renais estão envolvidos na formação progressiva de quistos.
F. Apenas 5%
O fenótipo mais comum da DRPQ-AD é a presença de quistos renais.
V
A DRPQ-AD, ao contrário de outras doenças causadoras de quistos renais, não é uma ciliopatia.
F. É uma ciliopatia.
A grande maioria dos doentes com DRPQ-AD são diagnosticados clinicamente durante a sua vida.
F. Apenas 50%
A DRPQ-AD é caracterizada pela formação progressiva de quistos renais bilaterais.
V
Na DRPQ-AD, os rins podem aumentar até 4x o seu comprimento e 2x o seu peso normal.
F. 20x o peso
Em contexto de DRPQ-AD, a dor no dorso ou flanco é resultado de ruptura do quisto, ocorrendo em 40% dos doentes.
F. Infecção do quisto, hemorragia ou nefrolitíase. Ocorre em 60%
A hematúria macroscópica ocorre em 40% dos doentes com DRPQ-AD, sendo o resultado de nefrolitíase.
F. Ruptura do quisto.
A hematúria macroscópica, apesar de ocorrer em 40% dos doentes, não costuma ser recorrente.
F. É recorrente.
A infecção renal é a principal causa de morte nos doentes com DRPQ-AD.
F. Segunda causa de morte.
Os estudos de imagem radiológicos são úteis na distinção entre infecção e hemorragia de um quisto.
F. Não são úteis.
Os cálculos renais ocorrem em 80% dos doentes com DRPQ-AD.
F. 20%
Na DRPQ-AD, ao contrário da população em geral, mais de metade dos cálculos são de ácido úrico, seguidos pelos cálculos de fosfato de cálcio.
F. Seguidos pelos de oxalato de cálcio.
As complicações CV são a principal causa de morte nos doentes com DRPQ-AD.
V
A HTA é uma complicação comum nos doentes com DRPQ-AD.
V
A HTA, em contexto da DRPQ-AD, é secundária à diminuição da TFG.
F. Ocorre antes da TFG.
A progressão da DRPQ-AD têm uma variabilidade inter-familiar mínima, mas grande variabilidade intra-familiar.
F. Mínima variabilidade intra e interfamiliar.
A DRPQ-AD pode apresentar-se in útero, sendo a DRT comum no final da infância.
F. Final da meia idade
Os quistos pancreáticos são a complicação extra-renal mais comum da DRPQ-AD.
F. Quistos hepáticos
Os quistos hepáticos são mais comuns em mulheres com gravidezes múltiplas.
V
O aneurisma intracraniano é 4 a 5x mais comum nos doentes com DRPQ-AD do que na população em geral.
V
Os factores de risco para ruptura de aneurisma intracraniano são tabagismo e HTA.
F. Não estão comprovados. História familiar de AIC é factor de risco.
O aneurisma intra-craniano é frequentemente silencioso.
F. 20-50% têm cefaleias de aviso que precedem a hemorragia.
Não há exame de rastreio para os aneurismas intracranianos.
F. Faz-se AngioRM em casos de história familiar positiva como rastreio.
O prolapso da válvula tricúspide ocorre em até 30% dos doentes.
F. Válvula mitral.
Na DRPQ-AD, a maioria dos doentes com prolapso da válvula mitral são assintomáticos mas alguns podem precisar de substituição da válvula.
V
Está declarado um aumento de casos de insuficiência aórtica, pulmonar e mitral na DRPQ-AD.
F. Não há pulmonar.
O Dx de DRPQ-AD é feito com TC ou RM e são mais sensíveis do que a Eco.
V
A RM pode detectar quistos com tamanho de 2-3mm.
V
Os inibidores mTOR previnem o crescimento dos quistos e, dessa forma, diminuem o declínio da função renal.
F. Não existe Tx que iniba o crescimento dos quistos nem o declínio da função renal.
Um controlo rigoroso da PA significa maiores benefícios clínicos.
F. Pode aumentar a progressão da doença
A PA alvo a atingir nos doentes com DRPQ-AD é 140/85.
F. 140/90
Apenas uma minoria dos doentes com DRPQ-AD necessitam de diálise peritoneal, hemodiálise ou transplante renal.
F. Mais de metade
A diálise peritoneal é o método preferido para doentes com rins maciçamente aumentados.
F. Pode não ser adequada
As mutações num único gene são responsáveis por todas as apresentações clínicas da DRPQ-AR.
V
Doentes com duas mutações truncadoras parecem ter um início mais tardio da DRPQ-AR.
F. Início mais precoce.
A maioria dos doentes com DRPQ-AR nasce com IR e DRET.
V
Os lactentes muitas vezes têm uma melhoria transitória da TFG, sendo a morte por IR nesta fase rara.
V
Ao nível da DRPQ-AR, a progressão lenta da doença renal é provavelmente devido ao desenvolvimento de quistos pequenos e não da fibrose progressiva.
F. Pela fibrose progressiva
A HTA sistémica é frequente nos doentes com função renal alterada, sendo normal nos que têm função renal preservada.
F. Comum a todos os doentes
Não existe um tratamento específico para a DRPQ-AR.
V
O gene TSC2 está adjacente ao PKHD1 no genoma humano, pelo que alguns pacientes têm delecções no DNA que inactivam estes dois genes, levando a manifestações de DRPQ-AR e Esclerose Tuberosa.
F. PKD1 com manifestações de DRPQ-AD
A doença de VHL é autossómica dominante.
V
Na doença quística medular, verificam-se níveis aumentados de ácido úrico no tipo 1 e 2.
F. Apenas no 2
Se houver hiperuricémia ou gota em pacientes com doença renal intersticial autossómica dominante, mutações UMOD ou REN, estes devem ser tratados com alopurinol ou febuxostat.
V
A nefronoftíse é uma entidade rara.
V
A nefronoftíse é a forma genética mais comum de IR na infância a requerer terapia de substituição renal
V
A síndrome de Joubert pode ser encontrada na nefronoftíse e é definida por achados neurológicos, como hipoplasia do vérmis cerebelar.
V
A síndrome de Senior Loken é definida pela presença de nefronoftíse infantil com retinite pigmentosa.
F. Nefronoftíse juvenil
Não existem testes específicos nem terapias específicas para a nefronoftíse.
V
O rim esponja medular é causado por malformação do desenvolvimento e dilatação quística dos ductos colectores renais.
V
As anormalidades congénitas dos rins e do trato urinário podem afectar tanto adultos como crianças.
V
As anormalidades congénitas dos rins e do trato urinário são responsáveis por apenas 1/3 dos casos de DRT na infância.
V
As infecções renais e a IR correlacionam-se frequentemente com anormalidades estruturais do parênquima renal
V
A dor no dorso ou flanco é um sintoma frequente da DRPQ-AR, surgindo em 60% dos casos.
F. DRPQ-AD
A proteinúria é uma característica major da DRPQ-AD.
F. Minor
Em pessoas em risco entre os 30 e os 59 anos, é critério de Dx na ecografia ter pelo menos 2 quistos renais (unilateral ou bilateral).
F. 15 e os 29
Em pessoas em risco entre os 30 e os 59 anos, é critério de Dx na ecografia ter pelo menos 2 quistos em cada rim.
V
É critério de Dx de DRPQ-AD na ecografia ter pelo menos 4 quistos em cada rim nos indivíduos de risco com pelo menos 60 anos.
V
Os critérios ecográficos têm alta sensibilidade no Dx de pacientes com DRPQ-AD com mutação PKD1 e PKD2.
F. Nos com PKD2, tem menor sensibilidade porque estes têm início da clínica mais tardio e frustre.
A alteração genética da DRPQ-AR está no cromossoma 6.
V
Na DRPQ-AR, ocorre morte logo após o nascimento em apenas 3% dos casos.
F. 30%
Na DRPQ-AR, a morte logo após o nascimento por insuficiência renal ocorre em cerca de 60% dos casos.
F. Insuficiência respiratória
Alguns pacientes com o Dx de DRPQ-AR ao 1º ano de idade e com nefromegalia, apresentam declínio lento da FR ao longo de 20 anos.
V
Na DRPQ-AR, os macroquistos são incomuns ao nascimento.
V
A ET é um síndrome AR raro.
F. AD
A esclerose tuberosa é causada por mutações nos genes TSC1, que codifica a tuberina, ou TSC2, que codifica a hamartina.
F. TSC1 - hamartina, TSC2 - tuberina
A esclerose tuberosa é caracterizada pela presença de quistos renais que são radiograficamente semelhantes aos da DRPQ-AR.
F. DRPQ-AD
Na ET, existe um risco claramente aumentado de carcinoma de células renais, pelo que está recomendada imagiologia periódica regular como rastreio em doentes com envolvimento renal.
V
A ET pode levar a DRC significativa e progressão para DRT.
V
Todos os doentes com ET apresentam lesões cutâneas.
V
A doença de VHL é causada por mutações num oncogene localizado no cílio primário.
F. Gene supressor de tumor
As manifestações renais afectam a maioria dos doentes com VHL.
V
A doença de VHL caracteriza-se pela presença de múltiplos quistos renais bilaterais e pelo aumento da susceptibilidade ao desenvolvimento de hemangioblastomas, pelo que deve ser feito o rastreio destes doentes.
F. Desenvolvimento de carcinoma de células renais - rastreio com TC ou RM.
As abordagens cirúrgias poupadoras de nefrónios não têm resultado na doença de VHL.
F. São cada vez mais usadas.
A doença quística medular do rim do tipo 1 é causada por mutações no gene MUC1, que leva à formação de uma neoproteína com efeitos tóxicos para o rim.
V
A doença quística medular do rim do tipo 2 é causada por mutações no gene MUC2.
F. Gene UMOD - uromodulina
A nefronoftíse apresenta-se com proteinúria marcada e sedimento urinário não activo.
F. Proteinúria leve ou ausente.
A DRPQ-AR afecta mais a população pediátrica.
V
As mutações do gene PKD1 estão presentes em cerca de 80% dos casos de DRPQ-AD.
F. 85%.
A DRPQ-AD afecta todos os grupos étnicos mundialmente, com preferência pelo género masculino.
F. Sem preferência de género.
As apresentações clínicas da DRPQ-AD são altamente variáveis.
V
Muitos doentes com DRPQ-AD são assintomáticos até à 3ª década de vida, pelo que o diagnóstico é feito acidentalmente.
F. 4-5 décadas
O diagnóstico é feito acidentalmente pela descoberta de HTA ou massa abdominal.
V
Factores de risco para progressão da DRPQ-AD (5)
Diagnóstico precoce HTA Hematúria macroscópica Gravidezes múltiplas Rins grandes
No Tx da infecção de um quisto renal, usam-se ATB hidrossolúveis para penetrarem na parede do quisto.
F. Lipossolúveis
Os ATB preferidos são os macrólidos, co-trimoxazol e o cloranfenicol.
F. Co-trimoxazol, quinolonas e cloranfenicol
O Dx de DRPQ-AR é realizado por eco, TC ou RM.
V
Na doença quística medular do rim do tipo 2, os quistos são comuns e frequentemente grandes.
F. Não são comuns.
A DRPQ-AR está associada a fibrose hepática e doença de Caroli.
V