3.2 Suicídio Flashcards
Definição
Ato de desfecho fatal, cometido deliberadamente com o conhecimento ou expectativa desse mesmo desfecho
Ideação suicida
Pensamentos e cognições sobre acabar com a própria vida como precursores de comportamentos autolesivos ou atos suicidas
Comportamentos autolesivos
Sem intencionalidade suicida
Atos suicidas
Tentativas de suicidio e suicidio consumado
Intencionalidade suicida
grau de intenção para atingir a morte num acto auto-agressivo
Classificação dos fatores de risco
- primários ou psiquiátricos
- secundários ou psicossociais
- terciários ou demográficos
Factores de risco primários:
- doença psiquiátrica major (não tratada)
- tentativa prévia de suicídio
- pensamentos recorrentes de morte, desejo de morrer, ideação suicida, planeamento
- história familiar de suicídio
Factores de risco secundários:
- eventos adversos de vida
- desemprego, dificuldades financeiras graves
- isolamento social (solteiro, divorciado)
Factores de risco terciários:
- sexo masculino - maior utilização de meios letais
- adolescência - procura de identidade e maior suscetibilidade à reação dos pares e aceitação de grupo
- velhice - isolamento social, doença crónica física
- períodos de vulnerabilidade - difícil integração
- grupos minoritários
Factores de protecção:
FATORES DE PROTEÇÃO
BOM SUPORTE FAMILIAR
Nunca devemos dar alta a um doente que não tenha um adequado suporte familiar que confira uma boa monitorização no período pós alta. A semana seguinte ao internamento é um período de particular maior risco.
GRAVIDEZ
A gravidez só é um fator de proteção se não existir doença psiquiátrica, como a depressão e psicose peri parto.
> 3 FILHOS
Trata-se de um efeito puramente estatístico – não existe um efeito particular que explique porque é que, por exemplo, ter 2 filhos não é um fator protetor.
CRENÇAS RELIGIOSAS FORTES
Todas as religiões monoteístas têm a filosofia da preservação da vida – “Deus dá a vida, só Deus é que pode tirar”. Na sociedade ocidental, o peso da religião está cada vez menos presente, algo demonstrativo nas populações mais jovens.
Os bipolares II demonstram uma maior frequência de tentativa de suicídio na maioria dos estudos, porque passam a maior parte da vida em fase depressiva.
> 10% dos doentes bipolares que se suicidam encontram-se em fase mista
o risco e o suicídio consumado em bipolares é também mais elevado na doença de inicio precoce e de maior duração
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Como é que podemos descobrir que um doente com depressão recorrente tem uma bipolar II?
- O doente faz viragem hipomaníaca após antidepressivo.
- O depressivo verdadeiro nunca fica hipomaníaco após medicação, fica eutímico.
- Esta “viragem” pode não acontecer mesmo em doentes com bipolar II subclínica, já que esta depende da intensidade do quadro depressivo e da consequente decisão terapêutica. Existem fármacos mais potentes e mais propensos a provocar viragem – ex. SNRIs – Venlafaxina.
A viragem após antidepressivo não é um critério de diagnóstico para a doença bipolar II, sendo que este deve ser feito com base em critérios clínicos definidos. No entanto, pode elevar o índice de suspeição e conduzir-nos ao diagnóstico correto. Para isto, pode ser útil a entrevista familiar, nomeadamente, na caracterização dos episódios hipomaníacos – porque o doente normalmente não valoriza estes episódios.
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Fármacos para a prevenção de suicídio
Lítio - estabilizador de humor - metabolização renal, desidratação, estado confusional, ataria da marcha; 2a opções ácido valproico - antiepiletico - teratogénico e evitar em SOP
Clozapina - antipsicotico atípico
Perturbações de personalidade do cluster B
pessoas impulsivas, agem antes
de pensar, com intolerância a frustração, lidam mal com figuras de autoridade, têm uma sensação crónica de vazio, diferente de depressão, muito associado a consumo de substâncias psicoativas, contaminam muito quando há doença psiquiátrica, ou não, do eixo I