9 e 10. Síndrome Disfágica e Síndrome Dispéptica Flashcards
Explique os 2 mecanismos que constituem a acalásia.
- hipertonia do EEI (ausência de relaxamento - Se comporta contrariamente à DRGE).
- aperistalse por causa da destruição dos plexos nervosos de Auerbach e Meissner (incialmente as fibras musculares tentam vencer a obstrução, contudo sem sucesso elas hipertrofiam, espessando a musculatura e por fim tendo substituição por tec conjuntivo) resultando em estase esofágica e agressão da localização.
Como se da o DX de acalásia?
EED (esofagografia contrastada – IMG em bico de pássaro por dilatação esofágica) e manometria (padrão ouro – mensura a pressão do EEI e consequente o tônus <35mmHg).
QC: Disfagia progressiva com regurgitação e perda ponderal lenta.
Como se da o TTO da acalásia para cada nivel de dilatação?
- Dilatação leve: Toxiina butolínica ou manejo endoscópica.
- Dilatação media: Cardiomiotomia à Heller (dilatação do esfincter) + fundoplicatura à Nissen (válvula antirrefulxo, caso contrário somente a dilatação iria sanar o problema mais causar um DRGE).
- Dilatação grave: Esofagectomia.
o Cirurgia de Serra-Dória: Esofagogastroanastomose (anastomose latero-lateral corrigindo os efeitos provocados pela cardiomiotomia à Heller) + gastrectomia parcial + gastroenteroanastomose em Y de Roux (prevenir refluxo biliar).
Qual a etiologia da DRGE?
- Relaxamento transitória do EEI e por diminuição da pressão desse, hernias hiatais (principalmente a de deslizamento).
FR: Obesidade, tabagismo, gestação e alimentos que promovem aumento da secreção do ácido estomacal.
Como se da o DX de DRGE (mencionar o procedimento de acordo com sua necessidade)?
- Teste terapêutico por 8s.
- EDA: Em quadros com sinais de alarme (sangramento, anemia, >40a, refratariedade), visando investigar sinais de alarme.
- BX: Quando úlcera (todas devem ser biopsiadas para DX≠ de CA), estenose péptica e esôfago de Barrett.
- Impedânciophmetria: Sonda no esôfago distal durante 24h. Indicado somente para indicativos de cirurgia, refratários aos TTO e sem achados na EDA com forte suspeita.
o Phmetria: Identifica somente o refluxo ácido, não diagnosticando os refluxos básicos. - Manometria: Não diagnostica, contudo, é mandatório para a realização da CX, visto ser necessário o conhecimento da pressão do esfíncter para optar a técnica a ser realizada (360º ou 270º).
Cite 3 indicações para TTO CX na DRGE.
- Refratariedade, opção do pcte (desde que tenha comprovação da DRGE – solicitar phmetria se não tiver algum dos outros fatores citados), hérnia hiatal >2cm, esofagite e estenose grave.
- Não cirurgicos: Medidas não farmacológicas e IBP.
- Sucralfato: Apenas aliviam sintomas, não tratam.
Defina esôfago de Barret e sua CD caso achado em EDA.
- Mudança do epitélio escamoso (esofágico) para colunar (caliciforme), metaplasia descrita como epitélio em cor de salmão.
- IBP + EDA a cada 3/5a com BX (maior risco de evolução para adenocarcinoma); se alto grau ressecar endoscopicamente.
Classifique os 4 tipos de hérnia de hiato e qual dessas é a mais associada à DRGE?
- Frouxidão no hiato diafragmático ou membrana frenoesofágica levando a uma herniação do abd para dentro do mediastio.
Tipos:
1. Deslizamento: JEG (junção esofagogástrica) desliza para o mediastino.
2. Rolamento: JEG adequado, mas o fundo gástrico rola para o mediastino.
3. Mista.
4. Órgão não gástrico dentro do mediastino.
Tipo 1 é mais associado a DRGE.
Qual a triade da ulcera de Cameron?
Úlcera + hérnia de hiato + anemia ferropriva.
Qual o TTO da hérnia de hiato segundo sua classificação?
- TTO DRGE.
- CX se sintomático.
- CX se sintomático.
- CX eletiva mandatória.
Qual a definição de úlcera péptica?
- Erosão profunda (>5mm), que ultrapassa submucosa.
Quais as 4 celulas exocrina encontradas no estômago, em qual parte do estômago elas se localizam e qual a respectiva substância secretada?
Corpo e fundo:
* Células parietais (gl oxínticas): Produtoras de HCl e FI.
* Celulas principais: Pepsinogênio.
Antro:
* Celula G: Gastrina.
* Celula D: Somatostatina.
Quais são os 2 principais fatores de risco para o surgimento de ulcera péptica?
- H pylori e Aine/AAS são as principais.
Outras são estresse, drogas (álcool/tagbaco/cocaína) e sd de Zollinger-Ellison.
QC: Clocking, epigastralgia (gástrica quando come, duodeno quando não come), sangramento e perfuração.
Como se dá o DX e a confirmação da erradicação da H Pylori? (citar os exames).
- Confirmar erradicação após 4s.
- Sorologia: Não confirma cura.
- Teste respiratório (confirma a cura também e não somente DX, soprando após ingestão de ureia visto Hpylori ser produtora de urease reagindo à ureia produzindo amonia): Precisa interromper uso de IBP/ATB por 4s.
- Teste da urease (retira tecido do estômago e submerge em solução de urease): Precisa interromper uso de IBP/ATB por 4s.
- Cultura (BX após EDA).
Como se dá o TTO para a bactéria H Pylori?
IBP + claritromicina 500mg + amoxicilina 1g, de 12/12h por 14d.
Enuncie a classificação de Johson para ulcera péptica e a relação da localização com a ação do HCl.
- Pequena curvatura: Mais comum, sem relação com aumento de HCl.
- Pequena curvatura + bulbo duodenal: Com relação com aumento de HCl.
- Pré-pilórica: Com relação com aumento de HCl.
- Corpo (próximo da JEG): Sem relação com aumento de HCl.
- Qualquer local.
Enuncie a classificação de Forrest e para que serve?
Para mensurar risco de re-sangramento.
1. Hemorragia ativa (90% de chance de re-sangrameno).
a. Pulsátil.
b. Não pulsátil (“babação”).
2. Hemorragia recente
a. Visível o coto do sangramento (50% de chance de re-sangrameno).
b. Visível o coágulo que tamponou o sangramento (30% de chance de re-sangrameno).
c. Visível base com hematina (10% de chance de re-sangrameno – “branco de pós casquinha”).
3. Cicatrizada.
Qual a CD em sangramento de ulcera péptica e re-sangramento primário e secundário?
- Se instável EDA (com escleroterapia / hemoclipes / eletrocoagulação) em até 12h, estável EDA em até 24h + IBP + TTO do H pylori.
- Primeiro ressangramento às medidas opta-se por realizar novamente as mesmas medidas.
- Segundo ressangramento encaminhar à cirurgia.
Quais são os locais de possível impactação quando ingesta de corpo estranho?
- EES, nível do arco aórtico (local de compressão esofágica anatômica), hiato diafragmático (EEI), piloro, angula de Treitz e VIC (válvula ileocecal).
Qual a CD quando ingesta de corpo estranho?
- RX (checar sempre o sinal do duplo halo para diferenciar bateria de moeda) -> TC (exame de IMG pré-op quando conduta cirúrgica de urgência) ou EDA.
- Imã: Tomar cuidado quando for mais de um, podendo obstruir a VIC levando a um abd obstrutivo.
Quando optar por remoção de urgência via EDA em ingesta de corpo estranho?
- Remoção de urgência via EDA: Corpo estranho impactado no esôfago sem obstrução, objeto perfurante / com >6cm / bateria no estômago ou duodeno proximal / impactação alimentar.
- Bateria em esôfago: Remoção de emergência.