Antifúgicos Flashcards

1
Q

Nº de espécies patogénicas para homem

A

50

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Q

Diferenças dos fungos para bactérias

A
  • células eucariotas

- Parede celular e membrana plasmática diferente

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3
Q

Característica importante dos AF em relação a RA

A

provocam muitas mais RA que antibióticos (fungos mais parecidos connosco filogeneticamente logo partilham vias metabólicas - menos AF seletivos)

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4
Q

Local normal de infeções fungicas

A
  • normalmente pele e faneras
  • auto-limitadas e com gravidade clinica baixa normalmente
  • dermatófitos
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5
Q

Alguns fungos que podem ter gravidade clínica

A
  • Cryptococcus neoformans - levedura responsável por meningites em Imunodeprimidos (ID)
  • Candida albicans - bactérias tipo leveduras com estrutura semelhante a micélio; fungo que mais infeta o homem; pode ser benigno (boca e vagina); ou provocar sépsis (candidémia), meningite, )
  • Aspergillus formigatos- Fungos filamentosos com micélioscolonização da árvore traqueobrônquica que pode trazer infeções graves mas há dificuldade diagnóstica (não se sabe se está a colonizar, contaminante ambiental ou infeção - acontece muito com fungos!!!)
  • fungos “dimórficos” que consoante as restrições nutricionais podem crescer e comportar-se como leveduras ou filamentosas (infeções fungicas primárias mesmo em doentes imunocompetentes)
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6
Q

Alguns fatores de risco para infeção fúngica

A
  • doentes cirurgicos, cuidados intensivos, doente com próteses, ID (VIH, transplantados), cateteres de longa duração, AB de largo espetro (Infeções fúngicas oportunistas)
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7
Q

Tipos de infeção fúngica e exemplos

A
- Superficiais: #Dermatomicoses- Trichophyton, Epidermophyton, Microsporum (Pele, cabelo, unhas (Tinhas- Tinea capitis, Tinea cruris (inguinal), Tinea pedis, Tinea corporis)- Infeções fúngicas não associadas necessariamente a doente ID, mas alguma situação que ajude a infeção (maus cuidados de higiene, trauma, queimados, etc)
# Candidíase - leveduriforme - Mucosas e pele; não necessita de situação clínica particular para se multiplicar (Ex: candidíase vaginal- excesso de higiene ou toma de AB)
- SIstémicas ou disseminadas- + GRAVES
# Candidíase. Meningite cryptocócica (doentes ID), Endocardite (graves e necessitam de cirurgia), Aspergilose pulmonar, Mucomicose rinocelular (envolvimento da face, destruição de pele e tecidos moles)
# Aspergilose pulmonar invasiva - morte no transplante de MO e neutropénicos
# Aspergilose broncopulmonar - menos grave que anterior; maior incidência em asmáticos e fibrose cística)
# Blastomicose, histoplasmose, coccidiomicose, paracoccidiomicose - infeções primárias (normalmente em ID e geralmente associados a ambientes tropicais, sendo algumas exclusiva das Américas- infeção viajante)
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8
Q

Modo diagnóstico e aplicação terapêutica empírica

A
  • T. empírica tem mais importância nas infeções fungicas porque microbiologicamente demora mais tempo a identificar o agente (crescimento indolente), sendo por vezes só possível saber o género
  • Observação por microscopia - não fiável
  • Prognóstico dependente do tempo de atuação - necessário escolher AF certo- importante a T. empírica
  • PCR, deteção de AG e de metabolitos- técnicas mais recentes vieram ajudar
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9
Q

Alvos potenciais para AF

A

1 - Via da síntese do ergosterol - esteroide principal da membrana ( em vez de colesterol)
2 - Parede celular- Quitina e beta-glucana, outras glicoproteínas (1,3- D- glucana sintetase - alvo importante)
3 - Adesão ao hospedeiro - fungo não sendo patogénio intracelular precisa de mcanismos de adesão a mucosas, pele, cabelo, unhas, prótese, etc

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10
Q

AF ideal

A
  • Espetro alargado
  • Baixa toxicidade
  • Várias formas de administração - diferentes indicações- EV, oral, tópica
  • Boa distribuição no LCR, osso, urina - locais onde infeção é mais grave)
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11
Q

Tipos de AF

A
  • Antibióticos antifúngicos naturais (produzidos por outros microorganismos)- Polienos e Equinocandinas
  • Antifúngicos sintéticos- Azóis e Pirimidinas fluoradas
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12
Q

Inibidores da estabilidade da membrana

A
  • AF naturais
  • Anfotericina, Nistamina, Natamicina
  • Polienos macrólidos - mecanismo rudimentar: Liga-se ao ergosterol–> Poro membrana—> destabilização equilíbrio osmótico da célula (tipo beta lactâmico)
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13
Q

Anfotericina B

A
  • Mistura de compostos produzida pelo Streptomyces
  • Afinidade >500x para ergosterol vs colesterol (seletividade para fungos, protozoários e sem atividade nas bacterias)
  • Ação depende da concentração de ergosterol- depende de espécie (fungicida vs fungistático)
  • Resistência por diminuição do conteúdo de ergosterol (escondem o ergosterol)
  • Espetro largo logo atividade contra maioria de fungos e leveduras (1ª linha quando há duvidas do agente fungico em infeção grave)
  • Gold standard em Infeção dissemiada por Aspergillus e Candida
  • Farmacocinética
    # Abs oral fraca - só tratament tópico GI
    # Altamente insolúvel- desenvolveu-se forma lipossómica/lipidica para via EV (lipossomas distribuem por vários locais de ação - administrada principalmente por via EV)
    # Elevada ligação a proteínas - passa a BHE
    # Eliminação renal lenta
  • Vestígios 2 meses depois do fim de administração (Cuidado em casos contra-indicados)
  • RA
    # reações sistémicas imediatas (auto-limitada; tempestada de citocinas; sintomas flu-like; primeiras horas após administração - Hidratação/fluidoterapia do doente antes (também para manter euvolémia), formulação lipossómica Combate este EA)
    # Efeitos renais- 80% parcialmente reversível; vasoconstrição da arteríola aferente- Isquémia renal com IR ou agravar uma; BUN>50 mg/dl ou creatinina >3 mg/dl -> suspensão temporária (retoma-se quando voltar ao normal); acidose renal tubular, cilindrúria, hipocaliémia (25%), hipomagnesémia, DEPENDENTE DE DOSE/CUMULATIVO; evitar outros nefrotóxicos, fluidoterapia, lipossómicas tem menos efeitos renais)
    # Efeitos hematológicos- Anemia secundária à menor produção de eritropoietina, trombocitopénia, DEPENDENTE DE DOSE/CUMULATIVA
    # Outros- disfunção hepática, lesão endotelial - flebite, DEPENDENTE DE DOSE/CUMULATIVO
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14
Q

Nistatina (Fungicidina)

A
  • Mesma família da Anfo B: análogo de estrutura
  • Uso tópico na candidiase oral, vaginal ou cutânea
  • Mesmo deglutida não tem abs sistémica
  • RA: náuseas, vómitos, diarreia
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15
Q

Natamicina

A
  • Atua em doses muito baixas
  • Era bom para tratar Aspergillus e FUsarium mas tem EA por isso só usamos uso tópico - Ifeções córnea, blefarite, conjuntivite
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16
Q

Inibidores da Mitose Fúngica

A

Griseofulvina: ÚNICO Antibiótico AF COM EFEITO NOS ÁCIDOS NUCLEICOS!
- Deriva do Penicilium griseofulvum
- Liga-se a tubulina (citoesqueleto) —> inibe fuso mitótico —> essencialmente efeito fungistático
- Associação forte à queratina–> permite crescimento de cabelo, unhas, pele sem fungos (muito usado em infeções aqui)
- Espetro estreito: Infeções na pele (Trichophyton, Microsporum, Epidermophyton)
- Não ativa contra leveduras (como Pityrosporum) e fungos dimórficos
- Farmacocinética:
# Concentrações plasmáticas variáveis 6/6 h
# Mantem-se ligado a queratina durante muito tempo
# Absorção favorecida por refeições ricas em gordura
# Induz CYP 450- baixa eficácia da Varfarina e de ACO
- RA: Normalmente bem tolerados
# Cefaleias- desaparecem com continuação tratamento
# Letargia, visão turva, vertigens (agravada com álcool)
# Tratamento mais prolongados: Efeitos hematológicos: leucopenia, neutropenia, monocitose
# Angioedema e dermatite esfoliativa (raras e fatais)
# TERATOGÉNICA

17
Q

Inibidores da síntese da parede fúngica

A
  • Equinocandinas
  • Caspofungina, Micafungina, Anidulafungina
  • Análogos semissintéticos da equicandina B (Aspergillus nidulans)
  • INIBIÇÃo não-competitiva da síntese de beta-1,3- D- glucanas (estabilidade parede celular) –> stress osmótico–> lise celular
  • Fungicida–>Candida
  • Fungistático –> Aspergillus (limita tratamento em ID)
  • EV
  • RA: náuseas, vómitos, diarreia, rash
    # CASPOFUNGINA- primeiros a surgir; Candidiase esofágica, candidemia, infeções por Aspergillus, T.empírica na neutropénia febril; Ajuste dose na Insuf hepática moderada (contrário da anfotericina)
    # MICAFUNGINA- candidiase esofagica, profilaxia em recetores de transplante de células estaminais hematopoiéticas, candidemia e Aspergilose pulmonar; Hepatotoxicidade severa
    # ANIDULAFUNGINA- recente e caro, candidíase esofágica e candidemia, pode causar hepatotoxicidade severa
    # AMINOCANDINA- Não passou de investigação - maior semivida
18
Q

Azóis

A
  • AF sintéticos
  • Imidazóis e Triazóis: Inibidores da 14alfa- desmetilase de esteroides (CYP 450- efeitos adversos nas enzimas hepáticas); inibem essencialmente a enzima IANOSINA 14ALFA-DESMETILASE
  • INTERAÇÕES FARMACOLOGICAS IMPORTANTES (EX NEFROTOXICIDADE DA CICLOSPORINA)
  • Espetro alargado —> infeções primárias, oportunistas, dermatófitos
  • Atividade intermédia contra–> Fusarium, Sporothrix shcenckii, Scedosporium apiospermum e Aspergillus
  • Sem atividade Zygomycetes, Candida krusei
  • Normalmente fungistáticos
  • IMIDAZOIS: clotrimazol, econazol, fenticonazol, ketoconazol, miconazol, tioconazol, sulconazol
  • Triazois: itraconazol, posaconazol, voriconazol, fluconazol
19
Q

Imidazois

A
- CETOCONAZOL
# 1º a ser utilizado por via oral para tratar inf sistémicas ou via tópica
# Espetro amplo
# baixas concentrações no SNC e urina (inf fungicas urinarias e meningites)
# tópico: dermatofitos comuns e dermatite seborreica
# potência anti-inflamatoria tópica parecida a hidrocortisona (sem muita evidência cientifica)
- RA: topicamente bem tolerado, hepatotoxicidade rara mas fatal, Inibição síntese de testo e esteroides na SR--> ginecomastia
- CLOTRIMAZOL, luliconazol, miconazol, econazol, butoconazol, oxiconazol, sertaconazol, sulconazol, tioconazol
# formulações tópicas: infeções fungicas estrato córneo, mucosa escamosa, córnea
# não eficazes para infeções cabelo e unhas (farmacocinética)
20
Q

Triazóis

A
  • FLUCONAZOL
    # Oral ou EV
    # Boas concentrações olho e LCR (maioria das meningites fúngicas ao contrário do cetoconazol)
    # Sem atividade contra Aspergillus
  • RA : náuseas, cefaleias, dor abdominal, Hepatite
    # Menor efeito no esteroidogénese que o cetoconazol
  • Resistência: mutações enzimas cyp450 e bombas de efluxo ; principalmente espécies candida ( ex: C. glabrata) mas ainda não são frequentes
  • ITRACONAZOL
    # boa atividade contra muitos dermatofitos
    # tem vindo a susbtituir o cetoconazol nas infeções pele
    # biodisponibilidade oral muito variável (ef. 1ª passagem)- Via EV preferencial –> formulação com ciclodextrina impede a metabolização hepática)
    # Maior atividade na aspergilose, histoplasmose (ao contrário do cetoconazol/fluconazol)
    # pouca distribuição no LCR mas pode ser usado em altas doses nas meningites fúngicas
  • RA:
    # Hepatotoxiciade
    # S. Stevens-johnson
    # náuseas, vómitos, dor abdominal, diarreia, hipocaliemia, edema maleolar, queda de cabelo
  • MICONAZOL
    # uso tópico no tratamento de infeções TGI, mucosa oral e pele
  • POSACONAZOL
    # fungistático- Candia, Cryptococos, Trichosporon, algumas espécies de Fusarium
    # Candida, Aspergillus, Zygomycetes multirresistentes
    # profilaxia e tratamento de infeções fúngicas invasivas
  • VORICONAZOL
    # oral ou ev
    # Eleição para aspergilose invasiva
    # metabolização acelerada na coadministração com ritonavir, rifampicina, e rifambutina - CINDICADO
    # Fungicida contra todas as espécies de Aspergillus e Candida
    # NÃO ADMINISTRAR EV NA DRC- TOXICIDADE DE CICLODEXTRINA NO SNC
    -RA: Fotofobia, visão de luzes coloridas (30-60 min duração no pico)
  • FLUCITOSINA
    # Espetro estreito
    # muitas resistências quando isolado –> associação com anfotericina B em candidemias e meningite criptocócica
    # Convertida a 5-FU apenas nas células fúngicas: seletividade
    # Inibe a sintese de DNA fúngica
  • RA: distúrbios GI, Anemia, Neutropenia, trombocitopenia e alopécia (5-FU no intestino por bactérias)
  • TERBINAFINA
    # fungicida queratinofílico (dermatofitos)- inibe a epoxidase do esqualeno
    # muito lipofilico
    # fungos da pele, principalmente unhas (via oral)
  • AMOROLFINA
    #Verniz ungueal